O Assunto

Por Renata Lo Prete


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Enquanto a Rússia avança sobre o leste da Ucrânia, a comunidade internacional vai anunciando represálias econômicas. “Elas são um tipo de pressão, sem caráter bélico”, resume Fernanda Magnotta, pesquisadora do Centro Brasileiro de Relações Internacionais. Neste episódio, a professora começa por resgatar exemplos históricos do uso desse instrumento de dissuasão, destacando diferentes medidas impostas pelos Estados Unidos contra Cuba, Iraque e Irã, além da própria Rússia, quando esta anexou a Crimeia, em 2014. Se naquela ocasião Vladimir Putin conseguiu se virar sem maiores concessões, agora isso é ainda mais provável, explica Fernanda, pelo menos no curto prazo, porque o governo russo vem aumentando sua poupança em ouro e hoje tem patamar confortável de reservas internacionais. Providências que lhe “dão fôlego” caso tenha que socorrer bancos oficiais, integrantes da elite econômica e parlamentares atingidos pelas sanções. Na conversa com Renata Lo Prete, Fernanda avalia o alcance desses bloqueios financeiros e comerciais, apontando um paradoxo: quanto mais amplos, maior a chance de atingirem seu objetivo coercitivo; por outro lado, maior a probabilidade de um efeito bumerangue, com perdas não apenas para a Rússia. Esse “movimento em cadeia” tende a atingir, de imediato, os preços da energia e dos alimentos em escala global, com “mais pressão inflacionária”.

O que você precisa saber:

O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Isabel Seta, Arthur Stabile, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski, Gustavo Honório e Eto Osclighter. Apresentação: Renata Lo Prete.

— Foto: Comunicação/Globo

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