Voltando pra Casa

seg, 28/05/12
por Bruno Medina |

E eis que a turnê finalmente aportou no Rio. Após ter feito escalas em praticamente todas as regiões do Brasil, tendo bem mais da metade do trajeto sido percorrido, era mesmo chegado o momento de voltar para casa. A impressão de que a Fundição de fato tornou-se o porto seguro do Los Hermanos em nossa própria cidade confirmou-se através de uma pesquisa que fiz no Google, em busca dos pormenores da história deste emblemático lugar, que tantas vezes já nos acolheu. No buscador, da segunda entrada em diante, quase todas se associam à banda de alguma maneira, seja por conta da gravação do clipe, do DVD, ou de qualquer outro show que lá fizemos. É por isso, talvez, que subir neste palco – que evoca memórias tão positivas – tenha um significado especial para nós, não só pela oportunidade do reencontro com o público carioca, este que nos acompanha desde sempre, mas também pela oportunidade de tocar para uma plateia emocionada e muitíssimo animada, salpicada de amigos e parentes queridos.

Dessa vez o enredo não foi muito diferente. Aliás, pensando bem, foi sim, porque cada uma das quatro apresentações, pra mim, foi bastante peculiar. Na quinta, o frio na barriga e a ansiedade pela ‘estreia’, na sexta, possivelmente um dos melhores encerramentos de shows que já tivemos, com um Pierrot ensandecido escalando as colunas de P.A; sábado foi a noite em que público atingiu o ápice da sintonia, impressionante como cada movimento parecia ter sido previamente coreografado, e o domingo, uau… primeiro caiu o som do palco (e tome naipe lá na frente pra segurar o humor da galera), depois, caiu o som direcionado ao público e, pra coroar a noite, um cara passa mal bem no meio da multidão, justo durante os acordes finais da última música do bis. Passado o susto e a apreensão, precisávamos tocar alguma coisa além do previsto, claro, para espantar as bruxas e varrer de vez o silêncio que se instaurou. A escolhida foi ‘Vai Embora’, que obviamente não havia sido ensaiada para a turnê, e que não era executada ao vivo, sei lá, há uns dez anos!

Ufa. Olha, vou confessar pra vocês, quatro shows na sequência não é pra qualquer um não, muito menos para bandas veteranas. Outro dia fiz as contas e constatei que, na última semana, passamos precisamente 8 horas em situação de show, ou seja, de pé, luz fritando a cabeça, e todo o resto que vocês podem imaginar. Haja água de coco! Agora um diazinhos pra repor as energias e tocar o barco de novo para São Paulo, possivelmente para vivenciar outras noites memoráveis, sobretudo esta do dia 31, que coincidirá com o primeiro show de uma banda nacional transmitido nos cinemas. Acho que vou escolher passar os dias seguintes dormindo, então, por favor, me acordem na quinta.

p.s: como sempre não tenho fotos dos shows no Rio. Cariocas, favor enviar as boas (nada de foto com flash estourado e formiguinhas no palco) para [email protected] , que eu publico.

Valeu, BH!

ter, 22/05/12
por Bruno Medina |

3 shows, um mais incrivelmente animado do que o outro. O palco tremeu (literalmente) todos as noites, sem exceção. Vou dizer mais o que? Aos que lá não estiveram, resta apenas contemplar essa bela imagem enviada pela Karen Moreira e imaginar como deve ter sido estar dentro dessa panela de pressão. Obrigado mesmo pelo carinho, mineiros! Essa breve temporada que passei na cidade me fez lembrar com saudosismo do primeiro show que o Los Hermanos fez aí, para não mais do que 50 pessoas, no segundo andar da sede do sindicato de alguma categoria profissional: viajando de Cometão, sem cachê e dormindo na sala da casa da nossa contratante, que tinha 17 anos e convidou a gente pensando que éramos uma outra banda, chamada Nitrominds. O pior é que, apesar do mal entendido, o show foi antológico, como, aliás, quase todos que fizemos em BH desde então! Eita. “Tempo, tempo, mano velho….”

Cena de Cinema

sáb, 19/05/12
por Bruno Medina |

Como já foi dito e, penso eu, comprovado diversas vezes aqui no blog, seja através dos meus ou dos relatos de vocês, essa turnê do Los Hermanos tem sido incrível em diversos aspectos,  propiciado constantemente à banda maravilhosas surpresas. Claro que aqui me refiro principalmente à carinhosa receptividade com que temos sido recebido de norte ao sul do país, em todas as cidades pelas quais passamos, mas também à percepção da força que essas nossas músicas adquiriram ao longo dos anos, e como isso, por si só, nós permite ir sempre…além.

