Rumo a Pequim (via Batcaverna)
Em 1992, fui cobrir as Olimpíadas de Barcelona. Trabalhava então na MTV – e, como você pode imaginar, a intenção não era competir com as coberturas oficiais das outras TVs. Primeiro, porque não tínhamos condição de ter a mesma estrutura (logística, autorizações, equipamentos etc.). Segundo porque – ainda que hoje muitas pessoas nem se lembrem disso – o “M” de MTV está lá para abreviar a palavra “música” em inglês. Assim, se quiséssemos participar de um evento como as Olimpíadas, o desafio era descobrir uma maneira de entrar na febre que um evento de proporções como essa provoca, sem falar de esportes.
Já vou chegar em Beijing – ou Pequim. Mas é que, ao mesmo tempo em que estou tentando me concentrar no assunto de hoje, alguns ecos dos comentários sobre meu post anterior ainda circulam deliciosamente pela minha memória. São tantos, e tão divertidos, que fica difícil escolher qual citar. Escrevi sobre “O cavaleiro das trevas”, um filme, segundo boa parte das pessoas que contestaram minha opinião, sobre o qual eu deveria “me informar mais antes de ir assistir”. Bem, um filme que exige que o espectador “estude” antes para ser apreciado já não me soa como boa coisa… Por exemplo, não precisei ler nenhuma linha de “Senhor dos anéis” para apreciar a adaptação para o cinema! Mas não é por aí que eu queria ir: vamos começar pelo comentário do Bonfim – um dos primeiros que mandou o seu, enquanto o nível das reações ao post ainda era equilibrado. “Se é uma opinião advinda do seu gosto pessoal, não há dúvida, tem que ser respeitada”, argumentava ele com bastante sensatez. Mas é claro que o que estava expressando no último post era minha “opinião advinda do gosto pessoal”! Não obstante, respeito pela minha opinião foi o que menos se viu na reação de boa parte dos admiradores do filme – e “sensato” era o último adjetivo que poderia ser aplicado à maioria dos comentários que insistiam que eu não tinha gostado de “Cavaleiro” (apesar de o sétimo parágrafo começar com a frase: “eu também achei o filme incrível!”). Com algumas exceções, é claro. Mas vamos deixar isso para daqui a pouco – tenho que me esforçar para falar só sobre o assunto de hoje. (Será que consigo?).
Enfim, diante do desafio de cobrir “Barcelona 92″ para um canal musical, não tive dúvidas: decidimos falar de música. Assim, passamos duas semanas nessa que é uma das cidades mais divertidas do mundo (não me lembro de ter dormido sequer uma noite inteira – eram sempre fragmentos de sono de 3/4 horas antes da próxima balada, que, naquele tempo a gente chamava simplesmente de festa!), falando de bandas espanholas – e, mais especificamente, algumas catalãs. Foi uma saída, digamos, elegante e reveladora – de que outra maneira eu teria sido apresentado a músicos tão interessantes como El Último de la Fila, Luz Casal, Tam Tam Go!, entre outros (só para dar um gostinho, experimente o som dessa última aqui)? E a experiência também me ensinou a explorar um lugar que eu visito não apenas por seus monumentos, ou pelo que os guias sugerem, mas por outros aspectos daquela cultura: a música, o cinema, a literatura e até a TV.
Falando em TV… outra coisa que me divertiu em alguns comentários sobre o post anterior foi a tentativa de me desacreditar pelo simples fato de eu ser declaradamente um fã de novelas. Interessante notar que, pelo menos nos Batmans que eu um dia li (inclusive “O cavaleiro das trevas”), a sensação que eu tinha é que a maioria dos elementos da história em quadrinhos poderia ser encontrada também nas novelas da TV – bem contra o mal, dualidade entre essas duas forças (Donatela e Flora, talvez?), suspense, crime, castigo… A palavra “preconceito” me vem à cabeça… Bem, mas perdoe-me mais esse desvio do assunto principal (desvio este que – algo me diz – não será o último).
