O CD vai ficar mais barato: e daí?

sex, 07/08/09
por Bruno Medina |

Chega com certo atraso, para dizer o mínimo, a aprovação esta semana da proposta de emenda constitucional que reivindica a redução de taxas incidentes sobre a fabricação e comercialização de CDs, DVDs e afins. A notícia é positiva, tanto para quem produz quanto para quem consome música no Brasil, muito embora pairem dúvidas a respeito de sua verdadeira eficácia.

Se o engajamento de representantes da classe artística, que se deram ao trabalho de comparecer à votação em Brasília na última quarta-feira, deve ser interpretado como esforço para estancar a sangria desatada que assola o mercado fonográfico, me parece que a providência soa como oferecer uma aspirina a alguém que foi ferido à bala.

Eu explico: segundo cálculo de especialistas, na prática, entre isenções e insumos aplicados aos impostos vigentes, o preço final dos produtos poderia cair entre 5% e 10% apenas. A vantagem mais expressiva estaria, portanto, reservada às gravadoras, que teriam um desconto considerável em seus encargos, se aplicado à escala de milhões de unidades.

A “economia”, ao menos em tese, seria investida em maiores tiragens, capazes de diminuir os custos de fabricação, bem como no aumento da receita destinada à contratação e à divulgação de novos talentos. Há, no entanto, alguns incrédulos escolados que cogitam a possibilidade de, num futuro próximo, surgirem justificativas para que o benefício não seja repassado ao consumidor, nem aos artistas, e isto não seria nenhuma novidade.

Frente a este cenário, não vejo tantas razões para comemorar, exceto, talvez, pelo fato de que a emenda, se aprovada, poderá incentivar a disseminação dos pequenos selos regionais, aqueles que são os maiores afetados pela carga dos impostos. Os defensores do projeto alegam, e com razão, que a imunidade tributária – atualmente aplicada aos livros – deveria, também, se estender aos formatos musicais, visto que não há porque não considerá-los como pertencentes à uma mesma categoria.

Mais difícil do que conquistar a preterida equiparidade será me convencer de como um disco que hoje é vendido por R$ 33.00, e, depois da lei, por R$ 30.00, resultará num reaquecimento do mercado e, por consequência, em duro golpe na pirataria. Sinceramente não consigo enxergar como os novos parâmetros acirrariam a competição com arquivos baixados de graça na internet ou CDs adquiridos por R$ 5,00 nas banquinhas do camelô.

Claro que qualquer medida nesta direção será sempre bem-vinda, mas o que esse povo parece não querer ou conseguir entender é que pouco resta ainda a ser recuperado. Uma parcela significativa dos consumidores, por motivos ideológicos ou orçamentários, migrou, e não parece estar disposta a voltar atrás, para este outro modelo de troca, que não admite intermediários entre fãs e artistas.

Reconheço, por sentir na pele, que existe aí um grave prejuízo no que se refere a direitos autorais, mas de nada adianta continuar se enganando com paliativos. Mais eficiente do que esta derradeira tentativa de salvar o formato físico de sua morte anunciada (algo que só faria sentido 10 anos atrás) seria empreender tempo e dinheiro no estudo e no desenvolvimento de mecanismos mais transparentes, e portanto mais afeitos à esta época, de remuneração para quem produz e distribui música.

Exemplos criativos não param de surgir: há bandas que têm a gravação de seus discos financiada pela soma de pequenas contribuições dos fãs, ou empresas que subsidiam, em troca de propaganda, o download de faixas. A partir de soluções como estas conclui-se que o “fim do mundo” alardeado pelas gravadoras é tão somente o virar de uma página. Os recursos continuarão existindo, só mudaram de mãos. Das deles para as nossas.

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21 comentários sobre “O CD vai ficar mais barato: e daí?”

  1. D.Everson (poeta) disse:

    O negócio éo mercado alternativo, porque essa solução deles num tá com nada. Deus salve os dowlouds!
    =]

  2. Bruna. disse:

    Só compro se for CD novo dos Los. hm.

