Quando o vexame é inevitável

sex, 28/05/10
por Bruno Medina |

kit_BrasilA cada 4 anos, mais ou menos nesta mesma época, é comum ouvir de alguém com quem não se tem muita intimidade a surrada indagação: “e aí, já entrou no espírito da Copa?”. Caso você nem saiba direito o que isso significa, bem, então a resposta é não. Mas, se ao ouvir a pergunta, você puxar do bolso um cornetão, jogar papel picado sobre a própria cabeça e começar a gritar “Brasil!, Brasil!”, fazendo aquele ridículo movimento de polichinelo, pode apostar, o espírito da Copa já pegou você.

Se a descrição soou familiar, não tenha medo ou se envergonhe, é certo que você não vai estar sozinho. A bem da verdade, não faltará quem se aproveite da sazonal forma de “possessão” para deixar a namorada de molho em casa, faltar aulas, voltar bêbado para o trabalho e até chorar que nem bebê, caso o pior aconteça. A fim de evitar as desagradáveis consequências de um comportamento excessivo, segue um guia prático contendo dicas para quem costuma deixar o patriotismo e o amor pelo esporte falarem mais alto.

GUIA PRÁTICO CONTENDO DICAS PARA QUEM COSTUMA DEIXAR O PATRIOTISMO E O AMOR PELO ESPORTE FALAREM MAIS ALTO

Em mês de Copa, assim como no Carnaval, qualquer atitude pouco usual pode e deve ser perdoada. Com ressalvas, é claro. Isso não quer dizer que só porque o mundo para toda vez que há jogo do Brasil virou bagunça. Abaixo, alguma dicas de como se portar nas seguintes situações:

1.1 Se seu chefe não liberar a equipe e disponibilizar um telão na empresa para que os funcionários assistam juntos às partidas, evite:

a)     gritar palavrões e chutar divisórias quando gols forem perdidos

b)    comemorar um possível gol colocando a blusa na cabeça e sair fazendo aviãozinho

c)     beijar a boca das colegas alegando ser “uma coisa de momento”

1.2 Caso seu trabalho seja daqueles que não podem parar nunca e, portanto, não for possível assistir aos jogos, é desaconselhável:

a)     fugir do plantão e colocar um boneco de pano no lugar

b)    esconder uma TV portátil no banheiro e alegar diarréia

c)     fingir que está tendo um ataque epilético para assistir a partida no leito do hospital

1.3 Embora pouco provável, é possível se ver obrigado a permanecer num lugar em que a maioria dos presentes não está interessada em assistir aos jogos da seleção. Nesse caso não é prudente:

a)     gritar “fogo! fogo!” para que fujam e você fique sozinho com a TV

b)    ameaçar alguém com uma faca, exigindo em troca o controle remoto

c)     ameaçar a si próprio com uma faca, exigindo em troca o controle remoto

1.4  Em circunstância de eliminação sumária da seleção brasileira, de maneira vexaminosa e  sendo derrotada por um adversário muito mais fraco, é essencial lembrar-se de:

a) não prometer nunca mais torcer pelo Brasil

b) não atirar-se debaixo de um caminhão

c) controlar impulsos homicidas contra os que porventura se valerem do discurso “mas isso é só um jogo de futebol…”

Obs1: Bom, como se faz notar, o guia poderia se estender por tantos itens que mataria de tédio os leitores que não estão nem aí para a Copa. Se alguém pensar num tópico ausente na lista, por favor, publique nos comentários.

Obs2: Para os que se identificaram como possíveis protagonistas dos exemplos acima descritos, não custa imprimir o guia e carrega-lo no bolso, para o caso de emergência. Se as dicas ainda assim não lhes forem suficientes e o vexame for inevitável, há sempre o consolo de que daqui a 4 anos tem mais.

