Materiais aconchegantes
Veja no vídeo dicas de materiais para usar e abusar na decoração de cantinhos aconchegantes na sua casa.
Veja no vídeo dicas de materiais para usar e abusar na decoração de cantinhos aconchegantes na sua casa.
Gostou da ideia de usar uma garrafa de vinho para fazer um vaso solitário, que mostramos na matéria de hoje? Deixo aqui o passo a passo para fazer essa peça decorativa simples, barata e criativa! Você só vai precisar de garrafas, fita crepe e tinta spray.
Reveja a reportagem que foi ao ar no Jornal Hoje de sábado (24) .
Já falamos algumas vezes por aqui que os ambientes dos imóveis estão sendo reduzidos. Mais do que uma mera tendência do mercado imobiliário para aumentar seus lucros, há também uma fato: há pouco espaço e muita gente. Aritmética básica.
Claro que os quartos também seguem este caminho difícil de trilhar. Como fazer caber tudo o que é necessário naquele pequeno quarto? E quando temos um quarto para dois filhos? Como conseguir ter a identidade de cada um impressa neste espaço compartilhado?
Tentando resolver esta equação complicada desenvolvemos um projeto que traz soluções simples e interessantes para driblar este problema.
Veja neste quarto acima como conseguimos diferenciar, através de acabamentos, pisos e cores, uma pequeno área para cada um dos filhos. Um menino pré-adolescente e uma menina menor convivem num mesmo quarto, mas tem suas características impressas por ali. O menino com seus tons escuros, masculinos, e dormindo em um mezanino criado para liberar espaço abaixo para a bancada de estudo. Já a menina, toda colorida, tem um sofá-cama para espalhar suas bonecas e almofadas. Há uma bicama ainda que serve de degrau para subir no sofá e pode receber convidados tanto de um quanto do outro.
Um pequeno anteparo de madeira separa visualmente as áreas. Claro que não conseguiremos isolamento total, mas estes elementos ajudam a manter uma boa convivência entre irmãos. Repare que usamos OSB para revestir as paredes, material super barato e ecológico que protege a parte de baixo das paredes do uso mais animado da criançada.
Esta ideia de ganhar o volume do ambiente é muito boa quando falamos em espaços reduzidos. O quarto acima não é pequeno, mas o uso de uma plataforma de madeira, parecida com o mezanino que criamos no projeto anterior, permitiu aumentar muito a área de armazenamento. Cabe muito mais coisa e o espaço se multiplica!
Só pra mostrar a melhor de 3, temos novamente a mesma ideia do mezanino, desta vez com escada de corda para subir. Lá as crianças podem guardar os brinquedos mais volumosos – incrível como cada vez mais as crianças tem mais brinquedo e cada dia maiores. Sou partidário de que tentemos reciclar os brinquedos que tem menor uso e dividir com quem não tem e há que pensar que não é necessário tanto brinquedo, afinal de contas é de cedo que se aprende a não se acumular. Mas pra fazer caber o que já se tem, a plataforma suspensa é uma ótima ideia.
Vai um mezanino aí?!
Veja mais dicas para decorar o quarto dos filhos sem gastar muito dinheiro.
Hoje em dia, antes de fazer uma reforma, a gente sempre pensa no que pode ser feito para otimizar o tempo, não estourar o orçamento e não criar muitos resíduos. Por isso, a importância da reutilização de materiais que já estão na obra ou foram garimpados em outros lugares, que podem ser transformados em elementos com novas funções, complementando o projeto de arquitetura, dando mais charme aos ambientes, além de ser ecologicamente correto.
Na reforma de uma casa antiga, por exemplo, conseguimos aproveitar o piso de madeira existente, que se for tirado com cuidado, pode ser recolocado e depois de ser calafetado, lixado e receber aplicação de resina, fica como novo!
Em alguns casos, quando o piso já não pode mais ser lixado, pois está muito fino, é possível ainda reaproveitar a madeira para construção de outras peças, como brises e portões. No projeto abaixo, o assoalho do piso foi aproveitado para construir o brise que envolve o bloco com as caixas d’água e o portão que separa a área de serviços.
Outro item que pode ser facilmente reaproveitado são as louças sanitárias, desde que funcionando bem, claro! Com essa opção, economizamos e geramos menos entulho. No apartamento abaixo, mantivemos as louças originais do apartamento. Com um bom projeto, é possível criar soluções bonitas, práticas e funcionais.
