O resto do mundo
“Avatar”? 50%, foi a resposta do vendedor.
Eu estava numa loja de CDs e DVDs de uma das minhas escalas desta última viagem – uma loja “oficial”, dentro de um shopping center “oficial”, e, muito consciencioso de sua reputação, o rapaz atrás do balcão não queria me “enganar” vendendo uma cópia – obviamente pirata – do filme de maior sucesso de todos os tempos. Assim, usando de um método duvidoso, ele ia classificando os filmes que eu apontava conforme a qualidade da reprodução disponível no seu estoque – que, só insistindo, era virtualmente todo ilegal. “Up – altas aventuras”? 85%! “Meu nome é Kahn” (o controverso filme de Bollywood que mal havia estreado nas telas indianas – ainda quero falar dele aqui uma horas dessas)? 60%! “Sherlock Holmes”? 95% – ou seja, “pode levar sem susto”! Encontrei até mesmo uma cópia do “nosso” “Carandiru”, dirigido por Hector Babenco. O veredicto do vendedor: 80%! Interessante essa cidade…
Já não estou mais nela, cenário também da foto que usei no último post para perguntar– não sem um certo atrevimento – por onde eu andava. Na verdade já não estou nem mesmo na cidade de onde mandei aquele último texto. Hoje escrevo da sexta e última escala dessa aventura por mega cidades do mundo – um lugar dos mais fascinantes que conheci ultimamente (e que não vou revelar justamente para a gente ter um pouquinho mais de assunto mais para frente…).
Mas enfim, voltando à cidade da foto (e dos DVDs piratas), ela foi tirada em Dhaka, Bangladesh – e aqui eu tenho, claro, que dar os parabéns, com louvor, para a Andréia que, exatamente como eu propus, mandou um comentário dizendo não só o nome do lugar, mas descrevendo o monumento que estava atrás, o que ele homenageava, e o que significavam aquelas pessoas vestidas de branco e preto que posaram comigo. Bravo!
Aquele modesto monumento atrás de nós celebra não apenas os mártires que morreram em 1952 para defender a língua do “Paquistão do leste” (como Bangladesh era conhecido), mas também a própria língua, o bengali, como fator de identidade nacional – de uma nação que então nem existia oficialmente. A escultura no fundo da praça é modesta. Não passa nem perto de algo que a gente poderia chamar de “cartão postal” da cidade – qualquer capital européia, ou mesmo asiática (e até latino-americana, por que não?), tem provavelmente alguma coisa mais exuberante para oferecer ao turista. Bangladesh tem isso. E quem quiser que tire foto…
Aliás, esse lugar, junto com o parlamento nacional – uma impressionante construção criada pelo famoso arquiteto estoniano (que fez sua carreira nos Estados Unidos) Louis Kahn –, são das poucas coisas atraentes que um visitante pode considerar “fotografável” em Dhaka. Num lugar que, exatamente quando eu estava lá, havia sido considerado a segunda pior cidade do mundo para se morar (para você ter uma idéia, Harare, no Zimbábue, foi eleita a pior de todas), dois lugares interessantes para se visitar já podem ser considerados um trunfo!
