Perdas e ganhos
“Os normais 2” estréia amanhã em centenas de salas pelo Brasil. Não vou ver – pelo menos não tão cedo. Também estréia “Anticristo”, de Lars Von Trier – se bem que (tenho certeza) em bem menos cinemas. Também não vou ver – não por enquanto… Na verdade, na melhor das hipóteses, só vou ver esses dois filmes daqui a um mês, já que a grande final de “No Limite” – programa que estou gravando há exatos 30 dias no litoral do Ceará – está prevista para dia 27 de setembro! Insaciável por cultura pop como sou – um traço da minha personalidade que você, que me acompanha aqui há quase três anos, conhece muito bem –, a distância de coisas simples como um sessão de cinema (isto é, simples para quem vive a rotina cultural das grandes cidades) tem se mostrado uma bela provação.
Informado (pela internet, que chega aqui em ondas irregulares) dessas estréias – e de tantas outras tentações culturais – parei para refletir um pouco sobre a falta que elas estão me fazendo, uma vez que estou aqui, longe dessas coisas, nas locações do programa. Eu sei… Tinha planejado dar continuidade ao assunto do último post – escrevendo sobre lugares reais e imaginários, para onde a literatura tem o poder de nos transportar. Mas eu ainda não consegui acabar de ler a terceira parte de um livro que estou adorando – e que tem tudo a ver com esse assunto que quero desenvolver (chama-se “ A suíte Elefanta”, de Paul Theroux – mas mais sobre ele na segunda-feira). Assim, vou aproveitar o espaço de hoje para dividir com você minha frustração de – pela primeira vez em muito tempo – não poder ter acesso imediato a coisas que são como um combustível para mim: produtos culturais.
Claro que aqui comigo tenho meus livros – um bom lote que foi inclusive enriquecido com uma rápida passada em Fortaleza, na quarta-feira passada, quando gravamos com os participantes de “No Limite” num parque aquático perto da capital. Trouxe também alguns DVDs, mas a maioria deles é composta não novidades, mas de filmes que eu já havia comprado meses atrás e não tinha encontrado tempo para assistir (aliás, doce ilusão a minha de que eu teria mais tempo aqui… dos mais de 30 que trouxe, vi, por enquanto, apenas cinco!). E consegui carregar boa parte dos CD que comprei nas viagens recentes dentro do meu laptop – Dirty Projectors está em alta rotação no meu quarto, bem como uma coletânea sensacional que descobri de música pop dos anos 60 nos países africanos de língua portuguesa, “Cazumbi: african sixties garage, volume 1 – Garage rock, surf and pscyh howlers, from the vaults of african colonies” (altamente recomendado, se você, como eu, aprecia esquisitices…).
Mas… e as novidades?
Sim, são elas que fazem nossa curiosidade ir adiante, descobrir novos artistas, novos sons, novas letras, novas imagens, novas histórias. Daqui de onde escrevo, envolvido por um clima invernal nunca abaixo dos trinta graus centigrados – e gravando todos os dias! – passo longe delas, das novidades. E vendo que elas chegam – quando pararam de chegar? – aos lugares com mais canais de distribuição de cultura (justamente, cinemas, livrarias etc.), fico com uma estranha sensação de que estou perdendo alguma coisa… Será? E será que estou ganhando alguma coisa em troca? Vamos fazer um breve balanço – começando pelas perdas…
No cinema, além de “ Os normais 2” e “Anticristo”, estou deixando de ver coisas que estava curioso para conferir. Como “ À deriva”, de Heitor Dahlia; “Arraste-me para o inferno”, de Sam Raimi; “Se beber, não case”, de Todd Philips; e “3 macacos”, de Nuri Bilge Ceylan). Você – que talvez tenha assistido a um ou mais desses títulos (se não a todos!) – pode até discordar, mas tenho a impressão de que me divertiria, respectivamente, com um trabalho instigante e com boas atuações; um belo filme de terror, como já não vejo há um bom tempo; uma boa comédia, meio absurda, mas sem nenhuma pretensão; e um estranho filme intimista… (se você concordar comigo, ou mesmo discordar, e quiser me torturar me lembrando da distância que eu estou de uma sala escura com ar condicionado, pode me mandar a opinião sobre esses recentes lançamentos…).
