Sobre a frase de Rimbaud

seg, 09/11/09
por Zeca Camargo |
categoria Todas

Pois é, infelizmente a frase do post anterior não é minha – algo que as próprias aspas já indicavam, claro, mas que eu quis esclarecer logo no início da nossa conversa de hoje. Aliás, já que é para dar crédito, parabéns à Andréia, que foi à fonte e citou em seu comentário o próprio autor, o poeta francês Arthur Rimbaud (1854-1891), inspiração quase sagrada para homens e mulheres de 17 anos “de todas as idades” – se é que você me entende… (Marcelo Menoli, nota dez para seu “método dedutivo”, mas Lady Gaga, na entrevista que fiz com ela, não soltou essa frase – mandou outras preciosas, mas este é um assunto para outra hora).

O verso – no original “On n’est pás sérieux , quand on a dix-sept ans” – abre (e quase fecha) um poema clássico de Rimbaud, chamado “Romance”, que, como o título já indica, fala da deliciosa loucura que é se apaixonar na adolescência. Lembro-me de ter lido Rimbaud pela primeira vez na época em que a maioria das pessoas descobre o poeta – e, com efeito, até mesmo a própria poesia: na adolescência tardia (que na minha história pessoal equivaleu aos meus primeiros anos de faculdade). Por uma nem tão óbvia assim associação de ideias, foi a mesma levada poética que me levou até Lorca – outro poeta, este espanhol (andaluz!), que nasceu no final do século 19 e morreu deveras jovem em 1936. Mas eu divago…

Enfim, entre tanta coisa que li então de Rimbaud, muito pouco ficou gravado na minha memória – uma vez que o próprio estado etílico em que eu geralmente me encontrava quando procurava amparo no poeta não permitia que eu retivesse muita coisa no meu jovem hipocampo (neurocientistas, por favor me perdoem essa licença poética!). Mas esse verso nunca me deixou – ainda que com pequenas variações (em algumas traduções ele vem mais taxativo: “Ninguém é sério aos 17 anos”!). E foi com uma agradável surpresa que voltei a encontrá-lo num número recente da revista “Colors”.

Sim, eu sei. Já escrevi sobre essa revista (que é uma de minhas favoritas), há exatamente um ano. Mas na semana passada me deparei com seu mais recente número, e não resisti: achei que deveria dividir a experiência com você. Assim, mesmo sob o risco de decepcioná-lo (ou decepcioná-la), nosso assunto de hoje não é exatamente poesia – que um dia certamente merecerá mais atenção deste espaço! –, mas o tema dessa “Colors”: adolescentes. Sim, também já sei que tratei do assunto há apenas algumas semanas. Mas quando é que ele se esgota?

Em sua estrutura sempre simples –mas nunca simplista– o número só reforça a mensagem de que esse mundo é um só, que todas as modas, as manias e as tendências que os jovens (as pessoas, enfim) abraçam e se acham tão “descolados” ao fazer isso, se manifestam em todos os lugares, mesmo os mais improváveis, e que no lugar de brigar por um conceito tão duvidoso quanto o de “originalidade cultural”, o melhor mesmo é relaxar e abraçar tudo que vem do ser humano – seja a mistura que for (nossa! Eu mesmo não esperava definir o conceito dessa revista tão bem…).

Para fazer isso desta vez, a “Colors” decidiu mostrar apenas alguns perfis de adolescentes pelo mundo – duas páginas para cada um –, intercaladas com algumas poucas reportagens fotográficas sobre curiosos agrupamentos de jovens (entre eles, uma clínica na China para reabilitação de garotos viciados em videogames!). Mas legal mesmo são os tais perfis que, claro, dentro do mais desbravador espírito da revista, conta histórias do mundo inteiro – apenas para registro, seis páginas são dedicadas ao Brasil (mais sobre isso já já). E, com isso, o leitor ganha, mais uma vez, um incrível mosaico humano!