Acontece que meu trabalho por lá não consistia, claro, em apenas visitar esses pontos “turísticos”. Estou viajando para reportar sobre a vida nas mega cidades – quais são seus grandes desafios, e, se for o caso, que soluções essas cidades encontraram para crescer ainda mais de maneira que seus habitantes pudessem ter uma vida um pouco mais confortável. Assim, procurando exatamente soluções para problemas crônicos, acabei vivendo situações que estavam bem longe de serem consideradas, digamos, aprazíveis…
Experiências como essa foram se acumulando ao longo desta viagem (que termina neste fim-de-semana, e deve ser exibida no “Fantástico” a partir de abril). Mas nenhuma delas, porém, teve em mim um impacto tão forte quanto essa visita a Dhaka. Durante pouco mais de três dias, eu e meus colegas vimos um conjunto de coisas que nos impressionou profundamente – e não exatamente por sua beleza… Ou melhor, de repente, era até possível encontrar numa cena cotidiana dessa cidade que cresce assustadoramente (e que tem a glória dúbia de registrar a mais alta densidade demográfica do mundo!) alguma coisa mais, hum, inspiradora. Mas isso exigia sempre uma boa dose de abstração da parte de quem registrava tudo, como se seu olho tivesse que ser especialmente treinado para filtrar algo de belo em cenas nunca menos que desesperadoras. Como nesse carrossel, por exemplo…
Tirei essa foto na favela de Korail, uma das maiores e mais ameaçadas de Dhaka. Na praça central que dá para principais ruelas da comunidade, ficam estacionados dezenas de riquixás (aqueles que vão disputar espaço no caótico trânsito da cidade com tais ônibus de “papier machê” que já mencionei aqui). A pouca renda que algumas dessas famílias têm vem dessa atividade – sem uma infraestrutura de transporte público, a cidade “circula” com essas “charretes de bicicleta”, impulsionadas por um combustível que já não se vê muito em nenhuma grande cidade: energia humana…
Algumas mulheres que vivem ali – mães de família – trabalham como empregadas domésticas, por salários que raramente as colocam acima da linha da pobreza. E as crianças? Bem, as crianças, quando não estão em uma das improvisadas salas de aula (bancadas por ONGs, já que o governo nem se preocupa em educá-las), brincam no carrossel…
Contudo, apesar de um cenário de desesperança absoluta, coisas boas também açontecem por lá. Estimuladas por projetos sociais, as mulheres se organizam para tentar lutar por alguns direitos, como a legitimidade das suas moradias, ou um mínimo de condições sanitárias (na foto abaixo, estou com um grupo delas que entrevistei para a reportagem). E, ao contrário do que a gente possa achar numa primeira impressão, elas são organizadas sim, e relativamente otimistas de que vão conseguir pelo menos alguma melhoria – se não na vida delas, pelo menos na de seus filhos!
Não vou aqui me alongar em histórias como essa – melhor convidar você para assistir as matérias quando elas forem ao ar, daqui a algumas semanas. Mas quis fazer toda essa introdução sobre Dhaka para falar justamente do resto do mundo… Não sobre esses lugares que estou visitando, mas sobre o “resto do mundo” quando a gente olha daqui – e aí, claro, estou falando do “seu mundo”, de onde você está lendo desse post – aquele que é meu mundo também por boa parte da minha vida, mas que quando eu viajo para lugares extremos viram referências distantes, quase ecos de uma terra que só existe em projeção.
O que estou experimetando agora parece muito com uma sensação que descrevi no final do meu primeiro livro, “A fantástica volta ao mundo”. Naquela época (idos de 2004), depois de viajar quatro meses por todo o planeta, eu terminava a jornada em Lisboa, exatamente no dia em que Madonna se apresentava por lá (primeira vez em Portugal!). Eu tinha tempo, uma certa vontade, e até ingressos para ir ao show – mas não fui! As razões dessa minha decisão eu explico com detalhes no livro, mas somente para fazer um paralelo com o que estou sentindo agora, tem vezes em que eu tenho a impressão de que “o resto do mundo” não é aquilo que a gente nem fica sabendo no nosso cotidiano tão local, mas justamente aquilo que faz parte do nosso dia-a-dia mais próximo – desde que você fique suficientemente distante dele.
Já vinha pensando nisso há algum tempo e, quando uma amiga em mandou um email ontem me perguntando se eu estaria no Brasil para ver o show do Coldplay – a ficha finalmente “caiu”. Durante as últimas semanas, eu estava (e acho que ainda estou) completamente desligado de eventos culturais que normalmente me deixariam salivando!
