16/11/2013 10h26 - Atualizado em 16/11/2013 12h30

Dirceu e Genoino serão transferidos neste sábado para Brasília

Os dois se entregaram na noite de sexta após mandado do STF.
Expectativa é de que eles deixem sede da PF ainda nesta manhã.

Letícia MacedoDo G1, em São Paulo

José Luís de Oliveira e Marco Aurélio de Carvalho (Foto: Letícia Macedo/G1)Os advogados José Luís de Oliveira Lima
(de terno) e Marco Aurélio de Carvalho
(Foto: Letícia Macedo/G1)

Condenados no processo do mensalão, o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) José Genoino e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu serão transferidos ainda neste sábado (16) para a sede da Polícia Federal em Brasília. Os dois se entregaram na noite de sexta-feira (15) após a expedição do mandado prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A expectativa é de que eles deixem a sede da Polícia Federal, na Lapa, Zona Oeste de São Paulo, ainda nesta manhã. O voo que os levará para a capital federal partirá do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul.

O advogado de Genoino, Marco Aurélio de Carvalho, e o advogado do José Dirceu, José Luís de Oliveira Lima, chegaram na manhã deste sábado à sede da Polícia Federal em São Paulo.

Em São Paulo, o primeiro a se entregar foi José Genoino, que chegou à sede da PF por volta 18h20. Em nota divulgada antes de sair da sua casa, na Zona Oeste da capital paulista, Genoino disse que cumpriria a condenação com indignação e afirmou que se considera inocente. José Dirceu afirmou que a prisão é injusta, mas que cumprira a decisão.

Na tarde de sexta-feira foram expedidos mandados de prisão para 12 dos 25 condenados no processo do mensalão. Até as 22h50, dez dos 12 condenados já haviam chegado a sedes da Polícia Federal: José Genoino, José Dirceu (SP); Marcos Valério, Ramon Hollerbach, Simone Vasconcelos, Cristiano Paz, Romeu Queiroz, Kátia Rabello e José Roberto Salgado (MG); e Jacinto Lamas (DF).  Delúbio Soares deve se apresentar neste sábado, em Brasília, segundo informou o advogado. Henrique Pizzolato não foi localizado por agentes da PF.

Em julgamento realizado em 2012, sete anos depois que o escândalo estourou durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o STF considerou que um grupo comandado por José Dirceu, então chefe da Casa Civil, operou um esquema de compra de votos no Congresso (saiba as conclusões do julgamento).

Depois de uma fase em que as penas foram definidas ainda em 2012 (dosimetria) e um período em que os réus puderam apresentar recursos contra as decisões, o STF julgou esses recursos até setembro, aceitando parte deles e rejeitando outros. No dia 13 de novembro, o tribunal decidiu que já era possível fazer cumprir as penas definitivas (transitadas em julgado), mesmo que o réu ainda pudesse recorrer de parte das condenações.

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