Ainda para evitar geração de entulho (e mais gastos), uma solução muito simples e bem bacana, que muda completamente a cara de um ambiente, é aplicar piso de fórmica sobre o piso existente. O legal é que as placas de fórmica são bem grandes, então é possível usá-las em seu tamanho total, diminuindo as emendas, ou cortá-las e paginá-las como assoalho, por exemplo.
No apartamento abaixo, a fórmica foi aplicada em todo o piso, inclusive cozinha e banheiros (exceto dentro do box), criando uma unidade visual e integração maior de todos os ambientes.
Além disso, é possível deixar as estruturas (pilares e vigas) aparentes ou deixar à mostra o tijolinho usado na construção original, diminuindo assim a utilização de novos revestimentos; reutilizar portas e janelas em bom estado de conservação fazendo uma boa revisão e pintura.
Com criatividade, consciência social e ambiental podemos transformar o que seria chamado de “entulho de obra”, criando peças únicas, dando mais personalidade aos projetos.
Veja no vídeo mais dicas para modernizar antigas construções, valorizando características de época.
Todos os ambientes mostrados na reportagem de sábado estão na Casa Cor Rio 2012 que, por sinal, está lindíssima! Como queria ter tido mais tempo pra mostrar mais detalhes da mostra… Um dos focos principais este ano é o aproveitamento de espaço e como eu já sei que é uma das grandes necessidades de muitos de vocês, priorizei os ambientes com as sacadas mais legais. Olha só!
Este espaço projetado pela profissional Leila Dionizios tem apenas 16 m². Ele foi setorizado por decks e cada cantinho fica em um nível diferente, dando mais movimento ao pequeno espaço.
O primeiro deles, logo na entrada, foi revestido de madeira e acomoda o armário. O outro, coberto por um tapete fofinho, deixa a saleta de TV mais aconchegante. E o último, revestido por carpete, recebeu a cama e o home office.
Destaque para o painel de madeira, feito de caixote reciclado, que sobe por trás da cama até o teto. Nele foram feitos recortes verticais por onde sai a iluminação indireta. Na área de trabalho, canos de PVC pintados de preto fazem a vez de estante. Para revestir as paredes, a arquiteta intercalou papel e madeira, que dão volume e movimento. Ficou um charme, não ficou?
Este outro espaço multiuso criado por Mário Santos, Eliane Amarante e Denise Niemeyer tem móveis em tamanho reduzido. O sofá, por exemplo, foi substituído por poltronas e peças com múltiplas funções, como o balcão que serve à cozinha e também pode funcionar como mesa de jantar e trabalho.
Neste outro apartamento de 52m², feito pela profissional Solange Medina, o quarto tem banheiro com direito a banheira e pia para dois. As divisórias de vidro ajudam a ampliar o ambiente. Ao lado dele fica o closet, mais a frente sala com escrivaninha para dois e uma pequena copa de apoio. O sofá é retrátil e o piso foi coberto com tapetes.
Abaixo, relacionei algumas fotos mostradas na reportagem de sábado.
Este é o ambiente onde eu estava, criado pelo profissional Thoni Litsz. Cozinha super ampla e quarto multiuso. Repare como a combinação do azul com o amarelo fica super harmônica.
Aqui, dois ângulos do loft criado pela arquiteta Patricia Fiuza, chamado Hostel Boutique. A prioridade foi o espaço de convivência para os jovens descolados que adoram receber amigos. As camas foram para o andar de cima – colchões sobre um tatame.
Agora o Estudio I, criado por Paloma Yamagata, com menos de 18m², incrivelmente bem planejado.
A combinação do rústico com o chique de Luiz Fernando Grabowsky provocou suspiros em muita gente que visitou a Casa Cor Rio, inclusive eu… rs!
O Estúdio High Tech de Fábio Bouillet e Rodrigo Jorge.
E pra fechar com chave de ouro, o Flat do Jornalista (moraria fácil nele…) de Caco Borges.
Os espaços estão ficando menores. Não, não é uma ilusão. Os quartos já não comportam duas camas, as salas são estreitas e não permitem a circulação ao lado dos sofás, as cozinhas andam tão espremidas que é preciso muito cuidado na hora de comprar seu eletrodoméstico.
Áreas de serviço e lavabos nem se fala, estes já estão pequenos quando ainda existem. E o melhor de tudo é que esta tendência não é de todo uma má ideia. Nada mais instigante para a criatividade dos profissionais de arquitetura do que imaginar formas de driblar essa falta de espaço.
Assim como na matéria apresentada pela Cris, veremos agora alguns ambientes que encontraram um bom termo com estes desafios.