E, como essa minha ausência dos centros urbanos vai se prolongar pelas próximas semanas, acho que vou perder até possíveis estréias, como “District 9”, “Up”, “Inglorious basterds”, “Public enemies”, “Taking Woodstock” – e o que mais vier…
Mas não é só o cinema que me faz falta… Na TV a cabo, por exemplo, deixei os episódios finais da segunda temporada de “ Em terapia” no meu gravador digital sem assistir. E “Dexter” já está na terceira temporada… E ainda que eu tenha encomendado vários livros e CDs pela internet (daqui mesmo, quando as conexões estão a favor…), fico ligeiramente melancólico de imaginar que só vou poder aproveitar tudo isso quando voltar – já quase em outubro.
Segue uma lista rápida do que deve estar chegando lá em casa – livros primeiro:
- “The anthologist”, de Nicholson Baker, um dos meus escritores americanos favoritos, recentemente citado aqui neste blog.
- “Bright-sided”, de Barbara Ehreinreich, sobre os problemas com a irritante tendência dos americanos em achar que tudo vai dar certo (um dos títulos que eu estou mais curioso para ler!)
- “Spy x spy”, uma reedição dos meus quadrinhos favoritos dos “tempos de ouro” da revista “Mad”
- “Nocturnes”, de Kazuo Ishiguro. Desde “Não me abandones jamais”, eu espero ansiosamente um novo trabalho desse escritor fantástico – que agora vem com uma coleção de contos.
- “This is where I leave you”, de Jonathan Tropper, um escritor que está “abaixo do radar” já há algum tempo e que deve estourar agora com esse romance que está sendo comparado ao clássico moderno “As correções”, de Jonathan Franzen.
Agora, os CDs (mas antes, uma explicação: estou sem crédito na loja da iTunes – geralmente colocado por uma amiga que mora em Nova York; assim, dependo mesmo do bom e velho CD para conferir algumas novidades musicais; albuns esses que, só lembrando, já estão encomendados e chegando a qualquer momento num endereço a alguns milhares de quilômetros de onde estou agora…):
- “Cazumbi 2” – sim, já saiu (imagino que em função do sucesso do volume 1!)
- “See mystery lights”, Yacht – aparentemente uma esperança no gênero “dance”
- “Si para usted”, vários artistas – pop cubano dos anos 70
- “Dirty frech psychdelics”, vários artistas – se precisar tradução: faixas psicodélicas francesas “sujas”…
- “Love comes close”, Cold cave – aparentemente, as canções pop mais perfeitas do ano
- “History of”, The Units – nostalgia “synth-pop”… delícia!
Para preencher esse hiato, ainda bem que existe Beck – sempre ele! Você já ouviu falar na versão que ele fez do álbum (inteiro) do Velvet Underground & Nico? Pois é… Está disponível online (e em breve será comentada aqui).
Como você vê, a lista de “perdas” é grande. Mas e a de “ganhos”? Como já descrevi, estou aqui com meus DVDs (velhos), os álbuns que consegui colocar no meu laptop, e alguns livros que estão de fato me fazendo boa companhia. Isso tudo, porém, está apenas cumprindo o papel de me entreter. Tudo isso – em especial, os livros – preenchem uma lacuna importante na minha rotina aqui: os hiatos entre as gravações, as edições, as apresentações ao vivo, e o convívios entre amigos e profissionais que estão juntos nesse projeto comigo. Mas se você quer saber mesmo o que eu tenho ganho fazendo esse “No Limite”, fique comigo por mais um ou dois parágrafos…
Esse isolamento que no princípio me assustou agora só me traz alegrias. Sério! Foi só por causa dele que eu consegui aproveitar duas coisas. Primeiro, os vários momentos de silêncio completo (são horas que passo quieto no meu quarto, sem mesmo querer ver um DVD) que me levam a um balanço pessoal necessário – que eu já devia há tempos a mim mesmo! Não sei exatamente qual o saldo que vou tirar disso – sempre que penso em “balanço”, me lembro daquelas aulas da faculdade de administração de empresas que cursei, onde fui apresentado a um item que se chama “previsão para devedores duvidosos” (será que ainda ensinam isso?), e penso que nomes eu colocaria nessa coluna… Mas enfim, algo de bom deve sair disso.
