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DA ARQUIBANCADA

seg, 31/07/06
por Redação |
categoria Sem Categoria



“A primeira gravação no jogo entre o Corinthians e o Palmeiras não saiu como o esperado. Tínhamos um bom material, mas ainda insuficiente para a reportagem que gostaríamos de fazer. O trabalho continuaria na quarta-feira à noite, na partida entre o São Paulo e o Estudiantes da Argentina. Respirei fundo. Algum problema?

Nenhum. Era só a noite do meu aniversário, mas há algum tempo tentava me convencer de que esta não era uma data assim tão importante. Ao entrar no estádio do Morumbi, ainda um tanto ansiosa, tentava esquecer que dia era aquele. No acesso à imprensa, as coisas não melhoraram. Eu era uma intrusa invadindo com cautela aquele território quase exclusivamente masculino. Tentei disfarçar o incômodo e segui para a arquibancada. A música era alta e, quanto mais perto, maior a animação. Eu e o William Santos, meu companheiro de reportagem, buscávamos nos ambientar, puxar papo, circular entre os torcedores argentinos.

O melhor era agir como se eu tivesse nascido em um estádio, fosse louca por futebol e entendesse bem esta estranha dinâmica que transforma o esporte em uma religião. Fomos até a grade e ao olhar para cima me senti menos intrusa. Estava encantada com o que via: o Morumbi lotado, cheio de cores, iluminado, com mais de sessenta mil pessoas esperando o “show” começar. Achava um absurdo cruzar uma fronteira e viajar mais de quarenta horas para ver uma partida, como muitos daqueles argentinos haviam feito. Agora sob uma chuva de cuspes vindos do alto da arquibancada da torcida rival, achava simplesmente uma loucura.

Este deslumbramento que senti ao trabalhar na noite do meu aniversário, me ajudou depois a editar a matéria com mais firmeza e também com menos certezas. A rivalidade irracional entre os integrantes das torcidas organizadas estava bem ilustrada nos relatos de tragédias, na voz do pai que perdeu o filho, em um excelente material de arquivo de brigas e confrontos. Não era preciso falar o que já estava evidente nas imagens. Deixei para contar de forma um pouco mais solta o que para mim era de certa maneira desconhecido: o amor pelo futebol.”

Nathália Fernandes

Guerra das Torcidas

dom, 30/07/06
por Redação |
categoria Sem Categoria

“MAIS PERIGOSOS DO QUE EU IMAGINAVA…”

“Nos dois dias em que saímos para gravar percebi coisas que normalmente não percebo quando estou preocupado apenas com o que acontece dentro das quatro linhas. Os grupos de torcidas organizadas são mais “perigosos” do que eu imaginava. Já na concentração da Gaviões da Fiel, o repórter cinematográfico Cauê Angeli foi testemunha do perrengue que passamos. Só pra citar algumas: caras bêbados xingando as equipes de reportagem, presidente de organizada não deixando a gente embarcar no ônibus e, na minha opinião, a pior, a Gaviões expulsando a gente da arquibancada depois que o Palmeiras fez o gol que da vitória. O mais engraçado era ouvir o Cauê dizer: “Nunca passei tanto sufoco”. E olha que a matéria ainda estava na metade. No meio da semana fomos novamente ao Morumbi acompanhar a torcida do São Paulo, a Independente, no jogo contra o Estudiantes da Argentina. Mais confusão! Desta vez com integrantes das organizadas querendo bater em mim, depois de flagrar um grupo que estava quebrando um veículo. Bom, o fato é que depois desta reportagem descobri um mundo diferente, algo que eu comparo com religião ou sei lá até doença. Torcedores de organizadas e os comuns são tão desorganizados que os espetáculos se transformam em tragédias anunciadas. Não entendam isso como um mau humor ou tampouco azedume, mas que dá medo, dá!”

André Hernan

** Andre Hernan é repórter do canal de TV a cabo Sportv e entrou em campo com a gente, como convidado especial, para nos ajudar a contar esta história.

