E então eles começam a morrer…
Este é o quinto obituário que eu faço aqui em menos de um ano. E isso, obviamente, não é nada do qual eu possa me orgulhar. As coisas estão muito misturadas na minha cabeça – deve ser a idade… Mas vou tentar me organizar…
Tem a ver com meus 47 anos recém-completos (tive o prazer de ler mais de uma vez as mensagens que você deixou aqui pelo aniversário, muito obrigado), que me fazem pensar, inevitavelmente, na brevidade daquilo que estamos fazendo aqui. Tem a ver também com o título de um livro de ficção que eu um dia esbocei – e do qual me lembrei recentemente, depois do meu tímido arroubo de escritor, que dividi há alguns dias com você. E tem a ver com a morte de mais um dos meus ídolos da juventude – desta vez um dos caras que me ajudou a entender o que significava ser moderno: Malcolm McLaren. Que – aliás, fechando o círculo – morreu no dia do meu aniversário.
“Colecionar” pessoas que morreram no dia em que você faz anos é um passatempo deveras mórbido. Mas quando li aqui mesmo na internet, no final da tarde da última quinta-feira, sobre a morte de McLaren, me lembrei de um outro dia 08 de abril, em 1994, quando acordei para comemorar meus “tenros” 31 anos, e fui informado pelo rádio que o corpo de Kurt Cobain havia sido encontrado (numa curiosidade ainda mas bizarra, a data exata da morte do ex-líder do Nirvana, é dia 05 de abril, quando um grande amigo meu – e também jornalista, com o qual divido mais de uma paixão musical, inclusive o próprio Nirvana –, que nasceu no mesmo ano que eu, faz aniversário…). Repito: “celebrar” uma coincidência dessas não é nada divertido. Mas faz você pensar…
Entre tantos motivos que me fizeram sentir muito abalado com a morte de Kurt Cobain, estava o fato de que eu ainda acreditava na revolução pela música… E a lembrança recente de ter me encontrado com ele duas vezes no ano anterior – em janeiro e em setembro de 1993 – para entrevistas que foram ao ar na MTV. Foram situações realmente especiais – certamente bem mais para mim do que para ele – sobre as quais ainda quero dedicar um post exclusivo, algum dia. Mas a tal coincidência de datas ficou na minha cabeça como um ruído desagradável – ruído este que voltou a incomodar com a notícia sobre Malcolm McLaren.
À medida que você envelhece – e isso, meu caro, minha cara, você com menos de 20, 25, 30 anos, que me acompanha aqui (um grupo que não é pequeno, e que, claro, me deixa muito feliz), é algo que a gente custa a aprender, mas é uma das lições mais fundamentais (ainda que incômodas) da vida – seus ídolos (assim como as pessoas que você admirou na juventude – e não vamos nem falar de seus amores…) também envelhecem. E, como uma consequência natural desse processo ao qual todos estamos sujeitos, eles vão começar a morrer…
(Para mais reflexões bem lúcidas sobre o assunto – certamente mais lúcidas que essas minhas aqui, confessadamente carregadas de emoção – procure ler “Nada a temer”, de Julian Barnes, que foi recentemente traduzido para o português, pela Rocco, e foi, inclusive, comentado aqui há pouco mais de um ano).
Mesmo seguindo essa linha de pensamento, porém, a morte de Malcolm McLaren foi um choque extra para este grande fã do seu trabalho. Ao contrário de Kurt Cobain, nunca tive a oportunidade de entrevistá-lo (houve até um encontro bastante informal, nos idos dos anos 80, quando ele esteve no Brasil por razões que minha memória não me ajuda a lembrar, e sentamos lado a lado numa mesa de uma “boate” – uma espécie de lugar onde as pessoas iam para se divertir à noite, ainda na era mesozóica, bem antes da invenção do “lounge” –, em São Paulo, que se chamava Gallery… Minha timidez diante de alguém que admiro – uma falta de traquejo que já confessei a você outrora –, porém, me impediu de trocar mais que um cumprimento com ele…). Mas, como artista, talvez a influência desse produtor (e pensador) musical – um dos mais criativos e espertos que a história do pop já teve – sobre o que pensa esse que vos escreve foi bem maior do que a de Cobain.
