Dança da Lei
Confirmando previsões anteriores, bastaram apenas alguns dias em 2009 para que o noticiário voltasse a ser tomado por acontecimentos capazes de espantar o marasmo comum ao em torno da virada. O ano se inicia trazendo à tona uma antiga discussão que promete ainda fazer muito barulho.
A título de persistir com o enfadonho trocadilho, posso dizer que as primeiras notas desta controversa melodia se propagaram no outro lado do Atlântico, e agora reverberam mais altas do que nunca no lado de cá, onde muita gente não gostou do que ouviu; na última sexta o jornal britânico “The Guardian” dedicou suas páginas ao polêmico projeto que pretende promover o funk a movimento cultural no Rio.
Cabe registrar que desta vez não se deve considerar a proposta como uma daquelas que se sobrepõem a outras muito mais relevantes, e que apenas atravancam a pauta das assembleias legislativas Brasil afora. Apesar do que possa parecer, não se trata de reivindicar homenagem ou parcela da receita provinda do turismo, mas sim de legitimar uma manifestação cultural que, a despeito de alguns narizes torcidos, dá provas de já estar incorporada à cidade.
Caso aprovada, a principal conquista assegurada pela medida será de cunho político. A intenção dos idealizadores é destituir a Secretaria de Segurança Pública da responsabilidade de aferir acerca do funk. A motivação provém da necessidade de se obter um “nada opor” do batalhão policial da região antes que se obtenha permissão para realizar qualquer baile.
Segundo DJ Malboro, uma das indiscutíveis autoridades no assunto, a lei sancionada em maio do ano passado ratifica a existência de discriminação ao gênero musical. Exigências quanto a segurança, volume do som e horário de encerramento das festas são consideradas excessivas e estariam dificultando a bem-sucedida incursão dos bailes nas áreas nobres da zona sul, relegando-os à periferia.
Os que se opõem à supremacia do funk enxergam nas festas dedicadas ao “batidão” um pretexto para que sejam cometidas graves infrações. Valem-se de um conceito que povoa o inconsciente de parte da população, o de que os bailes estariam sempre associados à imagem de homens fortemente armados, consumo de drogas, exploração sexual de menores e apologia ao crime.
O funk, e mais especificamente os bailes, são de fato alvo de preconceito, não só no Rio como em todo o país. Assim como o samba ou o rock o foram em outros tempos, qualquer manifestação ou movimento cultural popular precisa antes vencer a desconfiança para depois se estabelecer.
Isto não deve ser confundido com juízo de valor que se possa ter em relação à qualidade das músicas ou dos artistas que as representam. Afinal, mesmo que hoje o funk não se fizesse presente no palco de atrações televisivas, no dial das rádios FM e nas celebrações de formaturas e casamentos dos mais abastados, mereceria ser respeitado como forma de expressão que de fato é.
Quanto ao citado projeto, o que visa proteger o movimento como espécie de patrimônio carioca, não sei se concordo. O lugar do gênero dentro do contexto cultural brasileiro deve se determinar por sua própria conta, como aliás costuma acontecer aos movimentos verdadeiramente significativos.
É equívocado acreditar que uma lei municipal garanta a ascensão do funk, mais ainda se, ao defender esta lei, alguns secretamente nutram a esperança de que ela represente uma carta branca para a realização dos bailes. Sejam expoentes máximos de uma divertida e legítima manifestação cultural, sejam a festa pagã temida por seus detratores, os bailes funk devem estar submetidos às regras da sociedade, as mesmas que regem os atos de cada um de nós.
Parece-me que a questão mais interessante em relação ao debate se traduz em uma pergunta: conseguiria o funk sobreviver na mídia dissociado da ideia de subversão e marginalidade que o consagrou?
Olha, 3 coisas:
1.Não será por meio de uma lei que o Funk conquistará o respeito da sociedade;
2. O preconceito existe muito por conta de vários bailes funks serem sim fachadas para traficantes cariocas excercerem o poder. Em especial nos morros. Como modo de ratificar a força na comunidade, além de distribuir benesses em regiões
esquecidas pelo estado (tem favelas em que o fornecimento de água está nas mãos dos traficantes), os bailes funks adquirem esse caráter de INTEGRAR a comunidade. Enfim, o famoso “Venha comemorar os 30 anos do bairro do Alemão. Cortesia do João beira-mar”. A culpa não é do funk, lógico. O estilo está sendo usado para motivos tristes. Mas a reação da polícia aos bailes nessas regiões tem justificativa;
3. O Funk ainda não floresceu no Brasil como um estilo genuíno e de qualidade. Talvez algumas misturas do Tim Maia e da Banda Black Rio. Mas o gênero em si não adquiriu uma relevãncia tal como o samba ou o rock;
Abraços
Bom… Respeito o funk como manifestação cultural, apesar de não ser fã, nao se pode julgar o som por alguns seguidores.
o outro é a pergunta do final.
minha resposta: sempre pensei que as pessoas gostavam do genero nao pelo som em si, mas pelo fato de ser algo meio que proibido, na letras e danças. Assim se ele sobreviveria? concerteza nao.
Feliz ano novo!
“conseguiria o funk sobreviver na mídia dissociado da ideia de subversão e marginalidade que o consagrou?”
Se depender de mim, NÃO MESMO!
No país do “jeitinho”, tudo é possível! Até lei pra impedir a polícia de repreender a tal da “manifestação cultural” querem criar… tanta coisa mais importante pra se preocupar… votem a redução de impostos, o aumento de investimento em educação, segurança e outros bla, bla, blas que cansamos de ouvir todos os dias.. isto deveria estar na última das últimas prioridades do Congresso! A crise aqui é a falta vergonha na cara desse povo acomodado, não é financeira não…
Acredito que o funk nao sobreviveria. Não estou aqui para fazer apologias, longe de mim, mas seria como se de uma hora pra outra as drogas, de qualquer espécie, fossem legalizadas para venda e consumo. Perderia a graça, a sensação do proibido ficaria em segundo plano até que se torna-se comum, claro que continuaria a ser consumida como o funk continuará ser escutado e tocado nas rádios mas perderia muito de sua força.