Você sabia, por exemplo, que no Camboja existe um concurso de beleza adolescente chamado “Miss Mina Terrestre” – para garotas que foram mutiladas por essa que é uma das mais estúpidas de todas as armas que o homem já inventou? Pois então, Sopheap Lourng, de 18 anos, que perdeu sua perna esquerda quando pisou numa mina dessas ganhou um título recente. Você sabia que, em Tijuana (México), “cholas”, “fresas” e “emos” podem conviver pacificamente sob um mesmo teto? Quem conta isso é Ingrid Jáuregui Magaña, de 17 anos, que desafiou uma menina mais velha para uma briga e conquistou o respeito de outras “cholas”. Já ouviu falar no estilo “Lolita” de se vestir? Ele se popularizou nas ruas de Tóquio, e é marcado por mulheres com roupas de menina, jogando ao mesmo com inocência e sensualidade – só que a “Colors” não fotografou uma Lolita japonesa, mas sim espanhola: Pepa Medina Blackman, de 19 anos.

Mais exemplos? Que tal a iraniana de 19 anos – Pani Akhavan – que se cobre de preto para sair às ruas (inclusive a cabeça, mas não o rosto) e troca telefones com meninos jogando papeizinhos pelas janelas dos carros parados no trânsito de Teerã. Ou o finlandês Verneri Pouttu, de 19 anos, que quer ser um clone de Bruce Dickson (pense em Iron Maiden)? Tem também o cubano Daniel Rosales (19 anos) que declara: “Eu nasci emo”. O mongol Temujin Kazuya (16 anos) que adotou o “visual kei” japonês – para o choque de toda Ulaan Baatar (a capital da Mongólia). Ou ainda o brasileiro – paulistano – Wagner Ribeiro Santulhão (20 anos) que é um dos mais entusiasmados representantes dos “fursuiters”, um grupo de pessoas que gosta de se vestir com fantasias de bichos de pelúcia!

(O Brasil ainda aparece com mais dois personagens – duas páginas para cada um deles: um cearense de 16 anos, fã do Kiss, que só teve autorização dos seus pais para deixar o cabelo crescer quando se mudou para São Paulo; e um bailarino de Mogi das Cruzes, interior de São Paulo, que largou o balé clássico para mergulhar no “tecktonik” – se você, como eu até dias atrás, não tem idéia do que é isso, aqui vai uma boa amostra, com quase um milhão e meio de acessos no YouTube – fico imaginando os nossos conterrâneos que ficaram de fora na edição da revista!)

E tem, claro, o libanês que me fez matar as saudades do verso de Rimbaud. O nome dele é Basie Ghosn. Ele tem 17 anos. Ele se considera bem maduro. Também é sensível. E além de Rimbaud, é fã incondicional de Jean Genet (“Nossa senhora das flores” é o livro que ele salvaria de um incêndio).

Apresentados os personagens, podemos falar dos 17 anos? E das vantagens de não ser sério com essa idade? Como apareceu em vários comentários aqui postados para o post anterior,  essa é uma idéia bastante provocadora. “Todos somos sérios sendo honestos”, escreveu a Julia Lindenberg falando sobre a relação entre mãe e filho. “Eu” mandou muito bem – num espírito, eu diria, até “rimbaudiano” dizendo que “com 17 anos não somos sérios, mas somos capazes de mudar o mundo”. A Ethel Lourdes Roehrig foi fundo quando disse: “Aos 17 anos talvez ainda somos inseguros pela pouca vivência em relação ao futuro, mas estamos cientes de que devemos respeito e consideração conosco e com o próximo”. Adorei a inversão da questão pela Paloma de Carísio: “Aos 17 anos há muita seriedade! O questionável é se as questões levadas a sério mereciam tanta importância… mas quem pode definir isso?”.  Marcelo Feitoza (de 27 anos) se considerava um chato aos 17 – e Heyder Alcântara (de 17) não se sente deslocado perto de seus amigos “de 35 pra cima”. A discussão não é simples… Guilherme Franco apelou até para Malu Magalhães para tentar chegar a uma conclusão: “me parece ser (séria), eu não, será?”.