Contudo, não vou entrar nesse jogo de comparações – um exercício para lá de inútil. O que quero fazer hoje aqui é uma pequena homenagem a McLaren, que, entre tantos trabalhos brilhantes, fez um álbum que considero um dos 20 mais importantes de toda a trajetória do pop.
Fazer agora uma biografia detalhada de McLaren, seria uma perda de tempo. Aqui mesmo na internet, por conta da sua morte, você encontra obituários (inclusive na Wikipédia) bem mais completos do que eu poderia oferecer neste blog. Porém, para quem talvez nunca tenha ouvido falar dele, talvez a melhor introdução seja repetir seu epitáfio mais surrado: ele foi o homem que inventou os Sex Pistols!
Se fui atrás um dia de Malcolm McLaren, foi por causa disso – meu ponto de partida na minha idolatria por ele. Lembro-me muito bem da minha primeira visita à Londres, numa tarde mais que gelada de fevereiro (no longínquo ano de 1980), eu andando sozinho naquela King’s Road, procurando por um lugar chamado World’s End, a então última encarnação da loja de roupas que havia sido criada por McLaren e a genial estilista Vivienne Westwood (que, aliás, faz aniversário no mesmo dia que eu…), e que se chamava originalmente SEX, onde, segundo a lenda, “nasceu” a própria banda Sex Pistols. Como já disse em algum lugar deste blog, tive uma formação musical ligeiramente heterodoxa no anos 70: cresci gostando de punk e de discoteca… E já que não havia conseguido estar em Nova York para dançar no Studio 54, pelo menos eu, lá em Londres, teria o prazer de “andar na mesma calçada” que meus ídolos do punk – mas eu divago…
Nesse início dos anos 80, meu radar estava apontado para duas outras bandas com as quais McLaren havia se envolvido, Adam and the Ants e Bow Wow Wow. A primeira foi para frente – ainda que sem uma grande participação de McLaren – e fez um dos álbuns mais estranhos e brilhantes de toda a discografia pop (“Prince charming”), além de uma as minhas canções favoritas de todos os tempos, “Picasso visita el planeta de los símios” (que abre minha lista das mil músicas mais importantes para mim). A segunda fez um sucesso moderado, mas deixou um legado bem decente. E digo mais: se você quer ter idéia do que significava ser moderno em 1980, dê uma conferida neste vídeo de “Chiuaua” – olha só… a música se chama “Chiuaua”!!!
E por falar em modernidade… Depois de “mudar o jogo” com os Sex Pistols, flertar com ritmos tribais africanos, e criar mais de um estilo de comportamento, para onde ele poderia ir? Para uma conexão entre o hip-hop americano e a música pop sul-africana, com pitadas de ritmos latinos, claro! Em 1983 ele vem com “Duck rock” – e mais uma vez seria responsável por uma mudança radical nos rumos do pop. Assim, como quando ele formatou os Pistols, McLaren nunca inventou nada – quando “Never mind the bollocks” foi lançado (1977), o punk de maneira dispersa já existia há anos. Mas se ele era bom em uma coisa era de pegar uma tendência e transformá-la em uma febre mundial…
Muito antes de Paul Simon “encantar” o mundo com sua “descoberta” da riqueza musical da África do Sul (“Graceland”, 1986) – um som que, especialmente neste ano em que a Copa do Mundo vai acontecer naquele país, está hoje onipresente no pop globalizado –, McLaren foi lá e gravou uma canção chamada “Soweto”. Não foi nem o primeiro “single” de “Duck rock” (nem o segundo nem o terceiro). Mas foi para mim uma epifania! Ali percebi o poder de uma música que não precisava vir exclusivamente de Londres ou dos Estados Unidos para ser boa – muito boa! Adotei “Soweto” como um hino pessoal (e não é por acaso que ela também encabeça a minha já citada lista de mil músicas) – e elegi “Duck rock” como um dos maiores discos de todos os tempo (ainda o incluo em listas desse gênero quando sou convidado a fazê-las).