Anos depois de Barcelona, em 2004, quando passei por Atenas, na Grécia, fiz a mesma abordagem: mergulhei em alguns autores gregos contemporâneos, e sobretudo na sua música pop (também apenas para ilustrar, sugiro que você procure por “Ya sena”, de Mihalis Hatzigiannis, que, como eu conto no livro “A fantástica volta ao mundo”, incorporou-se à trilha sonora da minha vida). E deu certo!
Desta vez, 2008, não vou para a China – nem sequer passar por lá durante as Olimpíadas de Pequim. Mas nem por isso deixei passar a oportunidade de conhecer melhor essa cultura tão complexa que é a chinesa, por meio de seus produtos culturais contemporâneos. Faz tempo que não vejo um bom filme chinês – daqueles bem lentos, que levam meia hora para contar algo que “O cavaleiro das trevas” reduziria a meros segundos.
Ah! Aí está ele de novo! E já que falamos de seqüências rapidamente editadas (ainda que um pouco “rapidamente demais”, algo que eu não fui o primeiro a apontar), tenho de agradecer aqui os vários leitores desse blog que fizeram o favor de decupar a cena da impressão digital na bala que leva a um “local de crime”. Em especial, agradeço à Tessa, que mandou um detalhadíssimo relato de toda a seqüência, aproximando-se, talvez perigosamente, do velho ditado: “uma imagem vale mais que mil palavras” – no caso dela, exatas 745 palavras (segundo o contador do meu Word). Agora entendi: o Batman, tão esperto, seguiu o plano do Coringa à risca, para distrair uma multidão e tentar assassinar o prefeito. E olha que o plano já previa que nosso herói iria reconstituir uma impressão digital de uma bala estilhaçada! Ou, como diria o menino prodígio: “santa coincidência, Batman!”.
Mas, retomando as Olimpíadas de Pequim (será que eu não vou conseguir parar de voltar ao “Cavaleiro das trevas”?), sem nada que me inspirasse no cinema chinês, decidi investir mais na literatura contemporânea do que no pop. Já ouviu alguma música de sucesso recente entre os chineses? Soou como uma balada açucarada que nem uma participante de “American idol” ousaria interpretar no seu disco de revitalização de carreira? Então você já entendeu a razão de eu me concentrar nos livros de autores daquele país.
A decisão não foi, contudo, apenas por exclusão. A literatura chinesa está fazendo um certo sucesso no ocidente. Já leu, por exemplo, Ha Jin? Pelo menos três de seus livros já ganharam tradução no Brasil (pela Companhia das Letras): “O ensandecido”, “Refugo de guerra” e o genial “A espera”. Para um introdução, sugiro começar com “Balzac e a costureirinha chinesa”, de Dai Sijie (Alfaguara Brasil). Se você se animar – e tiver fôlego –, encare “Cisnes selvagens”, de Jung Chang. E, se depois desse “curso-relâmpago”, você se entusiasmar mesmo, reze para “Beijing coma”, de Ma Jian, ser traduzido logo para o Brasil.
É este o livro que estou lendo agora – e que está me ajudando a entrar no clima das Olimpíadas. Ainda estou na metade dele, mas até 08 de agosto garanto que terei terminado (com gosto!) a saga de Dai Wei na China dos últimos 30 anos – uma história que, já adianto, não é para os corações mais fracos.
“Beijing coma” tem uma narrativa ambiciosa – um leque enorme de personagens, detalhes autobiográficos e históricos, horrores da repressão no período da Revolução Cultural chinesa misturados a absurdos da repressão dos anos 80, inúmeras referências à cultura ocidental e às artes orientais, e pontuações poéticas sobre o estado de saúde do personagem principal que mais lembram haicais japoneses. Com tantos elementos assim, seria fácil se perder no labirinto da história recente (e ancestral) da China. Ao contrário disso, porém, o que Ma Jian conseguiu foi oferecer um retrato forte e honesto da sua geração.