O segundo “efeito colateral” desse isolamento é uma aguçada reflexão sobre o programa que estou fazendo aqui. A cada desafio que proponho aos participantes, acabo inevitavelmente me envolvendo um pouco mais com eles. Não torço por ninguém – como apresentador, claro, não tenho esse direito. Mas isso não impede que eu reflita sobre o que estou vivendo – e quais as conseqüências disso. Como disse, enfrento isso a cada dia de gravação, mas para deixar mais claro, vou pegar um exemplo especifico. Caso em questão: a prova da imunidade do episódio desta quinta-feira. Como este texto deve ser postado antes de ele ir ao ar, não confessar que fiquei extremamente emocionado com o desfecho da prova (que era de resistência). Preciso de mais dois parágrafos, pode ser?
Como em qualquer disputa desse tipo, ganha quem agüentar mais tempo num desafio que é sempre – no mínimo – desconfortável. Os primeiros a desistir saem logo, mas conforme o grupo vai diminuindo, os últimos concorrentes tendem a ficar mais tempo – e quando sobram só dois, então, a tortura de assiti-los resistir ao que foi proposto é quase insuportável. Talvez por isso, quando declarei um deles vencedor e ambos finalistas caíram no maior choro, eu e boa parte da equipe também não conseguimos segurar as lagrimas. E por que eles choravam? Por ter ido até seus limites na conquista de uma mera imunidade – que vai garantir uma mera sobrevida no Portal de hoje? Vale mesmo a pena um sofrimento desses por uma causa tão pequena? E será que a causa é tão pequena assim?
Torço para você conferir e me ajudar nessas respostas. São pequenos dramas humanos assim que me anima a cada dia. Essa é uma sensação que provavelmente eu já tinha vivido nas primeiras edições do programa – mas que eu acabei esquecendo. São momentos como esses, que eu coloco na balança como “ganhos”. Estou longe das coisas que gosto e – pior – das pessoas com quem gosto de dividir essas coisas. Mas estou perto de experiências que acho que eu não teria de outra forma, se eu não tivesse o privilégio de apresentar este programa. E, como temos ainda um mês pela frente, algo me diz que o melhor ainda está por vir…
2 setembro, 2009 as 10:41 am
E ai Zeca blz… bom estive uma semana super rápida por Fortaleza (11 à 18 de Agosto), acabei conhecendo vários lugares lindos e vendo o quanto esta cidades e bonita e hospitaleira, ai…. (até pensei q fosse dar de cara com vc no Mercado Central…kkk)
mais enfim o tema é outro, o Filme Os Normais, to aguardando mais uns dias pra assistir, pois as vezes que fui assistir não tinha mais convites. Vamos aguardar….
* Não é necessário postar …só se quiser mesmo…. ia ficar mais feliz em receber um email seu….kkkk
Abraçaum….
Romeu
[email protected]
1 setembro, 2009 as 11:53 am
Refletir, refletir e refletir… isso deveria mover a humanidade, se refletisse-mos mais não iriamos querer ser tão bons e não querendo ser tão bons talvés assim seriamos melhores. E realmente Zeca o teu antepenúltimo paragrafo disse tudo o desfecho da prova de resistência de quinta foi de resistência LITERALMENTE e muito emocionante msm…
Bracera e cada vez mais sucesso!!!!!
