21/02/2014 15h12 - Atualizado em 21/02/2014 15h12

PGR conclui tradução e pedirá extradição de Pizzolato nesta segunda

Documentos sobre prisão de condenado no mensalão serão revisados.
Pedido será feito ao Ministério da Justiça, que remeterá ao governo da Itália.

Mariana OliveiraDo G1, em Brasília

A Procuradoria Geral da República informou nesta sexta-feira (21) que concluiu a tradução de documentos que permitirão a apresentação do pedido de extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão e preso na Itália. O pedido de extradição de Pizzolato deve ser enviado ao Ministério da Justiça nesta segunda (24).

Após fugir do Brasil, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil foi preso no dia 5 de fevereiro em Maranello, cidade famosa por abrigar a fábrica e museu da Ferrari e está atualmente detido em Modena. Pizzolato foi preso com documentos falsos e indiciado pela polícia italiana.

O prazo para o governo brasileiro remeter o pedido formal de extradição às autoridades italianas termina na segunda quinzena de março. O Ministério da Justiça repassará via diplomacia brasileira o pedido para que o condenado no mensalão volte ao Brasil para cumprir a pena imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) durante o julgamento do caso do mensalão.

Segundo a Procuradoria, os documentos traduzidos ainda serão revisados. Entre estes documentos estão a decisão do Supremo que condenou o ex-diretor do BB.

Foram traduzidas 70 páginas do processo do mensalão. Pela estimativa da PGR, o total foi de 140 laudas, com custo unitário de R$ 26. O valor total gasto para a tradução foi de R$ 3,6 mil.

A extradição ocorre quando um país reclama o envio de um condenado ou processado em suas terras para que cumpra a pena ou responda ao processo.

O caso de Pizzolato, no entanto, é polêmico porque ele tem dupla cidadania e, por isso, o governo italiano pode se recusar a extraditá-lo.

Pizzolato foi condenado no processo do mensalão a 12 anos e 7 meses de prisão por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro.

O mandado de prisão contra ele foi expedido no dia 15 de novembro do ano passado. Pela decisão do STF, a pena deve ser cumprida em regime fechado, em presídio de segurança média ou máxima.

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