Se existe um aspecto negativo a ser ressaltado nessa série de shows que temos feito, trata-se da impossibilidade manifestada por algumas pessoas de adquirirem ingressos para determinados shows. O fato é que, deste ponto em diante, não há mais ingressos disponíveis para nenhum das apresentações previstas, exceto para o Festival de Alegre.

Para tentar contornar isso, semana passada nossa produção correu atrás de viabilizar uma alternativa bastante interessante para aqueles que ficaram a ver navios, ou porque não conseguiram comprar ingressos, ou porque a caravana do Los Hermanos não passou pelas cercanias de sua cidade. Pelo menos para algum destes, será possível ter a experiência de assistir a um show nosso com todo o conforto, sem ter que viajar longas distâncias, passar perrengue ou negociar com cambistas.

A essa altura o leitor pode estar se perguntando: como? E eu explico: estamos orgulhosos em anunciar que no próximo dia 31 de maio, às 22h pontualmente, o show a ser realizado no Espaço das Américas, em São Paulo, será transmitido ao vivo e em High Definition, com a melhor qualidade de imagem e de som disponíveis, para salas de cinema em 21 cidades brasileiras! Trata-se da primeira vem que uma banda nacional realizará tal feito, portanto não perca a oportunidade de garantir seu lugar e fazer parte dessa história!

Os ingressos custarão R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia entrada), e estarão disponíveis para aquisição a partir da próxima quarta-feira (dia 23), através do site www.cinelive.com.br

Segue abaixo a relação das salas em cada cidade:

Belo Horizonte - Cinearte do Minas Shopping + Cinemark Savassi
Brasília - Severiano Ribeiro do Kinoplex Park Shop + Cinemark Pier 21
Campinas - Cineflix Galeria Shopping
Caruaru - Center Plex Caruaru
Curitiba - UCI Palladium
Florianópolis - Cinespaço Beira Mar Florianópolis
Fortaleza - UCI do Shopping Iguatemi + Center Plex do Shopping Via Sul
João Pessoa – Cinespaço MAG Shopping
Juiz de Fora – UCI Independência
Maceió - Centerplex do Patio Maceió
Maringá – Cineflix Maringá Park
Niterói – Cinemark Niterói
Porto Alegre - Cineflix do Shopping Total
Recife - UCI do Shopping Center Recife
Ribeirão Preto – UCI Ribeirão Shopping
Rio de Janeiro – Espaço Itaú Praia Botafogo + Serveriano Ribeiro do Kinoplex Tijuca + UCI New York City Center + Severiano Ribeiro do Fashion Mall + Cinemark Botafogo + Cinemark Downtown
Salvador - Cinemark Salvador Shopping
Santos - Roxy Santos
São José dos Campos – Cineflix Shopping Vale Sul
São Paulo - Serveriano Ribeiro Shopping Vila Olímpia + UCI Shopping Jardim Sul + Espaço Itaú Frei Caneca + Cinermark Santa Cruz + Cinemark Eldorado + Cinemark Market Place
Sorocaba – Cinespaço Villagio Sorocaba

Será que vai ter coro em todas as músicas, tipo  ”Assim é que se faz!” em “Além do que se vê” , telas de celular acesas em “Sentimental”, braços pro alto no final de “Pierrot”?? Estou tão curioso para saber como isso vai ser que, juro, se pudesse, largava os teclados e garantiria já a pipoca e a poltrona, só para ver que bicho vai dar. Aliás, os que forem participar da insólita e inédita empreitada, já estão desde já convidadíssimos a fazer seus vídeos, postar no Youtube e mandar o link, para que eu possa publicar aqui. Há a possibilidade de novas salas e cidades serem divulgadas, portanto estejam atentos a esse post ao longo da semana.

Los Hermanos, em breve, num cinema perto de você! (acho que eu sempre quis dizer isso e não sabia)…

O show, segundo eu mesmo

seg, 14/05/12
por Bruno Medina |

Desde que escrevi o último post, fiquei me batendo com a ideia de que seria bastante interessante utilizar o blog como um espaço para agrupar e transformar os relatos sobre a turnê do Los Hermanos numa experiência menos unilateral, e, por isso mesmo, mais fiel ao que tem se dado nestes shows. Claro que muitas pessoas dividem comigo -seja através de e-mail ou a partir das redes sociais- suas histórias, impressões e sensações a respeito das apresentações que temos feito, mas, ainda assim, tratam-se de visões parciais, pouco representativas do todo.