Agora, infelizmente, tomando como juízo de valor, sou contra essa “promoção” do funk a movimento cultural de qualquer parte do Brasil que seja, desculpem os sérios e competentes que dedicaram a vida ao gênero musical mas o funk foi discriminado pelos próprios prercursores a partir do momento que deixaram que qualquer que fosse a besteira escrita se transformasse em sucesso e também a mídia que dá enfase a qualquer exposição explícita ao sexo em horário nobre.
Acredito que todos os segmentos da sociedade têm bons e ruins profissionais, isso é fato e é comum, na medida do possível, mas o funk está totalmente nivelado por baixo com pessoas aproveitadoras do momento e que só ajudam a difundir a imagem distorcida do nosso país mundo afora.
Sinceramente, não sei se posso dizer que respeito o funk como movimento cultural… Gostar, eu tenho certeza que não gosto. Sei que não se deve generalizar, mas acho díficil respeitar algumas coisas que aparecem por aí…
Acho que o que “queima o filme” do funk são alguns de seus próprios representantes (MC Créu, Gaiola das Popozudas e coisas do gênero), que se resumem a gritar um monte de besteiras e mostrar mulheres rebolando. Claro que funk não é só isso (pelo menos, eu acho que não), mas infelizmente são estes os que gozam de maior espaço na mídia nacional, e acabam pondo todo mundo no mesmo balaio.
A propósito, existe lei protegendo especificamente outros movimentos, como samba, forró, axé, hip-hop ou coisas do tipo??
Não acho que o funk precise de uma lei. Ele já é legítimo: tem seus realizadores, seu público, suas singularidades, seus signos culturais (palavras, roupas etc.), quer gostamos ou não.
Eu não curto funk, mas até danço uma vez ou outra em festas. Gosto de outros gêneros, por isso não vou a bailes funk. Eu não gostaria de ser discriminado por curtir rock ou samba, por isso respeito. E o preconceito não tem razão de ser. A qualquer momento os bandidos podem bancar shows de mpb em suas comunidades, pois têm dinheiro pra isso. E, se resolvessem fazer isso só para provocar a sociedade, para onde iria o preconceito?
O funk representa hoje, segundo minha perspectiva, que não tem a pretrensão de tornar-se verdade absoluta, o que há de pior em nossa frágil sociedade. Não há, nessas batidas embaladas por vozes dissonantes, a mínima preocupação com qualidade de conteúdo, ocorre o contrário. Trata-se da legitimação do hedonismo e de subterfúgio para maior alienação dos apreciadores do gênero. Moro em um morro do subúrbio carioca marcado pela ausência de presença do Estado de direito e o funk, ao menos aqui, representa a fuga da rotina, regada a drogas de todos os tipos, exposição de força dos “donos do lugar”, de exploração sexual mesmo, não digo isso como um curioso, mas in loco, no olho do furacão…uma pena.
eu acho que funk deveria nem existir, porque é o estilo mais ridiculo que existe, estilo, porque música nunca foi e nunca será
O Brasil já está cheio de problemas para resolver com leis que realmente ajudarão a população. Uma lei sobre cultura quase nunca é vista. Mas, como se trata do “funk” carioca, muitos olhos se abrirão pra essa causa.
O “funk” carioca está infestado de bandidos, que influenciam jovens a entrar no crime, prostituição infantil, entrada de menores ao tráfico, pornografia gratuita, sensualidade explícita, e ainda defendem isso como forma cultural.
Sim, há os que fazem isso de forma boa, mas as autoridades desse país tem que lembrar onde eles estão. Num país em que o crime é glamurizado, onde o errado interessa mais que o certo.
Francamente.
Eu acho que não precisa que se legalize o funk para que ele tenha mais notoriedade e/ou respeitabilidade, até porque as letras por si só já denotam alguma falta de respeito (não que eu seja a mais ferrenha defensora da moral e dos bons costumes, longe de mim!rsrs).Não acho necesário que façam isso com nenhuma forma de manifestação musical!
Eu não gosto de funk, mas respeito quem ouve…
^ ^
É isso!
Abraço.
Em primeiro lugar o “funk” nem se quer é um genero músical brasileiro, pois teve suas origens nos EUA, e aqui no Brasil, foi, de um certo modo, “deteriorado”
Outro ponto interessante foi uma crausula que diz que ofenças ao “funk” serão punidos judicialmente.Ou seja não podemos mais fazer uma critica ao estilo,logo perdemos nosso direito de opinião, assim a lei é, em partes, anti-constitucional
“…mereceria ser respeitado como forma de expressão que de fato é.”
Corretíssimo… o problema nem é a FORMA de expressão… é a EXPRESSÃO em si…
Se esse povo vivesse coisas diferentes de armas drogas e sexo e crime… talvez a forma de fosse outra expressão…De uma menos vergonhosa para a cultura do Rio..
pra começar o nome ‘funk’ já é roubado…. mas não é esse o ponto. a qualidade das músicas, a formação dos artistas, se é que podemos chamar assim, é ridiculamente inferior à qualquer gênero musical de respeito. pode ser exagero, mas é vergonhoso ter o ‘funk’ como um símbolo cultural para a cidade e para o país.
SE ACABAR COM AS LETRAS PORNOGRAFICAS
E MOSTRAR A CULTURA DAS COMUNIDADES DE UM MODO
RESPEITAVEL E SOCIAL, PODE SIM TER UMA LEI QUE PROTEJA DES DE QUE SEJA ALGO CULTURAL E NÃO PORNOGRAFICO COMO É.
