Por Gustavo Garcia, Fábio Amato e Fernanda Vivas, G1 e TV Globo — Brasília


Câmara aprova em 2º turno texto-base da reforma da Previdência

Câmara aprova em 2º turno texto-base da reforma da Previdência

A Câmara dos Deputados abriu na noite desta terça-feira (6) a sessão destinada à análise, em segundo turno, da proposta de reforma da Previdência.

O texto-base foi aprovado no início da madrugada de quarta-feira (7). Os destaques serão analisados nesta quarta.

Em julho, a Câmara aprovou a reforma em primeiro turno por 379 votos a 131. Por ser emenda à Constituição, o texto precisa ser submetido ao segundo turno de votação para, se aprovado, ser enviado ao Senado.

A votação em segundo turno acontece da seguinte maneira:

  • discussão;
  • votação do texto-base (aprovado em primeiro turno);
  • votação dos destaques (propostas de deputados para retirar alguns trechos).

Deputados reunidos no plenário da Câmara durante a discussão, em segundo turno, da reforma da Previdência — Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Antes de iniciarem a discussão sobre a reforma, porém, os deputados aprovaram a chamada "quebra de interstício".

Isso porque, por ser emenda à Constituição, é exigido o intervalo de cinco sessões entre a votação em primeiro turno e a votação em segundo turno – a quebra foi aprovada na quarta sessão.

Além disso, os deputados rejeitaram um requerimento do PSOL que pedia a retirada de pauta da reforma da Previdência.

Nas votações:

  • o texto-base será aprovado se tiver os votos de pelo menos 308 dos 513 deputados;
  • os destaques serão aprovados se menos de 308 deputados votarem contra as mudanças.

Negociação

A continuação da análise da reforma da Previdência acontece no primeiro dia de votações no plenário da Câmara depois do recesso parlamentar.

A sessão para votar a reforma em segundo turno demorou a começar porque Maia esperou que o número de deputados presentes chegasse a 500.

Além disso, houve uma série de reuniões entre parlamentares. O líder da oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), disse que os trabalhos atrasaram porque alguns deputados pressionam pela liberação de recursos de emendas parlamentares para concluir a votação da PEC.

Deputados favoráveis à reforma, no entanto, negam que estejam fazendo pressão por recursos. Eles afirmam que a Câmara tem consciência da importância da aprovação da reforma previdenciária e que a não liberação de emendas não é um impeditivo.

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