Uma história séria, sem dúvida – e aqui sei que já abro um flanco para os comentários que tentaram entender minha reação a “Cavaleiro das trevas” como se eu próprio estivesse passando por um período mais sombrio, mais denso – mais sério (até demais!). Ora, se esses fãs de Batman tivessem tido o trabalho de ter lido pelo menos o post anterior ao que tanto os incomodou teriam concluído que alguém que dedica um texto para defender a “Dança do quadrado” não pode estar sofrendo de seriedade crônica! Meu problema, esclarecendo em especial a dúvida do Bruno Felipe, não é que eu não gostei do filme porque ele tem conteúdo (mais uma vez… eu escrevi no próprio texto que achei “Cavaleiro” incrível), mas que o conteúdo é raso. Isso: raso. Como qualquer forma de expressão, também admiro (e muito) a histórias em quadrinhos. Como inclusive já escrevi aqui, nunca me canso de ser surpreendido pela riqueza narrativa (e gráfica) de novos autores – sem deixar de admirar os clássicos (“Little Nemo”, que tal? Como comentou José Aguiar, “quadrinhos não são só Tin Tin ou The Spirit”). Mas achar uma grande transgressão intelectual explorar a psicologia de um super-herói que fica dividido entre o bem e o mal? Hummm… mais uma vez peço a ajuda de Robin: “santa originalidade, Batman!”. Se essa é a sua bandeira, sugiro que, em vez de assistir “Cavaleiro” de novo (desculpe, não dá pra adotar a afetada abreviação TDK…), esses fãs gastem o dinheiro do ingresso para ver “Hancock”: tem todos esses dilemas desse imaginário e mais um detalhezinho que faltou ao “cruzado encapuçado” desta vez: humor.
Aliás, um boa história, é capaz de discutir os assuntos mais sérios, as tragédias mais humanas, sem abrir mão do humor. Cito novamente Woody Allen – crucificado em alguns comentários dos admiradores de “Cavaleiro”. Mas não preciso ficar no cinema. O próprio livro “Beijing coma” – que, só lembrando, é o assunto de hoje – traz entre uma atrocidade e outra, momentos de extrema leveza, graças, em geral, à inocência dos estudantes que desastradamente se juntaram nos protestos de 1989, na praça da Paz Celestial, em Pequim.
Considerando que parte desse relato é verdadeiro – Ma Jian, que hoje vive em Londres, viajou durante a sua juventude por toda a China, e passou boa parte da sua vida entre Hong Kong e Pequim, onde acompanhou de perto os protestos de 89 –, fica claro que o movimento era menos uma revolução organizada do que uma conseqüência natural e caótica da atmosfera política da China no final dos anos 80, que levava adiante o esboço de abertura da década anterior. E é nesse caos que, às vezes, encontramos graça.
O humor que Ma Jian introduz aos poucos na história não é explícito. Surge em comentários ultranacionalistas da mãe de Dai Wei. Nas noites apertadas nos dormitórios da universidade de Beijing. Nas atrapalhadas conquistas amorosas desses estudantes. Mas cada vez que ele aparece, é como um alívio para a tensão que o autor constrói ao longo das lembranças de seu personagem principal, que está imobilizado numa cama.
No momento do livro que estou agora, os estudantes acabam de deixar a universidade e encontram a primeira barreira policial a caminho da Paz Celestial. O nervosismo de todos é suavizado pelas próprias observações de Dai Wei, que, como já havia sido preso numa manifestação anterior, observa tudo com um misto de receio e galhofa – como se, inconscientemente, estivesse citando a famosa frase de Karl Marx: “A História se repete, primeiro como tragédia, depois como farsa”.
Não por coincidência, lembrei da mesma citação quando li o comentário, no último post, de Pedro H.: “Uma coisa, pelo menos, ficou clara. Os fãs do Batman não devem nada aos de Harry Potter!!!”. De fato, quando percebi que tinha provocado uma comunidade tão belicosa quando a dos fãs do aluno mais brilhante de Hogwarts, esperei pelo pior – mas, em lugar de drama, encontrei comédia. Assim como quase todas as reações ao meu texto sobre “As relíquias da morte”, que davam a nítida impressão de terem sido escritas sem que meu post tivesse sido lido, a maioria dos ataques à minha opinião quanto ao filme “O cavaleiro das trevas”, me pareceu inspirada apenas por um trecho do texto ou – mais grave ainda – por outros comentários.
