Donna Summer me ensinou tudo que eu queria saber sobre sexo e tinha medo de perguntar

qui, 24/05/12
por Zeca Camargo |
categoria Todas

Não era fácil a adolescência de quem gostava de “disco” e de punk. Ao mesmo tempo. De dia, trancado no quarto, tentando entender o que acontecia com minha cabeça quando eu ouvia pela enésima vez “The Clash” – o álbum de estreia de uma das bandas mais influentes de todos os tempos. De noite, tentando convencer algum porteiro que eu não tinha só 14 anos e merecia entrar nessa ou naquela discoteca para ouvir o último sucesso de Andrea True Connection – acredite: houve mais de um.

Como já disse em várias entrevistas – e martelei à exaustão no meu livro “De a-ha a U2” – minha formação musical foi um tanto bipolar. Se na infância e pré-adolescência eu era submetido a impulsos sonoros tão variados como as coletâneas de Ray Conniff, os batuques de Clara Nunes, o bizarro arranjo de Waldo de los Rios para a Sinfonia 40 de Mozart (!), Chico e Caetano ao vivo, e a trilha sonora de “Sacco e Vanzetti” (que recomendo aqui numa rara gravação ao vivo por Joan Baez) – isso para dar apenas alguns exemplos dos LPs que figuravam na coleção de discos dos meus pais –, quando pude escolher o que queria ouvir, vi-me diante de decisões tão ecléticas quanto essas primeiras audições. Que de certa maneira – e isso, não tenho dúvidas, é algo a comemorar – acabou orientando toda a minha curiosidade musical nesses nem tão cansados assim 49 anos.

Hoje em dia, claro, não tenho o menor problema em declarar descaradamente meu amor equiponderado por, digamos, Gaby Amarantos e Brittany Howard (a vocalista do Alabama Shakes!). Ou minha admiração infinita por Racionais MC, Lady Gaga, Arctic Monkeys, e El Robot Bajo el Água – na mesma intensidade. Não foi um aprendizado fácil, mas, depois de décadas, posso dizer que você só tem a ganhar quando deixa de lado as imposições do seu próprio gosto e decide, como um dia cantou Lou Reed, “dar um passeio pelo lado selvagem” da música. Ou mais…

Quisera eu ter essa sabedoria nos anos 70. Naquela época, ciente do conflito que uma declaração aberta dos meus gostos musicais pudesse causar na minha imagem – e o que mais preocupa a gente na adolescência do que a nossa imagem? –, eu tentava separar as coisas. E, ainda franzino por culpa de um metabolismo que teimava em atrasar, eu via minhas chances de me divertir na incipiente vida noturna que se abria diante de mim sempre maiores se eu abraçasse a “disco” do que o punk. Não obstante, os dois gêneros continuavam a me encantar e a me mostrar as possibilidades do universo musical. Sobre o punk, e a influência que ele teve sobre mim, ainda devo um post (já honrei o desdobramento “natural” do punk, a “new wave”, aqui mesmo neste espaço, e cheguei a falar um pouco mais especificamente do punk quando da morte de Malcolm McLaren; mas ainda devo uma homenagem decente ao gênero, eu sei). Sobre a “disco” – que também já apareceu aqui pegando carona em um ou outro assunto –, a morte de Donna Summer inevitavelmente inspirou-me a falar sobre esse período que muitos só conhecem por duvidosas “noites do flash back”, ou por esporádicas aventuras em antigas coletâneas empoeiradas nas casas de parentes e amigos mais velhos.

Para quem tem menos de 40 anos (ou talvez menos de 50… tenho que me conformar com isso), é difícil imaginar hoje que um som que faz parte do nosso “ouvido coletivo” um dia soou como inovador e excitante. Injustamente rotulado de “divertido, mas sem conteúdo”, o “disco sound” foi imediatamente relegado ao plano hedonista mais superficial do convívio social – a busca por um prazer sem compromisso, que, não surpreendentemente, era a tônica dos anos 70. Mas que longe de ser chato, era sensacional – e transgressor. Quando vejo uma reportagem atual sobre jovens que viram a noite e se divertem em baladas que muitas vezes extrapolam o que se poderia chamar de diversão saudável, eu tenho vontade de chamar essa “galera” que se acha muito louca e contar algumas das histórias dos anos 70… Mas eu divago…