  3. Gabriel Coiso disse:

    Não nego que faço parte da ‘turminha’ que prefere os downloads, por uma questão ideológica e financeira, sim. Você citou um preço padrão de cd hoje em lojas, 33 reais, de uma banda nacional expressiva, creio eu. Agora, como que as bandas independentes fazem para vender seus cd´s a 10 reais?
    Acho que a ideologia em não se comprar cd´s a exaustão, esta, no que me toca, neste ponto: um independente cobra 10, e por que o outro é 33? pra onde será que vão estes pictóricos 23 reais?
    Abraços.

  4. Helton Lourenço Carvalho disse:

    muito bom texto…parabens Bruno
    espero também, que estas mudanças nao parem nos 10%, sabemos também que é muito difícil medir forças com as gravadoras e que estas mudanças nao mudam nada…os cds continuram a serem baixados e vendidos nos camelos…vejo uma uma juventude amarrada sem saber nem por onde buscar á saída
    abraço

  5. Kamila disse:

    Eu aprovo o projeto que diminui o preço do CD e do DVD. Como consumidora fiel desses produtos, vou ficar feliz com a queda dos preços. Porém, concordo contigo e acho que deve ser estimulado os estudos para alternativas aos CDs e DVDs.

  6. Corinha disse:

    Sou da geração que quando chegou a adolescência, creio eu a época em que a música passa ser algo quase que essencial, já havia a internet e conseqüentemente o download de músicas. O que posso dizer é que nunca comprei um cd (nem pirata) e mesmo que seu preço chegue a R$5,00, não o comprarei (a não ser para presente).
    O discurso de que eu tenho que apoiar uma banda e por isso devo comprar o cd não me convence. Gasto sim, bastante com as bandas que eu gosto, só que com shows e acho satisfatória a minha contribuição.
    Isso tudo pq eu tenho uma visão bem pessoal do que seja o cd: um lixo. Não em relação da qualidade do material artístico contido nele, explico melhor: se eu comprar um cd que não ouvi antes e não gostei o que faço: simplesmente fica jogado em algum lugar em minha casa e quando gosto de mais: ouço até enjoar (e o cd acaba tento o mesmo fim anterior) ou então ouço até o cd arranhar, levando-o a ter o mesmo final. Ou seja, para mim nunca compensará a compra de um cd.
    Já não é de hoje que muitas bandas não vivem do lucro com os CDs e sempre encontram formas criativas para conseguir ganhar o seu dinheirinho (claro, nunca dispensando os shows, que é o mais importante) e já vemos muitas idéias sendo postas em ação através da internet. O artista nunca deixará de ganhar o seu dinheiro, a música é intrínseco a existência humana, está em todas as culturas e nunca se perderá. As gravadoras, sinto muito, que se virem.

  7. EternoobservadoR disse:

    Depois que cresce, agente se pergunta se valem a pena todas as nuances de nossa existência pois, sabemos, temos um fim e além dele tudo o que fizemos não tem mais sentido. Todo mundo encara o espelho e se descobre vazio ao menos uma vez na vida. Enquanto criamos artifícios psicológicos para evitar que surjam esses pensamentos, não percebemos que respondendo à eles estamos enxergando Deus plenamente.
    Algum elo une os seres humanos na enrascada em que os colocaram, a vida. Compaixão é a resposta à essa pergunta. Sim, vale a pena. Pois o amor que carregamos, simplesmente, uns pelos outros é a serenidade do sorriso que estampa a nossa alma. Só temos calafrios quando pensamos na morte enquanto achamos que morreremos sozinhos. Isso é besteira! Estamos todos juntos! Morreremos juntos, será lindo! O amor que temos pelas pessoas que mais gostamos nos esclarece de imediato que não aceitaríamos estar longe delas, mesmo após o tempo acabar. A morte é só um jeito de ficar juntinho. Todo mundo. Apertadinho.

  8. Diego Soares disse:

    Digo e repito: Viva a pirataria! Ela tem forçado uma mudança, e espero que continue até que não seja mais necessária. Além disso, se não fosse por ela, eu não teria acesso a metade da cultura musical que eu tenho hoje.

