Nada se cria…
Justo quando achei que o Coldplay fosse assunto superado neste blog, eis que o nome da banda ressurge com força total, graças a uma nova polêmica. Desta vez, a questão não se relaciona à repercussão de nenhuma declaração proferida pelo falastrão Chris Martin, mas sim a uma improvável acusação de plágio, levantada por ninguém menos do que Joe Satriani.
O instrumentista americano não hesitou em recorrer ontem a um tribunal da Califórnia movido pela convicção de que a canção “Viva la vida” – gravada pelo grupo britânico em álbum homônimo – possui trechos idênticos a “If I could fly”, faixa de sua autoria, lançada em 2004.
A notícia causou surpresa, afinal não é todo dia que ídolos mundialmente conhecidos se envolvem numa desavença destas proporções. Se por um lado é até esperado que bandas capazes de gerar milhões através de suas músicas sejam alvos preferenciais de compositores supostamente lesados, por outro não é nada comum que denúncias desta gravidade partam de músicos consagrados.
Levado por irresistível curiosidade, saí em busca das duas faixas, afim de ouvi-las em seqüência e atestar o grau de parentesco existente entre elas. Posso dizer que já tenho opinião formada, mas é claro que vou deixar para revelar mais tarde, pelo prazer do suspense.
Antes do veredicto, porém, é válido recapitular ocasiões em que se levantou suspeitas quanto à originalidade de algumas músicas de sucesso. Talvez ninguém se desse conta, mas Renato Russo preferiu admitir de antemão que o verso inicial de “Será” fora integralmente chupado de “Say Hello Wave Goodbye” (Take you hands off me/ I don’t belong to you), do Soft Cell. Ponto para ele. Outra que a Legião Urbana pegou “emprestada” foi “I Don’t Care” dos Ramones, prima de primeiro grau, no mínimo, de “Que País é Esse?”
Lembro que na época em que os Tribalistas lançaram “Já Sei Namorar” chegou a ser comentado que o “tchururu” introdutório da música mais do que lembrava a melodia de um hit radiofônico da década de setenta, composto pelo Sly and Family Stone. O processo só não foi formalizado por falta de uma maneira mais eficiente de comprovar a inspiração.
Um dos casos mais gritantes de plágio da história da música foi também protagonizado por um renomado artista brasileiro. Em 1978, Rod Stewart (na foto) esteve de passagem por estas bandas e, além das lembranças de antológicas noitadas no Rio, resolveu levar para Escócia, bem acomodado em sua bagagem, um precioso souvenir: o “tê-tê-tê-tê-têreretêtê” de “Taj Mahal”, obra do genial Jorge Ben Jor. “Do You Think I’m Sexy?” alcançou o topo das paradas britânicas, mas não sem antes ceder todo o montante dos direitos autorais arrecadados em prol da Unicef. Saiu barato.
É bem provável que Ben Jor tenha preferido entrar em acordo com os gringos a se submeter ao penoso processo de comprovação de plágio. Pelo menos no Brasil a legislação determina que só há dolo quando existem sete compassos idênticos e consecutivos em duas obras. Mesmo os leigos no assunto devem estar aptos a concluir que este é um critério bastante relativo. Se o trecho copiado tiver a duração de seis compassos, por exemplo, não se configura o plágio. A rigidez da regra aplicada à matéria tão subjetiva é falha e deixa diversas lacunas.
Basta citar que a célebre melodia resultante do diálogo entre cientistas e alienígenas no filme “Contatos Imediatos de Terceiro Grau” de Steven Spielberg pôde ser utilizada ao longo de anos e sem maiores preocupações nas vinhetas da extinta TV Manchete. Eram só cinco as notas…
Grande parte das menções honrosas, homenagens, citações – ou qualquer outro eufemismo que sirva para tirar o peso do termo ‘plágio’ – escapa aos rigores da lei. Minha breve experiência na música, e menor ainda na literatura, já me rendeu provas da vulnerabilidade da propriedade intelectual. O jeito é relaxar e aceitar que no dito mundo globalizado esta noção de posse caducou. Como diz o ditado, na lógica de hoje “nada se cria, tudo se copia”.