Disco novo do Massive Attack? Mesmo? Notícias do BBB 10 que vejo eventualmente na internet parece que vêm de outra galáxia! Comemorei sim a vitória de Paulo Barros no Carnaval carioca deste ano, mas mais como a conquista de um amigo do que por sua importância cultural. Corrida para o Oscar? Sinceramente, o mais perto que cheguei de Hollywood nos últimos dias foi durante a cena que descrevo no início deste texto… Curiosamente, na véspera de retornar para o Brasil e mergulhar de novo naquilo tudo que me é tão próximo e conhecido, sinto-me ligeiramente desconfortável. É como se eu tivesse passado para o “outro lado do mundo” e agora, como uma criança teimosa, ensaiasse uma birra para voltar…
Ah, eu conheço bem essa sensação – como disse, já passei por isso em 2004 (e em outros momentos desde então, em intensidades menores).Mas como a própria criança birrenta que esqueceu que já viu “Toy story” pela milésima vez e pede para assistir de novo, eu insisto em “brincar” de não querer voltar para as coisas que eu já conheço… É um sentimento totalmente bipolar: ao mesmo tempo que eu quero consumir novamente tudo aquilo que eu adoro – música, pop, BBB, Oscar! – eu não posso simplesmente me desligar dessas experiências fortíssimas que acabo de viver. Como perguntei aqui mesmo recentemente, o que devo fazer?
Menos de 48 horas antes de regressar para o Brasil estou dividido. Vou voltar, é claro – este domingo mesmo você já pode me encontrar no mesmo lugar de sempre… Mas como eu me viro com todo esse lado do mundo que eu faço questão de carregar comigo? Quem sabe o mínimo que eu possa fazer é usar justamente este espaço do blog para dividir com você um pouco dessas experiências – e finalmente chegar à conclusão feliz de que o mundo tem muito mais do que dois lados só…
Tô voltando. E não é fácil. Nunca é.
12 abril, 2010 as 7:52 pm
Oiiiii, adorei a reportagem sobre Bangladesh, Daca e o trabalho super legal que a brasileira Nadia Goodman esta fazendo, gostaria de manter um contato com vc Nadia pois estou me preparando para viajar para este outro lado do mundo por questoes comerciais e ter contato com uma pessoa que ja conhece esse País me ajudaria muchisimo, Sou do Rio Grande do Sul, Sta Cruz do Sul…
Abracos, Carol.
31 março, 2010 as 1:47 pm
Zeca,
Tudo bem? gostaria de saber como esta o andamento do No Limite 2010, vai rolar mesmo, processo de inscriçao?
Acho um dos melhores programas, natureza, acao e aventura, showwwwwww
haaaa, o premio poderia ser melhor né? rss
No Limite, To dentro
Um abraço
Rogerio Ganancio
Curitiba
31 março, 2010 as 5:32 am
OI ZECA ADORO TEU TRABALHO, ZECA EU SEI QUE TU GOSTA DE IMAGENS ANTIGAS DO FANTASTICO. EU GOSTO MUITO TAMBÉM EU GOSTARIA DE REVER A ENTREVISTA QUE O FANTÁSTICO EXIBIU EM 2004 COM MARADONA E SUSANA GIMENEZ A ENTREVISTA EU JÁ LI GOSTARIA DE VER O VIDEO POR FAVOR ME AJUDE .
22 março, 2010 as 5:37 pm
Olá zeca ,é um prazer dizer a vc o quanto vc é uma pessoa abençoada por Deus de poder viajar desfrutar das belezas deste mundo,pois meu maior sonho é este.sou feliz por vc acredito q faz o q gosta pois faz muito bem o q faz;admiro muto o seu trabalho.desejo toda sorte do mundo .felicidadesERIKA cachoeiro de Itapemirim ES.
8 março, 2010 as 4:17 am
Zeca,
Há dias li esse post e queria deixar esse comentário (q tá mais prum causo, do q pra outra cousa… perdão, mas não resisti ao trocadilho.) e o faço com um certo atraso, mais pela lerdeza do q pela timidez. Mineirice msm… qdo todos já se calaram após uma discurssão calorosa, lá vem o mineirinho (come-quieto) trazer o assunto à baila e recomeçar o barulho! Não é assim? Pois é… vou compartilhar com vcs uma dessas sensações q o mundo me trouxe em 89.
Uma coisa q me acompanha sempre é o desejo de q todos possam ser felizes, ter saúde, amigos, a possibilidade de estudar, se profissionalizar, produzir, viajar, etc… não importa se moram comigo, do meu lado ou na Conchinchina!
Qdo faço minhas orações, eu peço o melhor pro mundo… amor no coração de todos… paz aos homens de boa vontade. Não segrego raça, cor ou credo. Temo a violência e o preconceito. Não tenho ambição! Esta é minha causa: viver com dignidade e segurança ao alcance de todos!