  9. Roberto Aguiar disse:

    De fato, o que parece ser uma conquista, não passa de uma derrota disfarçada. Disfarçada, no sentido que o barateamento que deveria ser destinado ao consumidor não ocorrerá na prática. A medida é, claramente, uma ajuda as gravadoras, uma ajuda disfarçada de ganho aos consumidores e ao artista. Se isso acontece há motivos para isso, primeiro pela parte da categoria dos artista ( e não classe artística, pois classe é o conjunto dos trabalhadores composto por diversas categorias, entre essas a categoria dos artistas) que não se mobilizam e depositam a sua confiança em projetos de leis que não se quer são debatidos e elaborados com o apoio popular, ou seja, do público, do fã, do consumidor. Já o consumidor, também, acomoda-se, prefere comprar os produtos piratas de baixa qualidade e muitas vezes desvalorizando os próprios artistas. Mas, essa desvalorização não é culpa do consumidor, mas sim das gravadoras que só pensam em seus lucros e, também, dos próprios artistas que não se mobilizam e esperam de mão beijada projetos de leis que atendam a sua demanda.

  10. Marcelo Maia disse:

    Muito pertinente sua colocação. Eu realmente estou cada vez mais confirmando a teoria de que uma tecnologia só chega a seu apice quando está em vias de se tornar obsoleta, pois o desespero acelera a indústria a buscar rapidamente as melhorias que não fez nos anos dourados. Seja por meio de avanços, seja por facilitação na comercialização(no caso, diminuindo o preço). Mentalidade retardada.

    A única coisa que eu discordo, são das soluções que você propõe ao fim do texto. Financiamento através de pequenas contribuições não fará de nenhum artista um sucesso. “Ahh, ams funcionou pro Radiohead!”. Mas bem, foi alardeado em toda imprensa como algo super inovador, sendo que já havia sido feito antes sem sucesso. Nem o Radiohead conseguiria tal feito novamente. E o download subsidiado também não representa grandes avanços, pois após algum acesso inicial, o disco estará circulando em sites de downloads gratuitos que pouco ou nada têm a ver com o artista em questão ou a empresa que o patrocina.

    A solução está mesmo no contato cada vez mais estreito com o artista, e isso é ótimo, pois trabalhos de qualidade é que vão prevalecer no cenário. Dois ótimos exemplos são Trent Reznor e Josh Freese. O Primeiro lançou várias edições com conteúdo especial assinado pela banda além de extras de ensaios que seriam dificílimos de ser distribuídos via rede. E Josh Freese, que lançou seu cd solo em pacotes que variam de 14 a 75 mil dólares. com 14 você tem o formato padrão, que não representa nenhuma novidade. Porém, os pacotes vão subindo, por alguns milhares você tem acesso a backstage passes e pode jantar com o artista. à medida que o valor do pacote vai sbindo você tem direito a muito mais coisas, culminando o pacote de 75 mil onde você tem direito de tê-lo por 3 meses como membro de sua banda e ele ainda grava um álbum. Os tempos no Nine Inch Nails realmente abriram a mente desse grande batera. Exemplo como esse estão pipocando por aí, é só procurar…

  11. Carmen Reis disse:

    Com o CD mais barato espero que o mercado da pirataria seja reduzido.

  12. Felipe Azevedo disse:

    os únicos originais são do LH.[ e esperando o 5º]

  13. André Perez disse:

    Acho que o problema vai além do preço; agora já esbarra no formato. O formato CD ficou “grande”, virou ‘bolachão’; será que o cara vai comprar um ‘disc-man’ pra ouvir música na rua, ou vai continuar com seu cada vez menor (e barato) mp3 player e celular?

  14. Tiago disse:

    Sei que pagamos uma fortuna em impostos todos os anos, mas pq sempre o governo tem que seder, abaixando a alíquota de impostos?? Pq as gravadoreas não reduzem sua margem de lucro?

  15. Vinicius disse:

    soh se compro se for cd do LOS HERMANOS… vou pedir a volta de VOCES no show na via funchal… foi mto chique demais JSUT A FEST… TAUBATÉ PEDE A VOLTA DOS LOS HERMANOS….