E não só por “Soweto”… O clássico “Bufallo gals” inspirou (a acho que inspira até hoje) gerações de jovens músicos – de Neneh Cherry a M.I.A. – e “Double ducth” é das misturas mais perfeitas de dois universos que talvez nunca tivessem se encontrado: o dos vocais sul-africanos com as puladoras de corda nova-iorquinas . Acrescente a isso uma insana mistura de ritmos latinos (“Merengue”), um canto étnico remixado que estaria décadas à frente do álbum que Damon Albarn (Blur) produziria no Mali (“Obatalá”, que curiosamente termina com um grito pela República Dominicana), e um tributo aos incríveis DJs de Nova York na “era da inocência” do rap (“World’s famous”).
Na minha reduzida coleção de disco de vinil, “Duck rock” é um dos quais eu nunca vou abrir mão – e aquela capa “moderna”, com uma “boom box” toda customizada sobre um fundo com um grafite de Keith Harring já decorou em mais de uma temporada a parede do meu quarto… É um clássico indiscutível – algo praticamente impossível de ser superado.
De fato, depois de “Duck rock”, McLaren até tentou. Em 1984 ele lançou um disco de… ópera! Isto é, de árias famosas com uma batida “proto-lounge”. Eu achei sensacional (é outro vinil do qual não consigo me desfazer!), mas “Fans” teve uma recepção menos que calorosa… Cinco anos depois veio “Waltz darling”, numa tentativa (não muito bem sucedida) de fazer pela valsa o mesmo que ele tinha feito pela ópera em 84 – vale a pena lembrar, no entanto, que ele nesse trabalho flertou com o “vogue” bem antes de Madonna… E os fãs teriam de esperar outros cinco anos para ver um trabalho original seu: o curioso “Paris”, onde ele tinha nos vocais participações de, entre outros, ícones do cinema francês, como Catherine Deneuve.
Uma colaboração inesperada aqui, um remix acolá, mas McLaren nunca mais fez algo de tão sensacional quanto os trabalhos em que “colocou suas mãos” entre 1976 e 1984. E precisava? Na minha modesta opinião, não… Citado em boa parte de qualquer grande reportagem sobre cultura pop, consultado por artistas e produtores do mundo inteiro, e respeitado por uma legião de devotos seguidores (entre os quais eu me orgulho de estar), Malcolm McLaren sabia que já havia deixado sua marca bem presente na cultura de nosso tempo.
Vítima de um tipo raro de câncer – que eu nem sabia que ele havia desenvolvido –, ele sabia talvez que podia ir embora depois de ter mexido com a cabeça de boa parte dos jovens no mundo todo. Mas eu prefiro achar que, mesmo aos 64 anos (e quem sabe ainda mais para frente), ele ainda seria capaz de sintetizar – novamente – algo de realmente revolucionário.
(Em tempo, os outros quatro obituários que fiz nos últimos doze meses, a quem interessar possa, foram os de Zé Rodrix, Michael Jackson, Pina Bausch e Miguel Magno)
29 agosto, 2012 as 1:29 am
Parabéns pela pessoa maravilhosa que tu es…vc sabe colocar as palavras certas na hora certa. Que Deus te abençoe.
6 maio, 2012 as 4:35 am
Em tempos pós modernos, tão sem tempo… vejo o Fantástico na segunda durante o no almoço. Um certo ritual de quem precisa não ser totalmente sem noção da mídia de massa.
Mas aí….terminando as 4 da amanhã aparas de minha dissertação encontro você escrevendo assim?!…e de repente, uma vontade enorme de ler mais e mais e mais….
Parabéns. Você é um escritor nato. Não desses que por aí confundem falta de clareza com destreza.
26 abril, 2011 as 3:26 pm
ola Zeca sou sua fã, amo te ver apesentando no fantastico…voçe e alegre, e mesmo assim quando o
assunto e serio, voçe tem um jeito toodos especial para noticiar…
Zeca que Deus o abençoe hj e todo o sempre
27 dezembro, 2010 as 3:49 pm
Poxa!!! Zeca amoo seu trabalho…!!!!
Vc é um exelente jornalista…Q Deus te abeçõe cada vez + para q vc esteja sempre presente…Nos passando informações importante e constutivas nos dando lições de vida e nos mostando a realidade da vidaaa!!!!!
bjos!!!!!!