Numa de minhas idas ao Brasil, passei pela casa de uma amiga no Rio pra revê-la e me despedir. Decidimos dar um passeio e fomos ao (Retiro… ou Recreio? …não me lembro) lá não consegui conter as lágrimas q caíam sem eu mesmo desejar. Foi incontrolável! A incrível sensação de viver o q viviam seus residentes foi mto mais forte e me pegou em cheio.
A solidão da alma estava ali… emanava a cada canto, estampada em cada rosto, caminhava a cada passo.
Senti quão igual somos a cada um,… a mesma fragilidade do “ser” humano; a mesma capacidade de romper com a realidade; a mesma necessidade de ser o q se quer ser; ou ainda de não se conectar com coisa alguma. O q acontece ao meu próximo, poderia estar acontecendo comigo!
Eu não chorava de tristeza, nem de alegria. Acho q era pela insignificância de não poder ou não ter capacidade pra mudar aquelas condições inadequadas e indesejáveis.
A loucura é como estar atrás do fio, sair fora e dar uma dobrada de (no) caráter, desafiar as convenções, se perder de vez de tudo e todos. E na gde maioria das situações, não encontra uma estrutura capaz de lhe beneficiar ou até mesmo de tão somente lhe ajudar; ocorrendo a omissão e o descaso, donde a generosidade e a fraternidade são esquecidas.
Este talvez, seja pra mim, o maior dos mistérios: as condições da saúde mental, sua origem, seu percurso e recuperação.
Abra seu coração pra fé meu querido e permita q Deus esteja vivo desde a espiritualidade, para q a luz Dele possa iluminar seus caminhos de aprendizado, glória e amor. Mta paz no mundo!
Um gde bjo pra vc.
2 março, 2010 as 11:33 am
já tava com saudades!!!!
bem vindo de volta
bjo
2 março, 2010 as 12:27 am
OI Zeca, valeu te conhecer em Dhaka..bom saber que voce teve uma boa experience que sao sempre muito fortes por aqui! estou curiosa para ver a materia..vamos ver se nos encontramos no forum! abracos, nadia
2 março, 2010 as 12:21 am
Oi Zeca, valeu te conhecer em Dhaka. Bom saber que a sua experiencia foi positiva; sim, as experiencias por aqui sao sempre muito fortes! estou curiosa em ver a materia..vamos ver se nos encontramos durante o forum! abracos, Nadia
1 março, 2010 as 2:43 pm
Oi Zeca!
“tem vezes em que eu tenho a impressão de que “o resto do mundo” não é aquilo que a gente nem fica sabendo no nosso cotidiano tão local, mas justamente aquilo que faz parte do nosso dia-a-dia mais próximo – desde que você fique suficientemente distante dele.”
O que andou bebendo? rsrsrs, me dá um pouco!!! Desculpe chamar sua atenção, mas o mundo não tem lados, e não é só por que o planeta é redondo…. mais uma vez me identifiquei e já me senti assim como vc está algumas vezes. A última foi agora em dezembro passado, como resolver isso? Não sei! Mais passa. Bem vindo ao Brasil e essa viagem fez bem fisicamente pra vc. tava diferente no Fantástico domingo.(estou relutando pra dizer, mas estava mais …jovem, bonito, sei lá, diferente).
Abração.
Tiago.
1 março, 2010 as 2:34 pm
Zeca/Zeca=1
Também não vou me alongar hoje não!!!
O Oswaldo que se alongue por mim…
“Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.”
NÃO INTERESSE O QUE PENSE….FAÇA…MAS FAÇA DA MELHOR MANEIRA.
Alguém já me disse isso… algum dia…em algum lugar…desse mundão!!!
Bjs.