Estou generalizando, é verdade – e como escrevi inclusive no post seguinte ao do Harry Potter, qualquer generalização só é boa quando ela faz brotar as exceções. E elas vieram, também com relação ao “Cavaleiro das trevas”. Vinicius, por exemplo, que concorda comigo sobre algumas partes confusas do filme, lucidamente comenta que “por mais que os fãs digam que na HQ é assim ou assado, estamos analisando um filme e sua realidade”. A Christianne Belfort teve a “coragem” de admitir que apesar de ter gostado dos “novos Batmans”, desenvolveu “uma certa resistência sem grandes explicações que não me permitiram ter a ‘adoração’ que eles vêm despertando nas pessoas ao meu redor”. A Nina – provocando explicitamente a irmã – vai esperar passar a febre para conferir “Cavaleiro” (além de ter mandado bem no seu protesto contra só encontrar cópias dubladas de “Wall-E”). Mais uma boa dúzia de leitores conseguiu transcender o “firewall” da defesa incondicional do Batman para refletir, como eu, sobre os dois filmes que citei, simultaneamente. E uma boa meia dúzia ainda dedicou-se à questão mais interessante de todas – que coloquei no post anterior, claro, como isca –, que era sobre o aluno expulso do Centro Universitário Belas Artes, em São Paulo.
Sei que seria pedir demais que os fãs de Batman dedicasse algumas linhas à defesa do aluno (ou, quem sabe, na veia furiosa com que escreveram seus comentários, à condenação dele). Eles (você?) só estavam preocupados em “defender” a honra de um filme que já é consagrado pela bilheteria mundial – quase 204 milhões de dólares só nos Estados Unidos, até anteontem… de fato, pobre “Cavaleiro das trevas”…
Mas bom mesmo, seria se eles (você) tivessem (tivesse) voltado por aqui, para me acompanhar ao longo deste texto também. Já pensou? Se isso acontecesse, quem sabe este post não serviria de inspiração para alguém experimentar um pouco da nova literatura chinesa? Aliás, corra, pois as Olimpíadas estão logo aí – e, por isso mesmo, vou voltar agora à leitura de “Beijing coma”.
Ah! E antes que eu me esqueça: aos que sugeriram que eu escrevo para polemizar – bem, vocês devem ser novos por aqui, não? Então deixa eu te contar que porque eu escrevo: porque eu quero, e porque eu gosto. E você? Leu meu post até aqui por quê?
21 agosto, 2008 as 6:37 pm
ZECA fugindo muito do assunto>> quando tuh pretendes vir ao Recife?
11 agosto, 2008 as 8:29 am
Cavaleiro das Trevas reina absoluto…morram de inveja. ha tabm concordo gastem seus ingressos com hancok que bebeu nas fontes das HQ, e quanto a ser engraçado por favor saiam dessa, filmes de super-herois nao tem que ser engraçados quer rir? va ver kung fu panda!!!! ahuahuahahua
6 agosto, 2008 as 11:28 pm
Bom me interessei pelo livro Beijing coma, procurei e não achei, deve ser muito bom!
4 agosto, 2008 as 2:59 am
Li até aqui pq adoro suas polêmicas!
A propósito, curti o Batman. Gostei deles colocarem questões como ética, bem ou mal de uma maneira sombria, mas realmente dá a impressão de que faltaram cenas. Alguns diálogos não são completos e alguns momentos no filme não são lógicos (bem apontados por vc, Zeca).
Mas vale por cenas memoráveis, como a dos dois barcos prestes a explodir, Heath Ledger (fantástico!) e quer saber? O próprio batman… mil vezes melhor, mais sério – porque pelo menos até onde sei este não é um personagem cômico, nem leve, sempre foi denso, cheio de conflitos e traumas.
Cada um tem o direito de curtir ou não, e a opinião deve ser respeitada. Eu curti. Com ressalvas, mas curti.
Agora é ridícula a colocação de muita gente aqui, de maneira grosseira e sem respeito.
Mas é isso, escrever um blog é se expor. Vc está aberto, a críticas, elogios, cabe só separar o que agrega do lixo.
Continuo acompanhando por aqui.
E q venham mais polêmicas!
2 agosto, 2008 as 11:18 pm
Continua:
Também ele pode usar desculpa esfarrapas citando para isso outros filmes ou então tentar passar a impressão que seus leitores estão mais interessandos em algo futil (filme) do que algo mais grandioso (um aluno expulso).
