Formulário de Busca

O inusitado papel

sáb, 29/09/12
por Gustavo Calazans |

 

 

Em tempos de reuso e reciclagem, brincar com materiais inusitados – e principalmente materiais simples, que não agridem o meio ambiente – para revestir paredes e objetos é uma saída muito bem vinda. Você já parou para pensar como o uso do papel pode ser divertido?

Clique aqui e reveja a reportagem exibida neste sábado (29).

Mesmo os tradicionais papéis de parede, que há alguns anos voltaram com carga total como opção decorativa, são ótimos, se lembramos que além de duráveis, podem ser susbtituídos com facilidade. Não que esteja propondo que você troque de modelo a cada estação, mas sabemos que muitas vezes enjoamos de uma escolha feita e saber que podemos voltar atrás é sempre muito bom. Neste caso sempre aconselho que a decisão seja amadurecida!

Se a ideia é fazer diferente, veja alguns projetos que desenvolvemos fazendo uso de painéis fotográfico irreverentes e brincalhões. Quem imaginaria ter uma parede de jujubas em seu quarto? Ou mesmo uma grande imagem aérea noturna, mostrando a iluminação urbana na sala de estar? Você pode encontrá-los em grandes lojas de artigos para casa e, novamente, são feitos de papel.

Agora se é para sair da caixa de uma vez, pense na aplicação de papelão corrugado – aquele que serve para embalar produtos frágeis ou ainda para forrar o piso da sua casa quando está em obra . Em nosso ambiente na Casa Cor 2012, esta foi exatamente a brincadeira. Todas as paredes, sem exceção, foram recobertas com papelão corrugado. A textura listrada invadiu o ambiente e tudo ficou na cor craft, super aconchegante! Uma solução simples, barata e completamente inusitada.

 

       

Respondendo… (sobre móveis transformáveis)

qui, 27/09/12
por Gustavo Calazans |
categoria Respondendo

 

Nossa matéria sobre os espaços multiuso e os móveis transformáveis do dia 15/09 foi um grande sucesso! Recebemos nosso recorde de comentários no blog até hoje. Isso nos deixou muito felizes, pois percebemos que acertamos em cheio numa necessidade de todos nós: administrar nosso escasso espaço da melhor maneira possível.

Fazer dois corpos coexistirem num mesmo espaço parecia uma tarefa impossível, mas esta matéria nos provou o contrário. Só que para que isso aconteça acabamos dependendo de uma série de traquitanas e mecanismos que, além de encarecerem os produtos, exigem o planejamento e o tempo que muitas vezes não dispomos. Sempre bom lembrar que todo movimento articulável pode apresentar problemas depois de algum tempo, até mesmo nossos joelhos e ombros deterioram, não é? rs

De forma semelhante, os espaços multiuso resultam da aplicação deste mesmo conceito de coexistência, sem que tenhamos que nos valer de ferragens mirabolantes ou engenhocas que fazem um simples armário parecer um esconderijo digno de um bom filme de suspense. Nada contra o virtuosismo dos móveis transformers – eles são super divertidos, não é mesmo? Eu, que mexi pessoalmente neles, posso atestar que são todos bem funcionais, fáceis de manusear e parecem bem resistentes. Apenas tenho minhas dúvidas se eles são a melhor ou única solução dos problemas da maioria de nós no tocante à falta de espaço – pelo menos por enquanto.

Sempre considero mais importante do que um produto específico como saída para nossas carências, a inspiração que ele possa trazer embutida em sua concepção. Ao falarmos da necessidade contemporânea de agregar funções em um mesmo espaço, estamos justamente conceituando uma solução que pode nos ajudar a satisfazer muitas de nossas necessidades sem que tenhamos que nos mudar para uma casa maior ou inutilizar um cômodo para uma única finalidade.

Nos exemplos mostrados nos posts “A ousadia de uma casa modular” e depois no “Na prática…” vemos que alguns mecanismos mais simples podem resolver problemas enormes. Veja abaixo que divertido o movimento da mesa que abre e fecha e do banco que se recolhe no corpo da estante, é quase uma animação! E tudo isto usando apenas uma ferragem daquelas que usávamos anos atrás para instalar uma base para a TV, que girava e garantia que ela pudesse ser assistida de vários ângulos de um mesmo ambiente. Vocês entendem como tudo pode ser mais fácil?

Digo isso, porque há anos meu trabalho tem sido o de inspirar soluções simples para problemas complexos. Acredito na simplicidade, pois ela é mais funcional, econômica e sustentável – e na maioria das vezes, mais charmosa. No geral, satisfaz mais do que soluções mirabolantes, que com o tempo possam se demonstrar ultrapassadas. Sabe aquele elefante branco que colocamos em casa e depois de anos nos arrependemos?

