Iscas de Oscar
Ontem tentei achar no site mais popular de compra de ingressos o que ia entrar em cartaz nesta sexta-feira. Não tive sucesso. Há menos de um mês da maior festa do cinema americano, um endereço que deveria estar festejando a data oferece ingressos para estreias da semana anterior, que nem sequer foram cogitados para a premiação (ainda bem!) – como “47 ronins”, “O herdeiro do diabo”, e “A menina que roubava livros”. Ok, “A menina” está indicado para melhor trilha sonora original, mas você entende o que eu quero dizer?
“12 anos de escravidão”, “Filomena”, “Ela”, “Nebraska”, “Trapaça”, “Clube de compras Dallas” (se é que o título em português de “Dallas Buyer’s Club” é este mesmo!) – se você quiser alguma informação sobre a chegada dessas filmes nas nossas telas, boa sorte… Não, não sou tão atrapalhado assim com internet a ponto de não conseguir saber essas datas, se eu realmente fuçar: “12 anos” chega depois do Carnaval, dia 28; “Trapaça” deve estrear amanhã (embora você não descubra isso no site de ingressos…); “Ela” estará nas telas dia 14 etc. Mas por que tanto mistério?
Eu ainda desconfio que as distribuidoras consideram o período de janeiro e fevereiro como férias escolares – o que é verdade (a não ser pelo fato de este ano elas terem sido abreviadas nesta época por conta dos jogos da Copa do Mundo). Com isso, a melhor “janela” para assistirmos a filmes que estão concorrendo ao Oscar é desperdiçada com produções “para toda a família”, tipo “Caminhando com dinossauros” e “Tarzan – a evolução da lenda” (pode imaginar uma criança pedindo para os pais para ver um filme que tem a palavra “evolução” no título?).
Não que estejamos totalmente “na seca” com relação ao Oscar. “Gravidade” – que é um bom concorrente – já foi visto por muita gente por aqui. Idem “Capitão Phillips”. E “O lobo de Wall Street” (do qual já vou falar mais) está enchendo salas pelo Brasil. Mas outros seis dos nove títulos indicados a melhor filme aguardam as idiossincrasias das distribuidoras, como se eles estivessem realmente esperando o melhor palpite da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas para maximizar o número de salas para um possível filme campeão…
Eu diria que eles estão perdendo um enorme público potencial. E não falo apenas dos cinéfilos obcecados com premiações – categoria na qual me incluo -, mas também de uma legião de pessoas que poderiam escolher o ar-condicionado do cinema como um refúgio para essas tardes de verão, as mais quentes desde … (complete com a informação mais recente do seu noticiário favorito). Estou aqui fazendo uma pequena confissão: eu mesmo, prostrado de calor na última segunda-feira (minha folga), procurei um complexo de cinema que me permitisse assistir a pelo menos dois filmes em salas refrescantes!
E foi assim que fui ver “Gloria” e “Fruitvale station – a última parada”. Nessa ordem – que, como avaliei depois, não foi a melhor escolha. Nenhum dos dois filmes é excelente. São bons trabalhos, com performances estupendas de seus atores principais. Mas no “corpo a corpo”, “Gloria” é um filme mais interessante, com um final meio mal resolvido, mas com uma atuação magistral de Paulina Garcia. Michael B. Jordan é também um ator incrível, mas faz um papel bem mais fácil que o do filme chileno. Viver uma vítima de preconceito racial em Los Angeles já é quase um clichê (o que não diminui em nada a importância da história – real – que é contada em “Fruitvale”). Agora, interpretar uma mulher mais velha (mais velha que a própria atriz que a está vivendo) que tem que lidar com a solidão, o tédio, e ainda driblar um “adolescente” de 60 anos (seu pretendente, na velha escola dos homens que nunca deixam de ser cafajestes)? Isso sim, merece um Oscar.