Em nome da transparência, devo dizer que eu era dos mais comportados nessa época. Talvez prejudicado por uma entrada precoce no colégio – que me colocava cerca de 2 anos abaixo da faixa etária dos meus amigos de classe (um “abismo” irrelevante depois dos 25 anos, mas que é temerário quando seus anos ainda começam com o algarismo 1) – eu nem sempre era incluído nas “baladas” de então. Mas eventuais escapadas, e inúmeros relatos (quase todos parcialmente mentirosos, mas mesmo assim…) de festas e noitadas sonorizadas pelo estado de espírito descuidado do final dos anos 70, iam me permitindo montar um retrato de uma época que, se não foi das mais enlouquecidas do século passado, certamente foi uma das mais divertidas.

Parte dessa minha sensação de não pertencer ao grupo com que eu convivia – ou mesmo à época em que vivia – tinha a ver com meu atraso (certamente atrelado ao tal atraso do meu metabolismo) em descobrir as possibilidades eróticas e de atração e sedução do meu corpo. Novamente, fica difícil para meninos e meninas de 14 anos hoje em dia, que geralmente não pensam das vezes antes de mandar um detalhe de sua intimidade por foto no whatsapp para seu namorado ou namorada “firme” (de cerca de duas semanas), banhados em pornografia acessível em menos de dois cliques em qualquer “smartphone” – enfim, fica difícil para essa geração atual imaginar que a sensualidade adolescente um dia já foi realmente uma descoberta, um processo perigoso, assustador e extremamente prazeroso, que dependia muito mais de ousadias internas do que de uma rede social virtual.

Nos meus distantes 14 anos, tudo que eu queria saber sobre sexo eu tinha realmente medo de perguntar – como sugeria o livro “clássico” dos anos 60, assinado pelo médico americano David Reuben (adaptado livremente para o cinema por Woody Allen, em 1972) –, todas as dúvidas que meu corpo nem sempre sutilmente me fazia começaram a ser respondidas quando eu ouvi, pela primeira vez, “Love to love you baby”, na voz de Donna Summer.

Naquela época – pasme! –, quando a gente ouvia uma música nova, era no rádio (como a própria Donna Summer gravaria em ou outro “hit” de sua carreira). Essa primeira vez com “Love to love you baby” foi provavelmente nas ondas da Rádio Excelsior (“A máquina do som” – e se você tiver minha idade, tenho certeza de que deu um sorrido quando leu isso… mas eu divago). Fui pego totalmente de surpresa com a reação que a música provocava a princípio nos meus ouvidos – e, mais tarde, alhures. Mais que o refrão (o próprio título, repetido “ad infinitum”), o que ficou na minha cabeça foi a estranha impressão que o rádio do carro não era um lugar adequado para se ouvir “aquilo”. Meu quarto, no escuro, parecia ser uma opção bem mais adequada. E foi lá que fui ouvir meu primeiro LP de Donna Summer – comprado, claro, na Hi-Fi da rua Augusta, em São Paulo.

Só muito tempo depois fiquei sabendo que “Love to love you baby” havia sido banida em várias rádios americanas e européias (inclusive a BBC inglesa) – e quando li isso, pareceu-me uma reação, se não justa, plausível para a época. O que Donna Summer cantava era a coisa mais próxima do sexo explícito possível de ser traduzido em notas musicais. Por trás dessa magia havia um nome: Giorgio Moroder, um genial produtor musical italiano (mas baseado nos Estados Unidos), que praticamente inventou esse som. Na voz de Summer, ele encontrou o veículo perfeito para criar uma escola musical, que inspiraria, a partir da segunda metade dos anos 70, centenas de imitadores em incontáveis pistas de dança.