De volta à discussão inicial, o advogado que representa Joe Satriani confirma a intenção de o músico receber do Coldplay compensações por danos morais e por todo lucro obtido pela tal música, o que deve ser mais do que suficiente para qualquer um tirar o pé (ou o braço da guitarra) da lama. Não custa lembrar que “Viva la vida” foi um dos discos mais vendidos de 2008 e concorre a sete indicações para o Grammy, uma delas na categoria “canção do ano”.
Entrar com o processo foi fácil, difícil mesmo será provar que houve intenção de plágio por parte de Chris Martin e seus colegas. Acho que faltou um amigo disposto a bater no ombro do guitarrista e dizer: “sai dessa, cara”. O início do refrão das duas músicas tem, de fato, algumas notas em comum, no entanto me pareceu mais coincidência do que propriamente intenção. Trata-se de um daqueles clichês melódicos que não pertencem a ninguém, estão por aí, no ar, desde os tempos dos Beatles. Vai ver o talentoso Satriani até sabe disso, mas preferiu se fazer de bobo e aproveitar para tirar uma onda, além de valorizar o próprio passe.
Não sei quem é o autor ou autora da matéria, mas achei uma falta de respeito, com o Satriani, dizer que “O início do refrão das duas músicas tem, de fato, algumas notas em comum”, Pra começar, não há quase notas em comum, porque o tom não é o mesmo, e pra finalizar, não é apenas a seguência que é uma xerox, são as durações das notas que são praticamente indenticas. O músico tem por direito e dever defender a obra dele. Abraços.
Em matéria de falastrice você poderia ministrar um curso de especialização ao Chris Martin. Forte abraço. Por trás.
Não sou fã de nenhuma das duas bandas mas o fato me chamou a atenção.
Depois de escutar ambas as músicas, em minha percepção, o refrão é uma cópia quase que fiel e o restante da música segue a mesma levada (que é o “feeling” de qualquer música).
Vá me desculpando quem escreveu esta matéria, mas dizer que foi coincidência foi um grande exagero de sua parte. Ainda assim concordo com você no ponto dos clichês, e, ainda mais, o Coldplay é basicamente composto de clichês enfeitados.
devo confessar que fiquei aliviada ao “ouvir” de você que o caso Viva la Vida não é plágio.
tava decepcionada com essa atitude do Chris.
mas me perguntava porque ele plagiaria a música que dá nome ao novo cd?
e plagiaria justo do Satriani? um cara tão conhecido?
burrice demais.
apropósito, viu a declaração dele à Rollingsote.com negando o fim da banda?
me pareceu uma distorção da mídia …
enfim, o que importa é que não vai acabar.
=D
o cd Viva la vida é chato.
Se tem plágio ou não é mais um ponto negativo que essa “obra” carrega.
Bruno, eu acho que vc é muito fã de Coldplay… hehe
Realmente, em se tratando de música ocidental, com as mesmas sequências de acordes, é quase impossível não se encontrar várias semelhanças em músicas distintas. Daí a se caracterizar plágio, a intenção de se utilizar de uma obra já feita, é outra situação. Com a internet, nunca se produziu e consumiu tanta música, é certo que vamos encontrar diversas similaridades entre obras, e isso só vai mudar se todo o conceito de música como produto fosse reformulada.
O que eu acho mais curioso é a questão da cadência (tempo), qdo vi e ouvi o vídeo no Youtube com as duas músicas tocadas simultaneamente… Muito parecido, mas acho que CM é talentoso o suficiente, para nao “roubar” umas notas de JS, igualmente talentoso…
Aliás, por falar nisso… Já reparou como a melodia – inicial – de “Do Lado de Dentro” lembra o tema de GodFather (Poderoso Chefão)?