Um Oscar que, aliás, Paulina nunca vai ganhar… Como Fernanda Montenegro – mais merecedora ainda na época, por “Central do Brasil” – não ganhou. Isto não é um protesto – seria tolo de minha parte ficar lamentando aqui que artistas estrangeiras não tem vez. O Oscar, para que ninguém esqueça, é a festa do cinema americano, e é isso que eles sempre vão promover. Se por ventura algum prêmio sair muito distante dessa galáxia – como raras vezes acontece (pense em Penélope Cruz) – é porque a própria Hollywood tem interesse em trabalhar com aquela pessoa. Se não… Bem, mas eu divago!
De volta a “Gloria”, o filme é Paulina Garcia. Seu rosto – que em vários momentos me fez lembrar da Tootsie, de Dustin Hoffmann – é um poço de expressões sutis. A minha favorita é quando, no aniversário de seu filho, ela vê seu ex-marido tentar um contato físico com a filha e ser rejeitado por ela: Gloria desloca o mínimo de músculos do seu rosto para demonstrar um extremo desconforto com a situação. Mas esta é apenas um dos meus momentos prediletos (o da “vingança do paintball” é certamente outro, bem como o sorriso que Gloria dá quando é abordada pela primeira vez por Rodolfo). Dirigido com simplicidade e elegância por Sebastián Lelio (“Sagrada família”), “Gloria” é mais um ótimo exemplo de que o melhor do cinema latinoamericano atualmente está vindo do Chile.
“Fruitvale” é um filme que já nasceu premiado. Seu assunto é irresistivelmente emocionante: uma história real, de um jovem (22 anos) que foi assassinado pela polícia de Los Angeles numa noite de reveillon, numa estação de metro (Fruitvale) . Como todo o incidente foi registrado por câmeras de celulares, de vários passageiros que estavam dentro dos vagões (uma dessas imagens abre o filme), o trabalho cuidadoso do diretor Ryan Coogler foi reconstruir as últimas 24 horas da vida da vítima, Oscar Grant. E isso ele fez com enorme sensibilidade.
Coogler “deu sorte”. Oscar teve não apenas um fim trágico, mas também tinha uma história recente emocionante – da sua filha pequena, que o adora, à decisão de deixar de vender drogas. Some a isso o aniversário de sua mãe (interpretada pela sempre ótima Octavia Spencer), que era justamente no dia 31 de dezembro – e pronto! Pode preparar o lenço, porque você vai chorar – mesmo sabendo o desfecho da história. No entanto, para um público brasileiro, um destino absurdo como o de Oscar é uma triste rotina, que bateu duro aqui neste espectador. Claro que fiquei emocionado com a mini saga, mas o que mexeu mesmo comigo foi a própria iniciativa de contar a história do Oscar num filme.
Por uma estranha conexão, lembrei-me de uma notícia do dia (era segunda-feira), sobre a manifestação de Rihanna com relação à morte de um fã seu brasileiro, assassinado em Sergipe. Para quem não viu, Rihanna mostrou-se indignada, pelo seu Twitter, com a morte de Tiago Sobral Valença, de 14 anos de idade. Fiquei pensando como aquela notícia primeiro chegou até Rihanna (sim, o amigo de Tiago mandou, mas mesmo assim, esse percurso é longo), e depois na reação da cantora. Engajada, ela mandou uma mensagem breve e carinhosa, como se fizesse questão de dizer: “Isso é um absurdo!”.
E é mesmo. Quando alguma coisa tão brutal assim acontece nos Estados Unidos, as pessoas saem nas ruas, cantam canções, fazem filmes – tipo “Fruitvale”. Aqui? Essa é só mais uma notícia que quase ninguém registra, antes de ouvir sobre o futebol… Porém, mesmo depois dessa reflexão toda, não fiquei muito envolvido com o filme. Será que ando meio insensível? Em minha defesa digo que a mesma temporada de Oscar que me anima, também funciona como uma espécie de anestesia, com filmes previsivelmente concebidos para brilhar no grande prêmio.