Como toda boa provocação, esta (involuntária, talvez?) de Rimbaud não pretende chegar a nenhuma resposta definitiva. Só quer, justamente, provocar… E mais uma vez você que sempre participa neste espaço não me decepcionou! Vários comentários me “cutucaram” até para rever minha própria postura aos 17 anos, que – sem me lembro bem (e lá já vão quase 30 anos!) – era de absoluto desprendimento.

Como entrei na faculdade muito cedo (aos 16 anos), vivi um misto de cobrança (de responsabilidade) e ruptura (de valores familiares) bastante curiosa. Ao mesmo tempo em que estudava numa universidade que exigia muito dos alunos, eu me permitia fins-de-semana de completo hedonismo e (embora a palavra me pareça exagerada, vou arriscar) libertinagem… Para dar a dimensão do contraste, é dessa época meu primeiro diploma de um curso superior (o segundo viria um ano depois deste), mas também algumas fotos adoravelmente tolas, de uma fase em que eu me vestia como um grande ídolo da música pop (não vou dar “mole” e entregar quem é, mas se você consultar meu post recente sobre “Crepúsculo” vai matar a charada)…

Na minha lembrança, o que eu vivia era um desprendimento delicioso, uma “falta de compromisso com responsabilidade”, uma vontade de ir em frente do jeito que eu quisesse – inspirado por Rimbaud, e tantos outros poetas (não só das letras…). Não muito diferente, aliás, desses garotos e garotas que estão na revista “Colors”. Ninguém ali é menos sério do que as pessoas que você acha que são sérias. Pelo contrário, elas são seríssimas: nos seus sonhos, nas suas loucuras, na convicção de que são diferentes, e na vontade de ir em frente.

“Eu vou. Por que não?”  – para citar um outro poeta (um certo Caetano), que sempre me ajuda a lembrar como é bom ter 17 anos…

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42 Comentários para “Sobre a frase de Rimbaud”

Páginas: [3] 2 1 »

  1. 42
    pedro:

    zeca, voce é uma boa pessoa, mas cada vez voce me decepciona mais. Nos gostamos de muita coisa em comum, fico impressionado, mas voce acaba que partindo pra uma interpretaçao tao nada a ver que eu fico chocado as vezes em ler suas críticas. Caiu muito no meu conceito. Respeito sua opinião como respeito a de qualquer um.
    Boa noite,

    Pedro

  2. 41
    Adriana:

    Zeca, adooooro a revista Colors!
    to curiosa pra ler essa reportagem..
    Quanto mais viajo pelo mundo, vou percebendo cada vez mais que somos todos iguais… jovens em lugares remotos (pequena cidade rural do Japão, Espanha ou EUA) gostam das mesmas coisas… pode ser uma camiseta descolada, fones de ouvido brancos, e por aí vai.
    Adorei o post!
    bjo!!

  3. 40
    Luiz Paulo Magalhaes:

    Rimbaud mereceria um post só dele, estou ansioso por isso.
    Há inumeras referencias em canções ou filmes ao poeta…
    Uma das mais belas,para mim esta em \"Lend\", do album \"Horses\", da Patti Smith:

    …\"Life is full of pain, I’m cruisin’ through my brain
    And I fill my nose with snow and go rimbaud,
    Go rimbaud, go rimbaud,…\"

    Saleve Rimbaud!!!!

  4. 39
    Andréia:

    :) Oi Zeca!!!!!!!!!

    Muitíssimo obrigada pelos créditos. Adorei!!

    Sabe, eu mesmo devo dar crédito a um “professeur”
    que tive na Alliance Française que era (e talvez ainda seja!)
    “louco” pelos escritos de Rimbaud e outros poetas / autores.
    Daí, a turma era incentivada a descobri-los… Me lembro
    desse poema – “Roman” – linha por linha. Por isso foi
    facílimo para mim citar a autoria da frase célebre.

    Quando à edição da “Colors” que destaca “teenagers
    around the world”…
    Bem, eu ainda não tenho este exemplar. É que, como não
    assinei a revista não consigo todos, e “online” nem sempre
    a matéria inteira está disponível “for everybody”.
    Mas, tomara que esta, em especial, chegue até mim!

