Eleição em Números

Por Lucas Gelape, G1


Levantamento do G1 com base nas votações por seção eleitoral das 14 UFs onde ocorreram as votações para presidente e governador no 2º turno mostra que, na maioria deles, houve uma dobradinha vitoriosa considerando os representantes dos dois cargos. Nesses estados, onde o número de urnas vencidas tanto pelos candidatos mais votados a governador como para presidente foi mais expressivo, a relação de apoio era clara para um dos lados.

Os resultados das seções eleitorais correspondem ao de cada urna individualmente, sendo o resultado de votação mais desagregado disponibilizado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Segundo o Código Eleitoral, cada seção tem, em regra, um mínimo de 50 eleitores e um máximo de 400 (caso estejam instaladas em capitais) ou 300 eleitores (nas demais cidades).

As dobradinhas nos estados — Foto: Igor Estrella/G1 Arte

Nos casos de ambos os candidatos serem do mesmo partido, o percentual mínimo de urnas vencidas foi no Rio Grande do Norte, onde 69% das seções eleitorais foram vencidas tanto por Fernando Haddad quanto por Fátima Bezerra.

Já nos três estados onde um candidato do PSL disputava a cadeira de governador, as urnas em que tanto Jair Bolsonaro quanto o candidato do partido prevaleceram correspondem a 94% das urnas de Rondônia, 92,4% de Santa Catarina e 72,3% de Roraima.

Em Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD) apoiava Fernando Haddad, enquanto seu adversário – Valadares Filho (PSB) – se manteve neutro. Nesse estado, 87,7% das urnas registraram vitória simultânea de Belivado e Haddad.

No Distrito Federal, Rio de Janeiro e Minas Gerais, os candidatos vitoriosos – Ibaneis Rocha (MDB-DF), Wilson Witzel (PSC-RJ) e Romeu Zema (Novo-MG) – declararam voto no presidente-eleito Jair Bolsonaro, apesar de não terem recebido apoio do então candidato. Nos três estados, os adversários – Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Eduardo Paes (DEM-RJ) e Antonio Anastasia (PSDB-MG) – se declararam neutros. Nesses casos, os candidatos vitoriosos a presidente e governador venceram em 85,6% das seções eleitorais do DF, 78,7% do Rio de Janeiro e 68,1% de MG.

São Paulo

Em São Paulo, apesar do apoio de João Doria a Jair Bolsonaro, as urnas em que ambos candidatos foram vitoriosos simultaneamente não somaram mais de 60% das urnas. Apesar da relação positiva entre a votação de Doria e de Bolsonaro na maioria das urnas do estado, a votação no tucano foi praticamente um piso da votação do presidenciável do PSL. Em somente 0,2% (181) das urnas do estado, a votação do governador-eleito superou a do presidente-eleito.

Votação em Bolsonaro e Doria em SP — Foto: Igor Estrella/G1

Ainda em São Paulo, a votação de Haddad teve um comportamento inverso em relação à votação de Marcio França: a quantidade de votos do atual governador se assemelhou a um teto para a votação do ex-prefeito. Somente em 2,4% das urnas a votação do petista foi maior que a do atual governador.

Votação em Haddad e França em SP — Foto: Igor Estrella/G1

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