Ca-Lost

ter, 18/05/10
por Bruno Medina |

Lost-6t2-pDentre as razões que explicam a relação visceral que se dá entre as telenovelas e o público brasileiro, uma das mais mencionadas, sem dúvida, é a certeza de que, apesar de sempre serem diferentes, as tramas, no fundo, são sempre iguais. O curioso é observar como a característica de não-ruptura do modelo folhetinesco, a verdadeira receita do bolo, costuma servir de munição tanto para críticos quanto para entusiastas quando desejam justificar suas opiniões. Salvo pontuais exceções, cada novela é como uma nova visita a um destino já muito conhecido onde não se espera encontrar grandes surpresas, e é exatamente por isso que há quem as ame e as odeie.

Não seria incorreto afirmar que a longevidade do formato está diretamente relacionada a um acordo tácito, um acerto entre autores e telespectadores baseado em princípios que dão a impressão de terem sido talhados em pedra; diz o mandamento único:

“Vos dedicaremos toda nossa atenção por 8 meses ininterruptos, permitindo que sua trama povoe nossos constantes pensamentos/deixaremos de ir a lugares de que gostamos, de encontrar pessoas queridas, e defenderemos com unhas e dentes seus devaneios criativos, ainda que isso nos cause constrangimento público/choraremos com a tristeza e riremos com a alegria de seus personagens e desesperar-nos-emos quando não for possível assistir a um capítulo, contanto que, ao final, vossa senhoria honre nossas inteligências com um desfecho digno para essa história/que assim seja.”

E então, quando a moça boazinha casa e a má morre ou vai presa, quando o assassino é descoberto pelo mocinho e quando todos os mistérios são, enfim, elucidados, quando quem é bom fica feliz e quem é mau tem o que merece, daí sim os créditos podem subir, trazendo consigo o conforto de sabermos que tudo ficou no lugar em que deveria estar. Baseado nessa lógica, a qual somos submetidos desde antes de nascer, como classificar a sensação de acompanhar a reta final de Lost, a série gringa que caiu de jeito no gosto tupiniquim e que agora chega ao seu final, após 6 temporadas?

“Mas Bruno, o que Lost tem a ver com isso? Lost não é novela…”. Tá certo, mas convenhamos que é bem parecido: tem trama extensa dividida em capítulos, mocinho, bandido, mistério, suspense e cenas com trilha sonora de violinos. E digo mais, pode até não ser novela, mas é notório que sua popularidade por essas bandas, em especial entre o público jovem, deve-se (e muito) ao fato de ter recorrido aos exatos mesmos mecanismos dos folhetins, ainda que sob outra nomenclatura.

Sem TítuloCabe registrar que essa afirmação não é de maneira alguma pejorativa, ainda mais quando vinda de um assumido noveleiro como eu. É preciso, claro, reconhecer o talento dos idealizadores do programa, tido como revolucionário inclusive para os padrões norteamericanos; afinal, não deve ser nada fácil manter no ar em TV aberta e por tanto tempo um enredo de contornos tão pouco convencionais. Sem dúvida J.J Abrams inovou – e acertou – ao conciliar em sua narrativa o melhor dos dois mundos: se de um lado há o clássico triângulo amoroso, de outro, há a fumaça negra. E por aí vai.

O equilíbrio inusitado que consagrou a série, capaz de aprisionar nossa atenção mesmo através de repetitivas disputas e constantes reviravoltas, originou uma obra tão singular que não nos resta, nesses momentos finais, a possibilidade de comparação. A expectativa geral, imagino, é a de que na próxima semana um ciclo se encerre, muito embora minha impressão é a de que seremos iludidos.

Sendo sincero, sinto que a peça final desse quebra-cabeças não será suficiente para abarcar todas as questões levantadas ao longo dos anos. E como ficaremos nós, fãs, diante dessa iminente moratória? O pacto talhado em pedra entre autores e telespectadores estaria por um triz, prestes a ser rompido, sobretudo após insinuações dos realizadores da série de que nem todos os mistérios propostos serão resolvidos. Pensou que era truque de marketing? Melhor reconsiderar.

Pelo visto, o que receberemos como recompensa pela fidelidade dispensada por tantos anos será um acintoso calote. É o Ca-lost! É ver para crer.