Muitos de vocês nos pediram a indicação da loja e do fabricante destes móveis transformáveis nos inúmeros comentários que recebemos. Nosso compromisso com a informação de caráter jornalístico nos impede de privilegiar um fornecedor em detrimento de outro e, desta forma, não nos cabe aqui eleger aquele que deva receber os louros que muitos merecem. Sendo assim, preferimos trazer estes móveis como um lampejo de inspiração para todos nós.

Para aqueles que realmente queiram experimentar estes maravilhosos móveis transformáveis e seus movimentos divertidos, uma simples busca na internet resolverá a questão. Fácil assim! Mas eu os convido a brincarem de criadores e pensarem em móveis que se adaptem à realidade de vocês e, quem sabe, não descobrimos uma forma mais simples de resolver esta equação, não?

 

        

 

Veja mais exemplos de ambientes multiusos nas fotos abaixo. Alguns deles já até estiveram aqui no blog anteriormente!

 

        

Do lixo para o jardim de casa

ter, 25/09/12
por Cris Maia |

 

 

A função do pallet é otimizar o transporte de cargas, conseguido através da empilhadeira, mas definitivamente os feitos em madeira estão na moda na hora de decorar a casa ou o jardim. O internauta Antonio Eugênio conta pra gente que tudo que encontra nas ruas, coloca no carro para depois mexer e ver no que pode trasnformar. Ele deixou algumas dicas interessantes aqui no blog. A primeira é que um bom passeio pelas ruas do subúrbio nos dará o pallet que precisamos, mas de forma desigual. Então, ele sugere procurar um profissional para fazer o acabamento que a gente deseja. A outra opção, segundo ele, é comprar de consertadores de pallets, porque lá dá para escolher todos com o mesmo tamanhjo e textura e aí é só lixar ou pintar.

Com os pallets dá para  bolar uma série de coisas. A gente já deu algumas sugestões pra vocês, agora vai mais uma.

Neste jardim, elaborado pelos paisagistas Jussara de Siqueira, Rafael Bragion e Helena Montevecchio, os pallets foram usados para elevar a horta e dar mais conforto na hora de manipular a terra. Eles foram empilhados em vários níveis sustentando uma horta aromática, onde foram plantados em charmosos vasos alecrim, manjericão, salsa, cebolinha… A diferença de altura permite que até mesmo as crianças ajudem no plantio e manutenção dos temperos.

 

 

A horta foi montada pertinho da churrasqueira e da mesa – onde as cadeiras foram forradas com almofadas cobertas de xita. Isto significa que dá pra cultivar os temperos, cozinhar e bater papo com os amigos… tudo ao mesmo tempo! O cenário foi montado debaixo de um pergolado revestido com taboa reciclada e trançada. A taboa é uma planta típica de manguezais e brejos, com uma fibra durável e resistente e com um custo bem legal.

O bom de montar um ambiente com materiais de baixo custo é que a gente não fica com tanto apego depois na hora de mudar e se tiver um pouquinho de cuidado e planejamento dá pra criar espaços bem harmoniosos.

O jardim abaixo, projetado pela paisagista Clarisse Kopp, é o resultado disso. As cadeiras brancas ficaram bem mais charmosas com o detalhe de tecido de xita amarrado no encosto. Repare que ele sustenta tubos de ensaio, que servem de vasinhos para as flores coloridas. Com o mesmo tecido, Clarisse forrou as casinhas de passarinho que enfeitam a parede.

 

 

Para os pufes, foram usados fardos de feno – claro que com o devido cuidado de colocar uma almofada por cima para tornar o assento mais confortável! Ferramentas usadas no jardim servem como objetos de decoração. Para finalizar, a paisagista usou caixinhas de leite como vasos para a horta vertical. Elas foram pintadas com tinta branca e fixadas uma na outra com fios de nylon.

 

        

Um jardim para chamar de meu

sáb, 22/09/12
por Gustavo Calazans |
categoria Jardim

A primavera chegou e com ela aquele desejo de comungar com a natureza, colocar flores nos vasos e sentir o perfume da terra molhada.

Aproveitando a sincronicidade da data com a abertura de uma nova mostra de decoração na cidade de São Paulo, vou apresentar para vocês algumas ideias inspiradoras do projeto de um espaço gastronômico coletivo, que demonstra que ter uma vida mais verde pode ser mais fácil e barato do que se imagina.

 

 

A melhor saída para tornar este sonho uma realidade é apostar em soluções simples. Acima vemos uma aplicação inusitada das malhas POP – telas metálicas usadas nas lajes de concreto. Várias telas sobrepostas, cada uma pintada de uma cor diferente, e fixadas por arames metálicos servem de suporte para vasos de fibra de côco com espécies de fácil manutenção.