31 agosto, 2009 as 4:30 pm
Zeca, talvez a maior reflexão que você possa fazer é uma que está diretamente ligada ao porque de você, provavelmente, não publicar o meu comentário. Será que vale a pena participar de um \\"projeto\\" tão \\"lixo da indústria cultural\\" como esse No Limite? É legal maltratar animais vivos e desperdiçar comida? Também sou jornalista (há 29 anos) e trabalhei em grandes empresas, e por essas que não me prostituo mais por dinheiro e fama. Inclusive já trabalhei na Editora Globo em SP. Vale apena compactuar em um programa que terá um \\"grande final\\", como vc apregoa, que imbeciliza a população? Que raios de consumidor de cultura pop você é? Com seus seguidores que adoram BB e outras porcarias, porque voê sabe que são drogas culturais que alienam e promovem um brainwash. É triste. O resto é balela para seu eleitorado.
Resposta do Zeca – como um bom jornalista, você sabe que credibilidade é tudo, certo? Então que tal testar a sua? Gostaria que me indicasse as aspas (ou a sonora) em que eu “apregoei” o que você disse acima. Eu mesmo, suposto autor, não tenho esse registro…
31 agosto, 2009 as 4:02 pm
ZECA…
JÁ QUE VOCÊ ESTÁ COM UM POUCO DO SEU TEMPO MEIO QUE OCIOSO, PODIA APROVEITAR PRA LER CARTAS E E-MAILS DE FÃS E QUEM SABE TER A BOA VONTADE DE RESPONDER, PRINCIPALMENTE SE UM CERTO LIVRO CHEGOU NA R.G.
GRATÍSSIMA SE PUDER DIZER UM OK OU NOT OK…
31 agosto, 2009 as 1:23 pm
Quando você falou em “perdas” até me preocupei em achar que ia chegar ao fim do post ser ler que o “isolamento” nos faz ganhar alguma coisa, por mais introspectiva que seja!!!
Mas claro que você sabe aproveitar o melhor de tudo!!
E quanto à prova, com certeza aquele momento de superação de limites também teve seu momento de reflexão… aposto que muitas coisas passaram na cabeça dos finalistas fazendo que aquela prova significasse muito mais que uma simples imunidade!!
Hmmm… agora acho que vou ao cinema!!!!!!
31 agosto, 2009 as 12:16 pm
Zeca …vc está num centro urbano muito adiantado Fortaleza..lá tem tudo que curtes . Procdure conhecer os lugares e as pessoas..nao se resuma a sua equipe home..e depois fale de Fortaleza pra nós seus leitores contumazes..Abraçao .
31 agosto, 2009 as 12:15 pm
Zeca …vc está num centro urbano muito adiantadao Fortaleza..lá tem tudo
31 agosto, 2009 as 12:03 pm
Zeca,
passei por aqui para lhe ver.O que faço com frequência , díga-se de passagem, entretanto nem sempre comento os posts.
Bem, perdas e ganhos são bem parte da vida , não é mesmo?
Aproveite para fazer o balanço pessoal, a gente se vê numa roda-viva tão grande neste mundo de flashes rápidos, da profusão de informações, que por vezes poder ficar sozinho e nu consigo mesmo é um exercício perturbador, entretanto muito rico, acredite.
Vou assistir os filmes e particularmente fiquei interessada no livro “Bright-sided”, de Barbara Ehreinreich citado por você.
Neste mundo de flashes, de escolhas rápidas, que atenta contra a reflexão pré-escolha, há que se confiar na intuição para se errar menos, entretanto, parece que tal prática ou beira a ingenuidade em alguns casos ou parece vigorar como mais uma prática de manipulação coletiva. Será que um dia iremos para ilha, um dia sairemos do cocoon?
No limite está interessante e compactuo do seu questionamento, até onde tudo isso vale a pena? Faz um bom show, sem dúvida.
