Monga, a mulher gorila
Depois de cantar apenas cinco músicas, na primeira vez em que Amy Winehouse saiu do palco, durante sua apresentação da última segunda-feira no Rio, ninguém achou estranho. Afinal, já sabíamos desde sábado, quando ela abriu seu giro pelo Brasil em Florianópilos, que esses, hum, “breaks” eram uma constante no seu show. Não é justo, enfim, todo artista – e quem sabe ela, em especial – precisar de um “respiro” entre um bloco de músicas e outro? (De repente me lembro de um detalhe da entrevista que fiz com Paul McCartney, quando ele contava que não bebia nem um copo de água durante o show – mas eu divago, e estamos apenas começando…). Não, essa saidinha dela mal registrou. O que me deixou mesmo incomodado foi quando, depois de a banda, sozinha no palco, ter “enchido um pouco de linguiça”, ela voltou e cantou “Rehab”.
Não pela performance, claro. Assim como as centenas de fãs que estavam lá conferindo o show – ou, no mínimo, conferindo se ela compareceria mesmo ao show! -, eu esperava ansiosamente esse momento. Momento esse – será mesmo que preciso dizer? – que foi sensacional! Dancei e cantei com ela exatamente como todo mundo em volta de mim! Não… O que me incomodou foi que dei uma olhada no playlist (que me havia sido gentilmente cedido por alguém da produção), e constatei que “Rehab” fazia parte do bloco final do espetáculo – para ser mais exato, era a antepenúltima música antes do bis!
Será que o show já estava acabando? Será que a apresentação que ela fazia displicentemente da banda (algo que sempre é reservado para o “gran finale” de um espetáculo) indicava que estávamos perto do fim? Será que ela pulou mesmo umas seis ou sete músicas que estavam no playlist? Será que era uma louca que estava no palco? Todas essas perguntas cruzavam meu pensamento e – tenho certeza – o de muita gente que estava na platéia. E, até aquele momento, só tínhamos, claro, resposta para uma delas: a última. E essa resposta, obviamente, era sim!
As outras respostas vieram logo em seguida – e eram também todas positivas. Depois de “Rehab”, ela cantou mais uma música, e se despediu com “Valerie”. Os músicos deram um adeus rápido, os instrumentos foram abandonados sem muito cuidado, as luzes do palco rapidamente se apagaram, e todos os espectadores se olharam com perplexidade. Teríamos pelo menos um bis? – era a nova pergunta que fazíamos entre nós.
A mesma pessoa que me cedeu o playlist passou de novo pela pista (de onde eu assisti à Amy no palco) e me confirmou que sim, que ela voltaria para mais três músicas – na verdade, voltou, cantou mais duas e deixou a última com a banda… Um pouco desconcertado (mas não exatamente irritado – como já vou explicar), virei para esse cara e perguntei: “Mas o show vai ser só isso mesmo?”. Ao que então ele me respondeu: “Mas claro! Não era isso que as pessoas queriam ver? Monga, a mulher gorila? Ela fez exatamente o que o público estava esperando!”…
Vi imediatamente nessas palavras, uma sabedoria enorme. Bom observador, e “insider” do “show business”, esse meu amigo mandou muito bem no seu resumo – e me obrigou a reconsiderar ali na hora a minha reação à apresentação de Amy. Se até então, como escrevi há pouco, estava ligeiramente desconcertado, passei a me sentir recompensado. Afinal, o que você e aquelas pessoas – inclusive eu – estavam ali para ver? Um belo show de música, com coreografias, reproduções quase impecáveis das gravações originais do artista, uma presença constante no palco, e um espetáculo de tecnologia (e pirotecnia)? Se era isso, como respondi a um pequeno grupo que me abordou na saída e suplicou: “Zeca, você é nosso porta-voz – diga a todo mundo que a Amy foi péssima!”, desculpe, mas você foi assistir a um show errado. Esse que você queria ver era o da Beyoncé – que se apresentou no mesmo espaço, em fevereiro do ano passado.
Se você estava lá naquela noite – ou presenciou uma outra passagem dela pelo Brasil (hoje ela se apresenta em Recife – supostamente; e no sábado em São Paulo – idem) – confesse agora! Você foi lá para ver ela cambalear no palco, errar ou esquecer algum trecho de uma música, cantar com uma garrafa de cerveja (ou um copo ou uma caneca com qualquer líquido claro ou turvo!), desaparecer por minutos, torcer para que seu vestido justo revelasse um pouco mais de pele, aplaudir quando ela simplesmente tropeçasse nas próprias (e belas) pernas. Vai negar?