Assim sendo, esta semana resolvi propor algo diferente; dessa vez vou deixar de lado o blá, blá, blá habitual e preservar minha já escassa coleção de adjetivos, transferindo a você a responsabilidade de dizer ao mundo como realmente foram estas noites: tomando por referência os shows do final de semana passado, em São Paulo (quinta-feira, dia 10) e em Porto Alegre (sábado, dia 12), quero que você, que esteve lá, me conte em detalhes o que é que só você viu e sentiu. A intenção é reunir os relatos mais criativos numa narrativa única, ao melhor estilo “colcha de retalhos”. Ou seja, um grande mosaico, talhado a centenas de mãos, em que as palavras de cada um (devidamente creditadas) se somarão em prol de constituir uma só visão.

Funciona assim: tendo como referência o modelo abaixo, você vai enviar para [email protected] a sua história, preenchendo as lacunas a partir de onde eu parei. Minha sugestão é copiar o Modelo de Relato no corpo da mensagem, e ir completando os módulos, numerados de 1 a 7. Na linha de assunto do e-mail, indique a cidade em que você estava e seja bastante específico na descrição dos fatos, afinal, são apenas os detalhes que poderão dar a essa iniciativa maluca alguma chance de sucesso. Ah, e por favor, mandem fotos também! Tudo dito, mãos à obra!

 

SÃO PAULO, 10 DE MAIO

Na verdade, pra mim esse show começou muito antes do que quando de fato ocorreu, mais precisamente quando…

ganhei meu primeiro CD do Los Hermanos aos 9 anos. Nenhuma amiguinha minha gostava (exceto, é claro, de Anna Júlia) e eu tinha que pedir pelo amor de Deus para tirar o “xi bom bom bom” o hit da época, da banda “As Meninas” para poder escutar Pierrot, que era a minha preferida do CD. (Isabela Quiles)

(…)

abri os olhos no dia 15 de novembro de 2011. Cansada por ter passado o dia e a noite no SWU, mesmo festival que no ano anterior já havia me trazido os meus queridos Los Hermanos, e a madrugada na estrada, ao abrir os olhos e conectar a internet, ainda na cama, pelo celular, vi a notícia. Notícia linda, incrível, maravilhosa. Começava então a minha crise de ansiedade!! Eu só havia visto o Los Hermanos ao vivo uma única vez, em 2010, no SWU. Nos tempos em que eles ‘estavam juntos’ eu nunca fui a um show e até hoje não entendo o porquê. Mas dessa vez eles estariam lá, e seria uma noite inteirinha só deles. Só deles? Mentira! Nossa, só nossa!!

Ainda assim parecia pouco, eu queria mais e mais. Veio então o anúncio de uma nova data, e depois, mais duas. A vontade, na verdade, era de poder acompanhar os caras em todos os shows da turnê, viajar, ver como seria cada show, cada setlist, cada segundo daquele encontro que a gente nunca sabe se teremos a chance de ver denovo ali diante de nossos olhos. Ingressos comprados, consegui duas datas maravilhosas, a estréia e o encerramento da turnê paulistana. Mas aquele 10 de maio parecia não chegar nunca!! A curiosidade era enorme pra saber como seria o setlist, como estaria a empolgação da banda e a resposta dos fãs. Eu não tinha a menor dúvida de que seria perfeito, mas o dia não chegava nunca. Início da turnê, primeiro show transmitido (mal e porcamente) pela internet e eu lá, acompanhando e aumentando a ansiedade! (Marlene Saguir)

(…)

soube que a banda faria uma turnê em comemoração de seus 15 anos. Só tinha um problema : estava com um intercâmbio marcado para algumas semanas antes do show. Mas, como perder o que talvez fosse a última chance de ver os caras tocando juntos? Não tive outra escolha a não ser… adiar a viagem!

Mesmo com todos os riscos e desvantagens que envolvem adiar uma viagem planejada há meses, a alegria de vê-los novamente juntos num palco num show SÓ DELES não tem preço.

Ainda tinha o agravante da promessa que fiz à minha filha em 2007 : que, quando ela crescesse, a levaria num show dos Los Hermanos.

