Blog da Cristiana Lôbo

Por Cristiana Lôbo

Jornalista, acompanha de perto os bastidores do governo e a política brasileira. Comentarista do 'Jornal das Dez', da GloboNews


O governo prepara a proposta que enviará ao Congresso Nacional para unificar o Bolsa Família e alguns programas sociais existentes. O novo programa, Renda Brasil, poderá pagar até R$ 300 por mês aos beneficiários. O valor ainda poder mudar, dependendo do número de programas a serem incorporados.

A proposta ainda está em estudo no governo, mas uma das ideias é mudar o conceito do programa: para ter acesso ao Bolsa Família, o candidato não pode trabalhar; o "Renda Brasil" permitirá que o beneficiário tenha outra fonte de renda, mantendo o recebimento do benefício.

A expectativa do governo é que o Renda Brasil e o Carteira Verde Amarela estejam prontos em outubro, sucedendo o auxílio emergencial, prorrogado nesta terça-feira (30).

Auxílio emergencial

O governo quer estabelecer um cronograma diferente para o pagamento das parcelas. Como as parcelas da primeira etapa ainda estão sendo pagas, o governo pretende pagar a primeira parcela da nova etapa em agosto.

A ideia é pagar:

  • R$ 500 no dia 1º de agosto;
  • R$ 100 no dia 31 de agosto;
  • R$ 300 no dia 1º de setembro;
  • R$ 300 no dia 30 de setembro.

Tudo isso para o que o governo chama de "aterrissagem" dos programas para dar início à implementação do Renda Brasil.

'Turbinar' programas sociais

O governo quer "turbinar" os programas sociais porque viu a necessidade de o presidente Jair Bolsonaro ampliar a base de apoio entre os mais pobres, uma vez que está perdendo apoio na classe média das regiões metropolitanas.

O apoio de mulheres mais pobres, justamente as beneficiárias do Bolsa Família e do auxílio emergencial, apontou a pesquisa Data Folha desta semana, garantiu ao presidente Bolsonaro permanecer na faixa de 30% de apoio.

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