Mas o cinema é a setima arte! então quando falamos de filmes entamos falando de coisas de tão igual, maior ou menor valor que o trabalho daquele aluno.
E o filme do Batman não é algo feito somente para interter, é um filme que buscou a linguagem e a profundidade do Batman que há muitos anos é aborado nos HQs.
O mundo de Batman amadureceu e se tornou muito mais profundo do que aquele batman da decada de 60. Finalmente o cinema amadureceu suficiente para abordar da maneira certa um personagem de HQ.
Mas para terminar o assunto vou repetir um velho jargão das propragandas: “esta na hora de vc mudar os seus conceitos”. Batman não é mais só entretenimento, ele pode ser mais profundo do que vc desejaria.
Quanto ao aluno expulso? Bem… o convide para coordenar uma pixação na sua casa ! ou melhor, na Rede Globo! sem autorização da mesma é claro, já que foi essa a situação que ocorreu na faculdade.
Vandalismo é vandalismo, arte é arte. Fazer vandalismo e dizer que é arte, não passa de uma fraca desculpa para justificar atitudes inadequadas.
2 agosto, 2008 as 11:04 pm
“Escrevi sobre “O cavaleiro das trevas”, um filme, segundo boa parte das pessoas que contestaram minha opinião, sobre o qual eu deveria “me informar mais antes de ir assistir”. Bem, um filme que exige que o espectador “estude” antes para ser apreciado já não me soa como boa coisa… Por exemplo, não precisei ler nenhuma linha de “Senhor dos anéis” para apreciar a adaptação para o cinema! ” [Zeca]
É um filme para fãs do batman e não para vc comer pipoca e vê-lo para se entreter. Se vc não entendeu então tem que vestir o capuz de burro e ficar quieto, quis falar do que não entendia e se deu muito mal, pois muitos, digo, a grande maioria compreendia exatamente porque o filme era daquela e por isso foi o sucesso que é.
Vc não entendeu nda e por isso quis rotular de forma negativa o filme. Te disseram que vc estava errado e agora vem com essas besteira de Senhor dos Aneis?
Por favor, nos poupe…se tivessem feito só um dos filmes dos Senhor dos Aneis vc também não teria entendido nda da historia e tdo o seu universo, porque como disse não sabia nda de Senhor dos Aneis antes de assistir.
O universo do Batman não pode ser contado em apenas 3 filmes, então é obvio que antes de fazer uma critica em relação a um filme que abrage um universo que vc desconhece é nescessario pesquisa.
Não que um cidadão tenha obrigação de compreender o universo do filme que irá assistir. Realmente isso não pode ser cobrado. Mas quando esse cidadão resolve fazer uma coluna criticando o filme, ou seja, é seu trabalho o minimo que se espera de um colunista ou de um jornalista formado é que saiba se informar sobre o que esta falando e principalmente criticando.
De outra forma é melhor chamar qualquer um para ocupar esse espaço da sua coluna, não precisa ser formado ou ter interesse em saber sobre o que esta falando. Ele também nem precisa ter humildade de reconhecer que errou e que estava mal informado quando escreveu tal coluna.
1 agosto, 2008 as 5:23 pm
Zeeeeca!!!
tudo certo??
Agora eu tenho que concordar com a maioria!!
Esse filme do Batman foi O melhor!!!
Mto bom mesmo!Apesar de em alguns momentos ser um pouco confuso..
Eu ainda não tive a oportunidade de ver Wall.E…mas ameii o trailer!!Qdo o vir,venho opinar!
Beijão querido..até domingo no Fantástico!
31 julho, 2008 as 9:09 pm
As pessoas, de fato, estão ensandecidas porque você fez uma crítica de cinema?
Quem vê assim acha que nós estamos mesmo carentes de assuntos socialmente relevantes.