1 março, 2010 as 2:00 pm
CDs e DVs é uma praga espalhada pelo mundo e aqui em Porto Alegre não é diferente. Tem dias que se precisa caminhar pela rua porque na calçada não tem espaço por causa dos vendedores ilegais oferecendo estes produtos piratas. Como já caí na besteira de comprar tive o resultado merecido, cheguei em casa com CDs que nada tocavam, porque nada estava gravado neles. Foi bom para aprender. Ver pobreza e miséria entristece e deprime qualquer um, em qualquer parte do mundo. A vida em mega cidades para quem é vítima do sistema e sofre na pele as consequências, certamente não é nada esperançosa. Não se precisa ir longe, pois temos disso também em nosso país, infelizmente. Mas um trabalho como este recém feito por você é importantíssimo para mostrar aos brasileiros e seus governantes, um sinal de alerta, para que nossas cidades não cresçam desordenadamente e seu povo encontre trabalho para ter comida na mesa e possa ter acesso à saúde, educação e moradia. Que bom que estás de volta ao país e também ao Fantástico e agora é só esperar o tempo para o lançamento de um novo livro. Por último quero dizer e, agradeço a Deus, que todos os meus familiares de Santiago/Viña Del Mar/Chile estão bem, como também aqueles que moram em Concepción, fora os danos materiais, estão vivos. Zeca, um grande abraço. Etel
1 março, 2010 as 12:43 am
Valeu a pena esperar pelo post!
Recheadinho…É encantador ler você contando dos lugares e das pessoas por onde você passa nas suas viagens.Amo!!!!!
Que bom que você voltou…
beijo e até…
28 fevereiro, 2010 as 9:34 pm
Como se pode ver,no seu relato,nós nos “fazemos”
a cada novo dia,a cada nova experiencia,cada nova viagem,cada nova ida,cada nova volta…
Todo esse aglomerado de sensações,passa a
fazer parte da nossa composição e nos constrói,mais e mais.
Suas experiencias também nos completam,nos
enriquecem,Ao ler seus textos e ver as imagens,vivenciamos
esses momentos e também somos contruídos.Cada nova
situação é um novo tijolinho…
Realmente, é difícil ir, é difícil voltar,é difícil seguir,
mas o mais belo de tudo isso é o caminhar,o novo passo,
o descobrir…
Felicidades
28 fevereiro, 2010 as 9:03 pm
ZECA MEU QUERIDINHO…
QUANDO FALA EM LISBOA MEU CORAÇÃO SALTA PELA BOCA E MEUS OLHOS SE ENCHEM DE LÁGRIMAS. ESTE É MEU CANTINHO PREFERIDO NOMUNDO POR ENQUANTO, AINDA NÃO FUI NA FLORESTA NEGRA ESCREVER UMA LENDA…DEPOIS DISSO ME REALIZO.
BOM, SOBRE O BLOG, ASSISTOPROGRAMAS DE CULINARIA DE METRES QUE VIAJAM MUNDO A FORA INDEPENDENTE DE CULTURA, CLASSE SOCIAL ETC..E TEM MUITA POBREZA EM TODO LUGAR, E AS PESSOAS “RALAM” MUITO PRA SOBREVVER SENDO DA CAÇA, PESCA OU PLANTAÇÕES, ISSO QUANDO CONSEGUEM.
MAS INFELIZMENTE PRA VER O VEL D EPOBREZA NÃO E PRECISO IR MUITO LONGE. AQUI MESMO NORASIL VOCÊ SABE COMO É.
JÁ VIAJEI PARA FORTALEZA E NOMEIO DO NADA HAVIA UMA CASA COM UM MONTE DE CARNE EXPOSTA PINDURADAS NA ENTRADA, COM UMA BALANÇA EM UMA MESINHA. A CARNE ESTAVA EXPOSTA AO CALOR, MOSCAS E AREIA. AQUILO ERA UM AÇOUGUE.
TIREI UMA FOTO. ESSA É NOSSA REALIDADE, UM AÇOUGUE A CÉU ABERTO, SEM O MINIMO DE HIGIENE, CASAS LOTADAS SEM ESTRUTIRA SANITARIA, LONGE DE TUDO, DE FARMACIAS DE HOSPITAIS E COM UM NIVEL DE OBITO ALARMANTE PRINCIPALMENTE INFANTIL.
ISSO ESTA REPLETO AQUI NESTE BRASIL ABANDONADO, ONDE CADA UM SÓ PENSA EM SI E NÃO FAZ NADA EFICAZ PELO OUTRO. AS MEIAS, SÓ PENSAMEM ENCHER AS MEIAS, CUECAS, SOUTIENS ETC…E ACABA EM PIZZA COMO SEMPRE.