Comprei os ingressos para os dois dias em SP e só depois pensei como faria para remanejar a viagem. Mas, isto agora era o de menos. O alívio de ter conseguido os ingressos ( depois de passar a madrugada toda acordada tentando comprá-los ) logo se transformaria em ansiedade. Seriam longos 3 meses de espera. Mas, para quem os viu pela última vez em 2007, até que estava no lucro. (Janaína)

 

 

 

 

 

… e então finalmente era chegado o dia do show. Assim que entrei no local, observando a plateia, logo percebi que aquela noite seria…

a melhor da minha vida. Depois do medo de não conseguir estar lá, naquela noite, pelos muitos percalços que ocorreram, eu finalmente ia ver o Los, ali, cantando para mim! Até o ultimo segundo, tudo deu errado. Atrasamos para sair de Bauru, os ingressos não estavam conosco e o meu amigo que mora em São Paulo não conseguia retirá-los, e o medo, novamente começava a bater! Se eu perdesse aquele show, ia ficar arrasada, pois era 5 anos de espera para ver os Hermanos e uns 3 meses de expectativa depois da compra dos ingressos! Ao chegar em São Paulo, mais desencontros. Os amigos que são de sampa ainda não tinham chegado ao Espaço das Américas, e estávamos com o ingresso de um deles. O lugar começou a encher e já eram escassos os “buracos” para se enfiar o mais perto do palco possível. Entramos para garantir um lugarzinho e faltando 5 minutos para começar o show os amigos atrasados chegaram. (Daniele Martinez)

(…)

Nervosa! Cheguei na fila ás 14h e tinham somente umas 10 pessoas. Parecia que o tempo não passava, mas finalmente 19h os portões foram abertos. Foi um susto e tanto, porque a abertura dos portões estava prevista somente para ás 20h, mas peguei minhas coisas e sai correndo. Estava preocupada que talvez eu não conseguisse entrar pois tenho apenas 14 anos e estava acompanhada da minha irmã de 19, mas deu tudo certo. Assim que entrei no local já havia algumas pessoas coladas na “grade”, mas corri o máximo que pude e consegui um lugar bom, bem perto do palco. Vi o local se enchendo e estando de pé por sete horas, a dor fazia o tempo andar mais devagar. (Beatriz Linschoten)

… após alguma espera, a expectativa só fazia aumentar, até que finalmente a banda surgiu no palco e o que aconteceu deste momento em diante poderia ser descrito como…

falta de voz e pressão baixa. Era tanta gritaria para tentar expressar a emoção que em vários momentos pensei que fosse ser retirada dali desmaiada por algum bombeiro de lanterna. (Karla Marrocos)

(…)

uma CATARSE!!!Todos entrando no palco, muito sorridentes e felizes, e eu não conseguia conter meus gritos, parecia um sonho e eu estava tão perto dos meus ídolos como nunca havia estado antes ! Alias não só eu como todos estavam em êxtase, berrando a plenos pulmões seu amor  ao ver a banda após tanto tempo separados! (Soraia)


… logo quando começaram a soar os primeiros acordes da música de abertura, a impressão era a de que aquele lugar havia se transformado em …

um templo. Eu mal ouvia a voz do Marcelo cantando os primeiros versos da primeira música. De repente todos da platéia entraram num estado de emoção que eu nunca havia presenciado. As pessoas tinham as mesmas reações, ao mesmo tempo, nas mesmas músicas. Se tinha que levar as mãos ao alto, todos faziam isso. Se era hora de bater palma, nunca houve momento mais coreografado do que aquele. Eu fiquei impressionada como as pessoas se identificavam com aquelas letras e digo mais, com aqueles amigos em cima do palco. Todo mundo ali queria ser um pouquinho de Bruno, de Marcelo, de Rodrigos(s). Afinal, admiração entre fã e ídolo é a base desse relacionamento. Em um determinado momento, me deparei com um garoto de descendência asiática (no melhor estilo boné pra trás, camiseta polo e moletom amarrado na cintura) fazendo a melhor performance de air guitar que eu já presenciei. Só faltou se jogar no chão… era tão nítido… quando ele fechava os olhos, ele estava se imaginando naquele palco, com aquela multidão de fanáticos uivando suas canções. (Flávia Guedes)