30 julho, 2008 as 7:32 pm
Acho que um dos problemas do TDK é misturar, de forma não muito clara, fantasia e realidade. Ao mesmo tempo em que encontramos um coringa psicopata, policiais corruptos, etc, ou seja, temas da vida real, vemos o Batman pular do IFC em hong kong, a cena da bala, , etc. Parece que existe uma tentativa meio forçada de tornar aquela fantasia em realidade – mais palpável – através dos temas sérios. Isso aliado a abordagens meio repetitivas, como duelo entre bem e mal e a crítica ao big brother (1984?) me fizeram torcer um pouco o nariz pro filme, apesar de considerá-lo bom entretenimento.
Concordo com a opinião da falta de humor. Lembra-me os filmes do Scorsese, como Casino ou Departed , entre outros, nos quais o tema é serio (máfia, segregação social, etc) mas com cenas geniais de humor sutil. Alias, valeu pelo link para o artigo da New yorker. Muito bom.
Acho engraçado ver as pessoas te criticando por não ter entendido o filme. E desde quando filmes devem ser entendidos em massa como se fossem piadas óbvias de mal gosto? Cada um tem a sua interpretação pessoal do que vê. Essa é a beleza da arte.
Uma pergunta. Aonde estaria a interpretação do Heath Ledger na curva das expectativas flutuantes?
29 julho, 2008 as 2:58 pm
zeca,
infelizmente não tenho tanto tempo para conferir todas as dicas dadas por você, mas mesmo assim agradeço pelo que consigo pescar por aqui (seja um pouco de china ou não).
embora nem sempre concorde com as suas opiniões sobre alguns assuntos, deixo aqui meu apoio à livre discussão e expressão de idéias e opiniões.
abraço.
28 julho, 2008 as 5:35 pm
Será mesmo que esses “fãs” vão conseguir fazer com que “todos” boicotem o Fantástico e assistam à Record só por causa de seu post???
Uma coisa não tem nada a ver com outra… quão passional é o brasileiro…
Mas certamente não influenciarão as pessoas que fazem parte da medição da audiência do Ibope… pois elas são orientadas a não serem influenciados… portanto tantofaz, podem influenciar quantos quiserem… hahaha….
28 julho, 2008 as 8:32 am
Oi Zeca
A historia do aluno de Belas Artes me faz lembrar outros casos parecidos, como o de um artista chileno que numa bienal colocou peixinhos vivos num liquidificador ligado na tomada… mas ninguém se atreveu a fazer sopa de peixe. Ou do caso mais chamativo pra mim, do “artista” Guillerme Habacuc, que também numa bienal na Nicaragua, amarrou um cachorro e dexou-o morrer de inaniçao.
A intençao de todo artista é comunicar alguma coisa; o cara quando pichou a faculdade, ou quando amarrou o cachorro, estavam fazendo isso, mandando uma menssagem, funçao de toda obra de arte. O problema está em extrapolar os límites da legalidade civil. Vocè pode chamar a atençao e se expressar sem a necessidade de agredir o teu vizinho, os teus professores; e sem a necessidade de matar ninguém. Sempre houve e sempre haverá reaçoes em ambas partes, tanto dos artistas como da sociedade; a menssagem está clara: temos que tomar consciencia do mundo, mas sem agressoes, que disso já temos de sobra!
28 julho, 2008 as 1:17 am
De novo você não entendeu o que o povo tá querendo dizer.
Ninguem falou que era pra estudar a historia do personagem, antes de ver o filme.
O filme é fácil de se entender, tirando a parte da bala, que realmente tenho que concordar com você.
Fora isso o filme é naturalmente fácil de entender.
E retrucando um comentário sobre o oscar
sim ledger merecia um oscar postumo e esse papo de só porque é filme de heroi não deve ser levado a sério é papo de preconceito, que infelizmente existe,
E vou citar uma coisa
Coração valente que foi citado num dos comentários e que por acaso ele nem participou, foi um excelente filme, e se gibson morresse, não duvido nada que iriam querer dar um oscar postumo pra ele.
Portanto n tem nada a ver com o filme ser de super heroi ou não, tem haver com atuação, coisa que talvez você não conheça, diga-se de passagem um video realmente encantador, pra não dizer o contrário.
Acho desnecessário continuar comentando mais coisas, tendo em vista que só li o seu post, pra ver se você tinha compreendido as opiniões de quem comentou, o que foi claro, que não houve tal entendimento.