Batidão não tem conteúdo, não tem melodia, não tem nada! É degradante, xulo, insuportável e ininteligível. Falar de funk carioca e falar de samba ou rock é uma atrocidade, sendo que os dois últimos são gêneros musicais, com compositores, músicos e ouvintes de música. Funk não tem melodia, não tem músicos (toca-discos nunca foi instrumento nem nunca será), não tem conteúdo, seu universo é destituído de qualquer valor cultural. Dizer que batidão é música é no mínimo um atentado num país que faz a melhor música do planeta. Como ficam então os verdadeiros arquitetos da nossa música de fato? Meu país só tem me enojado ultimamente…Cartola neles, dá-lhe Paulinho da Viola, vade retro baixaria degradante!
Funk é o lixo da humanidade. Nada pior foi inventado até hoje. Tem que ser banido.
não acredito que o funk nescessite de uma lei para se tornar movimento pois isto todos sabém que ele já é . o que acho que deve ser feito é uma concientização das pessoas que promovem bailes e cantam o funk , para que eles transformem os bailes centro de distribuição de drogas e prostituição porque infelizmente onde moro o funk está assossiado a estas coisas. gostaria de ouvir letras menos agressivas , letras que possam ser tocadas em qualquer ambiente e horario. Gosto de todo tipo de musica.
abraços
eis aí um deputado-não sei e nem quero saber o nome dele-, completamente inútil. só está armando pra se dar bem na “comunidade”. e em nome de sua vida boa, quer enfiar lixo goela abaixo de todo mundo. eu disse lixo, sim. pois é isso que o funk carioca – que as almas de james brown, marvin gaye, curtis mayfield, rick james, barry white e philipè wynne, entre tantos outros, assombre quem escolheu tal nome. funk é musica negra, que mostrou o quanto somos(nós, os negros, of course) bons em politica. embalou as rebeliões raciais nos eua dos 60/70. fânque carioca é musica de pistoleira e analfabeto. e político arrivista.ponto.
Ao menos neste momento, não há como dissociar a imagem do funk, de glúteos nervosos chacoalhando enquanto uma enfadonha e repetitiva melodia se faz acompanhar de uma ‘letra’ que apologiza a promiscuidade sexual, as drogas e a violência, ao mesmo tempo em que assassina e enterra em cova rasa a língua pátria. Isso sem colocar em questão que, na maioria das vezes, essa bundalização da cultura tem o patrocínio inegável dos chefões do tráfico e do crime organizado. Além do mais, seria estranho se reconhecer o valor de um único gênero num estado tão rico culturalmente. Que se reconheça a música como um todo, em todas as suas vertentes, e mais, em todo o país. Por que privilegiar um gênero em detrimento dos outros? Pobre Rio de Janeiro se fosse esquecida sua trajetória como berço artístico de tantos ritmos e profissionais da área. E para finalizar, quem está por trás dessa ‘magnífica’ idéia? Quem ganha o quê com o fato de se privilegiar um grupo que, travestido de ‘movimento de protesto’ ou seja lá o que for, se aproveita justamente da inércia, incompetência e corrupção generalizada dentro do governo? O mesmo governo responsável pela (in)segurança pública à qual nós, massacrados contribuintes, estamos expostos todos os dias – vide caso João Roberto, que não pode jamais ser esquecido. O problema é um pouco maior…
A pergunta que ecerra o texto talvez seja a chave de toda a questão. Quanto à lei, só consigo me preocupar. Estou fora do país há algum tempo e com mais frequência do que gostaria esse tipo de notícia me lembra que a pobreza, a violência e todos os males que afligem a nossa sociedade são traços e reflexos da nossa cultura. Aprendemos a conviver com eles e esquecemos de ir à raiz do problema. De adiante de tantas questões sérias, primordiais para o bem-estar da população, é inaceitável ver assuntos que não são de qualquer urgência serem alvos de ações políticas.
Acho interessante a discussao, e interessante tambem a conclusao do autor quando diz que o Baile Funk deve ser encarado como uma festa/manifestacao cultural comum e deve seguir as mesmas regras sociais que quaisquer outras.
No entanto, o autor comete um erro ao associar a ascensao do FUNK com a subversao, exploracao da sexualidade ou qualquer tipo de contravencao. O autor certamente se refere a uma tendencia do FUNK, ou a uma vertente, por assim dizer. Mas o autor desconhece que a verdadeira ascencao do FUNK e ratificacao dos Bailes Funk (os “sem briga” ou “sem corredor”) se deram justamente sem nenhum apelo a sexualidade ou apologia ao crime. Havia sim uma intensa campanha contra a briga nos bailes que de fato ERRADICOU os “bailes de corredor” das pistas do Rio de Janeiro. Entre inúmeros exemplos podemos citar duplas como Claudinho e Buchecha, ou até mesmo aquele MC que dizia que “A Rocinha diz que a briga (sic) tem que acabar…”. Esses eram os tipos de música que dominavam as rádios. Se a qualidade musical em si pode ser contestada, de fato a legitimidade nao.
O FUNK, ou ainda o Baile FUNK, deve ser visto mais como uma “empty canvas”, algo a ser moldado e delineado a gosto do consumidor. Antes o consumidor pedia o fim das brigas nos bailes, a mencao dos nomes das comunidades nas letras, etc; hoje em dia o consumidor pede SEXO, CRIME e afins. Mas isso nao tem nada a ver com o FUNK em si. Esse é o erro principal dos “intelectuais” que discursam contra o FUNK.
O funk já sobrevive sem mídia há anos. A quantidade de gente que esses bailes movimentam num único final de semana é gigante há muito tempo com ou sem apoio de mídia. E esse fato não pode ser ignorado. Doa a quem doer, é sim uma manifestação cultural. Como está isolada na periferia, em morros, pode ser literalmente ignorada por ser algo tão pontual.