TORCIDAS ORGANIZADAS

sex, 28/07/06
por Redação |
categoria Sem Categoria

Neste domingo, dia 30, o “Profissão Repórter” será sobre a guerra das torcidas. Acompanhamos as torcidas organizadas de São Paulo em dias de clássico para mostrar até onde vai a paixão pelo futebol…e o quanto a rivalidade entre os torcedores fanáticos pode ser perigosa. A repórter Nathália Fernandes sofreu no Morumbi..e nosso cinegrafista Caue Angeli foi expulso do ônibus da “Gaviões”…

VIDA DE MODELO

sex, 28/07/06
por Redação |
categoria Sem Categoria

Nosso último programa investigou a vida das modelos. Fama, cachês milionários, câmeras por todos os lados e…muitas armadilhas no meio do caminho. Para mostrar o lado pouco conhecido desta profissão tão glamourosa, a repórter Ana Paula Santos – que tem 1,85m de altura – percorreu várias agências de São Paulo – grandes e pequenas – com uma microcâmera. Vestida e maquiada como uma candidata às passarelas, Ana Paula flagrou as falsas promessas feitas às iniciantes por agências de fundo de quintal – interessadas só em vender books – e, o pior, a oferta de “vagas” de acompanhante no mundo da prostituição.

Assista ao programa: https://gmc.globo.com/GMC/0,,2465-p-M509048,00.html

VERDADE OU MENTIRA?

Durante as gravações, os caçadores de talentos das melhores agências do país nos deram diversas dicas para quem sonha com as passarelas. Ter altura e peso ideal para desfilar é indispensável. Para as meninas a altura mínima exigida é de 1,72 cm e a medida de 90 cm de quadril – assim a modelo cabe nas roupas de qualquer estilista durante os desfiles. Para os meninos a altura mínima para desfiles é de 1,82m e manequim 40. Se você não tem essa altura não desanime. As agências contratam modelos comerciais, (aquelas que não desfilam em passarela) para campanhas publicitárias, editorias de moda e comerciais de TV. Meninos e meninas em início de carreira têm mais chance quando começam cedo. Para elas, já é possível trabalhar a partir dos 13 anos. Para eles, a idade mínima para começar é 15 anos.

Agora que você identificou em que perfil poderia trabalhar, é hora de procurar uma agência de modelos. A dúvida mais freqüente é: “Preciso ter um book para procurar uma agência?”. Resposta: não. Você pode tirar uma foto caseira que mostre bem o seu rosto, outra de biquíni e uma de corpo inteiro. Na agência o booker, profissional que descobre novos talentos, vai dizer se você se encaixa ou não no perfil da agência.
Se você for contratado, ele vai indicar o fotógrafo autorizado pela agência para fazer suas fotos e preparar um book para apresentar aos clientes. Desconfie de agências que pedem para fazer algum tipo de material antes de contratá-lo. Em uma agência séria você é contratado primeiro e faz o book depois.

Antes de deixar sua foto em alguma agência verifique os trabalhos realizados naquele local. Se informe se os produtores já participaram de campanhas e desfiles. Pergunte a algum amigo ou outro modelo que trabalhou no local se a agência é séria. Vale até pegar o número do CNPJ da empresa para comprovar a idoneidade do dono. Você pode checar essas informações com o sindicato do seu estado. Normalmente as agências de modelos reservam dias especiais para receber candidatos. Agende uma entrevista e se informe sobre os cuidados que você deve ter antes de procurar outros lugares. Outra forma muito comum para descobrir novos talentos é a abordagem na rua. Neste caso, se uma pessoa se identificar como booker ou caça-talentos peça o cartão e ligue antes de agendar uma visita. Procure saber na própria agência se aquele profissional está autorizado a fazer a abordagem na rua.

Depois desses cuidados é ter persistência e muita dedicação. Não desanime se não for aprovado em algum teste – quem sabe na próxima temporada você não é o rosto perfeito para o trabalho que sempre sonhou?

Boa sorte! Ana Paula



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