Por Luiz Felipe Barbiéri, g1 — Brasília


Jurista Dalmo Dallari morre em São Paulo aos 90 anos

Jurista Dalmo Dallari morre em São Paulo aos 90 anos

Políticos e autoriddes lamentaram nesta sexta-feira (8) a morte do jurista Dalmo Dallari, professor emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e um dos maiores expoentes da área no país.

Em nota, a família declarou que Dallari deixou esposa, sete filhos, 13 netos e dois bisnetos, além de "várias gerações de alunos e seguidores, aos quais se dedicou em mais de 60 anos de magistério e atuação na promoção dos direitos humanos". Segundo familiares, a causa da morte foi um acidente vascular cerebral (AVC).

Veja abaixo a repercussão (por ordem alfabética):

  • Alencar Santana (PT-SP), deputado federal - "Perdemos um grande jurista, um enorme ser humano e um democrata das fontes formais e materiais da sociedade brasileira. Meus sentimentos à família e às pessoas que conviveram com o querido Dalmo Dallari, cuja obra tive o prazer e a honra de estudar na faculdade de Direito."
  • Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal - "A democracia e os direitos fundamentais perderam hoje um de seus maiores defensores. Com inteligência, coragem e sabedoria, Dalmo Dallari foi um exemplo para gerações de professores e estudantes. Tive a honra de ser seu aluno e orientando na USP. Meus sentimentos à sua família."
  • Cármen Lúcia, ministra do Supremo Tribunal Federal - “O exemplo do Professor Dalmo há de se prolongar como inspiração permanente para o ânimo cívico e a esperança cidadã a lembrar o brasileiro de seu compromisso com o Brasil democrático, justo e solidário, pelo qual ele tanto lutou. Um dos grandes constitucionalistas brasileiros, o professor Dalmo de Abreu Dallari é referência de um homem bom, culto, suave e firme em suas convicções e lutas, mestre de gerações de estudiosos do Direito. À família, a solidariedade pela dor que a saudade impõe.”
  • Dilma Rousseff, ex-presidente da República - "Com a morte de Dalmo Dallari, o Brasil perde um dos maiores juristas de sua história e um grande defensor da democracia e do estado de direito. Dallari sempre esteve do lado certo da história: contra os golpes, como o que foi cometido contra mim, e contra violência do estado."
  • Eduardo Suplicy (PT-SP), vereador - "Com tristeza que transmito o falecimento do prof. Dalmo de Abreu Dallari, aos 90 anos, no Hosp. Osvaldo Cruz, de insuficiência respiratória. O professor Dalmo foi um extraordinário defensor dos direitos humanos e exemplo para todos nós, para seus 7 filhos, netos e bisnetos."
  • Flávio Dino, ex-governador do Maranhão - "Todos nós que compomos o pensamento jurídico progressista no Brasil tivemos no prof. Dalmo Dallari um farol a orientar a nossa navegação. Formou gerações em todo o país, com seus livros, palestras, entrevistas. Minhas homenagens."
  • Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal - "Morreu o Professor Dalmo de Abreu Dallari, aos 90 anos. Grande jurista e amigo querido, foi um dos símbolos da resistência democrática no Brasil. Seus livros ensinaram e inspiraram muitas gerações de estudantes. Luto no direito constitucional brasileiro."
  • Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal - “Manifesto toda minha solidariedade aos parentes, amigos e alunos do professor Dalmo de Abreu Dallari, grande constitucionalista e defensor dos direitos humanos. Os ensinamentos do excepcional jurista e a sensatez do brilhante homem permanecerão na história do direito e do Brasil.”
  • Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente da República - “O Brasil perdeu hoje um dos seus maiores juristas e defensores dos direitos humanos, o professor Dalmo de Abreu Dallari. Ao longo de 90 anos de vida e mais de 60 anos de atuação profissional, sua trajetória de luta pela democracia foi uma inspiração. Um grande ser humano e um brasileiro imprescindível. Após se tornar professor da Faculdade de Direito da USP em 1964, Dalmo ajudou a criar a Comissão Pontifícia de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo em 1972, que denunciou as torturas da ditadura militar e defendeu os direitos de inúmeras vítimas da repressão. Entre agosto de 1990 e dezembro de 1992, ele foi secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura do Município de São Paulo, na gestão da prefeita Luiza Erundina. Meus sentimentos à esposa, filhos, netos, bisnetos, alunos, colegas e admiradores.”
  • Paulo Teixeira (PT-SP), deputado federal - "Hoje nos deixou o professor Dalmo de Abreu Dallari. Ele contribuiu imensamente na minha formação jurídica e para a minha crença inquebrantável na democracia. Pude beber dos seus ensinamentos desde a minha adolescência. Meus sentimentos à sua família."
  • Ricardo Lewandowski, ministro do Supremo Tribunal Federal: “Como discípulo e orientando do Prof. Dalmo Dallari, lamento profundamente o desaparecimento desse grande brasileiro, jurista de profundas convicções humanísticas, cujo nome entrará para a história por sua luta incansável pela redemocratização do país.”

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