Prova disso é a ironia com que você se expressou nesse seu post.
Mas enfim é sua opinião, não vou me ater a modificá-la.
Fique com seu senhor dos aneis, uma comparação totalmente ridicula que você fez com um personagem como o batman que possui décadas de origem, diferente daquele hobbit que mal saiu das fraldas.
grato pela atenção
27 julho, 2008 as 10:22 pm
Boa Noite Zeca, gostaria muito de encontrar o filme Sunshine on my Shoulders, em português Um dia de Sou, a música tema era Sunshine de John Denver, por favor me ajude não tenho mais a quem recorrer, é muito importânte para mim, desculpe-me a insistência, mas peço encarecidamente onde posso encontrar para comprá-lo. Agradeço de coração pelo sua atenção, …Obrigada grande bjo….como sempre não canso de dizer que sou sua eterna admiradora…
27 julho, 2008 as 9:19 pm
Olá Zeca,
Confesso que apenas há alguns dias descobri seu blog/sua coluna e fiquei muito feliz porque sempre gostei muito do que você fala e escreve, desde a MTV, da Capricho (lembra disso? rsrs).
Semana passada li o que você publicou nas últimas semanas e concordei com a maior parte do que você diz. Do filme mais recente do Batman, não aguento mais falar, até porque faço parte de uma lista (maravilhosa!) de cinema mas aonde os comentários do “Dark Knight” não param e fico me perguntando se o Heath Ledger estivesse vivo a celeuma seria a mesma! Oscar pro filme? Oscar póstumo pra ele? C’mon, é um filme de HQ, filmes que nunca são levados a sério! Não vi ainda, não duvido da qualidade da interpretação dele (Brokeback Mountain é um dos meus filmes preferidos), mas acho que a triste e trágica morte dele maximizou o que a qualidade do filme (que acredito ser enooorme!).
Agora, falando de literatura chinesa (até porque Batman já é assunto da semana passada), gostei muito de você falar de Dai Sijie. Como alguém postou antes, também li o livro e vi o filme; adorei o primeiro e achei o segundo uma adaptação fraca, mesmo tendo o autor como diretor, mas vale muito como retrato de uma época triste na História chinesa. No entanto, será que as coisas têm mudado? Conhece Xinran, autora do livro “As boas mulheres da China” aonde ela relata casos e mais casos de mulheres sofrendo naquele país por seu sexo? A aldeia aonde as mulheres comem a pior comida porque a boa é dos homens, a moça violentada pelo pai, a garota pré-adolescente casada com um senhor idoso que a acorrenta pra que ela não fuja como as jovens esposas anteriores… A China é um país que mais me repele que atrai, opinião preconceituosa, sei, mas ainda não consigo ser diferente. Há algum tempo conversei com um casal europeu e a moça, francesa, me contou que na viagem que estão fazendo pelo mundo ficaram duas semanas viajando pelo interior daquele país e a impressão preconceituosa que ela também tinha se dissipou. A minha, provavelmente por não conhecer muito da China, ainda permanece.
Ótima semana pra você
27 julho, 2008 as 8:05 pm
Fez a universidade muito bem.
arte é uma coisa, vandalismo é outra, e se você achar que eu sou do contra, convida o tal aluno para testar ” os limites da arte” nas paredes da sua casa.
Quanto os textos… quem escreve e publica o que quer, recebe os comentários que não quer.
27 julho, 2008 as 7:52 pm
Eu aqui de novo.
“um filme, segundo boa parte das pessoas que contestaram minha opinião, sobre o qual eu deveria ‘me informar mais antes de ir assistir’. Bem, um filme que exige que o espectador ‘estude’ antes para ser apreciado já não me soa como boa coisa…”
Bom, falando por mim, e não por “boa parte das pessoas que contestaram sua opinião”, e correspondendo o que eu mesmo comentei no post anterior, digo que não é necessário “estudar” antes de assistir ao filme. Não é necessário entender de quadrinhos o máximo possível pra assistir “CDT”. Só que EU acho que você devia ter pesquisado mais antes de publicar aquele post, não de assistir ao filme.