Se merece respaldo legal ou qualquer coisa do gênero, também ainda não sei se concordo. Mas é fato que não se pode comparar o funk a outras manifestações que há tempos também eram consideradas subversivas e “marginais”, de certa maneira.
Não acho que os boemios faziam sua roda de samba com metralhadora a tira-colo; e muito menos que viviam nas mesmas condições desses ditos “funkeiros”.
Meia dúzia dançando com armamento pesado nas mãos não pode ser considerada referência em meio à esmagadora quandidade de pessoas que frequentam os bailes.
O chamado “proibidão” é uma das “vertentes”, se é que pode-se dizer assim. Não se pode definir o funk apenas como algo subversivo. Aliás, a igreja dirá que é indecente; poder público dirá que é subversivo…..
Preconceito existe e sempre existirá. Uma manifestação cultural que não apresenta letras de músicas com valor merecido e sim, apenas faz apologia ao sexo, nudez e baixaria, mulheres com bunda de fora, passando uma imagem que não é totalmente real da cultura brasileira não deve ser apoiada por uma lei. Estou cansada de chegar em outras países e ser confundida como “vadia e popozuda ” por ser brasileira!!!
POR QUE NÃO? SE EXISTE LEI PRA TODO TIPO DE BANDIDAGEM TENDO O STF DO GILMAU MENDES COMO FIGURA DE PROA. O CARIOCA NUNCA PRECISOU DE LEGISLADORES; ESTÁ TUDO SOLUCIONADO (OU SERÁ DOMINADO?) NAS COMUNIDADES (BONITO NOME). SÓ NÃO ESQUEÇAM DE UMA LEI TAMBÉM QUE APOSENTE AS MULHERES CEASA QUANDO ESSA PORCARIA FOR PRO RALO.
Criando uma lei anti-discriminação do funk, vejo isso como discriminação aos outros gêneros, como o rock, por exemplo.
É meio que uma analogia ao que uma dupla de MCs faziam em seus shows: negro pagava meia. Mas era o negro que pagava meia ou o branco que pagava o dobro? Isso não seria uma discriminação contra o branco?
Essa lei mostra a discriminação contra os outros gêneros musicais, ao meu ver.
Esse é o país em que vivemos, os governantes se preocupam mais com o funk do que com as necessidades básicas do ser humano…
O fank ainda sobrevive porque as pessoas cultas e educadas da ouvidos para as afrontas que falam na letra, se as pessoas culta parasse de prestar atenção neste ritmo que só serve para os traficantes e pessoas sem talentos que se sente discriminados chorarem as magoas ele acabaria eu ignoro e não considero o fank música e sim uma choradeira sem razão de existir.
eu gosto de funk, não dos funks gritados, nem que falam de armas e drogas, mas sim daqueles dançáveis. não tenho coragem de ir a um baile funk, tenho medo do que possa acontecer comigo. que é um movimento cultural, isso sem dúvida. pq não promovê-lo a isso?
acredito que a discussão sobre valorização de drogas, armas, violência que supostamente estaria embutida nessa promoção é uma viagem, quem disse que esse é o objetivo?
acho que o funk sobreviveria sim, para aqueles que gostam. assim como tudo.
Legalizem que sera a forma mais tranquila para o desaparecimento do Funk.
O que é funk? Se é aquela música que em 95% das vezes trata de violência e sexo de maneira escrachada, “glamourizada” e banal, tinha que ter uma lei mas era pra banir. Isso sim. No mais é mais um exemplo de como podemos deseducar jovens através do mau exemplo e do discurso do políticamente correto, da “arte que vem da periferia”, do “rock é imperialista” e “música erudita é colonialista”. Está na hora de acordarmos para o fato de que Educação é bem mais que Ensino (e este já é de baixíssima qualidade). Sem ideologia barata. Sem vergonha de estabelecer parametros que definam bom e ruim.
É uma coisa qq ,com letra vulgar, mais nada !!!
Beijo
Vamos legalizar a musica eletronica tambem.Por que não legalizar todos os ”movimentos culturas” ?
Oi gente! Tenho dez anos, e li esta notícia e fiquei muito muito chateada com alguns comentários. Mas pronto! É a opinião de cada um. Eu queria saber o que significa promiscuidade, adoro ler e não encontro significado dessa palavra.
Penso que o Funk é um estilo musical que já foi bem melhor. Quando eu era pequenina adorava. Agora o funk é basicamente o Mc creo e as mulheres frutas, saladinhas. Eu como uma criança não concordo com a nova forma de funk, é um mau exemplo para muitas crianças que crescem achando que aquilo é uma dança. E essa nova forma de fazer música vai prejudicar mais ainda o estilo, que a anos tinha letras românticas, passos de dança mais decentes, não coreografias de mulher melancia” , isso é péssimo para a imagem do nosso Brasil. Se eles têm talento para criar pouca vergonha, têm também para criar coisas mais “Limpas”. Alimentar os nossos ouvidos com letras pornográficas, drogas e armas, só nos afundará a cada dia que passa. Não tenho nada contra, mas é que sinceramente já não é o que era antes. Se alguém puder me dar o significado de promiscuidade , eu agradecia. Obrigada gente!
Estou pasma com a quantidade de comentários preconceituosos sobre o assunto.
Para mim não há dúvidas, o funk é obviamente um movimento cultural que já sobrevive no Rio e no Brasil há anos.
Tratando agora da pergunta final, essa sim não óbvia, acredito que o funk sobreviveria sim se fosse dissociado da imagem do sexo e criminalidade. A prova disso são vários funks de sucesso que suas letras não tem qualquer menção a qualquer uma dessas questões.
O sucesso do funk não se deve às letras e sim à batida que é contagiante.
Equivocado não tem acento.
O movimento funk é acima de qualquer coisa um movimento punk, punk porque vem de baixo, é o pobre que se diverte num espaço onde ele foi forçado a viver, a periferia.
É pop, popular, marginal, a margem de.