Conceber espaços multiuso, como este acima, é uma ideia boa para negociar com os pequenos espaços. Se há pouco espaço, tente aliar usos diversos em um mesmo ambiente, assim economizando área e conseguindo ter suas finalidades atendidas. Por que não ter uma lavanderia integrada à uma área de ginástica? A edícula da casa pode perfeitamente abrigar estas duas atividades. Sem preconceitos e sem medo de que uma área cuja finalidade seja mais prática macule uma área de lazer. Tudo pode se integrar hoje em dia
Outra possibilidade quando se tem pouco espaço: use o mínimo possível! Aqui em baixo vemos uma “área de serviço” que, na verdade, é quase um armário. Note que duas portas de correr escondem este pequeno espaço reservado para a máquina de lavar roupa, a máquina de lavar pratos e um pequeno varal. Claro, há um tanque também. Tudo muito enxuto. Como deve ser nas nossas pequenas casas. E nem por isso são menos funcionais.
Já que o tema virou áreas de serviço reduzidas – adoro quando um tema se impõe desta forma! – vejamos um terceiro exemplo de maestria sobre a falta de espaço.
Um pequeno armário, que nem vai até o teto, permite que as roupas fiquem ventiladas quando estendidas no varal, uma máquina e ainda espaço para o cesto de roupa suja e pendurar vassouras.
No lugar do tanque, uma cuba menor. Afinal de contas quem é que lava roupas num tanque hoje em dia?
E por que não ter uma área de serviço que fica na área externa, sem grandes diferenciações com o restante das áreas?
Nada além de uma máquina de lavar e secar e uma bancada com um tanque. Roupas podem ser secas na máquina ou estendidas num varal móvel de chão. Não precisamos de um espaço especialista para estes usos, tudo pode ser flexível.
Você já pensou em experimentar esta liberdade?
Clique aqui e veja a reportagem exibida no Jornal Hoje.
Uma das formas que eu tenho visto em muitas mostras de decoração para dar um ar mais despojado aos espaços é com grafite. A arte urbana das ruas está sendo cada vez mais incorporada aos ambientes internos dando um toque de modernidade, seja ao quarto de um adolescente ou de uma criança. Aqui os profissionais Joana di Marino, Marcia Calderaro e Pualani di Giorgio grafitaram a parede de tijolinho à vista da sala de jantar. O estúdio do artista que eu visitei no Morar Mais por Menos Rio de Janeiro apresentou uma série de boas ideias bem descontraídas. Uma delas foi a mesa de jantar. Os pés foram feitos com cones de sinalização de obra. Para dar mais firmeza ao vidro foram usadas mãos francesas bem modernas fixadas na parede.
Outras propostas apresentadas pelos profissionais foram a despensa feita com baldes de alumínio aparafusados na parede, a adega e mesa de apoio feita com tijolos de concreto e a divisória feita com cabos de aço presos por ganchos no teto e no chão.
Já que um dos principais desafios do morar mais é exercitar a criatividade, a mostra abriu espaço para jovens estudantes de design que tiveram que transformar uma cadeira básica feita em madeira em objetos de diferentes usos. Vinte e três projetos foram selecionados seguindo o critério de originalidade, criatividade, impacto visual e sustentabilidade. A gente separou alguns pra vocês conferirem.
O mustache foi a inspiração para a estudante Alessandra Rangel na criação da cadeira/banquinho Bigo, com assento em ponto capitonê.
A cadeira Jeans, de Kelly Silva, tem assento e encosto forrados com tecido reaproveitado e bolsos laterais que servem para guardar objetos.
A estudante Lúcia Miranda usou novelas e garrafas pet para transformar a dureza e as linhas retas do móvel na confortável cadeira Aconchego.
As estudantes Ana Teixeira e Marcela Caminha criaram um móvel funcional forrado em patchwork, com nicho para guardar brinquedos.
O elástico cruzado em várias direções forma teias onde é possível guardar objetos e chama a atenção pelo impacto visual criado.
O estudante Gustavo Rouboud se inspirou no momento da refeição da criança para criar a cadeira em formato de urso.
Já a inspiração de Pamella Fernandes foi o futebol. Ela usou telas que imitam a rede do gol e grama sintética para compor a sua cadeira temática.
Lembrando que a Morar Mais Rio vai até domingo, na lagoa Rodrigo de Freitas.
Clique aqui e veja uma galeria de fotos com sugestões de decoração criativa da mostra Morar Mais por Menos.