Caso em questão: “O lobo de Wall Street”. Direção? Martin Scorsese! Estrelando? Leonardo DiCaprio! Sobre o quê? Sexo, drogas e muito dinheiro (não estranhe, ninguém mais faz um filme com “rock n’roll” no final dessa trilogia há muito tempo…). A combinação é totalmente poderosa e… previsível. Tudo calculado nos mínimos detalhes para que “O lobo” fosse uma boa isca de Oscar. Ainda não vi “Trapaça”, mas tudo indica que ele faz parte desse mesmo grupo. Todo ano tem um ou dois – ou três – filmes assim. Tudo bem.
O que a gente não pode achar é que isso é o que se está fazendo de melhor no cinema americano. Veja bem, “Lobo” é um ótimo entretenimento. Se eu mesmo fizesse parte da Academia, eu brigaria para dar a ele, no mínimo, o Oscar de melhor edição – uma categoria para a qual, ironicamente, ele nem está indicado. Scorsese mais uma vez mostra que é muito bom no que faz, mas será que merece ser premiado por esse filme?
Vejamos. Primeiro, ele é longo demais – mas isso não é exatamente um obstáculo para este blogueiro que tanto gosta de textos longos. Por exemplo, vi “Azul é a cor mais quente” e não tiraria nem um minuto das suas mesmas três horas. Mas a narração é por vezes insuportável – e cenas e diálogo se arrastam muito tempo depois de justificarem sua inclusão. DiCaprio se esforça para não ser Gatsby – ou Hoover, ou Howard Hughes – mas em cada close o que vemos é aquela cara conhecida, talvez já um pouco marcada pelo tempo. Com Scorsese, ele trabalha em uma zona de conforto – como um ator de novela que volta sempre ao mesmo personagem. E nós, que aprendemos a gostar dele depois de anos de exposição, dificilmente questionamos sua atuação. “Lobo” é um bom momento para você avaliar isso – e meu palpite é que você vai encontrar o “bom e velho Leo” por trás da máscara de Jordan Belfort.
Ele é o personagem principal de “Lobo de Wall Street”, e chega às telas com um “timing” impressionante: bem na hora que todo mundo está odiando aquela categoria de profissionais que faz dinheiro de um jeito só: mexendo com o dinheiro dos outros. E, no caso de Jordan, jogando esse mesmo dinheiro pela janela. Não foi ontem mesmo que um punhado de pessoas se batizaram de “Occupy Wall Street”?
Pois é, mas algo de muito estranho acontece ao longo de “Lobo”: nós vamos ficando fascinados com aquele personagem. E aos poucos ele é um objeto não de escárnio, mas de inveja. Isso mesmo: antes mesmo de ele se tornar mega milionário, já queremos seu estilo de vida. Está errado – sua consciência vai logo te lembrar. Mas é assim que nós somos. E acho que não preciso de um filme como “O lobo de Wall Street” para me lembrar disso. É divertido? É. Serve como isca de Oscar? Serve. Mas é bom mesmo? Bom, isso é com você.
Eu mesmo prefiro filmes que fiquem comigo mais tempo do que os minutos que separam a sala de cinema do estacionamento do shopping. Filmes como “Pais e filhos”, por exemplo, do japonês Hirozaku Koreeda. Incrível como toda vez que penso em falar neste filme, já escrevi demais… Mas de todos que comentei aqui hoje, este é realmente o único que eu recomendo. Pelo menos até “Ela” estrear. Ah se eu pudesse descobrir quando, naquele site de ingressos…
O refrão nosso de cada dia: “Do it like a robot”, Princess Superstar – para sair do “piloto automático” (a tal “isca de Oscar” que falei hoje), nada melhor que essa doida, que é a rapper mais injustamente desconhecida que eu conheço. A música original já é boa. Mas remixada por DJ Hell, assume contornos de obra-prima. Tudo que ela não está fazendo é repetindo as coisas como um robô… Como todo mundo adora fazer…
13 fevereiro, 2014 as 11:53 am
Meu favorito é Matthew McConaughey e meu favorito (ainda nao vi 12 anos de escravidao).