O povo que foi forçado a sair do plano e se refugiar nos morros agora irrita o que outrora se considerava o dono absoluto do poderio musical, a elite, que se vê envolvida também neste processo.
Particularmente não gosto do funk carioca, prefiro o Funk, Soul, Miami Base, etc
Mas o funk carioca é inegavelmente um grito, uma revolta, a sociedade carioca colhe o fruto da exclusão que gerou.
Estou com o Tom Paixão 100% !!! E ponto.
vocês falam do Funk…..é porque vocês não conhecem o ARROCHA da Bahia.
PELO AMOR DE DEUS!!!
Como qualquer manifestação cultural (seja ela sadia ou não), não é uma lei que fará com que ela desapareça ou conquiste respeito.
Como o Bruno Medina falou, o Funk esta passando pelo mesmo problema que o samba e rock passaram a algumas décadas passadas.
Mas como os tempos mudam, hoje a maioria da sociedade(representada por seus vereadores e deputados) acredita que a mudança deve estar sempre acompanhada de uma lei que proteja um cultura ou algo do tipo.
Deveriamos apenas respeitar uma manifestaçao cultural de um região, e não condena-lá a ponto de cria uma lei para que todos a respeitem.
O caminho é simples.
Nada contra o funk, mas o deputados deveriam se ocupar com assuntos mais edificantes e criar projetos que realmente trouxesse algo de positivo a população, que somasse, algo de bom para a sociedade como um todo.
É isso aí!!!
Viva o funk, legítimo representante da real Música POPULAR Brasileira. Música do povo, de todos.
Olhe para o lado, nas esquinas. O som está em todo lugar. Só não vê – e não ouve – quem está ocupado demais pensando na morte ou na obra do Tom Jobim, que era um grande chato.
Eu tô cheio de tanta palhaçada.
É feriado de santo que não acaba mais, quando o pais é laico e existem várias religiões.
E agora mais uma bobagem. Tinha que haver uma lei para fechar os bares as 10 da noite em todo o país e baile funk só sábado a tarde.E a lei do silencio colocada em pratica acabando com carros com som alto , etc.
A VIOLÊNCIA DESCE AOS MENORES NIVEIS JAMAIS VISTO , ASSIM COMO O EXEMPLO DA LEI SECA QUE FEZ CAIR OS ACIDENTES E AS MORTES.
SOLUÇÃO EXISTE.
“O lugar do gênero dentro do contexto cultural brasileiro deve se determinar por sua própria conta”
falou tudo.
abraço.
Depois que a “rainha dos baixinhos”, Xuxa, declarou em cadeia nacional ser adepta do funk carioca tornou-se fashion ser funkeiro(a). Eu particularmente não tenho nada contra qualquer manifestação cultural, mas parece estranho o poder público estar empenhado em estabelecer tal expressão como patrimônio carioca – há legitimidade para isso e é de extrema relevância?. A meu ver, essa mobilização tenta impor respeito e reconhecimento àquilo que se convencionou a chamar erroneamente de… “funk”, algo que deveria se dar de forma natural. E de que adiantará a proteção à cultura se houver interesses políticos e comerciais beneficiando certos aproveitadores que fazem apologia ao crime e esculacham as mulheres?!!!. É inadmissível que os funkeiros do bem sejam vítimas de preconceito e paguem pelos erros dos outros.
Parabéns Bruno… Mais que sensato, cristalino.
Abraço
Curiosamente, o Estado do Rio já tem uma lei que classifica o “baile funk” como sendo atividade cultural de caráter popular. Pergunto, então: pra que outra lei?!
Trata-se da Lei Estadual RJ nº4264/2003, cujo teor segue abaixo:
LEI Nº 4264, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2003.
REGULAMENTA OS BAILES FUNK COMO ATIVIDADE CULTURAL DE CARÁTER POPULAR, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
A Governadora do Estado do Rio de Janeiro,
Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º – Fica regulamentada no Estado do Rio de Janeiro a atividade cultural de caráter popular denominada “BAILE FUNK”.
Art. 2º – O exercício da atividade cultural de caráter popular denominada Baile Funk ficará sob a responsabilidade e a organização de:
I – Empresas de produção cultural;
II – Produtores culturais autônomos;
III – Entidades ou associações da sociedade civil.
Parágrafo único – A realização dos Bailes Funk será regulada através de um contrato previamente assinado entre os organizadores e a entidade contratante, e este contrato ficará disponível para ser apresentado, sempre que solicitado, à autoridade pública fiscalizadora.
Art. 3º – Compete aos organizadores a adequação das instalações necessárias para a realização dos bailes sob sua responsabilidade, dentro dos parâmetros estabelecidos na legislação vigente.
Art. 4º – Compete aos organizadores, bem como às entidades contratantes dos eventos, a garantia das condições de segurança da área interna dos bailes, seja em ambientes fechados ou abertos.
Parágrafo único – Deverá haver também classificação prévia do Juizado de Menores, que se pronunciará quando à idade e ao horário, não podendo, no entanto, o horário se estender após as 04 (quatro) horas.
Art. 5º – Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, 30 de dezembro de 2003.
ROSINHA GAROTINHO
Governadora
Fonte: Página Virtual da Alerj
É sim um movimento. Dizer que cultural, parece-me um pouco exagerado. Não é porque faz parte da vida de algumas pessoas que necessariamente representa toda uma sociedade ou que tenha a pretensão disso. “Rio a cidade do funk”, imaginem. Já basta nossas mulheres serem vistas “todas” como prostitutas por estrangeiros; e não são poucas as reclamações feitas pela sociedade como um todo por esse rótulo. O que será de mais um exemplo de mulheres com pouca roupa rebolando até o chão ou mexendo os quadris como se estivessem em pleno ato sexual???