Na sequência de “Love to love you baby”, veio uma série de faixas se não tão poderosas, ao menos tão insinuantes quanto esse seu primeiro sucesso. Uma delas, para você ter ideia, chamava-se “Try me, I know we can make it” (algo como “Experimente-me, eu sei que podemos fazer alguma coisa”…); e outra, um “melo” romântico na versão original de Barry Manilow, ganhava conotações mais que insinuantes na interpretação de Summer: “Could it be magic”, cujo refrão “Come, come, come into my arms”, podia ser ouvido tanto como um contive para o abraço quanto como uma súplica para que o parceiro amoroso tivesse um orgasmo bem no meio dos braços de quem cantava – e como a intérprete era Donna Summer, você pode imaginar que versão as pessoas preferiam entender… E depois disso veio “I feel love”.

Nunca ouvi? Faça a você mesmo esse favor e dê um clique no título da música acima – para a gente poder continuar (sim, já está longo o post de hoje – e vem mais!). Na sua versão mais enxuta, de quase seis minutos, “I feel love” é – curto e grosso – uma “rapidinha”. Vários remixes – e algumas regravações memoráveis (como a do Bronski Beat com Marc Almond) – ampliaram ainda mais o potencial erótico dessa obra-prima, mas nada supera a perfeição do original de Summer. Quem nunca teve uma noite de sexo embalada por “I feel love”, não sabe o que está perdendo…

O que poderia ter sido uma breve carreira impulsionada por um “truque de uma nota só” – no caso, músicas sensuais para uma época de excessos – acabou servindo como uma bela introdução para uma história que atravessaria mais de uma década. Aos poucos, Donna Summer foi ficando mais romântica e menos erótica – Madonna, claro, pegaria esse título para si ao longo dos anos 80. Nem por isso, Summer deixou de enfeitiçar nossas noites (e algumas matinês!) dançantes. Como citei no post anterior, minha faixa favorita na sua voz é “Heaven knows” – e ela já é de 1979, quando suas canções caminhavam mais na direção do seu coração do que de sua virilha. Assim mesmo, é mais um clássico, junto com toda a “Suíte MacArthur Park”.

“Bad girs”, “On the radio”, “Last dance”, o incrível dueto com Barbra Streisand “No more tears”, “Hot Stuff”, “Dim all the lights” (talvez a minha segunda música favorita da cantora), e mesmo a tardia “This time I know it’s for real” (que é de 1989) – Donna Summer parecia não errar nenhuma nota! A combinação perfeita de um refrão impecável e imediatamente reconhecível com batidas que, ao contrário de oferecer um estilo monótono, explodia em inventividade (na sua interpretação, todo mundo era capaz de dançar até um pastiche de charleston chamado “I remember yesterday”!), fez com que o catálogo de suas músicas se transformasse num dos mais sólidos do século 20. E com uma vantagem: ao contrário de várias estrelas da era da “disco”, suas músicas não envelheciam. São, obviamente fruto de uma época muito específica. Mas como as boas canções atemporais que o pop já criou, elas falavam com todas as gerações – e digo sem medo de errar que falam até hoje.

Por isso sua morte, no último dia 17, mexeu com tanta gente. Na mesma semana, o pop perdeu outra voz bastante conhecida dos anos 70 – Robin Gibb, dos Bee Gees. Mas enquanto esse ótimo artista ficou relegado a algum lugar do passado, Donna Summer parece que estava sempre perto da gente. Mesmo com uma produção artística bastante rarefeita nos últimos 20 anos (sem falar de certas controvérsias de sua vida pessoal, que cheguei a discutir com ela numa entrevista que fiz no final dos anos 90), sua presença era não só sentida em todas as festas como desejada e aplaudida. E assim vai ser enquanto as pessoas gostarem de dançar.

O que eu acho que vai acontecer por muitos e muitos tempos.

O refrão nosso de cada dia

“Intergalactic”, Beastie Boys – em uma temporada que definitivamente não é uma das mais alegres para o pop, faço uma pequena homenagem a outro ídolo que perdemos: Adam Yauch, do Beastie Boys. Estive com eles uma vez só, nos idos de 2006 (e até escrevi sobre este encontro aqui) – pouco, para retribuir a minha admiração que eu tinha pela banda e, em especial, por Adam “MCA” Yauch. Sim, sim: ia precisar de um outro post só para escrever sobre isso – mas hoje o espaço maior foi de Donna Summer. Ao meu Beastie favorito – não só pelo lado musical como pelo lado ativista (era uma das figuras mais importantes no movimento pela independência do Tibete) –, deixo aqui um singelo e modesto tributo, lembrando a todos, com o surreal “Integalactic” como ele foi anarquicamente fundamental para a história do pop.