Achei Leo fantastico em Lobo,mas nao acho que seja merecedor. Sinceramente, Lobo nao contou nada de novo! O filme é bom devido as boas atuações do elenco. Esperava mais, confesso.
Vi Trapaca, nao achei o filme isso tudo, nao que nao seja bom, e é. E muito diferentemente do que vem circulando na midia, pra mim o melhor no filme e o Cristian Bale! Sensacional!
Quero muito ver Her! Acho que estreia sexta, uma boa pedida!
11 fevereiro, 2014 as 12:08 pm
O ”lobo” também me trouxe um pouco do Gatsby, me esforcei pra gostar desse filme, mas não acredito que seja merecedor do Oscar.
Gravidade foi o primeiro filme que vi em 3D e fiquei alucinada, achei genial.
O jeito é esperar as próximas estreias…. e aguardar seus posts rs.
Um beijo
Celina
10 fevereiro, 2014 as 7:32 am
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
É o seguinte: qdo a gente AMA o que a gente faz a gente se diverte, e muito.
Eu sou dentista e acredite: eu tb me divirto muuuuuuuuuuuuito no meu trabalho e eu juro que não sou sádica rsrs
bj e boa segunda.
9 fevereiro, 2014 as 4:06 pm
Zeca, aproveitando o papo sobre Oscar e cinema, aqui esta um link de uma entrevista que Robert McKee deu a revista Veja. E nessa entrevista ele fala que o cinema e a televisão vão se tornar “um só”. Ele chegou até a dizer que o cinema não existirá mais. Então queria saber sua opinião, você acha mesmo que em um futuro não tão distante, as pessoas podem mesmo deixar de ir ao cinema ?? e como McKee diz “recorrer aos seus netflix” ??
Sei lá, mas é meio frustante imaginar que as salas de cinemas podem ficar vazias.
Link da entrevista: https://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/a-tv-e-o-cinema-vao-ser-uma-coisa-so-na-internet-diz-guru-dos-roteiristas-americanos
Resposta do Zeca – fala Cleiton! Vi essa entrevista, muito boa (e por pouco não fiz um seminário com ele – não tive tempo, infelizmente). Não sei exatamente quando esse futuro que ele diz chega… Mas chega. O cinema, se continuar a existir como hoje, vai ser mais e mais um evento excepcional. O que é um pena… Um abraço!
9 fevereiro, 2014 as 9:09 am
Oi Zeca!!
Por falar em Oscar e todos os que gravitam em torno das produções cinematográficas…
OK, você viu o trabalho do ilustrador e designer, Jeff Victor?
“Em sua série ‘Evolution of Famous Movie Stars’, Jeff nos mostra a evolução de celebridades como Johnny Deep, Tom Hanks e Uma Thurman e suas personagens mais conhecidas. As ilustrações nos fazem relembrar cada filme e suas situações engraçadas, românticas, dramáticas, assustadoras, e até mesmo nos colocam em um mundo encantado, como Sigourney Weaver em ‘Avatar’. Não deixa de ser, também, uma divertida brincadeira tentar adivinhar os nomes das personagens e dos filmes.”
Take a look:
https://obviousmag.org/archives/2013/01/o_cinema_desenhado_por_jeff_victor.html
Bom domingo.
Um abração!!!
Resposta do Zeca – fala Andréia! Mais uma dica boa – e não conhecia nem o obviousmag! Muito bom! Um abração!
8 fevereiro, 2014 as 11:49 pm
Ei lindinho!