O buchicho

qui, 13/05/10
por Bruno Medina |

loshermanos600A pergunta que mais tenho ouvido desde ontem, na padaria, no twitter, aqui no blog e em todo lugar é “Bruno, verdade que o Los Hermanos vai voltar?”. Pois, a questão que pode soar um tanto deslocada para quem não tomou ainda conhecimento do buchicho que ecoa por aí, e que permanecia adormecida desde os shows de março do ano passado, voltou. Muito por conta de uma entrevista recentemente concedida à Revista Trip pelo Marcelo, em que ele menciona duas apresentações da banda agendadas para o próximo semestre. Bom, antes de tentar elucidar a questão, permitam-me cometer aqui o impropério da autoreferência, a partir  de um trecho extraído de meu primeiro post nesse blog, há exatos 3 anos:

“A banda não acabou. Embora pareça claro, também não posso deixar de perceber como assusta outra palavra que usamos na nota divulgada em nosso site: “indeterminado”. Não é infinito, é indeterminado.”

Só me cabe, então, achar graça das tantas vezes que nos “mataram” durante esse tempo, talvez pela incapacidade de distinguir o significado da frase acima. Posto isso, não sei como responder à pergunta que me fazem sem parar; porque “voltar” não é o que melhor descreve o que está para acontecer, muito embora, sob determinado ponto de vista, também não deixe de estar certo.

O que posso lhes dizer é que recebemos, sim, propostas para shows em duas cidades pelas quais temos enorme apreço, Recife e Salvador. Ao que me consta não está nada acertado ainda, mas o desejo da banda é, definitivamente, que se concretizem. Solicitamos apenas que as apresentações ocorressem em espaços menores do que de costume, em teatros quem sabe, porque consideramos esses nossos lugares preferidos para tocar, por serem mais adequados no que se refere à acústica. E pronto, isso é tudo que sei até o momento.

Assim que houver novidades, terei prazer em atualizá-los.

‘Eu odeio 3D, e você?’

seg, 10/05/10
por Bruno Medina |

3D AudienceO ano de 2009 tem tudo para ser lembrado como divisor de águas, ao menos para a indústria cinematográfica. Afinal, não é todo dia que surge um fenômeno como Avatar, filme que passou a encabeçar a lista dos mais rentáveis da história ao atingir a incrível marca de U$ 2.7 bilhões, sobretudo num tempo em que a pirataria galopante derruba conglomerados do entretenimento como castelinhos de areia.

O êxito comercial proporcionado pelo feito é tamanho que tem dado até aos concorrentes motivos para comemorar. Entre os principais produtores de Hollywood parece ser unânime considerar a tecnologia 3D como tendência irreversível, um presente dos deuses quem sabe, capaz de numa só cajadada arrebatar hordas de espectadores para as salas de exibição e ainda aumentar o valor cobrado pelo ticket médio de entrada. Para os que desconfiam ser essa uma onda passageira, basta mencionar que nos EUA, já em meados de 2010, as três principais bilheterias (Alice no País das Maravilhas, Como Treinar o Seu Dragão e Fúria de Titãs) têm em comum a utilização do bombado efeito.

Posto isso, imaginem com que indignação não foi recebido o artigo que Roger Ebert escreveu há pouco para a Newsweek, intitulado de – já traduzido para português – Porque eu odeio 3D (e você também deveria)”. Em meia dúzia de parágrafos o crítico descasca o hype de maneira copiosa e, de quebra, levanta uma bandeira, presumo, muito pouco popular atualmente. Agora mesmo está aí você, dizendo “puf… tem sempre um palhaço querendo aparecer..”. Mas, antes de condená-lo ao limbo dos descontentes, de tachá-lo como reacionário e inimigo do progresso, justiça seja feita, não é que o sujeito tem sua razão?