E é esse espetáculo grotesco – adjetivo que uso sem juízo de valor – que você foi lá ver sim, e a maior prova disso é que os momentos mais aplaudidos eram, sem dúvida, os que vinham acompanhados de uma gafe dessas – e não os de virtuosismo musical. Ninguém esta falando aqui que ela não mandou bem ao microfone – isto é, quando conseguia chegar até ele. Pelo contrário: que prazer era ouvir sua voz, que ecoava sempre imponente e precisa – ainda que em leve tom ébrio. Mas, como quem estava lá no Rio na noite de segunda teve a chance de presenciar, um dos momentos em que a platéia foi mais à loucura foi quando ela desencanou completamente de acompanhar sua banda (também mega competente) e partiu para um longo e genuíno ataque de riso… Foi um delírio…
E tem gente que ainda tem a coragem de dizer que saiu decepcionada… Você não pagou para ver Monga? Então tome Monga! O bizarro “número de ilusionismo” ainda deve ser – creio – obrigatório nos parques de diversão mambembes espalhado pelo país. Mas, para refrescar a memória de quem já não vai a um lugar desses há algumas décadas (se bem que eu acredito que qualquer criança que tenha sobrevivido a essa experiência jamais seria capaz de esquecê-la), vou explicar rapidamente porque Monga era a atração mais “trash” que você poderia ver.
Num cubículo apertado, você encontra um palco diminuto separado da platéia por uma, hum, “barreira de segurança”. Sob os comandos de um “hipnotizador” – que, muitas vezes era só uma voz gravada -, uma bela (força de expressão) mulher entra trajando um biquíni supostamente sensual – para ele ser realmente sensual, o corpo da “assistente do hipnotizador” deveria, claro, ajudar… o que quase nunca é o caso…
Depois de algumas instruções, a mocinha mergulha em sono profundo e… Presto! Transforma-se da “bela” donzela numa incontrolável (e bravíssima) gorila. O susto só não é maior porque, felizmente, Monga está acorrentada! Mas a belicosa platéia não se contenta em ver a transformação (um barato jogo de espelhos) – e segue provocando a fúria de Monga até ela se soltar das correntes e avançar em direção às pobre vítimas inocentes do público. Que a essa altura, diga-se, já estão se acotovelando para escapar daquele espaço claustrofóbico e escuro (as “portas de segurança” já foram devidamente arrombadas…).
Alguns segundos depois, o apresentador parece ter controlado a situação. Monga é “recuperada” novamente para dentro da jaula – e num novo passe de mágica, ela “volta ao normal”. A “bela donzela” reaparece no mesmo ingrato biquíni – apenas para ouvir as piadinhas petulantes dos adolescentes que se achavam mais engraçados dizendo: “Agora sim estou com medo!”, “Preferia a Monga!”. Sim, é dura a vida do artista…
Agora, você acha que algum desses garotos (tinham garotas também, mas como elas eram sempre mais apavoradas, a presença masculina era sempre maciça) saía decepcionado da “jaula de Monga”? Nem um pouco! Monga entregava exatamente o que prometia. Um arrepio? Ok! Uma desculpa para agarrar a namorada tímida? Perfeito! Um susto seguido de risada? Sem problema! Uma chance de liberar a sempre reprimida sexualidade adolescente? Mas claro! Se você quisesse ver um espetáculo de hipnose “a sério”, ou mesmo de magia mais profissional, seu destino teria de ser outro – não aquela cabine esquisita. Mas o que aquele público queria era exatamente o que Monga podia dar. E, pensando assim, o comentário de meu amigo, comparando Amy a Monga não poderia ser mais lúcido.