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20 Comentários para “Donna Summer me ensinou tudo que eu queria saber sobre sexo e tinha medo de perguntar”

  1. 1
    JAMES:

    Oi Zeca,
    acho que você podia ter escolhido uma foto mais bacana da diva Summer para ilustrar o post que está bárbaro!!!
    Um dos melhores que eu li. Já te falei, e isso não é babação de ovo porque a gente não precisa disso, que você escreve de maneira que nos transporta, sei lá… ou eu tenho uma imaginação que me carrega nas costas. Sobre a foto, muito feia, esquisita, que prêmio(!) é esse que ela está carregando? E olha que só nas capas dos vinis ela tem cada foto incrível!
    Eu nasci numa cidade pequena na ponta do país e acho que este é um dos motivos por eu ser tão fominha de informação. Eu era garoto e procurava nas poucas bancas de jornal da minha cidade pelo “O Globo”, para poder saber o que estava acontecendo por estas bandas. O que estava em voga, quais eram os shows e peças, o que já estava nos cinemas daqui que iriam aparecer na minha região meses depois e talvez nunca. Muita coisa não chegava lá. E achar o jornal era tão difícil, tinha dias que eu rodava a cidade inteira e não o encontrava.
    Então você imagina o que foi quando eu descobri “Santa Esmeralda”, “The Ritchie Family”, “Stones”, “Michael” e “Donna Summer”. Foi a descoberta de uma outra “dimensão!” que junto com a literatura e o cinema podiam me transportar e não ter fronteiras. A partir daí descobri o meu passaporte.
    Donna Summer tem uma das vozes mais lindas do mundo e para sempre está tatuada na minha alma.
    Também era a época da fita-cassete e fazíamos um set com o que era “the best” para presentear os amigos.
    Seu post me levou de volta até a melhor época da minha vida. Valeu.

  2. 2
    Radiovaldo Nunes:

    Eu nadci no ano em que a Disco Music (ou “discoteque” para os franceses) começou a bombar, portanto, 1977.
    Aliás, aquele ano foi cheio de surpresas, entre elas o fato de o Corinthians ter deixado uma fila de 23 anos (risos).
    Foi o ano da calça jeans “US Top”, um jeans escuro e nada confortável com boca de sino (risos).
    E a Donna Summer foi a rainha da onde disco.
    Valeu, Zeca!

  3. 3
    Radiovaldo Nunes:

    Olá Zeca.
    Nasci em 1977, portanto, quando a Disco Music começou a “bombar”.
    Meu primo era fã da Donna Summer e, pelo que meu pai conta, foi o primeiro a comprar o disco da cantora, sendo considerado o “pioneiro” no bairro onde a gente morava… (risos)
    Um abraço.

    Resposta do Zeca – fala Radiovaldo! O “pioneiro” é muito bom… Sou desse tempo também – conheço essa “sensação”! Um abração!

  4. 4
    Junior:

    Oi, Zeca.

    Donna Summer faz parte da trilha sonora de minha vida, trilha essa que é tão eclética quanto a sua.
    Não sou um simples fã, mas alguém que acompanhou toda a carreira dela. Fico impressionado com o modo como ela usava a voz. É como se tivesse várias vozes numa só!

    Bela homenagem!
    abraço,

  5. 5
    Nicole Dias:

    Bravo, Zeca!

    Tenho 24 anos, não tive essa oportunidade de mexer o esqueleto nas pistas da Disco que nem vc, mas acompanhei e senti de perto a Donna desde a minha adolescência, pelo extao motivo que vc descreveu: ela parecia estar sempre presente.

    Donna se consagrou como cantora, pintora, escritora, e não se restringiu a era Disco, não que isso por si só fosse ruim, já que temos grandes músicas produzidas nessa época, mas seria um mundinho muito pequeno paa um universo que era a voz daquela mulher.

