Ao pedir demissão, o agora ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias, se torna o quarto ministro a deixar mais rápido o cargo nos últimos 20 anos.
Gonçalves Dias (GSI) — Foto: José Cruz/Agência Brasil
Dias deixa o posto após serem reveladas imagens de sua presença e atuação no Palácio do Planalto durante os atos de 8 de janeiro, em que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.
Os vídeos foram divulgados pela CNN Brasil.
Ministro do Gabinete de Segurança Institucional estava no Planalto no momento da invasão do 8/1
O general pediu demissão 4 meses e 19 dias após ser nomeado para o posto no começo do governo Lula.
O titular de pasta que deixou mais rápido o cargo foi o ex-senador Romero Jucá, que em 2016 foi nomeado pelo então presidente Michel Temer para o Ministério do Planejamento e saiu do cargo uma semana e meia depois.
Ministros que caíram mais rápido (desde 2003)
- Romero Jucá (Planejamento) – 11 dias, governo Michel Temer
- Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral) – 49 dias, governo Bolsonaro
- Cid Gomes (Educação) – 2 meses e 18 dias, segundo mandato de Dilma
- General Gonçalves Dias (GSI) - 4 meses e 19 dias, terceiro mandato de Lula
- Silas Rondeau (Minas e Energia) – 4 meses e 22 dias, segundo mandato de Lula
- Antônio Palocci (Casa Civil) – 5 meses e 7 dias, primeiro mandato de Dilma
- Benedita da Silva (Assistência e Promoção Social) – 1 ano e 21 dias, primeiro mandato de Lula
Quem é Gonçalves Dias, ex-ministro de Lula
Outros ministros
Em 2003, no primeiro mandato do presidente Lula, a primeira ministra demitida foi a hoje deputada Benedita da Silva, que chefiava a Secretaria de Assistência e Promoção Social. Ela deixou o governo em janeiro de 2004.
Já no segundo mandato de Lula, o primeiro ministro demitido foi Silas Rondeau, que deixou o Ministério das Minas e Energia em maio de 2007, quatro meses e 22 dias após ser nomeado para o cargo.
No primeiro mandato de Dilma Rousseff, o primeiro demitido foi o então ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, que permaneceu no posto por cinco meses e sete dias, sendo demitido em junho de 2011. Já no segundo mandato, o primeiro ministro a deixar o cargo foi Cid Gomes, da Educação, demitido após 2 meses e 18 dias na função.