Quando realmente precisamos de cortinas? Como escolhemos as cortinas?
Bom, lendo as perguntas do Blog e fazendo uma analogia de todo meu trabalho, sinto uma necessidade de colocar mais simplicidade pra tantas dúvidas que percebo existir.
Por incrível que pareça, o momento exato de escolher as cortinas corretamente seria planejando junto com a obra. Quando estamos construindo podemos planejar tudo exatamente como poderá terminar a construção. Isso inclui também cortinas.
Se sabemos como será o layout definitivo, ou melhor, se sabemos onde estão todos os móveis definitivos em seus ambientes, como na sala o sofá, mesas laterais, mesa de centro, mesa de jantar, enfim, se tiver tudo definido ou bem decidido, podemos planejar cortineros.
Cortineros são elementos a partir de um espaço criado no gesso ou laje, podendo ser embutido ou sacado, servindo como um acabamento para os trilhos das cortinas.
Cortinero sacado ou sanca
Decidido e definido em quais ambientes desejamos ter cortinas, que seria durante a instalação de forros ou molduras de gesso na obra. Assim, ficaria muito mais fácil a escolha posterior das cortinas.
cortinero com bandô
Essa é uma forma de prever sistemas de cortinas e persianas. Planejado, podem também automatizar, ou seja, instalar um dispositivo para a abertura automática, bastando prever um ponto elétrico.
Cortinero embutido com luz
Mas cortinas e persianas têm seu lado decorativo quando a proposta não é funcional, como escurecer ou dar privacidade ao ambiente. Também exercem todas as funções de decorar ao mesmo tempo.
Assim, entendendo que fica mais fácil decidir um forma de fechar uma abertura. Primeiro identificamos se vamos fechar uma porta ou uma janela. Depois, pensamos pra qual finalidade é esse ambiente. Se for um quarto, pensamos novamente se temos porta balcão ou janela.
Para porta balcão temos duas soluções: se forem portas que abram para o quarto sobra apenas a opção de cortinas de tecido, pois o recolhimento de persiana tende ficar com dificuldades no acionamento devido à abertura das portas.
Depois de decidido o tipo de cortina começa a escolha de acabamentos e tecidos, que têm uma variedade enorme, sempre pensando na funcionalidade, facilitando a limpeza e, se necessário, escurecer o uso de black out, que hoje é um tecido mais tecnológico, macio e de várias padronagens e cores.
Finalmente, escolhemos o tipo de trilho, que vai do trilho com roldanas e presilhas na cortina e acionamento por cordas. Em geral, são instaladas na lateral, que durante a abertura não tocamos no tecido da cortina.
Outra opção mais barata é a confecção de cortinas em varões, que têm lindos acabamentos em madeira, metais cromados ou dourados, brancos e coloridos, presos em argolas chamadas de iliós (uma espécie de anéis prensado no tecido da cortina) que envolve o varão num vai e vem formando ondas no caimento da cortina, assim definimos de “Wave”.
Cortina no trilho com roldanas modelo "Wave"
Nessa mesma ideia podemos considerar as salas de estar se tiverem portas de vidro, pois cortinas de tecidos dão mais leveza e escolhendo tecidos tipo “gaze” ou “voil” são de muita transparência.
"Wave"no varão com Iliós
Cortinas em Voil transparência
Para escritórios residenciais e até quartos dos filhos, onde temos uma bancada passando por baixo do peitoril, gosto muito das persianas. Nesse caso, elas são práticas no recolhimento e de fácil manutenção na hora da limpeza, proporcionando até escurecimento total se escolhido um produto específico. Não gosto de usar cortinas curtas para não dar aparência de mini-saia. Fica deselegante e perde o ar contemporâneo.
Persiana para quarto dos filhos
Para os demais ambientes dá pra seguir um pouco dessas regras, tomando cuidado sempre na escolha e estar atento se as folhas da abertura são de abrir ou correr.
O resto não tem regras. Com muita criatividade e bom gosto, pode usar sobreposições de tecidos, com texturas diferentes, sobreposições de persianas com tecidos e assim por diante!
Espero ter clareado um pouquinho desse assunto, pois realmente cortinas são um universo a a parte!!