Quanto vale?

ter, 16/10/07
por Bruno Medina |

Lançado na semana passada pelo Radiohead, o disco “In Rainbows” já possui seu lugar assegurado na história. Trata-se do primeiro álbum de uma banda internacionalmente conhecida a ser disponibilizado para download sem ter o preço definido. Os fãs comprarão o disco pelo valor que acharem justo, mesmo que isso signifique não pagar nada.

Para realizar tal façanha o Radiohead precisou se dissociar de sua gravadora e, dessa forma, garantir que as músicas compostas não estivessem submetidas à vigência de nenhum contrato. A banda manifestou a intenção de licenciar o disco a uma major para atender aos fãs que desejarem tê-lo em formato físico, mas apenas quando este já estiver devidamente difundido.

As dez faixas do disco, por enquanto, são vendidas por um preço médio de 1.19 libras, sendo que um terço dos fãs não pagou nada. Até agora, seis dias após o lançamento, especula-se que já foram realizados mais de 2 milhões de downloads.

Está certo que a combalida indústria fonográfica dos dias atuais não movimenta nem perto das cifras bilionárias da década passada, período em que a banda se consagrou como uma das mais relevantes do cenário mundial. Há de se louvar, no entanto, a iniciativa de Thom Yorke e de seus colegas, pois, a partir do lançamento desse disco, está oficialmente proposto um novo modelo de negociação de fonogramas, sem hipocrisia, e mais adequado a realidade.

Desconfio que nem os integrantes da banda possam prever o resultado da empreitada, mas fica a sensação de que este é o único caminho a ser seguido. Antecipando um futuro próximo sem o intermédio das gravadoras -estas que determinaram as regras do jogo por mais de um século- o Radiohead transfere para seus fãs a autonomia de ajudar a estabelecer os novos parâmetros que valerão daqui por diante. Posto isso, como consumidor e também fornecedor de música, lanço a dúvida: quanto vale um disco?

A pergunta pode parecer retórica ou irônica, mas eu realmente não sei a resposta. Antes que você possa me dizer o que pensa, como fornecedor, sinto-me na obrigação de explicitar que a concepção de um disco envolve o trabalho de diversos profissionais aliado ao custo dos suportes (equipamentos, estúdios de ensaio e de gravação etc..) durante um período que normalmente varia de 3 a 6 meses.

Apesar de ser favorável à troca gratuita de arquivos -por considerar que representam uma evolução no que se refere ao alcance e à democratização da música- não posso deixar de me perguntar de que forma e a quem caberá os custos de se comercializar fonogramas. Taí o quebra-cabeças que ninguém até agora conseguiu resolver. E vocês, o que acham?

compartilhar

92 comentários sobre “Quanto vale?”

  1. andré Cezar disse:

    As pessoas não compram discos por causa do preço, a banda pra ganhar algum aumenta o preço do show,aí o preço do ingresso aumenta!

    todos dizem que cultura é fundamental,
    mas assim não dá pra consumir!

    isenção de impostos já!!

    ps: Paguei, e pago bem mais q 1 real pelo cd da vossa banda!

  2. Anônimo disse:

    A industria fonografica está com os seus dias contados?…acredito que ela apenas precisa passar por uma revolução; novos conceitos; novas formas de exploração….rsrsrs…

  3. jfar disse:

    Tudo bem que o Radiohead já tem seu trabalho reconhecido, daí talvez a novidade nem estar tão ligada ao marketing do grupo. O caso é que quando se está no anonimato, faz-se mesmo de graça, o que vale é o reconhecimento… então chega a grande indústria e corrompe tudo… tudo bem também que ela tem lá os seus custos… Mas depois que se encontrou um lugar ao sol então chega o momento de unir o “util ao agradável”. Sei lá… acho que ainda cabe ao artista colocar preço na sua produção. Neste sentido é muito interessante as possibilidades que se abrem agora, dando aos criadores a possibilidade de disponibilizar, inclusive gratuitamente, sua obra, livre da interferência da grande indústria que, ao menos num primeiro momento do artista é importante para o fazer conhecido (ou ao menos abrir espaço para isto). Poxa, complicado heim!

  4. Nathyyy disse:

    trabalho em um estúdio de gravação profissional e sei o trabalho que dá gravar um disco.É complicado e sai caro. Tem que ter muita moral($$) pra vender as faixas desse jeito…

  5. inoculo maciço disse:

    No mundo atual as formas de vendagem de musica estão,comprovadamente,ultrapassadas.Primeiro pelo fato de que quer se combater a pirataria mas se vende gravador de cd e dvd,meio ironico isso…Na internet a troca gratuita feita pelos usuario se expandiu de tal forma que não da para por preço em um download de disco,podemos ver isso pela propria materia que diz que 1/3 das pessoas nao pago nada pelo cd.Eu acho que um disco vendido a 30 conto é absurdo pela realidade brasileira…Outros meios de vender audio vao ser feitos ou inventados o momento agora é de transição do tipo de midia que irá ser comercializado nos proximos anos.Mas nao importa como for vai ter um preço,nada é de graça!

  6. Olá, acompanho seu trabalho desde o Instante Anterior, agora continuo acompanhando. Meus parabéns pelo blog e pela banda, mesmo que em pausa. Se der passa no https://diarionosotros.blogspot.com/ e me fala o q acha!
    Abraços

  7. felipe disse:

    ah,nem uma noticia sobre o resfriado e a barata????

  8. Alan Marcel disse:

    “o Radiohead transfere para seus fãs a autonomia de ajudar a estabelecer os novos parâmetros que valerão daqui por diante”. Acredito que o antigo paradigma de a gravadora “mandar” tanto na forma quanto no conteúdo dos fonogramas das bandas, afeta diretamente os fãs que compram os discos. Com esse novo modelo, nada melhor do que passar a “responsabilidade financeira” para quem de fato vai saldar os custos que a gravadora teve e usar o produto, ou seja, para o consumidor final.