Se, como sugeri, eu estava sem entender muito se estava gostando ou não da noite, até o momento do bis, depois disso fiquei em completo estado de graça. Amy voltou, ainda mais louca – feliz, talvez! – e cantou “Don’t look back in anger”, “Me and mr. Jones”. Deixou a última música para a banda e… bem, foi isso! Se fiz direito a conta, ela interpretou mesmo um total de dez músicas – incluindo a do ataque de riso! Mas eu estava achando tudo ótimo. No total, o show durou pouco mais de uma hora, mas eu estava achando tudo lindo…
(No verão de 1983, quando você provavelmente ainda não fazia parte deste mundo, um artista chamado Ricthie estourou no Brasil com uma música que entrou para o inconsciente coletivo da tal “geração 80″, “Menina veneno” – facilmente encontrável no youtube. O sucesso foi tão estrondoso que pegou o próprio Ritchie de surpresa, e ele se viu obrigado a fazer uma turnê – para faturar em cima da “febre” – sem sequer ter gravado um álbum. O resultado, que eu vi com esses olhos aqui no velho Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, foi um show de cerca de 40 minutos – contando com o bis que era, de fato, um “bis”: ele repetia, sem o menor constrangimento, a própria “Menina veneno” e o “hit” menor “A vida tem dessas coisas”. Faço questão de dizer que tenho a maior admiração por Ritchie – que, claro, marcou minha educação pop -, a ponto de lamentar ele não ter incluído minha música então favorita no tal bis, que é, claro, “Pelo interfone”. Mas não posso deixar de registrar que um show de 40 minutos nada mais era do que um “caça-níqueis” descarado. Se minha memória não me falha, porém, não me lembro de ninguém saindo decepcionado naquela noite: todo mundo assistiu exatamente pelo que pagou… Mas eu divago – vamos voltar à Monga. Digo, à Amy).
Talvez eu estivesse esperando alguma surpresa na noite da última segunda – um punhado de canções novas talvez, afinal, o hiato de material novo tem sido longo, e eu, como fã, acho que tenha o direito de ter essa expectativa. Mas o que eu queria mesmo é ver ela de perto – e ver o que ela iria aprontar. Por isso mesmo, três vivas à Amy. Obrigado mesmo! Esse seu retorno rendeu repercussões na imprensa – e não só na especializada em música – no mundo inteiro (muitos inclusive se perguntavam porque ela teria escolhido o Brasil para essa, hum, “retomada” – sem se dar conta de que o cachê, se for mesmo essa fortuna que circula em notinhas na internet, é mais do que motivo para fazer Amy, ou qualquer artista “recluso”, sair feliz de casa). E ainda se desdobrou em milhares (milhões?) de comentários em sites e blogs – inclusive este! Amy é “o” assunto da hora para quem gosta de cultura pop.
Ou seja, como artista – polêmica, provocadora, irreverente, inesperada, e até debochada – Amy Winehouse cumpriu brilhantemente a sua missão. Se eu puder fazer apenas uma crítica arriscaria até dizer que, para o show ao qual eu assisti ter sido completo, Amy/Monga poderia ter se soltado das correntes e partido para cima do público… Tenho certeza de que ninguém teria coragem de fazer aquelas piadinhas…
4 fevereiro, 2011 as 12:13 am
Com todo respeito a Amy, até porque gosto do estilo dela, mas pagaria 10 vezes mais para assistir a cantora VANUSA ou ao último trabalho de Ritchie.
Primeiro porque são melhores que ela, em tudo, especialmente no repertório, segundo porque, já que o barato ‘dos bacanas’ é rir de quem esquece a letra, Vanusa mais uma vez saiu na frente e de quebra é brasileiríssima e terceiro porque Ritchie e Vanusa podem facilmente fazer um show com mais de duas horas de duração.
Querem monga, tomem monga. Perfeito !!!
Tem muitos brasileiros que adoram babar um ovo só porque a aberração é gringa !!!
Quem dera se Amy tivesse um terço do repertório da Vanusa.
Hoje é assim, ou é uma aberração, ou tem uma bela bunda produzida por gravadoras, gemendo nos clipes
de negões que se acham cantores mas não fazem a menor idéia do que seja isso.
Ainda bem que em 1983 eu já tinha dez anos, e tinha Tina Turner e Cher, quanta diferença !
Tenho mais de 150.000 músicas gravadas em dois hd’s e uma coleção de cd’s tratada com todo carinho.
Ouço desde Vicente Celestino, Chiquinha Gonzaga até o último cd do R.E.M.
Show pra mim, tem que ter três pilares:
Um ótimo artista, uma bela playlist e respeito pelo público.