É estranho, pois a cada momento surgem defensores de plantão para todo tipo de novidade, e o que não faltam são argumentos hipócritas e superficiais para garantirem a imposição de tais novidades. Para tudo, hoje em dia, usa-se o apelo da liberdade de expressão. Com isso, tudo passou a ser aceitável e ai de quem contestar. Será tachado incontinenti de preconceituoso; virão com um discurso de que não evoluiu, que é antiquado. Vale lembrar que antiquado, de acordo com o Aurélio, significa além de outras coisas “fora de uso ou moda”, rs. Ou seja, se não acompanhar o que andam dizendo e fazendo por aí estará errado. Alguém imagina um programa desses de platéia dizendo que não considera o funk música???
Pois bem, quais são os exemplos que teremos? Como seremos vistos ? Como prostitutas, como seres humanos incapazes de escrever três frases. O funk representa a periferia, talvez, mas a parte ruim da periferia. O que vem nas entrelinhas do funk? Quem são os “cantores”, rs, de funk? Um ex-presidiário, ou um ex-bandidinho que virou “gente boa”, e a propósito, tá na moda ex-bandido virar astro, estrela, ficar famoso, porque conheceu o fundo do poço e agora descobriu o Senhor, hahaha. As pessoas precisam de uma segunda chance, incontestável, mas não precisam virar exemplos; não precisam aparecer na televisão pra dar lição de moral em ninguém…O que eles têm a dizer? Nada, e é por isso que as “letras” de funk têm cinco ou seis palavras e só. É, parece que eles retratam bem a vida deles: violência, drogas, armas, crime, prostituição…e, mais uma vez, a propósito, também tá na moda bancar o bandidinho, o perigoso da rua, o marrento, do cara que é respeitado porque é mau, vemos isso em boates, virou estilo de vida, lamentável.E por que isso? Tão somente porque há exemplos disso, vemos isso na TV, no cinema.
Ouvimos diariamente que favela não é só bandido, que tem muita gente boa, muita gente honesta e digna. Será que essas mesmas pessoas que pedem respeito por serem moradores de favela e não fazerem parte da bandiagem apreciam esse ritmo???Será que se reconhecem nessa “música”??? Muitos ouvem samba, pagode, música clássica, rock…
Querem fazer o barulho deles, que façam… querem se expressar, ótimo… mas não precisam do status de músicos, muito menos de exemplos a serem seguidos.
O que há por trás dessa idéia? Politicagem, permissão facilitada para realização de bailes funk???
Não podemos ser coniventes com a banalização da música e principalmente dos valores morais.
ontem assisti a uma entrevista com um desses Mc´s e uma dessas mulheres-comidas. Ouvir os argumentos daquelas pessoas anencéfalas foi terrível. A tal mulher disse que faz o que faz porque tem que sustentar três pessoas!! E o tal Mc diz que tem 10 mulheres e 18 filhos, sendo que todas elas sabem uma da outra!! Ele é autor do crime de poligamia e defende essa conduta em suas letras! E o pior…os adolescentes crescem ouvindo isso e acham que é normal crescer e ter mais de uma esposa. Quanto machismo, quanta burrice, quanta perda de tempo. Essas são as pessoas atendidas pelos deputados…
Muito bem Nick!
Como mulher, me sinto insultada! O Funk é um insulto à imagem da mulher! é por essas e outras que muitos gringos acreditam que brasilerias são prostitutas…
A força, a penetração, a existência de um estilo depende dos seus seguidores. O rock, por exemplo, no começo era marginalizado e não precisou de nenhuma lei que o tornasse patrimônio dos “maconheiros” da época; A força do estilo diante da população é que o popularizou. Se o funk não atinge ninguém que não goste de mulheres semi-nuas rebolando, sou contra uma lei que o proteja.
Esse tipo de lei serve para proteger elementos culturais, folclóricos, danças típicas. Não um estilo que foi “marginalizado”, cá entre nós, marginalizado com razão.
Eu acho que o “funk” de verdade é o derivado do black e do soul, que ganhou força nos Estados Unidos na década de 1970, e por onde até mesmo grandes bandas de hard rock, como o Deep Purple, se aventuraram (nos discos Stormbringer e Come Taste The Band).
Chamar essa …. coisa que existe por aqui de funk é um desrespeito. Fico muito triste que a imagem brasileira lá fora seja associada um estilo que, até mesmo conceitualmente, não tem nada de música.
Uma música – fora a música clássica – normalmente tem melodia, harmonia e letra. Um funk desses não tem nada dissso. Não tem melodia, pois não se trata de uma composição musical com nenhuma riqueza. Não tem harmonia, porque a batida é uniforme, dissonante e fora de toma. E nao tem conteúdo algum em termos de letra. Isso não é manifestação cultural nem aqui nem na favela.
Não sou preconceituoso. Independente de eu detestar, por exemplo, axé music e música sertaneja, entendo que estas são manifestações culturais de verdade,ainda que com fórmula batida e esgotadas.
O tal “funk” carioca, precisa ser analisado não como um “patrimônio” cultural dos cariocas, porque é um motivo de vergonha. Ou de “sem-vegonhisse”, por assim dizer. Querer taxar de preconceito a associação que se faz ao funk com exploração sexual, violência, tráfico e o escambáu é fechar os olhos para a realidade. Preconceito é quando a informação decorre da inverdade, da ignorância, da discriminação. Ninguém desgosta do funk porque ele vem da favela – até porque eu também detesto música eletRônica e ela é consumida pela classe alta. Basta abrir os olhos e fazer uma análise um pouco além do superficial para ver que o dito funk carioca é, sim, uma grande porcaria, totalmente danosa à imagem brasileira, um retrocesso intelectual e cultural no âmbito musical nacional que já nos agraciou com coisas maravilhosas no forró, samba, bossa nova, rock, MPB e por aí vai.
Que deixem o funk morrer pelas próprias pernas. Fazer lei para proteger o estilo é demais. Por que esse privilégio?
Na minha opinião, cada um ouve o que quer.