  9. Rafael Appelt disse:

    Acho que os artista não devem esperar fazer dinheiro vendendo disco.
    Esse tempo de moleza já passou e deve-se abrir os olhos para a nova realidade: O físico já não tem mais valor algum.
    Sou desenvolvedor de software e não espero ganhar dinheiro vendendo saquinhos, ou discos de bits (programas). Ninguém está disposto a pagar por isso. Aliás, VIVA O SOFTWARE LIVRE!!!!!!
    Me pagam pelo serviço prestado através do software, ou por um serviço de construção específico (encomenda).
    Não vejo diferença entre a minha profissão e a profissão de músico.
    Nós somos o nosso produto. O que produzimos só nos servem para nos promover ou para uso próprio.
    O consumidor não foi consultado antes da produção do disco, o artista o fez porque quis, portanto os consumidores não tem obrigação de custea-lo.
    Músicos, se quiserem dinheiro, façam como todos os outros profissionais. Ralem diariamente. Vendam o serviço.
    FAÇAM SHOWS!!!

  10. rodrigo avila disse:

    Como diz o Lenine “A música é essência hoje em dia. Ninguém paga pelo suporte sim pelo que ele representa”. Concordo com esse argumento, e acredito que um artista contemporâneo ganhe com shows, palestras, eventos e marca. Ser artista é ser uma marca, um selo de qualidade (taí o José Padilha como exemplo). Daí tudo vem. A democratização da informação muda todos os paradigmas. Quanto vale ou é por quilo?

  11. George M. disse:

    Essa é uma discussão delicada que envolve uma série de interesses. Particularmente, penso que um disco vale o quanto quem ouvir achar que deve valer.

  12. YURI MALCHER disse:

    Essa sim foi uma boa ideia

    quem é fan de verdade paga pelas musicas
    que não é pega de graça mesmo
    viva a democracia
    =D

    Abraços medina

  13. Gustavo disse:

    Para uma banda do tamanho do Radiohead é fácil fazer isso e ainda conseguir uma média de 1.19 libras por musica.
    Agora imagine uma banda que ninguem conhece, lançando seu 1o disco nesse modelo de negócio…
    Acredito que SE alguém pagar, não vai chegar a 0.01 por musica, sem contar o volume de downloads.
    Acho muito dificil alguma banda nova conseguir ganhar algum dinheiro com esse modelo.

  14. Rodrigo disse:

    O conhecimento não é mensurável. Esse é o grande empecilho de qualquer obra de arte. Conhecimento é substância e não forma. A gestão do conhecimento estabelece que o conhecimento não pode ser medido, mas que ele tem um valor enorme para a nossa sociedade. Como mensurar esforço e criatividade? Temos dois focos: a democratização do acesso a informação e a desqualificação do esforço do autor. E agora? Prefiro a IDÉIA DE DEPOSITAR A GRANA NA CONTA DO ARTISTA. PELO MENOS O MONEY VAI DIRETA A ELE.

  15. disse:

    Mais uma que não conseguer resolver…
    Mas é um passo, porque não um marco, na história fonografica,ou não, onde uma banda de sucesso abre mão e recusa as amarras da gravadoras. Seja por considerar um direito de seus fãs de ter uma certa autonomia ou por dar o empurrão para o levante mais claro e internacional sobre a comercialização musical. Será que este será mais um acontecimento ou dará inicio a uma solução? Mais uma pergunta no post.

  16. Rafael disse:

    acredito que isso não vai durar muito tempo… Achei melhor a solução dada pela orquestra imperial: 5 músicas, capa de papelão, sem caixinha, 5 reais. lançando de 6 em 6 meses.
    Barato, bom, e com bastante novidade ao longo dos anos… maravilha!

  17. Anônimo disse:

    Quando uma gravadora disponibiliza músicas de uma banda contratada, para que sejam tocadas em alguma rádio, a intenção não é divertir os ouvintes; é conquistá-los, fazê-los comprar.
    O Radiohead não está disponibilizando as músicas sem definição de preço por achar que os clientes não devem pagar além do que consideram justo; está é divulgando suas músicas. Confiam que uma parcela substancial dos clientes pagarão o suficiente para compensar os custos de produção e mais um excedente para encher os bolsos dos músicos. Esse é o mesmo risco que a gravadora corria quando investia no marketing de algum disco. A “coragem” para arriscar vem da confiança que se no potencial de venda da obra em questão.

  18. Leonardo disse:

    Eu acredito que essa foi uma das melhores soluções dentre as que apareceram nos ultimos anos. Ao mesmo tempo combate a pirataria, o preço absurdo das gravadoras e diminui o caminho que o dinheiro percorre até chegar ao artista. Se uma pessoa quer apenas conhecer o disco pode baixa-lo por um custo baixo, ou até nada, mas se alguém é fã e valoriza o trabalho do artista não vai se importar de pagar uma quantia razoável pelas músicas. Acho que dessa forma teremos muitas outras discussões sobre isso rolando por aí para ver a melhor saída, principalmente contra a pirataria.

  19. Natália Menezes disse:

    Uma banda perfeita falando de outra. Realmente, foi uma iniciativa arriscada, e caberá somente aos fãs o sucesso ou fracasso da mesma.

  20. Fernando B disse:

    Eu acho que os discos são cartões de visita dos artistas e os mesmo irão ganhar dinheiro de outra forma. Foi-se o tempo que o artista ficava rico vendendo discos. A realidade hoje é outra.
    Viva a democratização da música.
    Viva o MP3.

  21. André disse:

    Vamos lá:
    1. Estima-se 2 milhões de downloads, por enquanto;
    2. 1/3 não pagou nada;
    3. Preço médio, para quem pagou, de 1.19 libras.

    Logo:
    2.000.000 * 2/3 = 1.333.333,33 Pagantes,

    Então:
    1.333.333,33 * 1.19 = 1.586.666,66 Libras

    Isso em apenas 6 dias.
    Tá bonito, tá gostoso…
    …Ou não.

  22. Guilherme disse:

    Bruno, conversei semana passada com o Trent Reznor, do Nine Inch Nails, sobre a chamada “Revolucão Industrial Musical” e de uma banda no label, pois há 3 anos ele disponibilizou pela primeira vez arquivos multi-tracks das musicas para os fans baixarem e remixarem da forma que quisessem, então eu chamei de Open Source Music, mas até no mundo dos softwares para pcs há muita diferença entre open source e free software (ou free music). Era necessário uma gravadora para distribuição assim com você colocou, e de brinde ela tomava conta de tudo que envolvia a banda. Cá pra nós, não existe canal de distribuição melhor do que a internet. Hoje rápido, simples e barato.
    E os músicos? Só uma saida: Shows. A principal fonte de renda. A sensacao de ouvir um arquivo mp3 e o cd é a mesma, mas a sensação de ir ver o show da sua banda é inexplicável. Os shows custearão tudo, equipamentos e profissionais da música. Isto tudo lá fora, pois eles ganham com tudo, até para aparecer na TV, diferente daqui que se paga para isso.