Um beijo grande e saudades do que ainda não conversei com você!
31 agosto, 2009 as 11:02 am
Olá Zeca!
Sempre passo por aqui, no entanto não costumo comentar.
Hoje nem vou comentar sobre o post, gostaria de comentar sobre o programa de ontem, No limite.
Confesso que não sei ainda se será bom a formação deste júri. Detestei o Rafão fazendo cara de lobo mal equanto você explicava que o tal júri irá decidir o vencedor. É assim nas versões dos outros países também?
Gostava mais quando o vencedor era escolhido em uma prova.
Pelo menos acabou a votação do público, as articulações sobre as eliminações tem que partir de dentro do grupo, na minha opinião, é isto que “fermenta” as relações ali.
Não sei se é você quem lê os comentários, mas foi uma maneira que encontrei de chegar até você.
Obrigada
Um abraço
Mara
31 agosto, 2009 as 2:01 am
Com certeza o melhor ainda está por vir !
Algo me diz que serão mais “Ganhos” e nada de Perdas !
E o programa “No Limite” está cada vez mais Fantástico ! (OPs! esse é outro programa, que por sinal você está fazendo muita falta, sabia?).
Beijo e até…
30 agosto, 2009 as 11:35 pm
Oi Zeca!!!!!!!!
Bem, dos filmes que você “ainda” não assistiu eu só assisti a “Os normais 2”.
Depois, lendo este post… sensação estranha eu ter assistido a uma estreia primeiro que você (eu senti falta das suas sempre oportunas considerações…)!
Então… você viu que o G1 elegeu “os dez melhores filmes sobre amor a três”?
https://g1.globo.com/Noticias/Cinema/0,,MUL1285681-7086,00-G+ELEGE+OS+DEZ+MELHORES+FILMES+SOBRE+AMOR+A+TRES.html
Ainda, se me permite mudar de assunto…
Há pouco vi na net sobre a participação de Quino na “inauguração de estátua de Mafalda na Argentina”… Adoro esse personagem, sabe? Não resisti !!!!!!!!!!
https://blogdosquadrinhos.blog.uol.com.br/arch2009-08-01_2009-08-31.html
Enfim, “No Limite” já está entrando no segundo mês e, com tanto trabalho a fazer aí, um mês passará rapidinho. Já já você estará “no mundo” novamente.
Mundo este que guarda “presentes” para todos nós e o aguarda !!!!!!!!!
Fique bem e, boa semana, caríssimo!!
Beijo!
29 agosto, 2009 as 11:30 pm
Oi zeca, pelo menos essa tua abstinência cultural vai acabar em pouco tempo, a minha só quando acabar a faculdade. Esta semana por exemplo tem Lili Alen, Blue Man Group, o musical “O Despertar da Primavera… daqui a pouco o Festival de Cinema do Rio, e eu aqui em plena semana de provas… “Cada um com seu problemas”, mas torço por você e por mim, sei a falta que isso faz. Valeu pelas dicas, vou acresecentar nas minhas listas. Abração.
Tiago.
29 agosto, 2009 as 10:41 pm
Zeca…leia o livro Uma paixão em 30 dias… fala de como homens e mulheres estão perdidos tentando se encontrar…o caminho para uma relação dar certo…amor e muitooooooo sexo.
Uma paixão em 30 dias é uma leitura leve, agradável, para maiores de 18 anos. Casais que querem fazer a relação dar certo.
bjao a todos.
29 agosto, 2009 as 9:48 pm
Acho vc muito determinado e simpático
te adoro…MIL bjs!!
29 agosto, 2009 as 6:39 pm
Fala Zeca, moro em uma cidade no interior do RJ com 100.000, habitantes, ás vezes vivo no limite literal e culturalmente falando e posso imaginar o que você está passando. Mas não foi para isso que resolvi postar, mas pra dizer que você é insuportável, mesmo depois de um sábado estafante de estudos eu ainda consigo ficar na frente do computador pra ler seu blog, vai vendo aí… Não sei se você lê todos os comentários, mas fica o meu aí, grande abraço!
