Globo Mar participa de treinamento de sobrevivência em alto mar
Qual é o pior pesadelo de quem está no mar em uma embarcação? Com certeza, é o naufrágio. Várias situações podem transformar esse medo em realidade, e o Globo Mar viveu essa experiência.
Nossa equipe teve de abandonar o navio e passou horas à deriva. A repórter Poliana Abritta enfrentou frio, falta de comida, e aprendeu algumas técnicas que ajudam a aumentar as chances de sobrevivência.
Saímos de Niterói, no estado Rio de Janeiro, na Fragata Independência até Arraial do Cabo, após quase sete horas de navegação. “A fragata é um navio de proteção. A função clássica é prover proteção a navios de maior valor estratégico, navios mercantes, navio tanque, um porta-aviões, um terminal petrolífero. Ela também realiza outras atividades, como, por exemplo, as operações de socorro e salvamento”, explica o capitão-de-fragata Reale, comandante da F44.
A Fragata Independência é um navio de guerra e, mesmo em tempos de paz, os treinamentos são uma rotina. Durante a viagem até Arraial, a tripulação simula um alagamento. Primeiro, os marinheiros cortam a energia do compartimento. E a bomba elétrica, ligada em outra parte do navio, começa a puxar a água.
Mas o que pode provocar um furo no navio? “Uma batida em uma pedra, um impacto de torpedo, ou uma rede de água do navio que se rompe e a gente utiliza outros métodos para combater o alagamento”, explica um dos marinheiros do navio.
Todo mundo que embarca em um navio, militar ou civil, recebe instruções de como proceder em caso de acidente. Se for preciso abandonar o navio, em qualquer emergência em que soe o sinal de abandonar o navio, todos devem saber, assim como todos os tripulantes, para onde tenho que se dirigir. Para o lançamento ao mar, o tripulante tem que saltar do navio a uma altura de 10 metros. “A gente se joga ao mar, e buscamos entrar nas balsas posteriormente”, informam um dos tripulantes.
E o Globo Mar encarou o desafio. A repórter Poliana Abritta e toda a equipe do Globo Mar trocaram de roupa para viver uma experiência única, uma situação limite de um navio: abandonar o barco.
Instrutor passa orientações para náufragos em alto mar
No mar, a regra é que, para trabalhar embarcado, é preciso passar por um treinamento que começa em terra. Depois do aprendizado, é hora de cair na água. Poliana entra no mar acompanhada dos instrutores de mergulho Alex e Fábio. Ele ensina a repórter a usar o próprio macacão como uma bóia no caso de um naufrágio. O mesmo pode ser feito com uma camiseta, uma blusa, com o que a pessoa tiver vestido no momento.
A primeira orientação, quando alguém cai no mar, é manter os joelhos flexionados, na posição fetal, para se aquecer. “A temperatura corporal pode abaixar muito, e a pessoa pode entrar em hipotermia. E é uma das coisas que pode levar à morte numa situação de sobrevivência no mar”, explica do sargento Fábio, instrutor de mergulho.
Outra técnica para esquentar é o aquecimento em grupo: “Cada náufrago transmite uma sensação de calor para o outro, e assim a gente consegue um aquecimento generalizado do grupo, porque a água realmente está gelada”, afirma Alex.
Em seguida, o problema é alcançar a balsa. E o grupo realiza, então, o nado coletivo. “Em uma situação de sobrevivência no mar, o deslocamento em grupo é mais eficiente. Então, para eles chegarem até a balsa, eles têm que fazer essa chegada em grupo”, destaca do sargento Fábio, instrutor de mergulho. Mas o nado coletivo não deu certo e cada um deu um jeito de chegar até lá.
Balsa tem ração sólida e líquida com duração de seis dias
No próximo exercício, ficamos à deriva, no litoral do Rio de Janeiro, em uma simulação de naufrágio, na Enseada do Forno, em Arraial do Cabo. Na balsa, cabem 15 pessoas. Nela, tem um kit de sobrevivência. A ração sólida e líquida tem duração de seis dias. E para nossa surpresa, no meio do kit sobrevivência encontramos bala de goma e chiclete: “a bala é amido, que se transforma em glicose após a digestão, e isso nos fornece energia para esse período de sobrevivência. O chiclete é para nos dar aquela sensação de saciedade, porque mastigando chiclete você saliva, e isso nos deixa com a sensação de que já bebemos água”, explica Alex.