  23. wallu disse:

    boa pergunta, mas seria preciso se perguntar o quanto vale o trabalho humano, pois você mesmo disse q é um processo q dura de 3 a 6 meses de trabalho, a escolha de repertorio, os ensaios e td mais…
    apesar dos discos hj em dia serem um pouco caro no brasil acho q depende dos musicos envolvidos e da banda ou cantor q esta lançando-o, claro q ha musicos q exploram qnd vendem seus cd a 60,70 ou ate 90 reais, pra q tanto se num pais como o brasil 30 reais ja é caro para algumas pessoas… o preço de um disco ñ há exatamente, pois assim teria q haver o preço da arte por completo para depois vir o preço da musica e logo apos de um disco, mas ñ há preço para disco como ñ há preço para a arte, pois musica é arte

  24. Olá Bruno e Brasil. Eu sou fã do Radiohead desde longas datas, desde o lançamento do The Bends em 1995 e venho acompanhando a banda desde então. Comungo com eles e da idéia de disponibilizar as músicas para download, fugindo totalmente do modelo gravadora-banda-gravadora. No caso específico do Radiohead, eles puderam fazer tal “audácia” de dar ao fã a oportunidade de dizer quanto vale seu Cd porque no passado, em sua primeira fase, a banda esteve ligada e dependente de gravadoras, num processo que foi benéfico a banda, além do talento musical e de terem conseguido sucessos com Pablo Honney, The Bends e Ok Computer. Depois disso, cancelaram com a gravadora e se puseram num mundo virtuoso de composição, enfim livres. Agora veio o cume de tal liberdade que reflete na qualidade das musicas desse ultimo Cd, lindíssimo. O problema mesmo é começar tudo do zero com essa disposição de ser livre em relação a gravadora, mas preso à falta de oportunidades pra bandas que estão começando agora.

  25. Não sou fan de Radiohead, mas achei a idéia deles ótima.
    Acho que a longo prazo, é bem capaz que as bandas faturem mais do que vinham faturando à moda antiga….Essa pergunta eu deixo pra vc Sr. Medina.
    Acho o penúltimo parágrafo do seu texto pueril, aliás incongruente com o pensamento descrito no último.
    O Radiohead simplesmente encontrou a maneira mais democrática pra vender fonogramas.
    A minha última pergunta se o Sr. tivesse que escolher entre abdicar de um dos dois , qual seria: da grana das vendas de cds , ou dos shows?

    Ps:
    E qdo a banda volta???

  26. Ana Paula Assis Oliveira disse:

    Bruno,
    Sou meio antiquada para essas coisas… raramente baixo algum CD, seriado ou livro da Internet. Gosto de ter o CD – o encarte, as letras, as fotos, etç. Gosto muito de alguns seriados e compro as temporadas. Livros a mesma coisa.
    Todavia, acredito ser eu uma exceção no meio de tantos, pois a popularidade da Internet e de suas facilidades, fazem com que seja mais fácil, prático e, é claro, barato, comprar (ou não…) essas mercadorias.
    A iniciativa do Radiohead é interessante, e o fim da hegemonia das gravadoras é certo. Espero que os fãs dessa e de outras bandas que se aventurarem por este caminho, saibam valorizar o trabalho de seus ídolos, levando em consideração tudo o que você disse sobre com se produz um disco.

  27. Higgo disse:

    Realmente… questão das mais complicadas…
    Talvez o mais esquisito dessa situação sejam leis totalmente inefetivas, em contraposição a uma realidade que dança sobre elas. A proteção aos direitos autorais brasileira é incipiente e teórica. Fala-se em resguardar o trabalho intelectual, mas não se diz como. Fala-se em fiscalização, mas não se diz de quem é a competência para tal.
    É… tempos modernos…novos hábitos culturais.. O compact disc hoje tem outro nome: mp3. E este é a música democratizada. Os novos costumes apontam para o seguinte: a) os radicais, que nunca baixaram músicas, por princípios; b) os desprendidos, que não vêem utilidade no CD guardadinho na estante e preferem seu aparelho de mp3 aos ouvidos; c) os fãs pesquisadores, que vivem baixando CDs que nunca encontrariam nas prateleiras de suas cidades, e compram, sim, os CDS de suas bandas prediletas.

    O último CD q comprei em loja foi o “4″, de Los hermanos. Mas este me segurei para não ouvi-lo antes pela internet.Ele valeu 30 reais.

  28. Interessante. Já havia lido uma reportagem sobre o assunto e justamente o fato de que o servidor que hospeda a página da banda não aguentou. Perguntar quanto vale um trabalho é complicado, sabemos que um “fornecedor” tende a supervalorizar seu produto, seja uma música ou até um corte de cabelo. Não sei se isso funcionaria no Brasil, creio que um preço justo é, principalmente uma quantia que seja acessível a todos. Acredito também que, se eu baixo uma música geralmente não iria comprar o álbum, se eu gosto da banda, baixo a música por curiosidade e compro o álbum, não sei se todo mundo pensa assim, mas falando num assunto que todo mundo está falando, tropa de elite está provando que a pirataria não atrapalhou seu desempenho no cinema… até onde isso funciona no mercado fonográfico? realmente não sei.

  29. Eu acho que num país como o Brasil comprar cd é quase impossível, se você analisar o preço de cada exemplar. E ao mesmo tempo uma boa amante de música e curiosa como eu quer ter tudo para poder ouvir e saber o qeu acha de determinada banda…
    No Brasil, quando o governo perceber o quanto perde com os impostos tão altos aplicados nessa industria talvez poderemos ter um cd com um preço mais acessível e as pessoas baixando menos da internet.

  30. Ana Júlia disse:

    Quanto vale o disco do Radiohead eu não sei, mas o seu não vale nada!

  31. Tiago Ribas disse:

    Um disco do seu artista prefiro não tem preço!

    Mas se fose pra estipular um preço seria entre 20,00 a 25,00, mas 2,00 por musica seria muito barato.
    Então Vamos Disponibilizar tudo pela internet!