29 agosto, 2009 as 10:44 am
Também me emocionei com a prova e o seu resultado. Porém, o que arrancou lágrimas minhas e de minha esposa não foi a persistência e a coragem dos “finalistas”. Sim, isso foi realmente admirável, mas essas qualidades nos levam a alcançar nossos próprios objetivos, salvo exceções.
A atitude mais humana ali foi a da vencedora que não se deixou abater ao fim da prova, caindo ao chão e esperando que fossem consolá-la e cumprimentá-la; mas ela própria sentiu-se no dever de consolar seu companheiro, ainda que isso significasse mais alguns segundos de esforço talvez imensuráveis àquela altura.
Mais do que as horas que ela passou agachada, mais do que o suor derramado, foi esse desprendimento de si mesma, a falta de egoísmo, que mostraram que ela mereceu o prêmio e me fizeram ficar feliz demais com a sua vitória.
29 agosto, 2009 as 10:07 am
Nossa! Acho que esse post fez muita gente refletir…inclusive eu!
As vezes é preciso o isolamento pra que possamos pensar na nossa vida, no que realmente é importante pra gente!
Como sempre, deu pra sentir td o q tá passando aí, no começo, ao relatar o que estava perdendo, pensei que não estivesse feliz, apresentando o programa…mas depois vios prós rsrs!
Realmente, uma experiência muito boa!
Beijos!
29 agosto, 2009 as 1:26 am
Refletir faz bem, as vezes é uma viagem muito proveitosa e eu também acredito que o melhor está por vir, para você aí.
Abração forte e super final de semana.
Domingo acho que vai dar para ver o No Limite.
28 agosto, 2009 as 8:33 pm
Oi Zeca,
Assisto o No Limite desde o início e tenho notado o quão sensível é aquele participante que ficou até o final da prova. Ainda não tinha visto em nenhuma das outras edições algo tão emocionante assim. Todos ali são guerreiros, não importa se a causa é grande ou pequena, o importante é a realização de um sonho.
Quanto a você, estou feliz por você está feliz. Agora, acho que é preciso eu parar de vir aqui. Lembra que eu falei que preciso ficar no meu silêncio por um bom tempo? Então, não há nenhum problema, apenas preciso ficar comigo mesma. Deixa a tempestade passar por aqui, pois eu quero que tudo fique bem com você. Outubro pode chegar, o ano pode acabar, o novo ano pode chegar, paciência não me falta, não desisto nunca. Você sabe que cada pessoa tem seu tempo, não é mesmo? Mas lembre-se também que o momento propício não será tardio para mim.
Não sou uma coisa virtual, você sabe disso. Tenho uma lembrança muito forte do dia 1º de dezembro do ano tal (que não preciso revelar), você sabe, que faz parte da minha vida e que é muito importante para mim e quero muito concretizar esse fato. Quero está pronta para isso e ser feliz. Lembrando que \"a esperança nunca decepciona\" (gostei dessa frase), é verdade. Eu mesma te procuro. Acredite, apenas isso. E alegria sempre. Eu chego ,hem! E continuo lendo o seu blog.
Estou com você, sempre, e no momento exato se você quiser, para sempre.
Beijos!!!
28 agosto, 2009 as 4:53 pm
Nem sei se voce consegue tempo para ler ou ate mesmo lê os comentarios, mas, depois de ver alguns especificos textos seus e certos comentarios, resolvi, enfim, “palavrear”…
“…São pequenos dramas humanos assim que me anima a cada dia…”
Provavelmente voce leu “O alquimista”, de Paulo Coelho…precebe-se facilmente que o protagonista teve que passar pela mais inusitadas e inesperadas experiencias ate voltar exatamente ao ponto de onde partira, porem, agora com uma bagagem alheia, o que fez dele mais humano para os outros, e para si mesmo(por que nao?)