Assim os melhores continuam sendo ELTON JOHN e Paul McCartney, ambos na ativa.
Mas hoje se contentam com Amy que dá de troco uma banana à macada da high society.
Grato.
26 janeiro, 2011 as 2:53 am
Zeca… esclarecedor e provocativo como sempre!
E, então, fica a pergunta: a gente ama o ídolo ou a obra? Para saber a resposta temos que, ao menos, saber se queremos ver a monga ou a mocinha do biquini… a voz da diva virá em qualquer uma das opções!
abraços calorosos!
23 janeiro, 2011 as 9:24 pm
Quando li o título do post, eu pensei: que audácia! Lendo, entendi (mas não concordei). Eu vi o segundo show dela no Rio de Janeiro e saí com a impressão de que quem foi lá pronto para criticar saiu decepcionado. Ela fez uma apresentação impecável para o padrão Amy (com saídas de palco, cantando longe demais do microfone, fazendo cara de tédio e bebendo o que a imprensa chamou de “líquido misterioso”, na falta de algo mais polêmico para comentar). Acompanhei as notícias do primeiro show na cidade e, confesso, fui assistir ao segundo um pouco temeroso. Mas valeu o voto de confiança. Senti que Amy se esforçou para ser profissional e cumprir o script. E conseguiu.
19 janeiro, 2011 as 10:41 pm
Zeca,
Boa noite !!
Li o seu texto e sou um daqueles que no verão de 1983 já habitava esse planeta……rss
Abraços…
Rogério.
18 janeiro, 2011 as 1:33 pm
Amei o show de Amy Winehouse em Recife, foi belo e divino ouvi-la, e ouvir também o público de milhares de fãs, em uníssona voz cantar suas músicas. Como cantora soul sua performance de palco estava perfeita e limpidamente adequada, leal ao seu estilo. Sua aparência saudável e sóbria era muito clara, e seu jeitinho tímido lhe deu um grande encanto. Ha muitos anos acompanho sua trajetória artística e pessoal, afinal, por ser a magnífica cantora que é, com inquestionável e incontroversa excelência vocal, Amy não deixa de ser uma pessoa humana peculiar, de origem simples, que tem autodeterminação e liberdade garantidas constitucionalmente, para decidir sua vida e seus shows como melhor lhe aprouver. O show de Janelle Monae também foi muito belo, mas é uma proposta de apresentação totalmente diferente, cênica, teatral, que inclusive poderia mascarar uma péssima voz; não sendo o caso da Janelle cuja bonita voz e coreografia com passos tribais empolga e encanta.
18 janeiro, 2011 as 1:28 pm
os gênios nem sempre morreram de overdose – vcs gênios não precisam do medo para criarem… vc podem ser felizes – eu tenho dó da Amy e de quem gosta dela, essa guria precisa de cuidado, e, sabe o que fazemos, apenas alimentamos esse sofrimento – essa babozeira – já tivemos muitas vitimas de nós mesmo – quantos ainda vão morrer pra nos fazer sentir um respiro qq que seja…
Descobri esse blog hoje, estou um pouco triste, não com ele, mas com vcs, que não se vestem com as próprias roupas – por favor, eu peço que ao lerem qualquer coisa, não as engulam – aliás como ele já nos disse, “a vida não é o contrário da morte” … é exatemente issso, a vida é muito mais do que o meio, a vida são nossas realizações e o que fazemos nesse meio tempo – portanto, façamos…
a vocês eu deixo o desejo de serem lâmpadas e a Ele ou vc, ahhhhhhhhhh, só um encontro!
abraços!!!!
17 janeiro, 2011 as 5:08 pm
Confesso que não assisti aos shows da Amy no Brasil, pois estava viajando. Acho que ela fez dois discos maravilhosos e a admiro bastante.
Mas o fato de eu já ter ido a um festival em 2008, onde ela era a principal atração e simplesmente não apareceu na hora do show, me deixaram com o pé atrás e não fiz nenhum malabarismo para estar presente em algum dos shows, que pra mim já cheiravam a uma turnê caça niqueis. Nada indicava que veriamos um bom show! Nenhuma notícia positiva sinalizava isso. Apenas uma recente regravação meia bomba no novo disco do Quincy Jones.