  16. Tiago Medina disse:

    A notícia que serviu de título pra esse post chega com 10 anos de atraso… Infelizmente.

  17. Cesar Leonardo disse:

    O CD está se tornando obsoleto. Tudo que se torna “arquivo”, se torna público. O caminho da tecnologia e seus avanços é sem volta. “Feliz” ou Infelizmente.

  18. Manuel disse:

    Meu único lamento nessa história toda de download é que não se tem como autografar mais um álbum!
    Que pena!

  19. Davi disse:

    Parabéns pelo texto Bruno.

    Assisti o programa de debate da MTV no qual o senhor estava. Fiquei com pena de você, pois aquele programa é um lixo: vai do nada ao lugar nenhum.

    Infelizmente o CD morreu e esqueceu de enterrar. Eu sou daqueles que gostam da mídia física. Quando eu gosto do artista, compro o disco, mas não pago mais de 30 reais como antigamente.

    Percebi que as lojas depois de um tempo reduzem consideravelmente o preço chegando o mesmo a custar 12 reais, o que facilita minha vida. Porque já não vendem com este preço? Prefiro esperar baixando na net pra depois comprar.

    E também percebi que nos últimos 10 anos, os ingressos para shows subiram consideravelmente. Antes eu ia no show com 10 reais. Hoje, com menos de 80 reais é impossível. Será que as gravadoras não estão participando dos ganhos?

    E também, o maior inimigo do CD/DVD original não é o camelô. São os downloads. O cd de barraquinha pode até prejudicar mais os ritmos populares como axé e calypsos da vida, mas músicas de qualidade é o download. Eu sou um destes. Não pago 3,99 numa música digital de jeito nenhum porque acho um absurdo. Se eu comprar 3 músicas eu compro um CD! Isso é ridículo! Música digital tinha que custar no máximo 30 centavos cada.

    Se não fossem os downloads ilegais, nunca teriam conhecido grandes discos como o Ventura. Comprei posteriormente juntamente com os outros pela promoção de 50 reais o pacote (CD’s e DVD). Por que não pode ser vendido a este preço sempre?

    O fato é que o que pode ser copiado sem perda de qualidade tem os dias contados no mercado. Filmes, shows, cd’s, jogos, Sistemas Operacionais, Programas, etc estão migrando para o mercado gratuito. Colocando propagandas ou arrumando outro jeito de conseguir dinheiro é a única solução.

    Outros items que podem segurar as mídias físicas são as edições de colecionador. Afinal, as pessoas que compram discos são colecionadores em sua maioria. Vender itens diferenciados produtos raros são uma tendência também. Assim as pessoas não reclamam do preço e compram com maior prazer. Esse é um dos motivos do vinil estar voltando ao mercado.

  20. Bruno, sou Manoel Neto, relator do Plano Setorial de Música do colegiado de música do Conselho Nacional de Cultura. Este é o local de tomada de decisões das políticas publicas a serem adotadas pelo governo brasileiro para a música. Neste espaço, participam representantes dos músicos, editoras, gravadoras, educadores, veículos de comunicação, entidades governamentais etc…
    É o primeiro espaço da música criado na história do Brasil para a pactuação dos interesses da sociedade, economia e governo. Participam apenas representações oficiais.

    O argumento da imunidade tributaria dos discos, tem intenção de beneficiar uma industria que retraiu 80%, supostamente por causa da pirataria. Como se existi-se uma recompensa a essa industria que a tanto explora e oprime os espaço de divulgação dos artistas e manifestações culturais por todo o Brasil.

    Durante o programa do Lobão, percebi que o grupo não contestou os dados oficias dados pela industria. E em um frase, sugerindo “ensinar os jovens a pagar pela música”, pensei em alguns argumentos pra contrariar esta visão geral, de que a música perdeu valor e é só ensinar que ela retornará a ser um mercado lucrativo como antes. A seguir, te passo alguns dados baseados em nossos estudos e em bases científicas e pesquisas de institutos nacionais e internacionais.

