Blog do Camarotti

Por Pedro Figueiredo

Repórter da GloboNews no Congresso Nacional


Deputados Antônio Brito (esq.) e Elmar Nascimento (dir.) em ato de apoio a Evandro Leitão (ao centro) — Foto: Redes sociais/Reprodução

A disputa pelas eleições do comando da Câmara levou deputados a fazerem "gestos" já agora, com meses de antecedência e aproveitando as eleições municipais.

Nesta sexta-feira (18), por exemplo, os deputados Antonio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União-BA) desembarcaram em Fortaleza para um ato de campanha de Evandro Leitão (PT), candidato a prefeito na disputa de segundo turno contra André Fernandes (PL).

Brito e Nascimento não são do PT nem do Ceará, mas disputam com o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) o apoio do Partido dos Trabalhadores na sucessão de Arthur Lira (PP-AL).

Acompanhados de outros deputados federais do União e do PSD, os postulantes à presidência da Câmara estiveram ao lado de Evandro Leitão em um ato em Fortaleza.

O convite veio do ministro da Educação e ex-governador do Ceará, Camilo Santana, do PT. Depois, Brito e Elmar participaram de um jantar regado a frutos do mar, promovido pela coordenação da bancada do Ceará.

A disputa pela prefeitura de Fortaleza está acirrada e é considerada estratégica pelo governo. O PT não venceu em nenhuma capital no primeiro turno.

Elmar Nascimento e Antonio Brito participam juntos de ato do candidato do PT em Fortaleza

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Aproximação com o governo

O gesto mostra mais uma tentativa de aproximação de Brito e, principalmente, Elmar com o governo.

O União Brasil lançou a candidatura de Capitão Wagner à prefeitura. Derrotado no primeiro turno, Wagner decidiu apoiar o candidato do PL.

Mesmo assim, Elmar, que é o líder do partido na Câmara, foi à capital para afirmar seu apoio ao candidato do PT.

Nesta semana, a bancada do PT jantou com Hugo Motta – o candidato apoiado por Arthur Lira. O líder do partido na Câmara, deputado Odair Cunha (PT-MG), disse que avalia se o PT continuará no bloco com Lira ou se fará outro movimento.

O próprio Lira voltou a se envolver na disputa. Líderes partidários dizem que a interlocutores ele afirmou que o acordo de rodízio na presidência da Comissão de Constituição e Justiça poderia não ser respeitado, caso União Brasil e MDB não estiverem no mesmo bloco de Hugo Motta.

Pelo que foi combinado entre os partidos, o PT ficaria com a presidência da comssão mais importante da Câmara no primeiro ano; o PL no segundo; MDB e União nos dois últimos.

Só que o líder do União é Elmar Nascimento que, agora, rompeu com Lira e manteve sua candidatura à presidência da Câmara.

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