    Se pegarmos os primeiros cds, conseguiremos escutar algo semelhante ao que Diana Ross fazia com a voz, mas mesmo nessa era, aquela pegada forte e melódica da Donna já se mostrava, depois, ela só consolidou isso e acertou em cheio. Lembrando também que geralmente o nome dela só é associado com músicas dançantes, e o repertório dela é gigantesco em sua variedade. Donna cantou, por exemplo, gospel, rock, country e baladas românticas como niguém. Com a voz que tinha seria um pecado se não se aproveitasse desses gêneros também.

    Mas rainha, nunca perde a majestade, E assim ela seguiu até os anos 2000, emplacando hits em primeiro lugar com canções contemporâneas, mas que quando eram escutadas, vc sabia logo de cara que era coisa de gente grande! Stamp Your Feet, I’m a fire, The Queen is Back que o digam! E a Billboard tb!

    Sinto muito, na verdade, mais do que gostaria, a perda desses seres agraciados com esse dom, pq não há instrumento musical mais perfeito do que a voz, é literalmente divino. E para a nossa tristeza, voltaram para a casa. Quer dizer, em parte, né? Porque a música é imortal.

    Resposta do Zeca – fala Nicole! Falou tudo! Uma voz assim é um dom… Um abração!

  6. 6
    Nicole Dias:

    Respondendo ao post do leitor anterior, esse prêmio é “só” o American Music Awards, um dos mais cobiçados. Quando paro e penso que não verei nunca mais vozes como a dela e da Whitney ecoando nessas premiações, onde saíam abarrotadas, sem mãos para carregá-los, chega a doer.

  7. 7
    Raquel:

    Olá, Zeca. Parabéns! Seu post está ótimo! Abraços. Raquel

  8. 8
    Rosa Helena:

    Zeca,

    Eu também tinha uma diferença de dois anos a menos que meus colegas de sala.
    Gostei de ler suas “confissões”. Muito bom!
    Adolescência é uma fase difícil mesmo. Tudo é mais complicado quando estamos nos descobrindo e querendo descobrir o outro.
    Bom, depois de ouvir todas as músicas de Donna Summer que vc citou nesse texto eu escolhi uma que vou querer ouvir mais vezes: “This time I know it’s for real”. Adorei!
    Desde o post anterior que eu fiquei pensando nessa coisa de dançar, se envolver com a música, se perder nela e ri muito sozinha lembrando de momentos maravilhosos que passei numa pista de dança perdida na música.
    Dançar é muito bom!
    Beijos,

  9. 9
    Leonardo Torres:

    Tenho 22 anos, o que me encaixa na época em da produção artística rarefeita de Donna Summer. Sinceramente, não conheço a obra dela (é tão díficil querer conhecer todos os clássicos e todas as novidades… só mais anos de vida me permitirão chegar lá). Mas quero falar do seu ecletismo, algo que você sempre martela mesmo. Acho ótimo. Eu sou fã de Amy Winehouse, Caetano Veloso, Adele, Jamie Cullum, Fito Páez e… Sandy quase na mesma medida. A última, na adolescência, me fez ser vítima do “bullying musical” (matéria do Fantástico haha) no colégio, mas nada que tirasse meu sono. Mas também tem muita coisa que eu não gosto. Fico me perguntando o que você não gosta de ouvir…

    Resposta do Zeca – fala Leonardo! A princípio… tudo me interessa na música! Um abração!

  10. 10
    Cristiane:

    Oi, Zeca!
    Uma curiosidade: Eu estava ouvindo “o bizarro arranjo de Waldo de los Rios para a Sinfonia 40 de Mozart” quando os meus olhos foram pescados por outra canção “Uma furtiva lágrina”. Demou alguns segundos para a minha memória levar-me até “Clarice Lispector”: “A hora da estrela”. Quando eu estava lendo este livro fiz um Google para conhecer a música que Macabéa gostava de ouvir (com Caruso). Facilidades que só a internet pode nos dar, não acha?
    Vou mandar o link, mas só escute se tiver com o coração fortinho. Agora vou ouvir as outras músicas que você indicou. Um abraço!

    https://www.youtube.com/watch?v=qMbYTtSlC0M&feature=related

    https://www.youtube.com/watch?v=a8Tjf-o2MDo&feature=related

    Resposta do Zeca – fala Cristiane! Que achado! Waldo de los Rios rendendo até hoje – eheh! Um abraço e obrigado!