(…)

um ambiente amistoso e único, como se todos ali pudesses ser amigos se assim desejassem e se esforçassem porque só o fator comum de estarem ali compartilhando aquilo bastava para conversas e trocas de experiências pra uma vida inteira. Era como se houvesse uma sincronicidade na qual o público pensava junto os mesmos gestos e versos de cada canção, que era especial para cada pessoas por motivos diferentes. (Jéssica Assis)

… e o show foi seguindo seu curso, tendo o repertório passado por todos os discos lançados. Agora, sem dúvida, o melhor momento da noite foi …

quando tocou “De onde vem a calma” no final da música… Juro, todos desabaram a chorar (inclusive eu)! Eu acompanhei o set list dos outros shows e estava com medo que a banda não tocasse essa música maravilhosa, cheguei a implorar aqui nesse blog inclusive. E quando começaram as primeiras notas no teclado eu entrei em outra dimensão! Foi muuuito emocionante, meus olhos estão cheios d’água por relembrar esse momento do show! (Maria Eugênia Campos)

(…)

quando eu ouvi “Primeiro Andar” e “Conversa de Botas Batidas”, as minhas preferidas. Tanto na quinta quanto na sexta eu cantei-as com toda a minha força, de olhos fechados, como se ali só houvesse eu e os quatro barbudinhos que as tocavam. Passei anos ouvindo estas duas músicas e pensando “imagine ao vivo como não deve ser!”. Sonho realizado. Duas vezes. (Juliana dourado)

(…)

quando tocaram as últimas músicas. Não por serem as últimas, ou o fim do show. Pelo contrário, por serem as mais inusitadas e nas quais o público de fato mostrou o que é um show do Los Hermanos: cantar o mais alto possível e sorrir pra pessoa do lado, como quem diz “esse não é o melhor dia desta semana, mês, quiçá ano?”. (Karla Marrocos)

… e quando tudo parecia estar terminado, ainda havia o bis, e…

veio a musa original, onde tudo começou, a tão famosa Anna Julia. Pra mim, esse momento só pode ser descrito através das palavras de um amigo que estava do meu lado, boquiaberto com esse momento: “Ouvir e ver Anna Julia ao vivo, foi lindo!” (Flávia Guedes)

(…)

não poderia ter sido melhor, para mim Dois Barcos é a música que mais me marcou nos shows do Los Hermanos em São Paulo, além de me trazer recordações dos momentos mais felizes da minha vida, além disso como fã de Los Hermanos desde o primeiro CD, sempre acho uma honra poder ouvir Anna Julia, Tenha Dó e Pierrot ao vivo. (Camila Fredini)

… depois de quase 30 músicas, “Pierrot” sinalizou o fim da festa. As luzes se apagaram e a turnê seguiu adiante, para outras cidades. No futuro, quando for contar as pessoas como foi o show, vou dizer que essa noite será sempre lembrada por ter sido…

o melhor show da minha vida. O que chegou na maior surpresa, foi o mais esperado, sonhado, curtido… Dia 10 foi aquele dia em que vc quer que tudo saia certo, o dia que vc nao pode estar resfriado e deixa de tomar gelado o mês todo rs, que vc planeja cada minuto do dia, fica passando e repassando na cabeça todas as músicas.. Enfim! Um sonho realizado! (Julia Dell)

como a lembrança em que eu poderia ficar presa. Sabe aqueles filmes em que a pessoa acorda todo dia e tem que passar por um dia específico de novo em um replay eterno? Então, o show pode ser descrito como isso pra mim: o dia que eu viveria de novo eternamente de forma que eu poderia sentir de novo o que senti e, ao mesmo tempo, sentir tudo diferente. Quando me dei conta que realmente o show tinha acabado pensei em como eu queria conversar com todos os integrantes da banda. Não para abraçar, tirar fotos ou dizer como cada um é lindo e como eu amo vocês naquele amar de fã inexplicável, mas para simplesmente dizer  ‘Obrigada’. (Jéssica Assis)

FIM

 

PORTO ALEGRE, 12 DE MAIO

Na verdade, pra mim esse show começou muito antes do que quando de fato ocorreu, mais precisamente quando…

eu fiquei sem ingresso, pois esgotaram-se em poucas horas de venda. O meu mundo caiu e a nova chance batia na minha porta, o show de domingo. Porém, todas minhas amigas iam no sábado, fiquei sem comprar. Numa bela noite de encontro, cevas, amigos e lua cheia, uma amiga sugere que iria comprar de uma menina de São Paulo, que tinha comprado para o show de POA, mas havia se mudado e conseguido um novo ingresso para a nova cidade. Fiquei eufórica, trocamos emails, depositei o dinheiro e esperei pelo SEDEX. Em menos de 2 dias, estávamos com os ingressos na mão e com uma expectativa grande nos acompanhando por meses… (Karin Menoncin)