    E, afinal, quanto aos meus 17 anos…
    Foi normal, eu diria. Seja lá o que isto possa significar.
    Aliás, a sua lembrança define bem este período da minha vida:
    aos 17 eu também vivia “this way”… era “um desprendimento
    delicioso, uma ‘falta de compromisso com responsabilidade’”.

    “Nos vemos” ;-)
    Beijão!!

  5. 38
    Diogo Grave:

    Realmente como você citou em um parágrafo, ”em sua estrutura sempre simples –mas nunca simplista– o número só reforça a mensagem de que esse mundo é um só, que todas as modas, as manias e as tendências que os jovens (as pessoas, enfim) abraçam e se acham tão “descolados” ao fazer isso, se manifestam em todos os lugares”. A adolescência antiga – se é que posso chamar assim – não se importava com a aparência. Era um mundo totalmente livre, infelizmente, uma aversão dos novos tempos.
    Hoje sofremos preconceito pelo que vestimos, ouvimos… mas ainda temos pessoas que nos enriquecem semanalmente. Preciso citar quem é Zeca?

    P.S. Estou acabando ‘’Tenho algo a te dizer’’. Ótimo livro!

    Um grande abraço querido

  6. 37
    Rosa H.:

    Quero começar a viver como se tivesse 17 anos!
    Quero ser levada pelo vento, sem me preocupar com nada.

  7. 36
    THAÏS HELENA:

    zeca…
    corrigindo meu comentario anterior:interrogação.
    bjo

  8. 35
    THAÏS HELENA:

    ZECA QUERIDINHO…
    CONCORDO QUE A VIDA SEJA DIGAMOS QUE UMA RETICENCIAS, INTERROGAÕ, UMA INCOGNITA…
    NINGUÉM SABE O DIA DE AMANHÃ, APENAS PLANEJAMOS NOSSO AMANHÃ…MAS ELE PODE NÃO EXISTIR…
    NÃO SABEMOS O QUE PODE NOS ACONTECER NESTE SEGUNDO, QUANTO MAIS AMANHÃ…
    QUE BOM QUE PASSEI PELOS MEUS 17,27,37, QUASE AOS 47 E SINCERAMENTE CHEGAR PELO MENOS AOS 77…
    MAS…
    COMO SERÁ O AMANHÃ???EXISTIRÁ O AMANHÃ???
    BJO

  9. 34
    edna:

    “Ninguém é sério quando vê uma loura de vestido curto”

  10. 33
    Cate:

    A Cidade é muiiiiito boa, mas ainda não acho a melhor de chico não, computadores fazem arte (mundo livre S/A) interpretada pelo Chico é muito boa, Risoflora e praieira aqui em Recife são clássicos. Mas mesmo sem o Mestre Chico a Nação tá no maior vapor, se ainda não ouviu aconselho ouvir o CD novo (especialmente a faixa, Toda Surdez Será Castigada) e o Projeto paralelo do Dengue e do Pupillo, 3 na massa. E o do Lúcio Maia, Maquinado. E ainda… Orquestra Manguefônica que é a perfeita unção de Nação Zumbi e Mundo Livre.
    Um cheiro doce pra você, sempre te acompanho por aqui e por ali… Adoro tu véio.
    E se quiser passar em Recife já sabes que não paga Hotel.
    :*

    PS: Não consegui postar no que você fazia referência ao Mangue Beat, Deu tiute no meu pc.

  11. 32
    Cate:

    A Cidade é muiiiiito boa, mas ainda não acho a melhor de chico não, computadores fazem arte (mundo livre S/A) interpretada pelo Chico é muito boa, Risoflora e praieira aqui em Recife são clássicos. Mas mesmo sem o Mestre Chico a Nação tá no maior vapor, se ainda não ouviu aconselho ouvir o CD novo (especialmente a faixa, Toda Surdez Será Castigada) e o Projeto paralelo do Dengue e do Pupillo, 3 na massa. E o do Lúcio Maia, Maquinado. E ainda… Orquestra Manguefônica que é a perfeita unção de Nação Zumbi e Mundo Livre.
    Um cheiro doce pra você, sempre te acompanho por aqui e por ali… Adoro tu véio.
    E se quiser passar em Recife já sabes que não paga Hotel.
    :*