Plantas tropicais como samambaias e renda portuguesa são bons exemplos que não vão te deixar na mão. Basta regá-las com regularidade e estarão sempre ali para agradar o olhar e refrescar o ambiente. Estas malhas podem ser fixadas ao muro ou mesmo estruturadas por pequenos pilaretes metálicos como neste caso (claro que estes podem ser de madeira, concreto, bambu, ou o material que você preferir).

 

 

Veja que este jardim vertical não ocupa muito espaço e ao mesmo tempo deixa esta área de refeições bonita, aconchegante e fresca . Você sabia que as plantas conseguem condicionar a temperatura de um ambiente? Sempre que fazemos jardins em nossas varandas ou mesmo em frente às nossas janelas – vasos pendurados por exemplo – e os mantemos úmidos, estes criam um micro clima mais ameno ao seu redor que através da ventilação natural é trazido para dentro de casa.

 

Outra opção para quem teme a trabalheira que um jardim pode trazer é optar por usar apenas plantas em vasos. Isto simplifica a implantação do jardim e permite que as plantas fiquem com dimensões mais controláveis. O uso de vasos, em alturas e tamanhos diferentes, agrupados pode nos dar a sensação de um jardim plantado na terra, em um aclive ou declive, e ainda conferir densidade e variedade à massa verde.

 

 

Já que a simplicidade é a alma do negócio, o reuso de peças como os pallets, que servem para carregamento e armazenamento de materiais estocados, pode ser uma ideia versátil que permite a execução de vários elementos de uma área de lazer. Abaixo vemos o exemplo de um sofá feito com 4 pallets e futons de tecido colocados sobre ele. Nas laterais, peças de concreto, que servem para elevar muros de jardim vertical, servem de “braço” para este divertido pufe, novamente permitindo uma maior aproximação da vegetação, aqui usada num lugar bem diferente.

O interessante do uso dos pallets, além do baixo custo, é a versatilidade. Repare que neste ambiente os pallets compõem o estofado e ainda permitem o armazenamento de toalhas de banho nos seus espaços vazados. Há também brises feitos de pallets e bancadas de peças empilhadas onde foram instalados o cooktop e a churrasqueira.

De novo, os objetos e utensílios podem ser guardados dentro dos pallets, que neste projeto foram todos pintados em cores bem vibrantes, mostrando que é possível colorir e verdejar nossas vidas com muito pouco. O mais gostoso de tudo é que podemos fazer tudo isto com as nossas próprias mãos!

Não dá vontade de sair correndo e começar agora mesmo?
Clique aqui e veja a reportagem exibida no Jornal Hoje.

 

     

Mais multiuso

qui, 20/09/12
por Cris Maia |

 

Mais ideias para unir diversas funções em um mesmo ambiente…

 

 

Na prática…

qua, 19/09/12
por Gustavo Calazans |

 

Vimos no último post a casa modular que concebi para a Casa Cor 2011, uma brincadeira para nos fazer refletir sobre nossas casas e suas paredes fixas. Se você achou que aquilo tudo era um grande exagero, vou te mostrar agora um móvel inspirado naquele conceito, mas que é bastante adaptável à nossa realidade do aqui e agora.

 

 

A primeira vista este móvel é um aparador, que fica repousado na parede, deixando toda a área deste cômodo livre para qualquer outra atividade. Neste caso, o ambiente fica em uma casa de praia e sua função, além de ser um mirante, já que fica no ponto mais alto da casa, é o de acomodar no alto verão aqueles primos e amigos que sempre queremos receber, mas que sempre falta espaço.

Só que como já falamos no último post, os espaços devem ter múltiplo uso. Afinal de contas não é o ano todo que precisamos pensar na hospedagem extra.

Como este ambiente tem uma vista linda, pensamos que seria o lugar ideal para ler um livro ou fazer alguma atividade de trabalho ou estudo apreciando a bela paisagem.

Eis que aquele mero aparador se transforma em uma mesa de trabalho, que através de um sistema giratório, sai do corpo da bancada e fica perpendicular ao móvel. Tudo muito simples e prático. Quando não se quer mais usá-la, é só devolver para dentro do aparador e pronto, todo o espaço está livre novamente.

 

    

A ousadia de uma casa modular

ter, 18/09/12
por Gustavo Calazans |

 

Olá, sou Gustavo Calazans, arquiteto, e a partir desta semana serei o consultor do blog Hoje em Casa. Estarei sempre disponível para sanar todas as suas dúvidas sobre arquitetura e decoração.

