16/11/2013 10h56 - Atualizado em 16/11/2013 12h28

Café de Dirceu e Genoino na PF teve pão com manteiga e fruta

Genoino passou a noite na cela 2, e Dirceu, na cela 4.
Eles serão transferidos ainda neste sábado para Brasília.

Letícia MacedoDo G1, em São Paulo

Condenados no processo do mensalão, o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) José Genoino e o ex-chefe da casa civil José Dirceu passaram a noite na carceragem da Polícia Federal, na Lapa, Zona Oeste de São Paulo. Na manhã deste sábado (16), eles aguardavam a transferência para Brasilia. De acordo com um agente da Policia Federal, Genoino passou a noite na cela 2, e Dirceu, na cela 4. Nesta manhã, eles receberam pão com manteiga, café com leite e uma fruta.

Por volta das 10h30, os advogados Marco Aurélio de Carvalho (Genoino) e José Luis de Oliveira Lima (Dirceu), chegaram para visitar os seus clientes. De acordo com a Polícia Federal, eles serão transferidos ainda neste sábado para Brasília. O voo que os levará para a capital federal partirá do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul.

Em São Paulo, os dois se entregaram na noite de sexta-feira (15) após a expedição do mandado prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O primeiro a se entregar foi José Genoino, que chegou à sede da PF por volta 18h20.

Em nota divulgada antes de sair da sua casa, na Zona Oeste da capital paulista, Genoino disse que cumpriria a condenação com indignação e afirmou que se considera inocente. José Dirceu afirmou que a prisão é injusta, mas que cumprira a decisão.

Na tarde de sexta-feira foram expedidos mandados de prisão para 12 dos 25 condenados no processo do mensalão. Até as 22h50, dez dos 12 condenados já haviam chegado a sedes da Polícia Federal: José Genoino, José Dirceu (SP); Marcos Valério, Ramon Hollerbach, Simone Vasconcelos, Cristiano Paz, Romeu Queiroz, Kátia Rabello e José Roberto Salgado (MG); e Jacinto Lamas (DF).  Delúbio Soares deve se apresentar neste sábado, em Brasília, segundo informou o advogado. Henrique Pizzolato não foi localizado por agentes da PF.

Em julgamento realizado em 2012, sete anos depois que o escândalo estourou durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o STF considerou que um grupo comandado por José Dirceu, então chefe da Casa Civil, operou um esquema de compra de votos no Congresso (saiba as conclusões do julgamento).

 

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