Justamente por não estar interessado nesse show de horrores que o Zeca descreveu, que não me mobilizei para estar nesses shows. Afinal a inglesa já tinha me enganado uma vez e não queria ser enganado de novo. Não me arrependo nem por um segundo de não ter alterado minhas férias para ver esse shows.
Mas eu gostaria realmente de ver a Amy lançando um disco novo ( se possível com qualidade próxima ao Back to Black) e que ao menos conseguisse fazer apresentações descentes! Minha grande expectativa era poder ver a Amy dando a volta por cima! Isso me levaria a fazer de tudo pra estar em uma das datas dessa “turnê”. Quantos artistas estiveram anos envolvidos com drogas e alcool, mas ao menos davam conta de fazer bons shows e discos???!!!
Infelizmente não tenho mais fé numa retomada triunfante da carreira, do que pra mim foi a cantora mais relevante da década passada.Uma pena!
17 janeiro, 2011 as 12:53 pm
Quem nega é por que não está sendo honesto consigo mesmo.
Concordo plenamente com o que foi escrito em seu texto, e por isso não vou me prolongar em tentar provar isto.
Muito Bom meu querido!
Ótima crítica.
17 janeiro, 2011 as 11:31 am
Concordo com vc Zeca! Fui ao show em SP e queria ouvi-la e poder concluir que estava errando as letras. Gostaria de te-la visto trôpega, bebendo, limpando o nariz, quem sabe caindo… Mas o telão era pequeno demais e o som… ah o som… quem estava lá atrás, na pista, não pode curtir o que ela, bem ou mal, fazia… A cerveja (que antes era quente) acabou antes mesmo da boa apresentação de Janelle Monae. Uma organização ridícula para o tamanho e qualidade dos shows! Eu esperava apenas ouvi-la errando, ou acertando, seu pequeno repertório mas não foi desta vez.
17 janeiro, 2011 as 10:18 am
Agora tá explicado o porquê de ela ter reiniciado sua carreira no Brasil: brasileiro é trouxa e, pelo pouco que tem, aceita qualquer esmola.
17 janeiro, 2011 as 8:09 am
Quando ela quer cantar a voz é impecável, mas com certeza ela não tem condições físicas mesmo de encarar um show se 2h por exemplo. Mas cumpriu seu papel muito bem, aqui em Recife fez sucesso e deu o showzinho à parte bebendo,caindo e levantando. O calor do nordeste fez muito bem a ela, estava muito simpática e até arriscou falar um pouqinho com a galera.
16 janeiro, 2011 as 7:24 pm
Só tenho um comentário: Zeca Camargo disse tudo!
16 janeiro, 2011 as 5:57 pm
Mesmo assim é um pouco triste notar que ela precisa de uma cola para lembrar as letras e da ajuda dos competentes vocalistas de apoio, que mais do que fazerem o coro a resgatam quando ela esquece alguma parte.
Saiu rapidamente do palco, o que fez sua banda improvisar. Para alívio geral ela retornava saltitante, fazendo gargarejo com água (cena que se repetiu inúmeras vezes). Visto em alguns vídeos no Youtube.
Esses erros são perdoáveis quando se depara com uma artista como Amy. Ela claramente nasceu pra cantar. Pedir palminhas, realizar coreografias, isso não é com ela. Seu instrumento é a voz e é assim que ela criou um som original que atraiu jovens a senhores de idade.
16 janeiro, 2011 as 5:15 pm
Zeca,
discordo da posiçao de que quem pagou para ver um show de uma cantora excepcional , mas que se destaca por seus vexames, esteja buscando presenciar uma apresentaçao “grotesca”.
Certamente uma parte do publico de fato estava atras de seus “vexames”, mas afirmo que a maioria gostaria de vê-la soltar a voz por pelo menos o dobro do tempo…
Te faço uma pergunta: se o show fosse “redondo”, sem tropeçoes ou gargalhadas, com pelo menos 20 musicas, passando pelos 2 discos e mais algumas novidades e cantando Rehab e You know I’m no Good no bis, voce sairia decepcionado por nao ver a Amy dos tablóides?
Abraço
16 janeiro, 2011 as 12:32 pm
Zeca,sou leitor assíduo do seu blog,sempre me surpreendo com o modo inteligente de você descrever os fatos sempre irreverentes e concientes.Dessa vez não foi diferente ao desenterrar essa personagem pitoresca do nosso subconsciente para se materializar na figura de Amy,e ela é exatamente isso é bom que o fã saiba que ao comprar o ingresso está adquirindo um pacote promocional com direito garantido á diversão.Será jogada de marketing?