    Não foi a pirataria que derrubou esta industria, foram os contratos leoninos praticados pelas gravadoras. Foram as escolhas equivocadas de repertórios alienantes. Foram os preços altos praticados no passado. Foram as praticas manipuladoras do Jabá. Foi o controle e dominação da industria fonográfica sobre os interesses de direitos autorais dos artistas. O que derrubou a industria são as novas praticas sociais e de consumo, entre produtos e software livres, games e sites de relacionamento. A pesquisa do Prestes na PUC do Rio demonstra que 70% do custo do CD é usado para o lançamento e divulgação. Gastos excessivos e pouco investimento em repertório. Concentração em poucos produtos.

    O músico, antigamente altamente dependente dos donos dos meios de produção (na teoria marxista), agora passam a ter por causa da tecnologia, a possibilidade de gravar e divulgar. Sendo portanto, o músico, atualmente dono dos meios de produção. Ou seja concorrente da gravadora.

    Mas também o que derrubou esta industria esta na explicação da teoria do valor. A aplicação de um simples gráfico de oferta e demanda (teoria de minha autoria), poderia apresentar porque a música esta em suposta crise. O volume de novos lançamentos musicais, devido a possibilidade tecnológica, ampliou em centenas de vezes os por ano. Em especial os lançamentos digitais. Hoje 99% da música feita no mundo é independente. Pela teoria do valor, a maior oferta de fonogramas musicais, faz com que seja gerada a percepção de perda de valor unitário para o consumidor final. Mais oferta que procura. Ou seja, a música perdeu o valor!

    A pirataria digital, não derrubou a industria da música, segundo o trabalho, produzido por Felix Oberholzer-Gee, professor da Harvard Business School, e por Koleman Strumpf, da Universidade da Carolina do Norte, um disco precisa ser baixado cerca de 5.000 vezes para que um CD deixe de ser vendido nas lojas de música.

    Portanto a questão é quem ganha com esta lei? Os músicos, a população? Ou apenas a industria fonográfica?

    Enquanto este Projeto de Lei é tratado por “PEC” da música, os verdadeiros interesses da música brasileira estão escritos nas 150 propostas do Plano Setorial de Música. Lá residem metas claras em defesa da música brasileira.

    Este PEC, não é da música, é das gravadoras.

    A música em nada ganha, os músicos independentes em nada ganham e a população em nada ganha. E a música não vai recuperar o patamar anterior de valor, tão pouco, mais cds será vendidos.

    O verdadeiro PEC da música traria a regulamentação do principio 221 da constituição, a criminalização do Jabá, e a mudança da lei da Ordem dos Músicos.

    Manoel J. de Souza Neto
    Autor do livro a (dês)construção da música na cultura paranaense
    E relator do plano setorial de música no colegiado nacional de música do ministério da cultura

    Entre em contato e eu te paço mais informações reais.
    [email protected]

    Lobão, Este PEC das gravadoras, não é o PEC da música.
    Não foi a pirataria que derrubou esta industria, foram suas praticas equivocadas.
    Hoje graças a tecnologia, o músico passa a gravar e divulgar e agora é dono dos meios de produção. Graças a isso, o volume de músicas lançadas aumentou em centenas de vezes. Perdendo o valor em uma aplicação em um gráfico de oferta e demanda. Hoje 99% da música mundial é independente. Mais oferta que procura, a música perdeu o valor!
    Os músicos, precisam de novos PECS para resolver o Jabá, ECAD, OMB, Radiodifusão etc…
    Manoel Neto

  21. natália disse:

    Como sempre, ótimo assunto e ótima abordagem, é bom saber o ponto de vista de um músico [um dos mais prejudicados] sobre isso…
    Quando começou o fervor da pirataria, ainda havia aquela lenda nunca comprovada [acredito eu] que um cd pirata danificaria seu som e isso ainda que evitava um pouco o fluxo das vendas desses “ilegais”; mas hj com o controle dos downloads gratuitos e dos camelôs em cada esquina, cm certeza as pessoas os preferem.
    Realmente, mesmo com esse reajuste, ainda não dá pra comprar cd’s na frequencia que se “baixa” da net; cd’s originais hj em dia só mesmo das bandas preferidas e pra guardar como souvenir
    [aguardando LH 5º :) ]



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