  11. 11
    Daniele Moura:

    Olá, Zeca!
    É a primeira vez que vejo seu blog e adorei!
    Na quinta, 17, eu chorei feito uma criança, de soluçar. Que perda. O choro incessante veio quando minha mãe me falou: “nem o Câncer tirou a voz dela”. Nossa, minha mãe sabe arrancar as minhas lágrimas. Eu estava chocada com a morte dessa cantora magnífica e escrevi no facebook: “Impossível acreditar que essa voz se calou”. Com este pensamento veio a minha tristeza, mas não conseguia chorar. O choro interno se externou na frase de minha mãe. Que mulher guerreira: trabalhar até o fim, cantar até o fim, como a cigarra, que explode de tanto cantar. Esconder a doença e viver…nossa! Agora eu a admiro ainda mais!
    Obs: se você puder me responder como era Donna ao vivo, na entrevista, como ecoou o som de sua voz agradável nos seus ouvidos, se era baixa, média, alta? Que perfume tinha? Eu ficaria agradecida.
    Tudo de bom,
    Dani

    Obs: ganhei “A Fantástica Volta ao Mundo” de presente!

    Resposta do Zeca – fala Daniele! Quando deu eu assino o livro! Eheh! Em uma frase, Donna me deu a impressão de ser muitos séria – e até um pouco distante. Mas sem dúvida muito carinhosa. Um grande abraço!

  12. 12
    Pat:

    Oi Zeca
    Excelente post , como sempre.
    Realmente tivemos uma semana muito triste musicalmente ( Summer, Robin ) , mas é a vida .
    Vou fazer 49 no final do ano e também vivi uma salada musical .
    Na infância ouvia Nancy Sinatra, Ray Connif, Herp Albert, Agostinho dos Santos e Miltinho ( cantores preferidos de minha mãe ). Os anos 70/80 foram maravilhosos musicalmente e confesso que ainda continuo com o ouvido no passado, porque do presente, pouca coisa gosto.
    Aproveito para parabenizar pelo programa REVIVA do dia 21/05 sobre música na TV . Foi maravilhoso !! Espeando pelos próximos.
    Beijo grande

    Resposta do Zeca – fala Pat! Acho que você vai gostar também do que fiz sobre humor! Um abração!

  13. 13
    A GOSTOSA:

    OI GOSTOSO
    QUE PENA QUE O ANARQUISMO NÃO FIQUE NA ORIGINALIDADE DO POP DO INTERGALATIC.
    CONHEÇO UM QUE SE DIZ ANARQUISTA E USA O DINHEIRO COMO PODER DE COERSÃO, ATÉ A MULHER TEVE QUE VENDER SEU PIANO E LIGAR PRO POVO PRA FAZER PIRÂMIDE NOS IDOS 80.
    RSRSRSRSRSRS….
    ESSA PIADA É QUE EU MORRO DE RIR !!!

  14. 14
    Felipe Lopes:

    Oi Zeca muito bom esse assunto em q vc entro nessa semana tenho só 16 anos mas ainda vivo aquela misto de musicas são tantos nem consigo ditar todas
    É também fascinante parece q esta falando sobre min.

  15. 15
    Andréia:

    Oi Zeca!!!
    Bem, depois de ler sobre a Donna Summer aqui, não foi surpresa encontrar alguns sucessos dela em listas de “sexy songs”. As músicas mais listadas são “I feel love”, “Hot Stuff” e, claro, “Love to love you baby”, que aparece acompanhada do seguinte texto:

    “With its breathy vocals, slow-snaking wah-wah, pulsing disco beat and crescendo of orgasmic moans, Donna Summer’s ‘Love To Love You Baby’ is quite possibly the sexiest song ever committed to record. Legend has it that Summer was initially unsure about recording such a raunchy single, but let loose by lying on the floor of a darkened studio and channelling the flirtatious sex appeal of Marilyn Monroe. According to ‘research’ by the BBC and Time Magazine, the song contains at least 22 simulated orgasms. Beat that!”