(…)

eu fiquei sabendo que o Los Hermanos iria fazer uma turnê, aliás, notícia que li em seu blog. No dia que soube fiquei sem ação, pois foi na mesma época que ia presenciar  o show de outra cantora que gosto muito e que anunciou sua última turnê- Rita Lee. Sinceramente, foi um presente, talvez o melhor que já recebi. Desde aquele dia começaram a passar imagens da banda tocando no SWU, na Fundição Progresso e de alguns vídeos que eu, curiosa por informações hermânicas, procurava. Quando abriram a venda dos ingressos, eu que não consegui folga, tive a sorte que duas amigas que vieram do interior do estado e também iriam ao show ficaram horas na fila, enquanto eu olhava o que os outros postavam na internet para avisá-las da situação, depois de muita agonia e várias ligações, tudo certo, ingressos em mãos! Foram meses olhando postagens nas redes sociais, ouvindo os cd’s (dia e noite), conversando sobre o show, uma  espera que parecia  não acabar nunca. O tempo foi passando, algumas pessoas organizaram um grupo só para o show e foi aí que a ansiedade começou a tomar conta. Nos dias que antecederam o show a euforia tomou conta, sabe as tais borboletas no estômago? foi exatamente assim. Era a 1º vez que eu iria ver ao vivo as pessoas que através da música conseguiram transmitir muito sentimentos meus e de tantos outro fãs… (Iasmin Schleder)

 

e então finalmente era chegado o dia do show. Assim que entrei no local, observando a plateia, logo percebi que aquela noite seria…

exatamente como um dia eu imaginei. O público do Los Hermanos age como um verdadeiro grupo unido. Muitos ali, como eu, nunca haviam ido à um show da banda. Poder compartilhar a ansiedade, nervosismo e expectativa com todos que estavam ao meu redor foi contagiante, emocionante e muito confortante. Todos se respeitam e, principalmente, se entendem. Já naquele momento, as 13 (!) horas em pé, somando a espera no aeroporto e depois a fila para conseguir um lugar bom, já haviam valido a pena. (Iulla Portillo)

(…)

mágica. Não sei explicar muito bem o que senti, mas era como se pudesse sentir a felicidade em seu estado mais puro. Estava leve, ao lado de pessoas que queriam tanto quanto eu estar ali, compartilhando o show como se fosse destinado aquela banda o direito pela trilha sonora das nossas vidas. Por uma série de fatores, acabamos optando pelo mezanino. Ok, não é tão rock’n'roll, mas era mais seguro, mais tranquilo. Os lugares junto a grade disputados a pequenas cotoveladas delicadas. Havia harmonia entre os fãs, mas havia uma pequena tensão e certa angústia até em não conseguir ver aqueles quatro barbudos adoráveis. Permanecemos sentados, rindo e cantarolando. (Emanuele Schardong)

… após alguma espera, a expectativa só fazia aumentar, até que finalmente a banda surgiu no palco e o que aconteceu deste momento em diante poderia ser descrito como…

algo inédito, o lugar ganhou um tom diferente, um brilho sem igual e a multidão tomada pela emoção começou a gritar: “Uh, Los Hermanos,Uh, Los Hermanos, Uh, Los Hermanos, Uh, Los Hermanos”, como querendo abraçar seus ídolos com a voz, tentando mostrar a eles o quanto eram queridos, amados e esperados por todos. (Iasmin Schleder)

(…)

uma sensação de felicidade extrema de saber que Los Hermanos não estavam a muitos metros de mim e que eu iria escutar músicas que, de tanto me identificar, chego a me apropriar delas chamando-as de minhas(!). Queria bater algumas fotos, mas não queria perder um passo de vocês em cima daquele palco e no meio tempo em que me decidia o bom e velho Los Hermanos já estava a postos para começar a tocar, guardei o celular e deixei pra outra hora. (Kassiele)