Esqueceu de dizer que o Los Hermanos plagiou várias canções do Chico Buarque.
Hahaha fiquei até espantada de você não ter adicionado no post a declaração ‘divertida’ do próprio Chris sobre o tema… mas não, melhor não colocar lenha nas discussões tão calorosas que povoam os comentários… Concordo que se trata de apenas coincidência e que o Satriani não deveria ter entrado nessa. Sobre plágios assumidos o próprio Coldplay tem vários – o riff de Talk é o mesmo de Computer Love do Kraftwerk (com direito a cartinha de solicitação enviada aos alemães e menção no encarte do cd), Speed of Sound é assumidamente inspirada em Kate Bush, Lost? em Sing do Blur e por aí vai… Joe Satriani já ganhou muita popularidade com a causa mas, sinceramente, acho que ele não precisava disso.
Belo texto Bruno…mas discordo de vc..as semelhancas entre as melodias sao inegaveis na minha opiniao…e ao contrario do que foi dito em um dos comentarios, o tom das musicas eh sim o mesmo..
ha um video no youtube com as 2 musicas sobrepostas pra tirar a prova..
Tb sou musico e acho q aqui cabe um consideracao importantissima: muitas vezes as semelhancas inegaveis NAO decorrem de ma fe dos musicos…em muitas ocasioes, a pessoa pode ter ouvido a musica e inconscientemente “criar” algo que seja igual ou muito parecido sem se dar conta..
Um caso celebre eh o da musica “anybody seem my baby” dos rolling stones que tinha um refrao muito semelhante a uma musica da kd lang..assim q keith richards se deu conta disso, creditaram a cantora (pelo menos eh essa a historia que contam hehe)..
Ah, não considero plágio pq o coldplay não copiou a música literalmente. Ter algumas notas em comum não quer dizer nada, ou tem?
Não, não…Após ouvir as duas e comprarar, sinceramente…Viva la vida remete (um pouco) à música do Satriani, mas daí a falar em plágio, penso que está longe!
lembrando que artistar como satriani nao precisa mais tirar o pe da lama…deve estar confundindo com alguma banda inexpressiva…
Comparar Satriani a Cold Play é um minimo falta de respeito, essa banda tem muito o que aprender com ele, todos devem lutar pelas suas obras, se ele acha que foi plagio, que julguem, agora acusar ou mecionar alguma coisa de uma pessoa que fez muita gente ouvir e babar com as apresentacoes dele é no minimo escrotice porque quando nao existiam essa banda ( normal, diga-se de passagem ), Satriani não era contestado por ninguem e sim como ele é e sempre será o Deus da guitarra.
Se fosse o contrário, tudo bem, acho que quem tem mais a ganhar é Cold Play, e não Satriani que já conquistou muita coisa na vida devido ao seu trabalho. Se eu tivesse trabalho pra cacete durante anos e depois ver alguma coisa minha sendo plagiada, logico que vou exigir meus direitos.
Esse comentario seu é no minimo hipocrita.
para confirmar essa teoria do clichê, só indicando uma terceira música para ser comparada.
O engraçado eh q depois da musica fazer maior sucesso ]ficando em primeiro lugar entre os pricipais sites do mundo
da musica e concorrer a 7 indicaçoes no grammy (com td merito)… q o Joe Satriani vem mandar essa de plagio -.-’
eu jah ouvi as duas e d fato em um trecho faz lembrar
mas eh preciso mais q isso pra ser considerado plagio..
oq Joe Satriani qr msm eh ressucitar seu nome atraves de polemicas ao inves de fazer musica… oq ele deveria estar fazendo.
;D
Acho engraçado quando a pessoa diz no comentário que não sabe quem fez o post… será que é muito difícil ver no canto direito do início do site a foto e o perfil do Medina? Pqp!!!