15 janeiro, 2011 as 11:04 pm
aff, axei simplesmente ridiculo comparar a monga
ela eh dona d uma das maiores vozes, uma voz firme, forte, gostosa
nao falando do Zeca, mas dessas pessoas ridiculas q axam q Amy eh SÓ barracos, drogas e coisas ruins
Amy eh mto mais q isso, eh voz, eh liberdade, eh simplesmente ela, as coisas “boas” e coisas “más”, como tds nós
15 janeiro, 2011 as 8:35 pm
Os loucos ver e faz tudo aquilo que tem vontade, agora aquele que se diz ser “normal” não ver, não faz, e sempre viver a sombra da sociedade.
E esse jeito louco da Amy Winehouse sempre consegue chama atenção por onde ela passa isso que é ser diferente..
O ponto negativo dela e que ela se destrói com as bebidas e as drogas isso não é legal para um artista.
Ainda mais com um talento que ela tem deveria saber aproveita. O dom da arte que foi confiada e tenta mostrar respeito e qualidade no que faz..
Uma coisa fundamental que o artista em sim jamais deveria esquecer o respeito pelos seus fãs e pela sua equipe.. Ele é responsável de apresentar ao mundo algo da melhor forma possível e o limite vai até aonde vai à capacidade de criação. Isso é o básico de qualquer coisa..
Até porque são os fãs que coloca o artista no auge da fama eles pode ter talento como for agora se não tiver seu publico fiel ele não é nada, ou seja, si torna mais um esquecido com o tempo.
Espero que não seja esse destino que a Amy tenha, seria um desperdício.
15 janeiro, 2011 as 6:56 pm
Oi Zeca!!!!
Você disse tudo. Amy Winehouse é deste jeito!
Bem, da passagem dela pelo Brasil… eu li que alguns “jornalistas” e fotógrafos chegaram a reclamar que ela estava muito quieta. Exceto por dois momentos no Rio, os paparazzi estavam decepcionados. Ela não saía do hotel e nem havia se envolvido em um grande escândalo, disseram. E seus perseguidores afirmaram que uma imagem da cantora envolvida em algum “barraco”, como cair bêbada na Lapa, poderia valer até US$ 50 mil. Não é novidade eu sei, mas…
Enfim, além de gostar bastante da voz e de algumas músicas dela, eu sempre procuro encontrar outros momentos nos quais a ela esteja em evidência de uma forma positiva.
Então, ilustrando…
- Amy + Lady Gaga + Madonna apareceram na edição nº 33 da Turma da Mônica: na história de abertura, Anjinho leva Mônica para participar de um inusitado concurso nos céus… Mas os dois terão pela frente a concorrência de serafinas famosas e seus cabelos maravilhosos. Eu adorei esta capa!!
https://turmadamonicajovem.bloguedoido.com/image/1253640676.jpg/
- Em 2010, ela assinou linha de roupas e acessórios para a marca britânica Fred Perry, da qual é fã. Bem, eu gostei das fotos e das roupas – ficaram legais!!
https://www.bolsademulher.com/estilo/fred-perry-por-amy-winehouse-103192.html
Bom domingo.
Um abraço!
15 janeiro, 2011 as 4:41 pm
Quem acha que o colega do Zeca é um profeta levanta a mão!!!
15 janeiro, 2011 as 4:24 pm
Zeca, meu filho, eu sou do tempo do Richie, Menina Veneno, etc. Vi todo esse burburinho. Richie veio, agitou e depois sumiu. Mas Amy, a graça dela, além de sua voz maravilhosa, é esse jeitão desengonçado. Ela é (im)previsível. O palco é dela, portanto faz o que lhe dá na telha. Não gosto muito de cantores de enchem o palco de apetrechos, com muitos dançarinos (com todo o respeito à profissão), ou muitas luzes piscando, fumaças. Me parece mais um artifício pra atrair público. O bom é mesmo o palco e ou os cantores lá arrasando. Principalmente os mega shows – com excessão de Beyonce, etc que além de cantarem tbm são dançarinas. Aí é outra história.