Você estava ótimo de Chacrinha no “Cassino do Zequinha”! E a Elke como sempre divina, engraçada, divertida e louca varrida!
Também achei legal as recordações dos anos 80 e, depois o convidado Tiago Abravanel, uma simpatia!
Beijo pra você Zeca.
Di
Resposta do Zeca – fala Dinah! Como eu digo sempre… Nunca me diverti tanto! Mas vem coisas ainda melhores e mais divertidas por aí, como eu conto no post de amanhã! Um abração!
8 fevereiro, 2014 as 9:45 am
Oi, Zeca!
Clima de sessão da tarde – gostei!! hehehe
Esse clima está me dando ânimo, tenho que aproveitar o momento…
Abração!
8 fevereiro, 2014 as 9:30 am
veja o inicio das aulas em anos anteriores, em minha cidade sempre iniciou neste periodo, com copa ou sem copa, falo isto, pq já ouvi falar que até o carnaval foi antecipado, e assim, se uma informação for errada, leva a outra, que se torna, uma grande mentira, e pode se perpetuar..
7 fevereiro, 2014 as 8:02 pm
Oi Zeca ….. então.Eu assisti “Lobos” e gostei muito,mas tb tive a mesma sensação que vc em relação a DiCaprio – difícil olhar pra ele e não lembrar dos outros personagens,porque será? Só tenho essa impressão com ele,com outros não.Gostei da indicação do “Menina” porque li o livro e tb gostei,apesar de não ser uma leitura que flui com facilidade;com certeza foi o que eu mais demorei pra terminar,acho que uns 3 meses ou um pouco mais,mas terminei.Agora estou curiosa para ver o filme e conferir a trilha sonora indicada para o Oscar.E por falar em trilha sonora,a do seriado “A Teia” é ótima…Stones e Nirvana….nem tudo ta perdido rsrsrsrsrs a história ta mto boa tb…já conferiu?
Ah….parabéns! Vc tava mto bem de Chacrinha.
bj e bom fds.
Resposta do Zeca – fala CECÍLIA! Adorei que você reparou na mesma coisa que eu: na trilha da “Teia” – muito boa!!!!! Como a série toda, aliás. Como a gente já esperava… E o Cacrinha? Como eu digo pros meus amigos… EU NUNCA ME DIVERTI TANTO – eheh! Um abração!
7 fevereiro, 2014 as 1:00 pm
Oi, Zeca!
Estou longe de ser cinéfila, isso é fato, mas estou tomando gosto por ir ao cinema. Nas férias assisti “Frozen – uma aventura congelante” – uma graça de filme e “Tazan” ( eu não tinha visto o complemento: “a evolução da lenda” hehehe).
Tudo bem fiquei só na sessão “infantil’… Mas aprendi algumas coisas: uma sessão de cinema nunca será igual outra, a combinação criança+óculos 3D+pipoca com manteiga não é boa…
“A menina que roubava livros” – eu estava interessada nesse filme (não li o livro), mas você me deixou com uma coceirinha atrás da orelha (?)
Estreia de “Ela”: vou arriscar segunda quinzena de março. Devido a incerteza é melhor continuar procurando no site…
Um abração!
Resposta do Zeca – fala Cris! Você está bem no clima de “Sessão da tarde”, né? Eheh! Mas vamos espera por “Ela” – seja quando for… Um abração!
7 fevereiro, 2014 as 11:26 am
Embora eu não tenha visto os filmes que você comenta aqui hoje (bem que eu queria fugir do calor…) eu quis te escrever pra dar parabéns pro Vídeo Show. Eu já tinha me divertido muito com esse programa que vocês fizeram dos anos 80. Mas ontem, como Cacrinha, você tava hilário. Chegou e disse ao que veio. Mexeu com o programa e pra melhor. Parabéns!
Resposta do Zeca – fala João Maurício! Cara! Você me deixa muito feliz com esse comentário. Está era a ideia: “mexer” com tudo. E vamos “mexer” ainda mais – eheh! Um abraço!