Encontramos também sachês de água potável, em pequena quantidade, 50 ml, para as pessoas se saciarem com pouca quantidade. “Primeiro, você vai molhar a boca para dar uma sensação de saciedade e depois vai ingerir. Na parte externa da balsa, tem calhas que concentram a água que cai na parte superior da balsa, água da chuva, e a gente pode coletar por meio da mangueira”, aponta Alex.
Mas e se acabar a comida e a bebida? “A gente já falou do recolhimento da água da chuva, que vai nos fornecer água, e a gente tem um kit pesca. Como gente está no mar, o natural é que a gente tente pegar algum peixe”, declara o instrutor.
Para ajudar na localização da balsa e no resgate, é importante nos mantermos o mais próximo possível do local do naufrágio. Para isso existem âncoras. “A última posição conhecida da embarcação é onde o pessoal vai concentrar as buscas. Se a gente derivar muito dessa posição, as chances de se encontrado são muito menores”, declara Alex.
O grupo pode tentar se esquentar remando, mas é a esponja que faz a diferença para diminuir o frio. “É importante que a gente mantenha o ambiente seco para evitar ulcerações, devido à umidade”, diz o professor.
O grupo fica na balsa por algumas horas, até que Alex solta o sinalizador para, então, começar a operação de resgate. Um a um, todos os náufragos começam a ser resgatados.
Polana participa de treinamento com helicóptero
No dia seguinte, o resgate é outro: de helicóptero. A repórter Poliana Abritta entra numa piscina e, como é um exercício, vários mergulhadores estão na água com ela. Após o treinamento, chega a hora de ir para o mar. A diferença é que a água salgada arranha o rosto e, com tanta água, ela consegue nem enxergar o helicóptero. De repente, um dos mergulhadores a segura pelas para começar o resgate. “Nós aprendemos a lidar com afogado em desespero. Aprendemos judô aquático, que é para imobilizar o afogado na água. A gente tem que chegar com energia falando: ‘aqui é o mergulhador de resgate, mantenha a calma, que a senhora será resgata’”, conta o profissional.
Tudo é muito rápido e confuso, por causa do vento e da água. “A maior preocupação é não perder os náufragos e os mergulhadores do visual. O tempo todo o fiel da aeronave, que é quem fica na porta, ele tem que estar passando a posição para o piloto, porque a gente perde referências em virtude da visão periférica”, explica o piloto.
Eles prendem a repórter ao sling, uma alça que envolve o corpo e que está ligada ao cabo que vai puxar o náufrago. Depois, amarram os braços da Poliana com um cinto de segurança. São 40 metros de altura. Ela mantém as pernas afastadas para diminuir o balanço do cabo e evitar que seu corpo comece a girar por conta do vento. Até que ela chega ao helicóptero. “A sensação que eu tinha é de que seria uma coisa conturbada. Eu estava com medo desse cabo arrebentar, eu estava com medo de cair lá de cima, mas não. O helicóptero é muito estável”, revela Poliana.
“É uma aeronave grande que tem grande capacidade principalmente para esse tipo de missão, a missão de resgate. Não existe satisfação melhor do que saber que a gente conseguiu resgatar uma pessoa que estava em extrema dificuldade e não sabia se realmente conseguiria voltar pra casa”, afirma o piloto.
13 abril, 2012 as 11:37 am
Muito bom esse programa pena que é muito tarde, deveria ser em horário, nobre, traz muita adrenalina até para quem assiste.
13 abril, 2012 as 3:54 pm
Em outra oportunidade já havia parabenizado este programa e ratifico aqui meus parabéns outra vez a toda a equipe do Globo Mar. Sempre proporcionando, a nós telespectadores, além do entretenimento, conhecimento e cultura. Parabenizo em particular a Poliana Abritta que, saindo dos estúdios, teve também um ótimo desempenho neste tipo de matéria e programa o qual não estamos habituados a vê-la.
13 abril, 2012 as 6:28 pm
PROGRAMA EXCELENTE. CURTI MUITO… MAS DEPOIS PELA INTERNET. PENA SER NUM HORÁRIO TÃO TARDE POIS MUITAS PESSOAS DEIXARAM DE VER.