… logo quando começaram a soar os primeiros acordes da música de abertura, a impressão era a de que…

eu conhecia todas aquelas pessoas, que cantavam e pulavam junto comigo. Me senti a vontade, me senti em casa. Continuei cantando a música sem ver o palco, com os olhos fechados, apenas escutando, podia ver, ou melhor, imaginar cada integrante da banda, curtindo aquele momento tanto quanto eu.Decidi que não ficaria ali, queria ver, tinha que ver mais de perto. Caminhei pela lateral direita e fui indo em direção ao palco, devagarzinho, até que cheguei bem na frente, na frente do Amarante e dali não saí mais. Confesso que não adiantou muito chegar mais perto, continuei cantando de olhos fechados. Minha amiga que me acompanhava disse que eu estava em transe, acho que ela teve um pouco de razão. (Dafne Panatieri)

(…)

aquele lugar havia se transformado em um universo paralelo, que me transportava junto com cada música a momentos que vivi, entre alegrias e tristezas, me levando a uma espécie de transe sentimental. Foi lindo. Tão lindo quando imaginei queria, mas mais verdadeiro e não menos assustadoramente perfeito. Tudo estava tão lindo, e tão certo, e tão mágico, que não parecia ser real nem possível. Mas era. Entre a perceptível alegria da banda, delicadeza do Marcelo, o furor causado ao público feminino pelo Amarante, a simplicidade do Barba e a doçura do Medina, me senti encontrando velhos amigos que entendiam da minha alma. (Emanuele Schardong)

… e o show foi seguindo seu curso, tendo o repertório passado por todos os discos lançados. Agora, sem dúvida, o melhor momento da noite foi …

quando, após ter cantando, curtido e pulado bastante com todas as músicas tocadas até o momento, a banda começou a tocar os acordes inicias de “De onde vem a calma”. Nessa hora, uma mistura de sentimentos e lembranças boas transbordou entre minha alma e coração, os olhos encheram de lágrimas e eu simplesmente ainda não acreditava que estava ali, bem próxima a vocês, ouvindo “ao vivo” e “in natura” uma das músicas mais perfeitas que já ouvi! Foi uma sensação/emoção perfeita e completamente inesquecível e inarrávelnestas pequenas linhas! Após De onde vem a calma, a banda seguiu tocando “A Outra”, não poderia ter música melhor para vir na sequência! Haaaaja coraçãoo hermanos! (Glauciana Ataide)

(…)
foram os últimos versos de “De onde vem a calma”. Apesar da minha ansiedade para registrar na mente cada imagem daquele show, nessa hora os olhos cravejados de lágrima insistiram em se fechar, fazendo com que a emoção do momento e a beleza daqueles versos ficassem registradas no coração sem uma imagem visual. E quem diria que aquilo que eu não vi, apenas ouvi e senti, seria o mais lindo dos registros… (Ana Laura)

(…)

não há como escolher uma música como a melhor; em cada uma delas passava um filme diferente pela minha cabeça, cada música me trazia alguma lembrança marcante destes últimos quatro anos. Para mim, o melhor momento da noite foi quando olhei para o palco e percebi que aqueles caras fantásticos tão próximos de mim eram seres humanos – pessoas de verdade, que vivem e sentem e traduzem isso em arte, em melodia e verso, compartilhando seu olhar poético com o público – e isso só fez aumentar o meu fascínio. (Ticiana Ribeiro)

… e quando tudo parecia estar terminado, ainda havia o bis, e…

e o corpo que parecia esgotado mostrou que ainda tinha muita energia! As pernas que tremiam de emoção e cansaço ainda tinham força para pular e celebrar as músicas que deram início à carreira da banda. A garganta dolorida do frio, da cantoria e dos inevitáveis gritos de êxtase, ainda tinha força para cantar cada verso, mostrando que, mesmo beirando a exaustão, meu corpo ainda se manteria inabalável mesmo que o bis tivesse 50 músicas! (Ana Laura)

(…)

fui a loucura com as músicas. Duas em especiais: Pierrot e Anna Julia. Com Pierrot não fiquei um minuto parada. E principalmente Anna Julia, que me fez recordar as festas que ia com 13 anos, em que esperava ansiosamente por essa música para dançar e dançar. Enquanto, a mãe em cima de uma cadeira me procurava pelo salão. Já faz 10 anos que moro sozinha em outra cidade. Tenho o dobro da idade que tinha naquela época. Felizmente, muitas coisas mudaram. Mas a sensação que senti foi a de que pelos menos naqueles minutos tudo estava em seu lugar, não importava o estresse do dia-a-dia, tudo que importava era cantar o mais alto possível e dançar, dançar e dançar. Foi um belo reencontro. (Suzana Pohia)