Entre os motivos pelos quais defende seu polêmico ponto de vista, Ebert cita a preguiça que o 3D tende a causar em médio prazo nos diretores, antes acostumados a contornar com criatividade as limitações do 2D. “Relembre as experiências cinematográficas mais significativas de sua vida. Seriam melhores com 3D?”, argumenta. Para ele, boa parte do leque de “truques” demonstrados até agora não passariam de meras distrações à trama principal dos filmes.

bigproE não para por aí. Especialistas atestam que em torno de 15% da audiência de uma sessão em 3D está sujeita à náusea, dor de cabeça e embaçamento da vista. Ainda segundo o jornalista, há interesse da indústria em obrigar os proprietários de cinemas a substituírem seus projetores por outros muito mais caros. Quanto a esse aspecto, a despesa extra tem sido repassada para o consumidor sem grande resistência, ou você não percebeu, no bolso, que os ingressos são relativamente mais caros?

Outra cabível discussão proposta por Ebert é o limite do que é passível ou não de ser exibido em 3D. Thrillers de ação, comédias e animações podem até se beneficiar da tecnologia, mas, o que dizer dos dramas, documentários e suspenses? Não duvide que coisas estranhas virão por aí. A começar pela já revelada intenção de James Cameron de requentar, ops, re-lançar Titanic no referido formato.

Bom, está aí, exposto sobre a mesa, um prato cheio para detratores e defensores. Resta saber se, passado o compreensível entusiasmo inicial, seremos brindados por um uso racional do incremento. Até porque ninguém merece assistir Leonardo di Caprio gritando “I’m the king of the world!”, com os bracinhos abertos, em 3D. Não mesmo.

Primavera # 3

qua, 05/05/10
por Bruno Medina |

velaO título acima parece até nome de sinfonia, mas não é. Pois só agora me dei conta de que ontem este blog completou seu terceiro aniversário, e me pareceu no mínimo justo registrar a data. Ao longo deste tempo minha vida, claro, já deu 4 ou 5 cambalhotas, mas é preciso dizer que o hábito de registrar aqui seus pormenores funcionou como um cipó em mata fechada; uma corda que vem, não se sabe de onde, para servir de apoio ao salto seguinte.

Se me contassem eu diria ser mentira, mas está aqui o painel, que não me deixa mentir, assinalando 291 textos escritos até então. Por quase 300 vezes, portanto, sentei meu bumbum numa cadeira qualquer, de casa (minha e dos outros), do aeroporto, do hotel e de tantos outros pontos improváveis dos quais já nem me lembro, e parei alguns minutos para tentar deter em palavras o que corria-me das mãos. Porque pra mim é sempre assim, texto publicado é como a fotografia de um trem em movimento. Quando vê, já passou.

Também há casos em que parti de argumentos tão pouco familiares que o jeito foi torcer para topar com uma coerência involuntária qualquer, uma que me ajudasse a responder a pergunta de quase sempre:  ”por que mesmo eu resolvi me meter nisso?”. É precisamente nestes momentos em que a coisa passa a fazer sentido, quando não mais reconheço os limites que me conduzem em segurança ao resultado satisfatório. A crônica é, por natureza, inimiga do satisfatório.

É, pode ser que eu esteja hoje um tanto sentimental. Tomem estas palavras, então, como o desabafo de alguém que já jogou quase 300 garrafas ao mar, e que pensa cada uma delas como a incrível oportunidade, o privilégio, de estar num lugar absolutamente desconhecido. Seja lá de onde vocês me leem, muito obrigado pela preferência!

Antes de terminar, recomendo uma visita turística ao ponto onde tudo começou, e dali em diante. Se fossem garrafas de fato, estariam enterradas no lodo ou emaranhadas na rede de algum pescador, mas, para minha sorte, estamos em tempos de internet. Tudo sempre no lugar onde sempre esteve.

Antes de terminar (2), deixo-os com um trecho que me serve de constante inspiração, extraído do “Exercício da Crônica”, do grande Vinícius de Moraes.