13 abril, 2012 as 8:43 pm
Programa sensacional. Parabéns para a Reporter Poliana Abrita e sua equipe pela garra. Certamente para quem vive cobrindo a vida política de Brasília não foi fácil essa aventura marinha.
13 abril, 2012 as 11:17 pm
A reportagem foi excelente!!! pena que programa é muito tarde, mais valeu…
14 abril, 2012 as 9:44 am
Caramba! o que fizeram com a Poliana, sempre bonita, bem vestida dando notícias de Brasília. De repente jogam nesta tarefa mas mostrou competência aliás o que não é novidade. Ótima reportagem. Sou jornalista e parabenizo também os Repórteres Cinematográficos que nos colocaram dentro da real situação. Show!
14 abril, 2012 as 11:09 am
Parabéns a toda equipe pela matéria, sugiro que nos próximos programas haja uma matéria sobre a pesca predatória em nosso litoral, e a dificuldade de se encontrar algumas espécies endemicas das ilhas Cagarras/RJ, onde não se encontra mais Anchovas, Garopas e outros por falta de fiscalização.
14 abril, 2012 as 1:41 pm
Gosto muito do prpgrama ,espero que tenhan outras reportagens taõ boa quyanto esta., parabêns
14 abril, 2012 as 8:48 pm
Reportagem onde mostra que nossa Marinha, mesmo em tempo de paz, está sempre preparada para enfentrar situações adversas onde arrisca a prórpria vida para salvar o cidadão em perigo. Parabéns ao Globo Mar que proporcionou essa reportagem.
14 abril, 2012 as 9:01 pm
Esta é uma oportunidade de muitos Brasileiros a darem valor a nossas forças armadas, pois ainda temos muitas pessoas de valor neste gigante que é o BRASIL….
14 abril, 2012 as 9:38 pm
Reportagem excepcional! Uma das melhores do gênero que eu já vi até hoje. Parabéns à repórter Poliana e à toda equipe. É de extrema importância que a população brasileira saiba que nossa Nação contém profissionais altamente capacitados para uma situação de risco em alto mar. E a reportagem transpareceu isso de forma muito clara. Realmente, a coragem e determinação de Poliana e todos que participaram da reportagem é admirável!
O resultado não poderia ser diferente: uma reportagem de tão alto nível como a exibida.
Meus sinceros elogios!
14 abril, 2012 as 10:46 pm
Parabéns a Equipe e a Globo por mostrarem sempre coisas ou atividades pouco conhecidas pela maioria do povo brasileiro, uma pena que a maneira mais fácil de assistir é através da internet, devido ao horário do programa. Um abraço.
15 abril, 2012 as 12:14 pm
Ótima reportagem que mereceria exibição em horário nobre
15 abril, 2012 as 7:02 pm
Gostei muito do episódio.A eficiência da Marinha e da repórter Poliana Abritta e toda sua equipe é surpreendente.A dificuldade de passar por todo esse treinamento é perceptiva, em que o Globo Mar tirou de “letra”.
Parabenizo a toda equipe envolvida no treinamento pe Coragem.
26 abril, 2012 as 10:23 pm
Todos os programas da serie sao otimos,mas deveriam ser apresentados num horario mais cedo,por exemplo no globo reporter das sextas-feiras,que infelizmente ultimamente so tem apresentados temas enfadonhos e repetitivos,sbre animais e ou flora . ;OUtro horario poderia ser nos sabados a tarde ou a noite antes das 22:00h,parabens ! e espero que voces atendam as reinvindicacoes dos teleespectadores.
30 abril, 2012 as 11:39 am
Olá, a matéria da última sexta já saiu? Do dia 28 de abril? Gostaria de assistir sobre o campo nas ilhas cagarras ao qual eu faço parte. Grata,
Bruna
1 maio, 2012 as 7:38 pm
adorei o programa pena que passa tao tarde deveria passar em horário nobre
12 maio, 2012 as 3:26 pm
Cada Dia as Reportagens Tem Se Superado Mais e Mais .
Parabeins Pelo Ótimo Trabalho !
25 maio, 2012 as 9:32 pm
Parabens Globo Mar, lamento o programa ser tão tarde, podendo ser em horário nobre como tantos outros, nota 10, traz, conhecimento sobre o mar, a marinha e sobrevivencia.
22 abril, 2013 as 2:44 pm
Nossa, adorei uma matéria incrível uma pena ser exibido tão tarde, podia ser mas cedo.