 

… depois de quase 30 músicas, “Pierrot” sinalizou o fim da festa. As luzes se apagaram e a turnê seguiu adiante, para outras cidades. No futuro, quando for contar as pessoas como foi o show, vou dizer que essa noite será sempre lembrada por ter sido…

emocionante e especial. A sensação de “quero mais” no final do show foi indescritível. Realmente essa sensação. Lembro que ainda pensei, olhando o palco vazio: “Será que consigo ingresso pra Curitiba?”
Uma saudade imensa tocou conta de mim, uma sensação do tempo ter voado, muito rápido (acabou?), mas a certeza de ter sido muito mais do que eu esperava. A certeza de que a “mágica” tinha acontecido: sim, eu fui em um show do Los Hermanos! (Danielle Mendes)

(…)

única. Tem uma frase de Caio Fernando em que ele diz “- As pessoas são lembradas pelos sentimentos que despertaram em nós” , Los Hermanos sempre será lembrado como a banda que supriu um grande espaço do meu coração… (Nina Fernandes)

 

FIM

p.s: a história acima será alterada  na medida em que os textos de vocês forem chegando!

BSB/SSA

ter, 08/05/12
por Bruno Medina |

Durante estas últimas semanas, toda vez que sento em frente à tela branca, um mesmo desafio se impõe; traduzir em palavras como têm sido os shows da turnê de 15 anos do Los Hermanos. Ao contrário do que possa aparentar, não é nada fácil. A começar pelo fato de que qualquer iniciativa de tentar descrever uma experiência vivenciada simultaneamente por milhares de pessoas parece no mínimo incompleta, para não dizer parcial ou injusta. Depois, como sintetizar em 4 ou 5 parágrafos tantos momentos únicos ocorridos nestas viagens, mesmo os mais singelos? Por fim, como evitar o tom demagógico, ou ainda a incidência de uma cascata de clichês cada vez que busco adjetivos capazes de explicar aos que não estiveram lá como foi cada uma destas noites? Correndo o risco de soar mais uma vez como um canastrão sentimentalóide, lá vou eu (de novo) ao encontro da minha sina:

Brasília nos recebeu com a conhecida beleza de seu enorme céu, dessa vez ressaltada pela presença da Superlua. Não sei se vocês sabem exatamente a que me refiro (chama-se Superlua o fenômeno que afeta a impressão de tamanho e brilho do satélite quando este atinge, na sua trajetória, o ponto mais próximo em relação à Terra), e nem se faz sentido sequer mencionar isso, afinal, se o ato de fotografar a Lua costuma ser ingrato, imagine tentar descrever sua aparência… tudo bem, minha intenção aqui é apenas registrar que o universo, literalmente, conspirava a favor. Pois bem, para adicionar uma dose extra de emoção à já calorosa e animadíssima acolhida do público brasiliense, decidimos prestar uma pequena homenagem a uma das principais bandas que surgiram na cidade.

Quando os primeiros acordes de “Tempo Perdido” ressoaram pela vastidão daquele estacionamento apinhado de gente, foi lindo de se ver. Palco e plateia numa só sintonia, versos gritados a plenos pulmões, uma genuína e legítima catarse. A noite foi tão especial que mesmo eu passei por uma insólita e inédita situação. A partir da quarta ou quinta música do show, além da banda, passei a ouvir no meu fone de ouvido uma rádio FM. A interferência aconteceu por causa da intensidade do sinal gerado por aquela gigantesca antena, localizada bem em frente ao local em que o palco foi montado. Olha, era preciso concentração para evitar misturar “as estações”, sobretudo em momentos mais silenciosos, quando era possível até ouvir o locutor falando! Se você estava na plateia e em algum momento teve a impressão de que eu agia de forma estranha, desculpe, provavelmente eu estava ouvindo uma música da Adele ou da Mariah Carey….

No dia seguinte estávamos em Salvador. Concha Acústica mais do que lotada, clima total de festa no lugar que já se tornou uma extensão do nosso quintal. O público soteropolitano é tão peculiar que, ao longo dos anos, tornou-se recorrente nos shows que fazemos na cidade, numa música em particular, uma prática belíssima e bastante espontânea.

Prevendo a dificuldade que teria em descrevê-la, dessa vez me preparei. Assistam ao vídeo abaixo e vejam com os próprios olhos o que só em Salvador tem:



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