E quanto ao plágio (?)… acredito em conscidências…
bjosss Medina… tenho curtido muito ler seus posts.
Então, sabe o q estava lembrando…a abertura do “Video Show” …desde sempre foi uma música do Michael Jackson que nem vou me arriscar a falar agora o nome porque eu não sei… Enfim, …só para constar hahaha
E bruno tu és muito fã do Coldplay ?! È teu assunto predileto neste mês. Cara fala mais de musica e menos do teu ídolo que o blog volta ao nível que estava.
abraço
Se o cd Viva La Vida já é chato, agora é que não ouço mesmo!
Só é melhor ouvir isso do que ser surdo né!?! rs.
Gostei do texto de hoje e percebi que o Cold Play é um grande fornecedor de temas para textos polêmicos.
O sábio Chacrinha, já dizia que nada se cria, tudo se copia.
E assim é a vida, uma série de repetições e influências. (felizmente ou infelizmente!).
Original mesmo, só o som e os textos dos Hermanos. Seja no Instante Posterior, na Orquestra Imperial, no Canastra, onde for…rsrs
Eu acho que a música lá vai se esgotando em possibilidades melódicas, visto que harmônica, desde Miles Davis acho que não se cria mais nada…
Fala Medina!
É interessante que seu blog aborde este assunto nessa semana.
Neste fim de semana, enquanto arrumava LPs, CDs e mp3 pela casa e computador, comecei a ouvir os discos do Travis e tomei um susto: quando iniciou “Writing To Reach You” (The Man Who – 1998) eu tomei um susto imenso! Eu não lembrava, mas a introdução lembra muito “Wonderwall” do Oasis.
Eu sou mais o Travis ao Oasis, mas fica aqui o registro.
Se te interessar, ouça as duas músicas.
Um abraço!
Bruno, você esqueceu de citar que até o Rei Roberto Carlos já passou por acusações de plágio. Trabalho com propriedade intelectual e discordo que a globalização implique numa relativização absoluta destes direitos de propriedade. O que a tecnologia faz é impor desafios para a normatização e fiscalização que sempre seguiirá ritmo mais lento as transformações tecnológicas. Os p´rorios direitos de propriedade intelectual levaram muito tempo para serem freconhecidos e, durante muito tempo, países desenvolvidos se utilizaram de táticas hoje tidas como pirataria para alcançar o desenvolvimento econômico. (dica de leitura: “Chutando a Escada” de Ha-Joon Chang) Quanto à vinheta da TV Manchete, me lembro bem (que memória rapaz!). Já pensou se alguém fosse utilizar o plim-plim da Globo em alguma música? São só duas notas e, em tese, ela não poderia impedir ninguém de fazê-lo.
Essa discussão toda me soa roteiro da Diablo Cody
quanta bobagem…
Bom, li alguns comentários e queria constar aqui que o autor de um comentário “Gus Garcia” veio pra dizer que a música está no mesmo tom. O trecho do qual Satch (Joe Satriani) reclama, é composto pela seguinte sequência: F#, G, E, D, E, D, E, D, E, F#, D, B… Já Chris Martin, teve o trabalho de descer duas oitavas e subir 3 tons inteiros, C, C#, A#, G#, A#, G#, A#, G#, A#, C, G#, F… Estamos falando da linha vocal, tenho certeza que a melodia não faz diferença. E só pra defender o Joe de alguns ataques, ele é considerado um dos maiores guitarristas de todos os tempos, e o pessoal que curte o som está desprendo se o som toca em rádios ou novelas, ou muito menos se é comercial. Adoro a banda Cold Play, mas acho uma verdadeira covardia dizer que um músico fantástico como o Satriani estaria se aproveitando. Abraços!!
Outra que também há um tempo deu pano pra manga foi “Dani California” do Red Hot Chili Peppers, mas parece que os supostos autores decidiram retirar a ação em troca de uma compensação informal da banda de Kieds. Não sabia que os primeiros versos de “Será” foram assim automaticamente traduzidos de outra música. Gostei da informação!