“Escrever prosa é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada, como faz um cronista; não a prosa de um ficcionista, na qual este é levado meio a tapas pelas personagens e situações que, azar dele, criou porque quis. Com um prosador do cotidiano, a coisa fia mais fino. Senta-se ele diante de sua máquina, acende um cigarro, olha através da janela e busca fundo em sua imaginação um fato qualquer, de preferência colhido no noticiário matutino, ou da véspera, em que, com as suas artimanhas peculiares, possa injetar um sangue novo. Se nada houver, resta-lhe o recurso de olhar em torno e esperar que, através de um processo associativo, surja-lhe de repente a crônica, provinda dos fatos e feitos de sua vida emocionalmente despertados pela concentração.”

A esperança é a última que morre

dom, 02/05/10
por Bruno Medina |

worldÉ provável que quase ninguém tenha notado, no pé da contracapa do caderno de cultura jovem do jornal, o discreto anúncio; dizia, “(…) se tu és curioso, se tu gostas de coisas racionais, acessa www… para conhecer novidade no campo das propostas para a solução do problema linguístico da comunicação internacional por meio de uma língua internacional neutra”. Assim mesmo, sem vírgulas, falsa modéstia ou meias palavras.

Apoiado na impressão de atender aos requisitos da convocação, considerei ser este um chamado inadiável – quiçá intransferível –  e, de imediato, me pus em frente ao computador. O endereço em questão me conduziu à página do Esperantido que, se bem entendi, é uma proposta de reforma do idioma esperanto, com intuito de simplificá-lo e, assim, facilitar sua circulação na internet. No sítio (como dizem nossos patrícios), é possível baixar a gramática, bem como um vocabulário contendo novos termos, kompren? E você achando a nova ortografia complicada…

Sendo muito sincero, já faz um tempo que o esperanto me deixa com uma pulga atrás da orelha, precisamente desde quanto tomei conhecimento de sua existência, ainda pré-adolescente. Lembro-me de ter chegado às minhas mãos o panfleto de um curso no centro da cidade e que, na época, até pensei em matricular-me. Enquanto os bobocas dos meus colegas frequentavam aulas de inglês e francês, eu seria o único da escola fluente em esperanto. Que menina resistiria a tamanha inteligência e excentricidade?

Sem querer ofender aos adeptos da língua, me pergunto que outras razões levam alguém a se enveredar pelo estudo de um idioma que, diferente de todos os demais, não traduz nem resulta de uma cultura, e sim da mente de um único homem. Sobretudo, que pretensões tem o responsável pelo anúncio que li? Quem (além de mim, é claro) se dá ao trabalho de ler até a última linha um texto iniciado por “se tu és”?? A despeito das principais motivações de seu criador, L.L Zamenhof, tais como unir os povos através de um língua universal e ao mesmo tempo anti-imprerialista, é preciso reconhecer que mesmo as boas ideias estão sujeitas à crueldade dos fatos.

E se 123 anos já não foram suficientes para perceber, sinto ser meu dever alertá-los: gente, o esperanto não vai rolar. Valeu Zamenhof, valeu leste europeu, valeu todo mundo que manteve esse sonho lindo vivo até hoje, mas não deu. Não fosse a Segunda Guerra, o Clark Gable, a Coca-Cola, o chiclete, o Walt Disney, o cheeseburguer, o Elvis Presley, a Cadillac, a Nasa, o Woodstock, o Andy Warhol, o microondas, o Michael Jackson, a pasta de dentes Crest, o boneco do He-man, o Atari, a MTV, o casal Brad-Jolie e a indústria das celebridades, bem, aí talvez houvesse uma chance de triunfar.

Caso você esteja agora mesmo com sua apostila “Esperanto em 10 Lições” aberta, na expectativa de adicionar uma linha bacana ao seu currículo, esqueça, melhor estudar mandarim ! Pensando bem, o que derrubou o esperanto não foi a concorrência desleal ou, se preferir, a lavagem cerebral a qual a cultura norte-americana submete nossas criancinhas todos os dias, não. Foi um erro primário de planejamento: afinal como pode se perpetuar através das gerações uma língua sem palavrões?



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