  32. Pois é Bruno. é realmente muito complicada esta questão, tenho amigos músicos e vejo o quanto é trabalhoso essa empreitada e o retorno é muito pouco comparando-se aos esforços empenhados, por outro lado é até imoral, poderia dizer, querer forçar uma pessoa a dispor de 10% do seu salário para adquirir um CD original. E essa é a realidade da maioria dos brasileiros, isso não é exclusivo do mercado fonográfico, essa máxima se aplica também a todas as vertendes da informação e entretenimento que consideramos como intelectualizada. Quanto ao resultado que o Radiohead alcançará, não tenho nenhum parâmetro para fazer uma projeção, mas se uma banda nacional ouçar fazer coisa similar, dúvido que consigam arrecadar R$1,oo que seja…

  33. Amanda disse:

    Polêmico o assunto… Se eu fosse rica pagaria uma fortuna por uma música. Como eu não sou, baixo de graça e pago fazendo propaganda! Não é uma atitude louvável, mas…

  34. Jose Carlos Leite Valerio disse:

    Vamos desconfiar do mundo das Maçãs. Desde Ok Computer ( em homenagem à Apple ) o Thom Yorke ficou amiguinho do Steve Jobs ( ambos são gênios ) . Outra coisa, o MP3 é comprimido e não se tem todos os timbres e frequencias, é de péssima qualidade. Vale para se conhecer as músicas.O Vinil e o CD têm preços definidos, 40 libras prometidos até 03/12. Esta é a grande sacada de conscientização, e com certeza, In Rainbows lembra…iphone, ipod, itv, itune….e o mundo das maçãs…..é um grande disco com gravações em camadas de tons e timbres PARA SE CURTIR ….

  35. Anselmo Z disse:

    Viva a liberdade!!! Cara, percebemos que o futuro está chegando a passos largos quando vemos que não é mas preciso fazer “sucesso” pra se lançar um disco, ou para conseguir chegar aos ouvidos de milhões de pessoas mundo a fora graças aos Youtubes da vida. Quer dizer que o LH não precisava ter gravado Ana Júlia para depois poder bancar suas músicas mais autorais? Ah, se naquela época tivesse banda larga e site de compartilhamento de vídeos na Internet !!! Referir-se a menos de 10 anos atrás como “aquela época” é um sinal inequívoco do inexorável porvir que já vai chegou.

  36. Paulo Victor disse:

    Com certeza, o Radiohead vai conseguir para (e com sobra) os custos com a produção do disco (que nem existe em formato físico). Pois se a média daqueles que pagam (2/3) é de mais de uma libra, o banda vai arrecadar mais de 1 Milhão de Libras (quase 4 Milhões de Reais). Isso apenas até agora. Nada mal!!!

  37. Rafael disse:

    Taí um tema interessantíssimo.

    Pra mim, a sacada foi genial, e a coragem grande também, apesar de que no fundo eles sabiam que tinham muito taco pra fazer dar certo. Penso que no Brasil daria certo pra todo mundo, artista e consumidor, se fosse um preço baixo e fechado, tipo R$3, mas que fosse direto pra banda… é complicado. Os Hermanos podiam tentar! Teriam coragem?

  38. Ícaro Mendonça dos Santos disse:

    Moro em uma cidade pequena no interior de Sergipe, Itabaiana. Se não houvesse programas de compartilhamento de música eu provavelmente nunca iria conhecer as minhas bandas preferidas . Ok, pode parecer exagero mas aqui nem tem loja de discos, nem cinema nem nada. Aliás, o que se escuta é forró[Isso não é lá meu estilo]. Concordo que os profissionais precisam ganhar dinheiro, afinal é o emprego deles, mas tá na hora de procurar ramificações mais “digitais”. Precisa-se democratizar a música!

  39. Rodrigo Andrade disse:

    Esta questão é realmente complicada. No caso do Radiohead, acredito que isto só foi possível pela condição que a banda conseguiu atingir com o passar de todos estes anos. Agora, esta idéia parece totalmente absurda para bandas de pequeno porte, ou bandas iniciando no cenário musical, por exemplo. Produzir um disco totalmente independente? Não sei se isso seria possível…até pelos motivos que você citou, e uma vez que dinheiro será sempre dinheiro… Bom, acho que esta pergunta continuará sem uma “resposta concreta”, por pelo menos mais algum tempo. Assim como você, sou totalmente à favor da democratização da música. Acredito que uma banda como o Radiohead, por exemplo, não possuíria esta abragência que hoje possui se seus milhões de fãs de todas as partes do mundo não tivessem conhecido a banda por meio da internet (ou outro meio qualquer), ou feito download de um álbum (ou de sua discografia, por quê não?) que logo o fascinaria. Isso realmente conquista uma pessoa e seu gosto musical.

  40. tiago disse:

    bah!não é fácil mesmo…mas…
    “valorar” uma obra de arte não é nada fácil!!!
    a atitude deles é simplesmente excelente que renderá muitos….mas muitos….frutos!!!
    parece que a preocupação deles é muito mais artística do que propriamente financeira…é louvável!!!!

  41. Ludemberg Bezerra disse:

    Acredito que não somos nós quem, exclusivamente, devemos definir qual preço a pagar. No mercado publicitário, na maioria das vezes (principalmente onde propaganda se resume a mostra de produto e preço), os valores pagos não são equivalentes ao que o trabalho vale. Acredito que isso ocorra por falta de informação em relação aos clientes que não são informados sobre quais os custos de tempo, concentração e esforço para realizar o pedido. Vejo que se parâmetros não forem estipulados para o valor de cada cd ou faixa (como já acontece) tendemos a essa situação de pouco crédito ao que tenha muito valor.

  42. Sheyla disse:

    Medina,

    Eu não sei quando vale um disco ou qualque manifestação artística, mas alegro-me em saber, que finalmente, não serão as gravadoras que irão determininar isto.
    Outra coisa que não faço idéia e acredito que você também é: adotando este formato, as novas bandas não chegarão ao patamar financeiro do Radiohead para abrir mão do cachê da venda de uma música ou do CD inteiro. Difícil…

  43. kamila disse:

    Olá Bruno!
    eu sou uma fã do Los e esse seu questionamento é muito válido.
    não tem como negar que essa é a nossa realidade e que fazendo isso vocês (e nós do lado de cá) tiramos o poder que as gravadoras têm.
    Acho que, quando a gente gosta do trabalho de alguma banda e reconhece seu esforço e dedicação pagamos o preço que achamos realmente justo. O que manda é a conciência, de acordo com ela devemos fazer da maneira mais justa possível.
    Boa semana.