    Enfim, se alguém precisar de uma explicação para “todas as dúvidas que meu corpo nem sempre sutilmente me fazia começaram a ser respondidas quando eu ouvi, pela primeira vez, ‘Love to love you baby’, na voz de Donna Summer.”…

    Bom fim de semana.
    Um abraço!!

  16. 16
    Márcia Pereira Guaita:

    Zeca, tudo bem? Não pude deixar de comentar desta vez! Hoje ouço praticamente o que meus filhos ouvem. Vou a shows – enfrento horas em filas – e adoro. É um modo de interagir com o novo. Música sempre é capaz de mudar um humor! Não compro CD com tanta frequencia quanto minha mãe! Ela tem muitos LPs: de Billy Vaughn, Ritorna à Martinho da Vila, Witney, Michael, Julio Iglesias, Roupa Nova e até das novelas e das escolas de samba! Agora, me diz, com uma música dancing dos anos 70 tocando tem que ser muito chato para não cair na pista!
    PS: Dei risada quando você citou a Excelsior Difusora!Ótimo!

    Resposta do Zeca – fala Márcia! Ah a excelsior… Um abração!

  17. 17
    T.G. Kali:

    Alô Zeca,

    Bela homenagem que você escreveu para a rainha da Disco Music.

    Ela se foi, mas a sua voz ficará entre nós, gravada nos inúmeros sucessos dela.

    Você foi um privilegiado em acampanhar a música disco, na sua juventude.

    Tudo de bom para você,

    T. G. Kali.

  18. 18
    Eu:

    Muito bom Zeca!

    Interessante notar como cada época tem seu movimento musical “assustador”… Confesso que a 1° vez que ouvi Mamonas Assassinas com meus filhos e sobrinhos pequenos no meu carro comigo, pensei: o rádio do carro não é um lugar adequado para essa musica… Só relaxei quando entendi que era uma grande brincadeira…

    Os 70 eram anos loucos e divertidos mesmo. Eu cursava belas artes na ufrj, achava que tudo tinha mesmo que ser transgressor. Mesmo assim, pra mim, essa época está associada a novela Dancin’ days… cada um com suas lembranças.

    Beijos

  19. 19
    Henri Celso:

    Primeira vez que leio algo escrito por você Zeca. Não imaginava que através de uma musica podemos aprender alguma ou muita coisa sobre sexo. Muito interessante.

  20. 20
    Altamirando Kempes:

    Ah, Zeca!..
    (bela homenagem à rainha da “disco music”)

    Donna Summer, uau! Anos 1970 e eu a escutava em ondas curtas (Rádio Nederland – Hilversum, Holanda – em alguns programas direcionados para o Brasil e para a América do Sul). No “hit parade” europeu ela era sempre destaque, sempre a vender discos “aos montes”.

    Esteve em Salvador/BA nos anos 1990 e, por infeliz coincidência, chovia muito; a precipitação causou estragos e mortes. A “diva” se mostrou atenta: mandou solidariedade aos flagelados. Poucas palavras, muita significação.

    Giorgio Moroder, ora, ora! Para mim era alemão, sem problemas, e esteve por trás de outros ícones, no caso, o Boney M. Um dia desses fala sobre essa “fábrica de hits”, o.k. (o Boney M.). Até hoje gosto de escutá-los. Que fim levou o trio?

    E para finalizar a Rádio Excelsior (AM 670), “a máquina do som”… Vou te deixar com inveja (suponho). Estive em férias em SP em novembro de 1972. Pois bem, no dia 10, gravei uma hora seguida em fita k7 com a programação da emissora – e guardo a relíquia até hoje. Um dia desses vou reprocessá-la e te mando cópia em CD, combinado? Um dia desses, por favor!

    A lembrar, a Excelsior, nessa época, ainda estava com aquela programação super embalada, “uma dúzia de importadas para uma nacional”, o horror dos puristas e patrulheiros tão em voga naquela sinistra época (argh!). Fosse como fosse, a Excelsior (mais) e a Difusora Jet Music (menos) mandavam bem. Era um arejamento musical e tanto.

    Sempre desta pequena e esplêndida Salinas da Margarida/BA, o abraço de

    Altamirando Kempes
    (3ª-feira, 29 MAI 2012 – 19:50).



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