7 fevereiro, 2014 as 1:34 am
Vai rolar mais comentários sobre Pais e Filhos?? Eu achei um filme interessante, mas um tanto quanto inverossimel. Como que as crianças puderam ser trocadas se somente o pai babaca queria isso? Impossível acreditar que depois de 6 anos uma pessoa possa se apegar mais ao “sangue” do que a tudo de bom que viveu ao lado daquele pequeno. Sei que o autor quis mostrar 2 mundos existentes no nosso dia a dia, mas achei difícil existir alguém tão estupido quanto o personagem principal.
Sou pai, e se algo assim acontecesse comigo, em nenhum momento eu teria duvida sobre como solucionar o problema.
Resposta do Zeca – fala Helder! Agora sou eu que discordo de você… Historias assim, claro, existem. E as reações das pessoas São imprevisíveis. Vou ver se encaixo um comentário maior em algum momento, mas meu veredicto é que o filme é brilhante. Um abraço!
7 fevereiro, 2014 as 1:28 am
Zeca, tenho que confessar: Eu curti o Lobo de Wall Street. Devo ter um desvio de caráter, pois curti muito a estória totalmente amoral de Jordan Belfort. Para mim, Di Caprio dá um show como o cara classe media sonhador que chega em Wall Street e descobre um novo mundo. Na época do Aviador, achei que ele merecia o Oscar. Agora tenho certeza. Você já mexeu com bolsa de valores?? Então, assim como eu,deve ter se sentido um trouxa. O filme é explicito em mostrar quem ganha dinheiro e como isso é feito. Como o filme diz, a riqueza da bolsa é falsa. O dinheiro verdadeiro está mesmo é com os corretores. E dinheiro fácil trás excessos, e ai o filme não tem vergonha em mostrar tudo. Drogas, helicópteros, prostitutas, iates, malas de dinheiro e até arremesso de anões. O que mais o dinheiro pode comprar?? Quando saber que chegamos no limite? Jordan e seus amigos não tinham limites. E haja diálogos sensacionais e divertidos. É comédia. Mas é cruel, cruel, cruel! Imagino que quem foi enganado por Jordan tenha detestado o filme, pois em muitos momentos parece que “entendemos “ a sua motivação. E quem garante que não faríamos o mesmo se tivéssemos tido sua ideia e sua lábia?? Pode não ser o filme do ano, mas recomendo a todos que assistam e façam seu “mea-culpa”. Mas cuidado. Se conseguir encontrar humanidade neste personagem, pode ser que vc tenha algum desvio de personalidade.
Resposta do Zeca – fala Helder! Eheh! Acho que seu caso não é de “desvio de caráter não… Eheh! É entusiasmo com essa coisa maravilhosa chamada cinema! Está perdoado – eheheheehe! Um abraço!
6 fevereiro, 2014 as 9:12 pm
Oi Zeca!!!
Eu também estou aguardando por “Ela”…
Na terça-feira, 04/02, aconteceu a pré-estreia do filme no Cinépolis do JK Iguatemi, em São Paulo, para convidados.
E, pelo que li sobre, a estreia está para acontecer na sexta-feira, 14/02.
Divirta-se.
Bom fim de semana!!
Um abração!!
Resposta do Zeca – fala Andréia! Justo esta semana que eu não vou estar no Brasil… Aguarde… Um abração!
6 fevereiro, 2014 as 5:42 pm
Por aqui Zeca, ainda reina as férias e as salas estão lotadas. Mas um dia vem a chuva, as auals começam e quem sabe, eu vou ao cinema com conforto?
Beijos
Resposta do Zeca – fala Eu! Eheh… Se depender da meteorologia a gente tá perdido… Cadê a frente fria? Um abraço!