  44. Luiz Fernando disse:

    2 mi de downloads, 1,19 libras por 10 faixas. Um terço de 2 mi da aproximadamente 666667 downloads pagos a 1,19 cada, deve ter cobrido os gastos já…
    Thom Yorke está certo, essa pode ser uma nova tendencia, aj esta ai, quem compra Cds Hoje em dia? Quem compra compra os piratas

    Abs todos

  45. Elvis Helry disse:

    Acredito que o valor de uma obra como esta (álbum), possa ser algo estipulado através do quanto você está satisfeito com ela. Muitas pessoas comprarm um CD e depois de ouví-lo, acham um lixo. Outras compram apenas por uma música hit. A satisfação de cada um é que estipula um valor. Vai também do bolso do sujeito e sua conciência. Diria que não seria nem um quebra-cabeças, e sim, uma charada filosófica:)

  46. Hélder disse:

    Dizer o preço de uma obra de arte é simplesmente complicado, pois se o trabalho envolvido na elaboração do disco pode ser quantificado e valorado, por outro lado, ao trabalho do artista não pode ser atribuido um valor em pecúnia assim sem mais nem menos. Talvez o futuro dos preços no mercado fonográfico, com iniciativas como a do Radiohead, seja cobrir o custo de produção, o retorno virá através dos shows e outros licenciamentos que uma banda com uma legião de fans pode angariar.

  47. Fabito disse:

    Eu pagaria até 30 pratas. Acho um preço justo.

  48. Bernardo Botelho disse:

    Eu acho que realmente essa iniciativa do Radiohead pode vir a findar uma era e iniciar outra. Sobre a questão dos custos eu sempre li que as bandas ganham mais dinheiro com os shows do que com a vendagem dos discos, mas as vezes ouço o contrário (você com certeza sabe o que é certo e errado no caso). Mas, se for o caso do lucro maior vir dos shows, porque não retirar uma parte do pagamento dos shows para pagar todos os outros custos com discos? Não sei… Realmente acho que essa é a grande questão da música atual.
    E outra coisa, eu li que não é de graça de graça mesmo, você tem que pagar uma taxa mínima lá pela transação porque é a taxa que o site que faz a venda cobra.

  49. Bernardo Botelho disse:

    Eu acho que realmente essa iniciativa do Radiohead pode vir a findar uma era e iniciar outra. Sobre a questão dos custos eu sempre li que as bandas ganham mais dinheiro com os shows do que com a vendagem dos discos, mas as vezes ouço o contrário (você com certeza sabe o que é certo e errado no caso). Mas, se for o caso do lucro maior vir dos shows, porque não retirar uma parte do pagamento dos shows para pagar todos os outros custos com discos? Não sei… Realmente acho que essa é a grande questão da música atual.
    E outra coisa, eu li que não é de graça de graça mesmo, você tem que pagar uma taxa mínima lá pela transação porque é a taxa que o site que faz a venda cobra.

  50. bruna disse:

    Bom tbm fico com essa duvida com relação aos custos que tem para se fazer u disco, e outra a prifissão musico é como uma outra profissão precisa receber o seu salario para poder manter sua vida q não muda só pelo fato de ser músico.Mas a questão da “democratização” da música, vamos chamar assim, é bacana pois mais pessoas vão poder ter acesso a qualquer trabalho se isso der certo mais o Radiohead tá dando um grande passo fazendo um teste com relação a isso. E uma outra co0isa bacana é q o poder q as gravadoras tem sobre os artistas também seria uma coisa q iria mudar, o q seria bem vindo, pois temos muitos músicos bons espalhados por ai q não tem oportunidade de gravar seu trabalho e comercializá-lo..agora a sua pergunta Bruno tbm não consigo imaginar a resposta rsrs….

    bjo

  51. Paulo Alencar disse:

    É fácil tomar uma decisão dessas quando se é uma banda estabelecida comercialmente.
    Entendo que nos metemos num caminho sem volta. Não há como ir contra a troca de música na Internet.
    Entendo que daquipra fente a música vai ser o cardápio e o show vai ser a refeição.
    O que vai acontecer com a FM? Não sei…
    Mas penso que os ritmos mais fáceis serão cada vez mais explorados. Vem mais Calypso por aí…

  52. Gabrielgbj disse:

    Bom…Existem várias formas de se ganhar dinheiro na internet.
    A mais comum é atraves de patriocinios na página de download. Se ele cobra 1 dolar por download por patrocinadores, e ele tiver 3 baners na página…pronto…ja foram 6 milhoes..
    em uma semana de venda… iso sem contar com as doações dos fãs. Sem falar que não houve custo em produção de material do CD.
    Além do mais, quanto mais pessoas baxarem, maior a chance de MAIS pessoas conhecerem o disco, e MAIOR o numero d epessoas que se identificam, e MAIOR o numero de pessoas pra poderem ir num xou deles.
    Pode ter certeza que isso foi totalmente calculado por eles…ehehhe…
    Sem contar…que essa ousadia vai chamar AINDA mais a atenção do publico..
    =D

  53. edney disse:

    O álbum vale muito ficou muito bom, mais eu Tb não paguei pra baixa compreendo a dificuldade de fazer um álbum mais Radiohead pode se da o luxo de fazer isto afinal os antigos álbuns renderam muito e creio que como eu todos os fa ja gastaram um grana comprando album anteriores …

  54. Rodrigo disse:

    Bruno, desde que o mundo é mundo, todas as tentativas de seres humanos de “acertar” qual o preço de uma determinada mercadoria deram profundamente errado. Na Rússia, final do regime, valia a pena sair do interior, de avião, com uma caixa de maçã e vender em Moscou. Ninguém, isoladamente, pode “acertar” preço algum, até porque não existe preço certo para nada. Pensa aí em todo o processo que existe para que chegue 20 litros de gasolina dentro do teu carro, desde a perfuração lá no meio do oceano pra extrair petróleo. Qual o preço certo da gasolina?

    Não adianta cara, determinar preço é atribuição do mercado, aliás é só pra isso que ele serve. O ponto é que o mercado das gravadoras é oligopolista, elas têm forte poder e se não diminuíram o preço é porque estão ganhando bem assim, ainda. Agora, se os músicos dão às gravadoras o direito de explorar sua música, é porque recebem algo em troca que vale a pena. Do contrário, as bandas migrariam pra cena “independente”.