Se você gostou da matéria sobre os móveis versáteis do sábado passado, pensei em trazer uma inspiração bem ousada nesta minha estreia no blog, mostrando um projeto que inspire novas possibilidades de ocupação das nossas casas. Tem tudo a ver com os móveis ‘transformers’ que vimos no sábado, mas aqui temos este conceito levado ao seu extremo.

Os espaços multiuso estão cada vez mais em voga, já que nossas casas estão cada vez menores – e isto não é necessariamente ruim. Lembrando que somos mais de 7 bilhões de habitantes neste planeta, se todos tivermos um espaço privado muito grande precisaremos de um planeta extra para dar conta do recado. A multifuncionalidade dos espaços nos proporciona a possibilidade de termos nossas necessidades atendidas no menor espaço possível.

Só que o uso multifuncional às vezes exige umas traquitanas para funcionar, como vimos nos móveis apresentados pela Cris e por mim na matéria de sábado (que você pode ver aqui).

A casa modular é um projeto apresentado na Casa Cor 2011 e que em apenas 20m² comporta banheiro, cozinha, sala de jantar, sala de estar, quarto e escritório. Sim, apenas 20m²!

 

       

 

Neste projeto temos seis módulos, sendo dois fixos (banheiro e parte da cozinha) e quatro são deslocáveis. Isso mesmo, você desloca os módulos e os ambientes crescem, como se as paredes da sua casa fossem móveis e não mais estáticas. Imagine que você vai dar uma reunião em casa e quer mais espaço na sala ou na cozinha, que afinal é o coração da casa.

Basta você empurrar os módulos e ampliar o ambiente que quiser usar naquele momento. Se este ambiente estiver sem uso, ele pode ser reduzido ao mínimo espaço possível – ou seja, os módulos encaixados lado a lado.

 

       

 

Veja a solução que demos para o escritório desta casa modular. Uma opção esperta como esta é perfeitamente possível nas nossas casas, assim como o banco que serve de assento para a sala de jantar e que é ‘puxado’ do módulo da cozinha.

 

   

 

 

Quando a casa está em “repouso”, ela fica completamente fechada, como um casulo. Já pensou que um dia podemos morar assim? Apesar de parecer um pouco futurista demais, a ideia de mobilidade pode ser exportada para muitos problemas que enfrentamos nas nossas casas. Que tal começar a colocar rodinhas nos móveis, abrir a casa e arejar as ideias? Então vamos lá!

 

 

Multiuso

sáb, 15/09/12
por Cris Maia |

 

Quem não tem muito espaço em casa deve ter adorado a matéria deste sábado no Jornal Hoje. Demos dicas de espaços multiusos, decorados com móveis sob medida. É uma saída moderna para ambientes pequenos. Veja mais dicas desses móveis versáteis para inspirar novos projetos na sua casa.

 

Novo uso para objetos velhos

qua, 12/09/12
por Cris Maia |

 

Estive na Expoflora – mostra de flores e paisagismo que acontece até 23 de setembro em Holambra, interior de SP – para produzir mais uma reportagem para o nosso quadro. Dar um novo uso para os objetos usados é a máxima na decoração dos ambientes por lá também. Como o tema da semana é este, fiz alguns cliques para vocês.

 

 

 

 

No ambiente criado pela arquiteta Tâmiris Alves e pela engenheira civil Giovana de Godoi, duas escadas de tamanhos diferentes unidas por uma grande tábua servem de aparador.

Para criar uma mesa elas usaram um barril de vinho com um vidro redondo apoiado. Para dar mais firmeza, recomenda-se fixar com silicone.

 

 

 

 

 

Já a arquiteta Natália Salcedo e a engenheira agrônoma Cintia Rua  usaram antigos carretéis de fio feitos de madeira como mesas de apoio. Bastou pintá-los com tinta branca e já estava pronta.

 

 

 

 

 

Em tempos de seca, as galochas coloridinhas dos filhos (que eles não nos ouçam) podem ser usadas para acomodar temperinhos numa horta vertical. Uma delas também pode ser usada para guardar as ferramentas de jardinagem.

 

 

Quer um pouco mais de ousadia?

Então dá só uma olhada na foto abaixo. No lago criado por Flávio Scarcello e pela designer floral Maria Luiza Carvalheiro, um piano faz a vez da cascata. Repare no detalhe da instalação.

 

Objetos inusitados

sáb, 08/09/12
por Cris Maia |

 

Gostou das ideias que mostramos na matéria do JH deste sábado? Então confira no vídeo abaixo mais sugestões criativas para decorar a casa usando papelão, pneus, tecido de biquine e outros objetos.

 



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