15 setembro, 2010 as 12:38 am
Ola zeca
voce ta muito bem no fantastico….como sempre e esse seu novo visual
cara chamou atenção,as mulheres aqui de casa ficaram todas assanhadinhas
Adoramos seu trabalho
Zé(extra)qnto tempo
25 agosto, 2010 as 11:41 am
Oi,adoro suas reportagens,vc e um grande.
por falar em pessoas keridas k nao esistem + nao festejo + meu aniverssario desde de 94, meu aniverssario e 02/05 e o nosso grande e \"imortal\"Ayrton Senna foi embora no dia 01/05/1994 desse dia ate hoje e pra sempre nao tenho motivos pra festejar nd, pelo contrario essa data mi traz mt tristeza. Ayrton Senna pra sempre….Fazem 16 anos, e parece k foi omtem k akela maldita curva Tamburello de Imola nos levou embora um dos nossos maior orgulho…
20 abril, 2010 as 11:17 am
Valeu seu niver de tantos anos de experiencia. PARABENS. Realmente gente que se curte deve viver bastante pra aproveitar bem. Quem sabe gente que nem se curte assim deva tambem ter tempinho pra pensar e repensar. Seu blog nao esta mais vinc. no Fantastico mas o do domingo passado foi bem bacana, parabéns aos 4! Fique bem e nos traga mais pensamentos e experiencias curiosas…
Com carinho.
18 abril, 2010 as 6:49 pm
Leio esse texto com um certo atraso, desculpa
Mas o tempo anda meio escasso as vezes.
Esse texto de “celebrar ” o seu aniversário com a morte de alguém me fez lembrar, quando você pediu para enviar uma foto com a frase “eu vou morrer” ou algo assim, anos atras
Não entendemos isso muito bem, não concordamos, mas se todos vão passar por isso, porque tanto medo, tanta amargura e tanto menosprezo por lembrar disso
Eu lembro bem de pessoas famosas que morreram no dia 29 de abril, data do meu aniversário
1991 – Gonzaguinha
2007 – Otávio Frias – editor da Folha
E a coincidencia maior, aconteceu em 2006, quando meu avô paterno, faleceu no dia do meu aniversário
17 abril, 2010 as 7:29 am
Zeca
Do Malcolm McLaren, eu so conheço “Never mind the bollocks ” mas para mim ja foi suficente, pois depois desse vinil, as coisa ja não foram mais as mesmas
16 abril, 2010 as 2:36 pm
Desculpe-me Zeca, isso ficou meio confuso me explique com essa sua paciência!!! “”"”"”" meus “tenros” 31 anos, e fui informado pelo rádio que o corpo de Kurt Cobain havia sido encontrado (numa curiosidade ainda mas bizarra, a data exata da morte do ex-líder do Nirvana, é dia 05 de abril, quando um grande amigo meu – e também jornalista, com o qual divido mais de uma paixão musical, inclusive o próprio Nirvana –, que nasceu no mesmo ano que eu, faz aniversário…). Repito: “celebrar” uma coincidência dessas não é nada divertido. Mas faz você pensar…”"”"”
15 abril, 2010 as 3:35 pm
Meninas do céu, assim voces cortam o meu coração de inveja, mas é inveja boa, que privilégio de vocês: Rosa Helena e Dinah!
Um dos meus maiores sonhos é pelo menos poder um dia ver esse homem de perto, nem que eu não consiga autografos, nem fotos nem nada, só ver, apenas ve-lo, eu já poderia até morrer que morreria feliz! Amo ele pra sempre!
Bjos a vcs lindas! E pra vc tbem Zeca, de novo!!
15 abril, 2010 as 1:06 pm
Ih!
Dê-me licença também, Zeca.
Já que a Rosa Helena confirmou a curiosidade da Edna Marques, vou no embalo! Edna, o Zeca é um gato e quanto mais o tempo passa mais belo ele fica. O mais legal ainda é a simpatia e a capacidade de cativar a gente! Suas palestras ficam lotadas e todo mundo adora o papo alegre e descontraído!
Beijo pra você Zeca
Dinah
15 abril, 2010 as 3:01 am
Amor,
há quanto tempo não passo por aqui!!!
Parabéns um tanto quanto atrasados pra você!
Logo, logo vou “quarentar”… e ao que tudo indica, em Maringá (rima boa, neah?!)
A vida anda uma loucura, mas sempre que posso dou uma passada por aqui pra ler você e olha aí a sintonia que existe entre duas pessoas que sequer se conhecem, mas que está presente. É claro que estou falando de nós dois, eu e você, você e eu rsrsrsrsrsrs.