  55. Acredito que muitos valorizam sim, o trabalho de toda a produção de um álbum, sabemos que existem profissionais qualificados e dedicados em tornar o trabalho dos músicos “palpável”, isto é; toda a produção de um álbum até a sua comercialização em lojas. Só penso que com o conforto, rapidez e facilidades inerentes a internet, poucos pensam nesse trabalho na hora de escutar seus artistas favoritos. Eu mesmo represento um desses milhões de downloads… ao criar o CD e comercializá-lo por preços tão injustos, a indústria fonográfica cavou a própria cova: perdia-se a qualidade do vinil (não mais produzido), permitia-se a fácil cópia de uma mídia tosca como o disco compacto e tudo isso a preços exorbitantes. Infeizmente, sabemos que não é só a indústria quem perde com isso, mas sim artistas e profissionais do ramo. Uma questão ainda sem solução.

    Quanto ao álbum, achei Reckoner a melhor sem sombra de dúvida! Me lembra uma “suposta” continuação de I might be wrong, só que num tom mais baixo.

    Abraços!

  56. Tati Maria disse:

    Quanto custa um disco?
    Custa a satisfação do fã. O quanto ele se identifica com o trabalho do artista.Cabe a ele ter a plena consciência de que as músicas estando em cds ou para download são um trabalho e tem seu preço.

  57. Anônimo disse:

    O principal assunto em pauta, no mundo da musica, é esse. Você não ia ficar de fora, né?

  58. Daniel Jr disse:

    Eu continuo achando que se as gravadoras chegarem a um preço mais justo para venda de cds, o fã de uma banda (usemos como exemplo os Los Hermanos) prefere ter o cd fisicamente em mãos, do que baixar ou comprar um material pirata. Já foi comprovado que é possível pagar todos as necessidades de uma produção fonográfica com valores mais módicos. Bandas das quais eu sou fã, só tenho cds originais. Bandas que quero conhecer, procuro os compartilhadores para ouvir o som. Talvez Bruno, o formato capa + encarte + caixinha de acrílico também deva ser re-pensado, em busca de novos padrões.

  59. Laila disse:

    Desculpe minha ignorância sobre assunto mas… Quando, num caso como esses, a venda dos discos não é suficiente para dar um resultado satisfatótio em relação aos custos de produção, a solução seria tentar lucrar com shows e apresentações?

    Adoro seu blog!
    Pq cancelaram o blog do Camelo que tinha antes? =

  60. Jieli disse:

    Bahhhh!
    Amo o Radiohead!!!
    Todas as musicas!!!
    E assumo:Só tenho 1 cd que eu comprei “Ok Computer”. O resto tudo baixado.
    Mais essa é uma iniciativa histórica, pq pra mim o Radiohead vale bastante, mais também não sei quando eles valem em dinheiro$$.
    Mais é bom, saber quanto eles valem mesmo?!!!
    Não o que a produtora acredita que eles valham.
    Sei que tem muita gente envolvida com esse trbalho, e talz, mais os caras ganham muito…muito mais que nosso sálario minimo…MUITO mais! Acho que tbm vale a pena, pensar em quanto eles valem, e quanto nosso bolso pode pagar!
    Quando souber a resposta postarei aqui!

    Beijão!

  61. Maria disse:

    Quanto custa um disco?
    Custa a satisfação do fã. O quanto ele se identifica com o trabalho do artista.Cabe a ele ter a plena consciência de que as músicas estando em cds ou para download são um trabalho e tem seu preço.

  62. Maria disse:

    Meu post nunca sai…….

  63. Já pensou em música sem pensar em milhares de vendas?
    A um bom tempo vivo disso com uma merreca que da pra me sustentar, a MINHA paixão é tão grande , que nunca cogitei o sucesso em larga escala como a única maneira viável pra seguir vivendo de música.
    O resto é simples: CD É COISA DO PASSADO!
    Obrigado por censurarem meu primeiro post.

  64. Paulo Alencar disse:

    Depois do MP3 player e da cultura do aperitivo ficou difícil seguir o conceito de disco criado pelos Beatles.
    Só compra discos de bandas que realmente gosto depois de ouvir um pouco na net.
    Desculpa a tietagem, mas todos os meus discos dos Los Hermanos foram comprados em lojas (físicas e virtuais). O preço bom ajudou bastante.

  65. Maria disse:

    Concordo plenamente com o Rafael Appelt! O meu pai é músico, nunca esteve na mídia e passou a minha infância ralando, de show em show.

  66. Anônimo disse:

    Você pode nos responder: não dá pra viver de shows?

    Camilla Elizabeth
    [email protected]

    Um beijo.

  67. KK disse:

    Um disco pode valer 1 real ou ter um valor imensurável. Como medir o valor de “Os Saltimbancos” enquanto referência musical da infância? Qto meus pais teriam que pagar a Chico por seu clássico infantil ter entretido seus 3 filhos durante horas, dias, meses? Como atribuir um valor ao disco (Caetano e Chico juntos de 1972) que embalou o início de namoro dos meus pais? Qto eu pagaria a Ed Motta por ter lançado seu disco em Salvador, onde comecei a namorar meu marido e amor da minha vida? Como dizer qto vale o single de Anna Julia que ganhei em 1999 de presente onde passei a conhecer vocês? E Los Hermanos? E Ventura? E 4? Não dá pra estipular um valor para algo que mudou nossas vidas em algum sentindo!

  68. Lincoln dos Prazeres disse:

    Quanto vale o disco? Quanto vale essa foto? Quanto vale aquilo e aquele outro? O mundo está degenarado exatamente pelo modo como as pessoas entregam-se a valores. Pra tudo tem que trocar moedas, até mesmo uns minutos no banheiro . Queio raio!
    Considero a atitude de Thom Yorke e Cia até pela polêmica, mas creio que não pensaram em outra cousa senão: “quanto vamos ganhar com as próximas apresentações?” Agora se me dá licença, pois estou gastando tempo escrevendo esse comentário e tempo tem valor inestimável!

  69. Bruna disse:

    O Radiohead deu um grande passo para a legitimação desse relacionamento entre música e internet que até agora se mostrou conturbardo. É claro que é muito difícil que a indústria fonográfica -gravadoras e músicos- aceite que o seu produto seja comercializado de forma gratuita: e o lucro, e o custo? Porém é impossível remar contra o tsunami que virou a prática de se obter músicas livremente; acho bacana comprar CDs ainda hoje, ter aquele encarte bonito, a caixinha pra colocar na prateleira daquela banda supimpa (amo)! Há outra vantagem? Tá, a qualidade do som; mas não é muito mais prático aquele mini-aparelho prático de manusear e transportar e que comporta um número incrível de músicas? Apesar do medo que dá ver o fruto de tanto trabalho e gasto ser disponibilizado livremente, sem a expectativa de retorno financeiro, é louvável a atitude de se dar um voto de confiança à rede que mais divulga música atualmente. Mesmo a um preço irrisório a quantidade de pagantes fez com que o Radiohead lucrasse alto em 6 dias.

