Blog do Valdo Cruz

Por Valdo Cruz

Comentarista de política e economia da GloboNews.

g1 e GloboNews — Brasília


Lula em 28 de novembro de 2024 — Foto: Reuters/Adriano Machado

Interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendem que ele convoque, na semana que vem, uma reunião do Conselho Político da Coalizão para pedir apoio oficial ao pacote fiscal.

🔎O Conselho é formado pelos 16 partidos da base aliada. Os representantes são os presidentes e líderes destas legendas, além dos líderes do governo no Congresso, Senado e Câmara.

Em seus governos passados, Lula costumava sempre acionar o conselho quando havia dificuldades na votação de matérias prioritárias no Legislativo. Em seu terceiro mandato, isso não tem ocorrido.

A convocação daria à votação do pacote fiscal, segundo aliados do presidente, o caráter de prioridade total do governo neste fim de ano, passando a mensagem de que os partidos que têm ministérios e cargos no governo precisam garantir votos para as medidas.

Pacote fiscal inclui regras mais rígidas para acesso de benefícios sociais

Pacote fiscal inclui regras mais rígidas para acesso de benefícios sociais

Além disso, o governo tem sinalizado que a posição dos aliados nas votações deste ano vai pesar numa reforma ministerial, que deve ocorrer em fevereiro do ano que vem, após a eleição dos novos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados.

Enquanto isso, diante da dificuldade na votação do pacote fiscal no Congresso, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, chamou os ministros políticos em seu gabinete para pedir a eles que entrem em campo em busca de votos.

Segundo ministros que se reuniram com Padilha, a orientação é conversar com os deputados de suas bancadas para solicitar um esforço final neste ano para aprovar as medidas fiscais.

Apesar dos tropeços e insatisfações na base aliada, o governo Lula acredita que obteve alguns êxitos, com o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), votando a urgência dos projetos de lei do pacote fiscal, preparando o terreno para votação em plenário na semana que vem.

Só que PSD e União Brasil já deixaram claro que a votação dos projetos vai depender de negociações com o Palácio do Planalto para curar as feridas deixadas pela sucessão da Câmara dos Deputados e a liberação de emendas parlamentares.

Os dois partidos tinham candidatos à sucessão de Arthur Lira, mas acabaram sendo preteridos em nome do candidato do atual presidente da Câmara, o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), que deve ser eleito em fevereiro.

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!