27 julho, 2008 as 6:18 pm
Zeca, quando me deparo com um tempo livre no computador, uma das primeiras coisas que faço é verificar se voce escreveu algo novo em seu blog. É uma leitura agradavel, sobre duas das coisas que eu mais gosto: viagens e cultura. A segunda é a que eu tenho mais acesso.
Li seu post antes de assistir batman, prestei atenção em algumas coisas que voce disse e concordo com varias, principalmente aquela da bala, que realmente da a impressão que voce dormiu durante uma parte da longa sessão e nem percebeu. A atuação do coringa não me impressionou nessa primeira vez que assisti o filme mas eu gostei dele, ja que eu n esperava ver nada melhor do que eu esperaria de um xmen 425 ou homem-aranha 342. Eu ate tinha ouvido falar muito bem do filme de quase todos que haviam assistido, mas a opnião de todos nem sempre é muito parecida com a minha e muitas vezes quando a maioria das pessoas adorou um filme eu fico com um certo receio de assisti-lo.
Assisti o filme por uma segunda vez anteontem, acompanhando alguns amigos meus. Desta vez resolvir prestar um pouco mais de atenção no coringa e percebi que ele realmente trabalhou bem, claro que ajudado por ter um personagem que por si so ja é facinante. Novamente fiqui na duvida se tinha cochilado durante a sequencia da digital na bala, mas logo fiquei ligeiramente entediado, ja que não é um filme curto, um fator onde o filme peca, na minha opnião. Tem muitos conflitos com inicio, meio e fim, como se fosse um seriado. O que deixa isso claro é a aparição de um segundo vilão, no final do filme, algo que para o enrredo eu so achei necessario para explicar o final.
Nos comentarios estão te criticando por ter replicado os comentarios do post anterior ao envez de partir para outro assunto. Concordo que repetir o assunto fica chato, mas não dar uma resposta à eles acho que seria ate pior.
Ok. Falei demais… se voce leu ate aqui, um abraço.
ah, fugindo completamente do assunto uso o post pra indicar um filme que acabei de assitir e adorei. “Across the universe”, um musical com musicas apenas adaptadas de canções dos beatles. Tchau!
27 julho, 2008 as 2:32 pm
olha aí Zeca!
passei uns meses sem visitar o blog (tô em ano de preparação pro vestibular), e quando retorno dou de cara com essa polêmica! O Batman… nunca gostei de heróis qndo criança (salvo raras execessões), e o cavaleiro não entrava na minha lista… assiti ao filme por curiosidade…
confesso-lhe que gostei por ter tanta ação e por não achar uma história vazia e previsível; confesso-lhe também que me impressionei com a atuação de Heath Ledger (acompanho-o desde Coração de Cavaleiro)… ele me lembrou a atuação de Johnny Depp, com o lendário Jack Sparrow (!!!).
Quando voltei a usar a net (férias neah ), após assitir o filme corri pra ver sua opinião … já pensei logo: “o Zeca vai enchergar defeitos”. Isso eh o sinal da experiência, do conhecimento e da sensatez… concordei com muita coisa q vc disse, discordei de uma ( sua crítica por ele qrer passar uma mensagem)… ahhh, ansiosa pra conferir “Hancock” ;D
Seu Blog é demais… é uma das poucas “válvulas de escape” pra quem gosta de navegar na net (e ter conteúdo).
Admiro-o (P.S. vou prestar vest pra jornalismo )
Parabéns
27 julho, 2008 as 2:22 pm
Zeca, Leio porque acho seu blog muito bacana. Acho que escrever sobre qualquer coisa leva um pouco da gente em cada linha, nossa opinião e carga cultural.Assim, sempre haverá opiniões e visões diferentes sobre as mesmas coisas, ou no caso sobre o mesmo filme. Sou fã de Harry Potter e nem por isso fiquei brava sobre seu post sobre ele. Acho que o blog é um espaço onde as opiniões devem ser construtivas e compreendidas, se os fãs do Batman não gostaram paciência, vou ver o filme pra saber qual será meu olhar sobre o Cavaleiro. Quanto a literatura chinesa, ela tem realmente mostrado uma outra China, li há algum tempo “As Boas Mulheres da China: Vozes Ocultas”, de Xinran que foi um livro que gostei bastante! Boa semana…