  70. Josiane disse:

    Olá!
    Não sei se procurei direito, mas parece que não há a continuação da história do quarto 711. Estou certa?
    Fiquei curiosa!
    Adoro ler o seu blog…

    Abraço…

  71. caio oliver disse:

    Medina..
    Talvez estejamos passando por um iluminismo do mundo fonográfico..
    A idéia de pagar o quanto quiser nos leva ao iluminismo que esse mundo presenciou onde artistas de rua… sendo eles músicos, atores, mímicos, palhaços… faziam suas apresentações em praças públicas e recebiam gorjetas dos que assistiam e gostavam.
    Vale lembrar que esse é apenas o âmbito virtual. Quando as pessoas querem o físico, hoje!, é porque querem o físico mesmo. E é essa cultura que tem que valer.
    Pagar o quanto achar justo pelo arquivo virtual… (eu paguei 2 libras no in rainbowns), e pagar pelo físico, que é um patrimônio mais concreto… o valor estipulado. Sem muitos exageros, é claro.

    Fora isso, eu, você e todo mundo que vive de shows, seja em cima do palco ou nos bastidores… sabe que é isso que dá dinheiro mesmo pra um grupo musical.

    Desconfio bastande do 5º album de vocês serem assim…
    Assim vcs terão uma estimativa mais fidelizada do número de ouvintes de vcs. E continuaram ganhando com cds e dvds, ok

  72. lucas santos disse:

    Bruno a meu ver os custos das gravações e produção da gravação do cd vai ser custisdo pela banda q sobreviveram dos shows e n mais dos direitos autorais das vendas dos cds.

  73. vini disse:

    de 5 a 15 reais
    5,o disco cru,sem capa nem nada
    15,o disco cheio de fotos e extras(msm assim é bm caro).

  74. Carolina disse:

    O ultimo cd do los hermanos que eu comprei em menos de um mês paguei 24 reias aqui em Uberlandia, o Ventura, que por sinal considero o melhor album de vocês, porem acho que ele vale muito mais. Ja o Radiohead nao sei quanto valeria um cd deles, tem que avaliar a qualidade, mas sem desconsiderar que a banda tambem teve gastos para produzi-lo…

  75. Anônimo disse:

    Cara, eu ri muito lendo isso:

    “A gente fez dois arranjos, gravamos de três jeitos diferentes. Um com a banda, outra com eu e o Bruno fazendo sapateado…”

    Como assim? Gravando o chão?

    “É sério! A gente fazendo umas batidas de sapateado. Gravação ridícula, cara! Eu e o Bruno suando pra c******, “pô, difícil essa m****!” (risos). A gente gravou dobrando, pra dar aquela sensação de que era uma porrada de gente sapateando. Depois fizemos uma versão com percussões. Esses três arranjos foram gravados.”

    (entrevista do Kassin)

    Sério Bruno, Los Hermanos faz falta cara :~

    Dois beijos, Camilla Elizabeth!

  76. fernando lima disse:

    eu só acho que nunca pagaria o q vale a musica

  77. Júlio! disse:

    Eu gosto de cd…capa bonita e letras… =(

  78. Anônimo disse:

    … mais do mesmo. Apesar de ser uma universitária descapitalizada e me beneficiar com a troca de arquivos pela internet, eu espero que um dia a indústria fonográfica encontre uma forma de proteção efetiva dos direitos dos autores. É óbvio que não se poderá regressar aos patamares anteriores, mas algum tipo de retribuição é muito mais do que justa.

  79. Luiza disse:

    Apesar de concordar que a era ” moleza” passou, tenho que dizer que o comentário do Rafael Appelt é completamente absurdo. Não sou artista, não tenho parentes na área e não trabalho com nada relacionado, mas pelo amor de Deus, dizer que o artista não tem direito de lucrar com a sua obra é ignorância.
    … mais do mesmo. Apesar de ser uma universitária descapitalizada e me beneficiar com a troca de arquivos pela internet, eu espero que um dia a indústria fonográfica encontre uma forma de proteção efetiva dos direitos dos autores. É óbvio que não se poderá regressar aos patamares anteriores, mas algum tipo de retribuição é muito mais do que justa.

  80. k-marad disse:

    Los Hermanos não fazem algo parecido no momento em que disponibilizam seus 4 discos online em seu website? Bom, graças a isso pude conhecer melhor a banda e me tornar fâ do som deles. Depois de um tempo, comprei os 4 discos de uma só tacada antes de uma viagem longa que fiz. Hoje no trabalho, continuo ouvindo as musicas atraves do site. Mesmo que a qualidade seja inferior à do CD, as rádios online me parecem uma boa pedida. Agora se o sujeito quiser ter o arquivo mp3, o papo é outro. No fim me parece obvio que muita gente vai ser desempregada!

  81. Luiza Duarte disse:

    Pelo visto fiz uma besteirinha ao colar os comentários (que não couberam em um espaço) e meu comentário abaixo acabou ficando sem sentido. Colei repetido um pedaço e apaguei outro.
    O que quis dizer era que a finalidade da proteção aos direitos autorais é justamente incentivar o investimento por parte dos fornecedores (no caso, as gravadores). As mesmas, investindo em algumas centenas de artistas, teriam lucro e prejuízos, sendo que o lucro de umas incentiva a tentativa das empresas com outras. Sem essa receita, as gravadores não se arriscam com artistas novos e preferem gastar seu dinheiro com o que tem retorno mais ou menos garantido: os “ao vivos”, coletâneas, acústicos, etc. Ou seja, “mais do mesmo”. A culpa é nossa, e nós mesmos sofremos as consequências, mas não nos damos conta disso.

