Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, deixa prisão após ordem de Moraes
O coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), teve liberdade decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Ele deixa a prisão ainda nesta quinta-feira (16), após cumprir os procedimentos finais para a saída da cadeia no Setor Militar Urbano. Como parte de sua liberdade condicional, Câmara usará uma tornozeleira eletrônica.
Procurada pelo blog, os advogados de defesa de Câmara, Eduardo e Christiano Kuntz, disseram o seguinte: "a defesa comemora o restabelecimento parcial de sua liberdade e aguarda o desenrolar do caso para provar que Marcelo Câmara sequer deveria estar nele".
Além de usar tornozeleira eletrônica, Câmara não poderá deixar Brasília e terá que se apresentar ao Juízo da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal semanalmente.
Ele também terá seu porte de arma de fogo e registro CAC cancelado, de acordo com a decisão de Moraes, além de não poder manter comunicação com nenhum dos demais investigados do caso, inclusive por intermédio de terceiros.
Coronel Marcelo Câmara foi assessor especial de Jair Bolsonaro — Foto: Reprodução
Câmara foi preso em 8 de fevereiro por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal (PF), que investiga a tentativa de dar um golpe de Estado durante o governo Bolsonaro e invalidar as eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Uma semana após a prisão, a defesa do ex-assessor de Bolsonaro, tinha pedido revogação da prisão, que foi negada por Moraes.
Segundo as investigações, Câmara atuava coletando informações que “pudessem auxiliar a tomada de decisões do então Presidente da República Jair Bolsonaro na consumação do Golpe de Estado”.
O militar do Exército também é suspeito de participar de “monitoramento do itinerário, deslocamento e localização do Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e de possíveis outras autoridades da República com objetivo de captura e detenção quando da assinatura do decreto de Golpe de Estado”.