  12. 31
    carlos:

    oi meu nome é carlos gostaria de ver uma reportagem sobre a auto hemoterapia seus beneficios e risco

    carlos henrique

    Arapiraca/Al

  13. 30
    Adriano:

    Zeca, que tal uma matéria no Fantástico sobre Lady GaGa, ela merece cara, você já fez a entrevista, ela acaba de emplacar 2 recordes, 4 singles do disco de lançamento em 1º lugar nas paradas e 1,3 milhão de acessos no youtube de “Bad Romance” em 24 horas!!!! Seria legal também por o clipe no final do programa, como vocês fizeram com “4 Minutes”
    Se não der, quero um post estupendo sobre a “Little Monster”.

    Abraço

  14. 29
    Kátia Flávia:

    Zeca, mata a minha curiosidade, acho que a de tantas outras pessoas também, no próximo post coloca uma daquelas “fotos adoravelmente tolas”.
    Beijos.

  15. 28
    Gulherme Fanco:

    publication worthy!!!

    Adorei o post, zecá me pergunto até agora sobre a questionavel pergunta! Sem duvida não conseguirei me esponder, me senti recentimente como um adolescente no evento do planeta terra, So Rock Sonic YOuth me libertou Iggy Me arrepiou pura sensação dos 17 anos!
    Atencioso para o proximo post!

  16. 27
    Marcelo Menoli:

    Com relação ao que a “crisss” falou, acrescento uma outra frase….

    “Tudo da vida é um país estrangeiro.”

  17. 26
    Pedro:

    É, só nos resta lutar para que o delírio etílico dos 17 ainda tenha seu cheiro anos depois.

    Ps.: Primeira vez que comento, mas sempre passo aqui e logo, Parabéns pelo ótimo blog!

    Ps.2: Esperando ansiosamente pelo post da Gaga e não esqueça de comentar a obra-prima que ela lançou ontem: o video de Bad Romance.

    Beijo

  18. 25
    Danilo Fonseca:

    Cara, não sei se vc já fez aqui no blog, pois não leio seu blog com frequencia, mas vc deveria fazer uma lista de filmes que vc considera bons, já que vc me parece ser um amante do cinema…
    Abraços!!!

  19. 24
    ETEL LOURDES ROEHRIG (Porto Alegre):

    Querido Zeca, obrigada pela atenção e me citar no teu último post ( “Aos 17 anos talvez ainda somos inseguros pela pouca vivência em relação ao futuro, mas estamos cientes de que devemos respeito e consideração conosco e com o próximo”.) Aos 17 anos, (anos de 60) com muitas dúvidas em relação futuro, nos meus finais de semana, o tempo era ocupado indo à bailes onde havia muita música de dança de salão. E dançava muito, pois nunca me faltava par, sempre havia alguém a quem “dar o prazer dessa dança”. Fazia o mesmo que todo jovem da época: dançar coladinho, beijinho furtivo e muita conversa ao pé do ouvido, além disso, não se fazia mais nada porque devíamos respeito e consideração para conosco e ao próximo. Isso é ser sério. Bela época! Era muito fã de Wanderléia, Roberto e Erasmo. Desejava ser igual à Rosemeire e/ou Silvinha ( do Eduardo Araújo) no cabelo, sapato e roupa. Amava os Beatles e os The Rolling Stones. Saudades!
    Se você, Zeca, aos seus 17 anos, prazerosamente vivia o supremo bem da sua jovem vida, vestindo-se como Boy George (Culture Club) e/ou Jeremy Healy do (Haysi Fantayzee), se é que eu acertei a charada, a sua postura era nada anormal, para um jovem da época que amava a vida e a música, pois sob a virtude guardava, aliada, a seriedade.
    Para encerrar, hoje, 11 de novembro, lembra a data do final da 1ª guerra mundial (1914-1918). Meu pai era de 1914, viveu duas grandes guerras… , me perco em lembranças, que nunca aconteça a terceira.
    Zeca, besitos, Etel

  20. 23
    Paula:

    Amado,
    valeu!
    bj bj bj

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