  82. Fredy disse:

    Música não tem preço… afinal de contas basta pegar um violão e um cantor afinado para termos uma música… O que tem valor é o processo de gravação e distribuição desta música, onde todo mundo quer lucrar… A gravadora lucra sobre o artista, o empresário lucra sobre o artista, o lojista lucra sobre o artista e o consumidor banca enquanto pode e enquanto acha justo…
    Também acredito que as bandas poderiam disponibilizar suas músicas na internet, tudo free… assim seu trabalho seria muito mais difundido e muito mais pessoas prestigiariam a banda num show. Afinal não tem nada melhor do que conferir ao vivo.
    Música não tem preço, é intangível, é uma forma de expressão muito pessoal que quando é lançada no ar em forma de ondas sonoras, pode ou não encantar o ouvinte… O sucesso, assim como em qualquer profissão, vem por consequência de um trabalho bem feito.
    Abraço!

  83. Anônimo disse:

    Boa música não tem preço.
    O “In Rainbows” do Radiohead não tem preço.
    Por mais que se pague, o valor de seu trabalho sempre será superior. E disponibilizar para download é mais uma maneira de mostrar ao mundo a personalidade da banda, e sua superioridade. O fato é que o cd estaria disponível de qualquer maneira, “free” para download na internet, tendo eles liberado ou não. E, pelo que se tem percebido, os fãs estão fazendo questão de pagar. O maior lucro do artista se dá através dos shows…Essa foi mais uma iniciativa inteligente de uma banda que não está entre as melhores do mundo por acaso.

  84. ju disse:

    preço é relativo
    se tu tá disposto a pagar 50 pau num disco de pop hoje, é pq ele te vale mais que isso.
    se tu não está disposto a pagar nem 5 num de reggae, e prefere tê-lo com um simples clik na internet, pode ser qeu ele te valha menos.
    ahhh na verdade eu não sei é de nada.
    música boa, não é simplismente comprada.
    concordo que o artista deve ter seu ganho, aliás, querendo ou nao, musica é comida.
    mas como fã, vejo a materialização do trabalho nas apresentações, que é onde o fã, está ali, sendo envolvido no trabalho, ‘pagando’ o preço justo, e estipulado.
    falei m****
    bj bruno

  85. Pedro Henrique disse:

    Quanto vale. Boa pergunta.
    Se por um lado a idéia do Radiohead inova e democratiza o acesso à música, por outro lado e, relativamente, prejudica os profissionais da dúvida. Acho louvável tal esclarecimento que você fez – enquanto profissional da música – mas há também que se perguntar que, afinal, o In Rainbows envolveu uma série de profissionais que foram pagos por seus serviços. E no limite, 2 milhões de discos a 1,19 libras rende uma boa quantia, que caso não fosse feito assim, não chegaria às mãos dos músicos.
    Por mais controversa que a questão seja – e ela o é – acho que o Radiohead deu um importante passo na busca pelas soluções dos problemas que envolvem o mercado fonográfico. Mesmo porque – e você enquanto fornecedor deve saber disso melhor que todos nó – as amarras que o mercado fonográfico prende aos músicos os prejudica muito.
    No mais, parabéns pelo blog.
    Seus textos compensam a ausência da música.
    Abraço.

  86. érica guimarães disse:

    o preço é algo relativo msm…pois um preço baixo, diminui a pirataria, democratizando o acesso pelos fãs, mas também tem o lado das milhoes de pessoas q trabalham na concretização de um disco…porém n se pode esquecer q as gravadoras ficam com grande parte!!

  87. jarleo disse:

    acho que o custo do processo de gravação poderia ser pago por algum patrocinador. Por exemplo: Los hermanos resolve gravar um cd independente, então um patrocinador arcaria com os custos da gravação e em troca disso teria a logomarca exposta no site da banda e tbm no cenário dos shows. Sendo assim, o cd já sairia pago, a banda poderia vendê-lo a qualquer preço. O lucro ficaria por conta dos shows mesmo.

  88. Mario disse:

    Os caras já conseguiram arrecadar Um Milhão e seiscentas mil libras, o que dá em torno de Seis milhões e quatrocentos mil reais….hummm…nada mal para um álbum “da internet” hein?

  89. dandara disse:

    o que eu acho curioso dessa história toda, é um terço dos ‘fãs’ não ter pago nada. como assim, você é fã de uma banda e acha que o cd dela não vale nada? curioso (:

  90. vitor hugo disse:

    Bem, todos os meus cds dos Hermanos, foram muito bem utilizados, na seguinte forma.
    Eu ripei todos eles pra mp3, pra poder ouvir no mp4, ja li todas as frases dos encartes e ñao foi apenas uma vez, e essa satisfação não tem preço, de ver uma foto, ou uma coisa q nos faça sorrir, como encarte do ‘ventura’, que abre e tem aquele navio e tal….
    Seria até legal, se um cd custasse por exemplo, 40 reais, e o artista ganhasse pelo menos 20 desses 40, coisa que não acontece, né?
    Um cd é caro??
    Sim!!!
    Mas pior ainda, é a injustiça que o artista sofre ao ganhar o mínimo em cada bolachinha vendida, tendo ele feito um trabalho tão bom!!!
    O Radiohead está de parabéns, por ter cara de fazer uma ‘loucura dessas’, aqui no Brasil temos O Teatro Mágico, que pensa de uma forma parecida, né?
    Enfim……
    Viva a música sem fronteiras….

  91. sérgio disse:

    gostaria de saber quantos downloads teriam (mesmo de graça) se eles não fossem quem são.
    o interessante é que eles se projetaram as custas do investimento da gravadora e só por isso podem agora se dar ao luxo de serem autônomos. meio parecido com o Lobão que só vendeu aquele tanto na banca porque era um famoso que pregava a independência (deu no que deu). queria ver se o Lobão ou o Radiohead distribuissem seus “discos livres” com outro nome sem que pudessem ser reconhecidos. quanto venderiam?
    quem aqui baixa musicas de desconhecidos?
    não defendo as gravadoras mas isso que aconteceu com o Radiohead ainda é em decorrência da existência delas.

  92. Rafael Appelt disse:

    Luiza,
    Não disse que “o artista não tem direito de lucrar com a sua obra” só acho que eles não devem ESPERAR fazer dinheiro vendendo cópias. Sempre vai existir uma forma de escutar as músicas sem pagar. A realidade mudou e ficou uma choramingação chata por conta disso.
    E respondendo sua tentatvia de insulto: Certamente sou ignorante. Sei muito pouco, praticamente nada. Falta-me muito conhecimento e sabedoria.
    Saudações



Formulário de Busca


2000-2015 globo.com Todos os direitos reservados. Política de privacidade