Se você gosta de ouvir “funk”, pagode, axé, sertanejo, rock, blues, trance ou mozart, isso é um assunto seu.
Só não concordo com esse bando de babaca perdendo tempo com leis especificas para estilos musicais. A lei tem de ser igual perante todos os brasileiros independente do que eles gostam de ouvir.
É uma hipocrisia absurda fazer uma lei para proteger os bailes funk enquanto as festas de música eletrônica são proibídas no Rio de Janeiro ! O que muda de um baile funk pra uma rave, ou uma micareta ?
A música ? O local ? As drogas ?
Cada um na sua… sem discriminação. A única coisa a ser feita é fazer com que as leis sejam cumpridas, coisa que nesse país vai demorar pra acontecer… não adianta ter um milhão de leis se nenhuma é cumprida, vide lei-seca que ja existia a muito tempo mas só começaram a faze-la cumprir depois que aumentaram os valores das multas e abaixaram a tolerância no percentual alcoólico.
Ah, a cultura do brasil ja é um desastre, não me espanta nenhum pouco o funk chegar nessas proporções.
Eu amo esse país. Mas em uma hora dessas da vergonha de ser brasileiro.
É o fim dos tempos mesmo!
O Funk assim como outros tipos de manifestações ANTI-MUSICAIS como o Rap nos EUA, só tem toda essa mídia e “importancia” pelo apelo ao Sexo.
Como disse um amigo num comentario acima, o Funk (esse tipo de funk HORROROSO carioquês) não é Manifestação Cultural!!
é sim um tipo de manifestação SOCIAL, consequencia de falta de cultura, e nao cultura propriamente dita…
quem nao tem cão caça c/ gato… infelizmente….
O funk é sim manifestação cultural da cidade do Rio de Janeiro, genuinamente emanada no seio popular, cheio dessas vicissitudes inerentes à conceituação da cidade como plano de contrastes, conflitos e putaria, sim, muita putaria. Qualquer ilação decorrente de debates quanto à qualidade artística do movimento (?) não descredencia o funk, mas apenas solidifica o olhar preconceituoso “vindo da zona sul”.
Fora os excessos, o funk merece, por óbvio, seu espaço, e o respeito, mesmo de quem, como eu, aprendeu a viver em ares musicalmente distintos.
É um absurdo que deputados percam tempo com esse tipo de discussão, enquanto vivemos num país carente de educação básica públicade de qualidade, serviço público de saúde eficiente e condições de segurança pública aceitáveis na maioria dos municípios do país.
Certamente o “miami bass tupiniquim” (bem que poderia se chamar “rio pancadão”) já faz parte do cenário cultural carioca – assim como a bossa nova, o samba e o rock – e acho até divertido tudo isso, mas… não dá pra concordar com o Rômulo Costa quando ele diz que o funk é a renovação da MPB. Será que esse cidadão não tem no mínimo sensatez?
É mais uma manobra política com cunho eleitoral, as eleições para deputado são daqui a menos de dois anos. Ah, sem falar na proteção as ilicitudes, afinal, com essa proteção sob a bandeira da luta contra o preconceito, por baixo do pano facilita a ação do tráfico e outras coisas…
Tudo certo… só descordo de um aspecto… musicalmente falando, o funk (este ai, “batidão”, literalmente) tem muita diferença com o rock/samba…
Pois é.. não consigo dissociar o funk da imagem pornográfica. Sou recifense e tenho muitos preconceitos. As letras chegam a ser ridículas (o que não é tanto preconceito assim, visto que basta ouvir para perceber). Posso um dia conseguir enxergar isto como cultura – talvez até já perceba – mas nunca entenderei isto como arte.
Por que tantos comentários preconceituosos contra o funk?
Deve vir das mesmas pessoas que no passado se acabaram dançando na boquinha da garrafa. E cantarolavam as músicas nada ingênuas dos Mamonas assassinas.
Sim, eu também fui uma delas.
Esquecemos que na frente (ou ou por trás) do pc somos os donos da verdade.
Esquecendo que cada um e dono de sua própria verdade.
Solitários tendo a tela do monitor como nossa única companhia, podemos ser para os conhecidos anônimos do mundo da internet o que quisermos.
Usamos muitas vezes de palavras perfeitas para nossos pensamentos tortos.
Se eu gosto de funk? Eu gosto e de música.
Eu gosto é de música boa, sendo ela funk, samba, rock ou bossa nova.
Música ruim, se encontra em todos os estilos.
Não adianta de nada detonar o funk. E pelas madrugadas da vida, com um copinho de bebida na mão quando toca o batidão, balançar o popozão.
Abraços a todos que gostam de uma boa música como eu.Seja ela qual for…
O Funk carioca é um lixo, simples assim…
Não me venham com essa de dizer que é expressão popular… É sim expressão da falta de educação popular.
O Funk não é nem sequer música, visto que faltam elementos para que possa ser classificado assim.
Gosto de Rock, mas nem toda música é boa… Tenho senso musical, tento ter um pouco de bom gosto. Não sou radical em relação a nenhuma arte, nenhum gênero… Apenas não reconheço o Funk carioca nem como arte, nem como gênero!!!!
Fora os palavrões que ainda fazem questão de colocar no último volume, não respeitando a ninguém…
O Funk carioca é um dos principais responsáveis pela pobreza de espírito que assola o Rio!
Soube por aqui que o dep. Marcelo Freixo lançou um projeto com o intuito de elevar o ritmo conhecido como funk ao status de patrimônio cultural do Estado do Rio de Janeiro.
Há dois motivos pelos quais sinto que sua proposta deve ser reavaliada:
1) O funk não é carioca, muito menos brasileiro. As origens desse ritmo se encontram nos EUA, mais precisamente no Miami Bass (ou Booty Music, música de bunda). O funk carioca nada mais é que uma degeneração desse ritmo americano que mesmo em seu país de origem é visto como cultura de gueto que deprecia a imagem da mulher e valoriza a criminalidade.