EXITEM ONGS MAS NÃO É O SUFICIENTE.
QUEM SABE UM DIA ISSO MUDE…EU ESPERO ESTAR VIVA PARA PODER VER ISSO DE PERTO E PODER MORRER EM PAZ.
BJÃOOOOO
28 fevereiro, 2010 as 7:35 pm
Volte como você foi.
De coração aberto.
28 fevereiro, 2010 as 4:01 pm
Zeca!!!
Divida mesmo suas experiências e suas impressões.
Pesquisei mais um pouco sobre o filme “My name is Khan” e li que os produtores tentam mostrar nesse filme que a paz é possível. Sabia que não tinha me interessado pelo filme à toa.
Como diz a música:
“God will make a way
Where there seems to be no way
He works in ways we cannot see…”
Beijos!
28 fevereiro, 2010 as 3:46 pm
https://www.youtube.com/watch?v=O5I3RPbS8aI
28 fevereiro, 2010 as 3:24 pm
Ola Zeca,
ha algum tempo acompanho seu blog, suas viagens, filmes, musicas, etc…
o ultimo post li no aeroporto, quando voltava pra casa depois de dez dias de viagem, mas ainda longe de voltar pro resto do mundo, pra onde so volto daqui a cerca de quatro meses,
e é quando penso nessa volta, ainda meio distante, que compartilho totalmente desse sentimento bipolar, dividido e confuso, entre voltar, o que vai ficar e o que vou deixar ou levar…
Entao, quando descobrir o que fazer, compartilhe a resposta. =)
E que o encantamento e a emoçao, nas viagens e na vida, sejam como aqueles de quem conhece Paris pela Primeira vez.
28 fevereiro, 2010 as 1:30 pm
Zeca:
Acho que a vida toda vou repetir: sou sua fã e cada dia tenho mais certeza disso.
É incrível como vc consegue por pra fora todo o seu sentimento, toda a sua visão de o que vc vê, percebe e acumula para a sua bagagem cultural (cada vez maior e o que faz de vc uma pessoa ímpar).
Mas o mais importante é a sua percepção. Eu me vejo em vc, mesmo não indo contigo (queria ser ao menos a sua bagagem – rsrsrs), consigo sentir e visualizar o que VC SENTIU E VIU, apenas pelos seus relatos. Isso é sensacional!
E o que mais admiro em vc é essa sua abertura pra tudo. A falta de preconceito. O poder de gostar de tudo, não se deixando levar pelos outros. Isso é muito grandioso. Eu amo comédias românticas e assisto a tudo o que me deixa feliz, mesmo que as críticas nem sejam favoráveis. E vou assistir ao “amor sem escalas” e “500 dias sem ela”. E, quero depois ler seus comentários sobre “Simplesmente complicado” com a Meryl Streep, o Alec Baldwin e, principalmente, o Steve Martin (amo).
Sempre vou dizer aqui e sempre vou repetir: sou sua fã sim e digo isso a todos.
Beijos!
27 fevereiro, 2010 as 6:03 pm
alerta gera!aconteceu mais um fato,um fato nao uma tragédia que mais uma vez comovel o mundo e o pior e que nao foi a primeira vez,no ano passado foi na Italia depois aqui no rio de janeiro exatamente em angra dos reis, depois no haiti matando milhares de pessoas e agora no chile e estamos so no começo do ano e eu me pergunto:o que ira acontecer mais,oque sera de nós quantas pessoa mais precisão morre para que possamos abri os olhos não ha so terremotos e varios outros tipos de tragédias, mais a pergunta e:por que isso?e eu respondo:por nossa culpa nós somos os culpados disso,e eu que pensava que a retrospectiva de 2010 ia ser cheia de coisas boas, e mais foi engano meu!e pelo visto chegamos ao fim do mundo mesmo oque sera de nos humanos seremos estinto?não sei! sera que temos tempo de muda nosso cruel destino! temos que abri os olhos e acorda e ve oque esta acontecendo no mundo.
(eu sei que sozinha não vou conseguir mudar nada mais pelo menos eu fiz meu comentario pude me expresar como me sinto) sera q todos estão fazendo sua parte?
obrigado