Enfim, meu amigo, mais um obituário a ser feito: Ivo Rodrigues, o mestre, a voz da Banda Blindagem.
Faleceu nesta segunda-feira, também vítima de um câncer.
Fazia tempo que eu não chorava tanto a perda de um ícone da minha adolescência, que apresentou Paulo Leminski para o mundo, ao musicar e cantar seus poemas.
Grande Ivo, que já deixou muitas saudades!
Bj Bj Bj!!!!!
15 abril, 2010 as 12:25 am
Olá Zeca sou sua fã. Gosto muito de te vr no fantástico.
Adorei seu texto.
Parabéns pelo niver.
um abração ]
ana maria
14 abril, 2010 as 10:15 pm
Ei Zeca
“Vim” aqui hoje não para comenter sobre este post específico mas para falar sobre o epsódio de Domingo passado no Megacidades. Até agora estou chocada com o caos de Daca. Tudo muito triste, um lugar precário que me deixou com um nó na garganta. Chequei a entrar no Google Earth e fiquei mais impressionada ainda vendo a cidade fotorafada palo satélite. É de arrepiar… Parece mais uma “mega favela”! Como fo que vocês consequiram fazer essa reportagem num local tão sem recursos? E a hospedagem? E a alimentação? Achei ainda mais difícil para a produtora Renada Chiara. Complicado para uma mulher…obviamente sem questionar a competência dela. Muito corajosa!
Triste também pelo Rio de Janeiro e Niterói!
Beijo querido, vocês estáo de parabéns pelo trabalho!
Dinah
14 abril, 2010 as 9:11 pm
Zeca,
com certeza é triste acordar e descobrir que perdemos um amigo.
Principalmente se neste dia tinhamos planos para comemorar uma data especial.
Aconteceu comigo.
Fiquei acordada assistindo tv para dar os parabéns a minha filha por mais um ano de vida e me deparei com a notícia de que minha cidade estava desabando.
Perdi o foco.
Niterói se transformou em um grande vale de lágrimas.
Para onde vc olha há deslizamento, desabamento, desabrigados, desalojados…
Um misto de tristeza,desamparo, desatenção.
Não sei se algum dia, irei acordar nesta data sem me lembrar deste fato.
Agora, em cinco de abril, não deixarei de comemorar o aniversário de minha filha, mas também não deixarei de fazer uma oração por todos os amigos e vizinhos que perderam tudo ou quase tudo por falta de atenção.
Morrer porque chegou a nossa hora ou porque fomos displicentes com nossas vidas é duro para quem fica, com certeza.
Mas morrer aos montes por descaso de nossas autoridades é demais.
Estou destruída por conta desta situação, mas sei que daqui algum tempo isso melhora.
Esquecer, jamais.
Sofrer eternamente, nunca.
Abraço, Rita.
14 abril, 2010 as 8:59 pm
Oi Zeca!!!!!!
Pois é, por tudo que li desde que foi anunciada a morte de Malcolm MacLaren, pude perceber, ainda que com vários anos de atraso, a importância dele para o pop.
Chequei parte do que você citou – ainda vou procurar por mais – e, claro, reli o capítulo dedicado ao Sex Pistols no seu livro. No entanto, não passa nem perto de poder ter vivido o que ele protagonizou, mas…
Enfim, fica uma estranha sensação de ter nascido numa época menos rica.
Mas, amanhã, já é quinta-feira novamente.
Que bom.
Beijão!!
14 abril, 2010 as 8:11 pm
perdas da vida que nos deixam desesperançosos
14 abril, 2010 as 5:51 pm
As vezes lendo seus textos Zeca , no alto dos meus 20 anos.. tenho uma vontade imensa de ter nascido uma decada antes… só pra poder ter vivido tudo isso que vc compartilha com a gente !!!!
obrigado por me fazer divagar….
14 abril, 2010 as 5:45 pm
Esqueci o ponto de interrogação.
Você já assistiu o filme “O FAZENDEIRO DE DEUS”? Há me parece que foi baseado no livro “Fé nas batatas.” Mas o livro eu não tive a oportunidade de ler não. A minha FÉ é em DEUS mesmo…
Parabéns por ontem, hoje e sempre…