Bruno,
Gostaria de ler um comentário seu sobre a lei que limita as cotas de meia-entrada para estudantes. Já que é artista e a maioria deles estão contra a meia-entrada.
São 3 acusações de plágio o que da viés para acreditar que não passa de uma coincidencia. Por outro lado essa definição de plágio da margem a burlá-la uma vez que ela é muito específica e determina de uma maneira muito objetiva sendo que a arte é subjetiva.
Será que o Chris PIANO FAKE Martin cometeria tal ato desesperador? Nem o vocalista do Killers que quer ser o Bono Vox cometeu tal falha.
Gosto muito do que você escreve, porém dessa vez tenho que discordar..
Eu não sou um profundo conhecedor de música, mas só ouvindo esse vídeo já identifico como plágio!
https://www.youtube.com/watch?v=1ofFw9DKu_I
O coldplay pegou 15 segundos de uma musica do satriani e fez uma música inteira.
PLÁGIO fuleiríssimo!
O último “plágio” que identifiquei foi essa música nova do Jota Quest, “La plata”. Tentem cantarolar o refrão de “Keep the faith” do Bon Jovi durante o refrão da musica dos jotaquestinianos. É a mesma coisa. E não é só melodia, é batida, é guitarra, arranjo. Ridículo ou curioso? Bruno, interessante também foi o problema com a música “Bittersweet simphony”, do The Verve. os advogados de Mick jagger e Keith Richards cosneguiram provar que os violinos da música plçagiavam o arranjo de Last time, dos Stones. A autoria da musica passou a ser de Richard Ashcroft/Jagger/Richards. O próprio Jagger reconheceu também que chupou o riff de Anybody Seen my baby de uma música da cantora KD lang. ela também ganhou a autoria da musica dos Stones. Ou seja, na música pop, todo mundo tem algum rabo preso.
Caro, Bruno, discordo de você! Não se trata de clichê ou apenas intenções melódicas, sr. Martin plagiou Satriani na cara pau. Basta ouvir as duas músicas na mesma progressão para ter essa noção. Assista ao vídeo disponível neste link: https://br.youtube.com/watch?v=1ofFw9DKu_I
Abração!
Brunão,
essa eu não pude deixar passar…
1) EU SEI QUE NÃO É PLÁGIO;
2) CURTO LH PRA CARAMBA!!!
Agora,
aquele iniciozinho de “A Outra” – qdo vc tira um sonzinho do teclado – aquilo ali é BLISS DO MUSE!!!!!
ESCARRADO E CUSPIDO!!!!!
Abração!!!
Eu já escutei uma música do JQuest que as guitarras iniciais são pura cópia de uma canção do U2. Quando a referência é declarada, toma ar de homenagem, mas qdo não…
Bela coluna a de hoje. Parabéns Bruno.
Sobre o Coldplay, é plágio, ponto. Se vão conseguir provar, é outra coisa.
Sobre Bittersweet Symphony, o problema é que foi usado um sample da música original (provavelmente sem permissão).
Whole Lotta Love também não é assim lá tão original não… até o grande George também teve problemas com “sua” My Sweet Lord.
Sobre o rock brasileiro… o que não é chupado lá de fora? Legião então…
Você escreve: “Contatos Imediatos de Terceiro Grau” de Steven Spielberg pôde ser utilizada ao longo de anos e sem maiores preocupações nas vinhetas da extinta TV Manchete”…
Como “sem maiores preocupações”, cara pálida??? O filme foi o primeiro a ser exibido pelo canal. Essas coisas, exibição e uso da trilha em vinheta (no caso), são acertadas por contrato e PAGAS. Ou você acha que as TVs exibem seus filmes de graça? Da próxima vez que escrever essas coisas, dá uma pesquisada antes!! abs