2) Elementos culturais urbanos não precisam ser protegidos, ao contrário deve-se dar liberdade para que sejam aodtados e descartados pelas populações. Não se deve proibir nem proteger, pois ambas as ações são arbitrariedades contra a liberdade de expressão.
Causa-me espanto que um deputado do PSOL, partido do qual sou eleitor, se levante para a defesa de um ritmo americano de fácil consumo como o funk. Não se precisa defender o funk, pois sua natureza é contagiante ou, como prefiro dizer, infecciosa.
Muitos funkeiros têm duas versões pras suas músicas, uma delas, é aquela que é tocada nas rádios, sem palavrões, obsenidade e apalogia ao crime. A outra versão, é aquela tocada nos Bailes de favela. Quem mora em favela, sabe do que to falando. Essa versão do funk em favela, é obsena, faz apologia ao crime. Dentro dessas favelas, existem muitas pessoas com pouca educação, e são influênciadas por esse ‘funk da favela’.
Para entender e debater o funk carioca é necessário entender como ocorreu sua gênese.
Nesse sentido, definitivamente, não se trata de uma derivação cultural nem de expressão natural de um grupo social. O funk carioca tem na sua origem o custo ínfimo de produção para as gravadoras (que enfrentam gigantescos desafios frente à música digital) e para produtores independentes que têm, com a digitalização, a oportunidade de se aventurar em espaços antes apenas permitidos aos poderosos da indústria musical.
Desta forma, músicos e compositores com referências culturais reconhecidas perdem espaço para “cantores” e “intérpretes” camuflados de “MCs” que, recebendo milhares de vezes menos, satisfazem com sobras a pouca ambição cultural das camadas mais pobres da população.
No vácuo desses pseudo-artistas descartáveis, estão figuras como o sr. DJ Marlboro que abandonou quase que completamente seu trabalho anterior com músicos e compositores de renome (muito mais caros) para se dedicar à causa da nova “expressão cultural carioca”: uma música barata, de péssima qualidade e que, por isso mesmo, dá muito mais retorno financeiro do que as custosas produções de qualidade que consomem horas de trabalhos de técnicos especializados, de estúdios bem equipados, de produtores músicais treinados e de bandas músicais que sabem tocar seus instrumentos.
Neste contexto, ao criar as condições para a proliferação do funk carioca, os defensores da “nova expressão cultural” de certa forma validam o efeito colateral observado dentro das comunidades carentes de acesso à cultura: o surgimento dos funks que, na maioria das vezes patrocinado por gangues criminosas, fazem apologia às drogas, ao crime em geral e à degradação moral e social.
Ao olharmos o funk do Rio de Janeiro desta forma, é inevitável chegarmos à conculsão simples: a gigantesca e obscena falta de acesso à cultura faz com que a população marginalizada do Rio apareça como consumidora feliz da “nova cultura carioca”, carente de criatividade e profundidade lingüística, musical e artística.
Os responsáveis por isso? Os de sempre: nós mesmos que não escolhemos representantes capazes de levar cidadania digna às favelas do Rio de Janeiro, além da ajuda significativa de gente como o sr. DJ Marlboro que está aí para garantir que leva a sua parte.
como é q/ o funk pode ser considerado um movimento social tendo letras de “música” do tipo (é minha, é minha a porra da buc… é minha.pelo amor de deus em que mundo nós estamos???
Quero deixar minha opinião sobre dois comentários deixados aqui.
1° Flávio Lafer: Eu até concordo com a maior parte do que disse, mas dizer que nós somos responsáveis por mais essa mazela social, com isso não posso concordar. Não no sentido que expôs. Não sou eleitora desses tipos, que se dizem políticos e que aprovam uma aberração, digo, lei dessas. Na verdade, os eleitores deles, são os mesmos que curtem a depravação moral e social, que é cantada nos funks de hoje.
Acho sim, que a medida da minha culpa está na omissão. Na minha, na sua, na nossa, pq, mesmo que não tenhamos colaborado para eleger esses pilantras, devemos e podemos pressioná-los para fazerem o que é pura obrigação, qual seja, a defesa dos interesses do povo e não o deles próprios. Assegurando ao cidadão todas as prerrogativas contidas na nossa constituição, que foi feita para ser cumprida e não para se fazer de adorno de mesa dos juristas e parlamentares desse país.
2° Dino: engana-se você quando diz que as pessoas que criticam o funk, curtiram outrora lixos musicais com trechos “vai dançando na boquinha da garrafa”, embalados pelas bundas de Carla Perez e Cia. Creio eu, que essa discussão não gire em torno do funk em si, do ritmo do funk, que realmente é um ritmo bom de se dançar, assim como tantos outros. O problema está no conteúdo do funk que se ouve hj em dia. É obsceno, sem criatividade e uma forma de culto ao crime e à violência. Não acredito que pessoas sãs e de bons padrões morais consigam ouvir por um minuto sequer esse tipo de lixo comercial. Em outros tempos, o funk que conheci, falava de forma poética sobre problemas que a sociedade da favela enfrentava e enfrenta até então. Isso sim era funk. Mas o que temos agora, muito barulho, palavrões, instigação à promiscuidade, sexo explícito, todo um lixo que não dá para engolir.
Reconhecer isso não é promover preconceito, é bom senso e prova de que ainda existem pessoas que se importam com a deturpação de valores sociais, que por muitos anos asseguram aos cidadões uma convivência decente e melhor.
Lamento por viver em tempos como esses e ter que ver atônita meninas de pouco menos de 4, 5 anos, empinando a bunda e rebolando como uma prostituta. Depois não se compreende porque temos tantos casos de pedofilia e tantas adolescentes grávidas, com o futuro comprometido por um longo tempo, ou até mesmo com todo ele desperdiçado, em função de breves e ilusórios momentos.