6 fevereiro, 2014 as 4:59 pm
É nessas horas que baixar filmes online nos salva. E, apesar da controvérsia sobre pirataria e tudo mais, eu não vou ficar esperando um filme chegar DUBLADO ao excelente e financeiramente acessível cinema brasileiro, se posso baixar e ver em casa. Falta o glamour da tela grande, mas ganha em poder acompanhar o resto do mundo de maneira um pouco mais igualitária.
Resposta do Zeca – fala Shirley! Seguindo no “dilema”… “Baixar” também significa perder a experiência e o prazer da telona… Vale a pena? Um abraço.
6 fevereiro, 2014 as 4:58 pm
Se os filmes do “circuito tradicional” são assim, imagine os do alternativo… ‘A Grande Beleza’, se não me engano, esteve em cartaz aqui em Brasília por uma semana, e mesmo assim, em pouquíssimas salas com reduzidas sessões. Quem sabe se ganhar o oscar de melhor filme estrangeiro não volte a ser exibido… mas temos mesmo que esperar algo do tipo pra se assistir a um bom filme?
Resposta do Zeca – fala Rodrigo! Como respondi para o Bruno há pouco, a tecnologia permite hoje que a gente “drible” esses lançamentos oficiais. Mas ao mesmo tempo, como consumidores de culturas, queremos respeitar e honrar essa criação, não é? Então vivemos esse dilema… Um abraço!
6 fevereiro, 2014 as 4:37 pm
Zeca, nunca pensei que esse dia fosse chegar, mas, vou ter que discordar: eu amei o Lobo, achei tão dinâmico, verdadeiro, e ficou comigo até agora… Não acho que tem 3 ou 4 filmes assim todo ano (quem dera). Gostei mais do que de Gravidade e Capitão Phillips, que são muito bons também. Quero ver Pais e Filhos imediatamente, eu não costumo perder suas dicas. Só consegui ver Blue Jasmine agora e amei. Adorei o VS com o Caio, não consigo ver todos mas os que vejo gosto muito, você tá tão à vontade, que parece que fez isso a vida toda. Parabéns e obrigada por não abandonar esse espaço, ele é muito importante pra mim. Beijos.
Resposta do Zeca – fala Macros! Você sabe que é bem-vinda… Até para discordar, eheh! Um abraço
6 fevereiro, 2014 as 2:55 pm
Zeca, infelizmente essa constatação sobre o planejamento de estreias de filmes no Brasil é muito precária. E olha que você mora em uma cidade onde tudo acontece e que há várias salas de cinema disponíveis. Imagine em cidades do interior do país, onde as únicas estreias são de filmes nacionais, ou infantis ou cópias dubladas de blockbusters (devem duvidar da nossa capacidade de acompanhar uma legenda). Só para constar, isto ocorre na cidade onde moro: Betim/MG.
O que nos resta fazer, nós, amantes da sétima arte? Apelar para métodos não ortodoxos para termos acesso a esses filmes – leia-se “download”. Foi o que fiz com o filme ELA, cujo qual estou digerindo até agora a complexidade da mensagem transmitida por este. Filme realmente incrível.
Sei que o tema download é polêmico… mas qual outra alternativa há para se ter acesso a produtos culturais ditos “alternativos”?
Um abração.
Resposta do Zeca – fala Bruno! Eu posso entender – e ficar dividido quanto à questão do download também. Sou de um tempo em que o acesso a bens culturais nem vislumbrava essa possibilidade – e me sinto mega tentando também – o que fazer? Um abraço! E um abraço para Betim! Eheh!
6 fevereiro, 2014 as 1:55 pm
Eu assisti todos os filmes em casa mesmo, não tenho paciência pra esperar sair em cartaz, pode me crucificar…. \o/
Acho que sobre a qualidade dos filmes, cada um tem sua opinião… meu favorito do conjunto é ’12 anos de escravidão’ e eu daria sem pensar o de melhor ator pro Leo, mas essa é minha humilde opinião de fã.