Expresso para o Nirvana
Jill Bolte Taylor é uma neurocientista da universidade de Harvard, em Boston nos EUA. Jill tem um irmão com esquizofrenia e essa foi a razão pela qual ela decidiu dedicar sua carreira ao estudo de doenças mentais. Como cientista, queria entender como o cérebro consegue captar sinais do ambiente, transformá-los em sonhos e depois em realidade. O irmão de Jill não consegue captar esses sinais da realidade e por isso vive isolado. A pesquisa dela era justamente comparar as diferenças biológicas entre os cérebros normais e os daqueles com doenças neurológicas.
Numa manhã de dezembro de 1996, Jill passou por uma experiência única, que muitos neurocientistas só chegam a conhecer de forma teórica: teve um derrame que a levou direto ao nirvana. Uma veia explodiu no hemisfério esquerdo e durante quatro horas ela acompanhou seu cérebro deteriorar e perder a capacidade de processar qualquer tipo de informação. Não podia falar, andar ou lembrar de qualquer episódio de sua vida. Estava ausente.
O cérebro humano possui dois hemisférios, conectados por um feixe de 300 milhões de fibras nervosas conhecido como corpus caloso. Numa analogia computacional, podemos dizer que o hemisfério direito funciona como um processador paralelo enquanto que o esquerdo funciona como um processador serial. Justamente porque eles processam informação de formas diferentes, cada hemisfério é responsável por tarefas distintas.
O hemisfério direito é responsável pelo visual e intuitivo. Informações que chegam pelos sistemas sensoriais são conectadas e formam uma imagem de um determinado momento. Dessa forma, o hemisfério direito é o responsável pela sua inserção no ambiente. Para essa parte do cérebro, não existe uma definição do “eu”, tudo pertence a um mesmo momento, somos todos a mesma coisa pois estamos juntos naquele mesmo instante.
O hemisfério esquerdo é bem diferente, processa a informação de forma linear e metódica. Considera as ações sempre no passado e no futuro. É o lado do cérebro responsável pela triagem das informações adquiridas no momento presente, classificar cada detalhe, associando com lembranças do passado e projetando as diversas possibilidades no futuro. Ao contrário do hemisfério direito, o esquerdo usa uma linguagem verbal e não visual. Esse hemisfério exclui o indivíduo do resto, pois é o responsável pelas conseqüências das ações do “eu”.
E foi justamente o hemisfério esquerdo o afetado no cérebro de Jill. Depois de sentir uma sensação dolorosa atrás do olho esquerdo, ela começou a perceber que os músculos estavam ficando rígidos. Com esforço, conseguiu chegar no banheiro onde perdeu o equilíbrio e se apoiou na parede. Foi ai que teve uma das mais estranhas sensações, pois não conseguia mais focar nos limites do próprio corpo, como se os átomos do seu braço estivessem se misturando com os átomos da parede. A percepção física do limite de seu braço não era mais o encontro da pele com o ar.
Jill descreve esse momento como se fosse a realização de que tudo está conectado numa mesma massa energética. Seu cérebro pôde apreciar o que estava acontecendo mas sem compreender nada, pois a experiência fugia daquelas do seu dia-a-dia. Momentos mais tarde, ela compararia esse sentimento com o “nirvana”, como se o derrame tivesse sido dado a ela a oportunidade de experienciar algo mágico. Naquele momento, ela perdia toda a bagagem sensorial que carregava desde o nascimento e se sentia livre. Estava viva apenas no presente e em total equilíbrio com o ambiente ao seu redor. Esse sentimento trouxe a ela um respeito maior pelas coisas que a cercam.
Quando você faz parte de um grupo, você respeita isso, para ela o grupo naquele momento era o universo. Imagine se todos tivéssemos essa oportunidade?
Após alguns minutos nesse estado, o hemisfério esquerdo começou a funcionar e chamar a atenção da consciência de Jill: alguma coisa estava errada e ela tinha que agir. Foi aí que perdeu o movimento de um braço e só então percebeu que estava tendo um derrame. Conseguiu então chamar por ajuda e sobreviveu. Uma cirurgia que retirou um coágulo do tamanho de uma bola de golf de seu cérebro seguido de oito anos foram necessários para que se recuperasse.
Esse sentimento de nirvana não faz necessariamente parte da experiência das pessoas que sofrem derrame. Algumas observam alteração no humor quando o lado esquerdo é afetado. Jill foi salva porque o derrame não danificou completamente o hemisfério esquerdo, fazendo com que recuperasse a consciência serial e buscasse por ajuda.
O hemisfério esquerdo é responsável pelo ego, contexto, tempo e lógica; enquanto que o direito se dedica a empatia e criatividade. Na maioria das pessoas, o esquerdo é dominante e a sociedade atual é fruto dessa dominância. Mas para Jill não precisa ser sempre assim, a experiência do nirvana estaria contida dentro do cérebro de cada um, seria uma forma de estabelecer conexões com os outros. Para ela, isso não é um milagre, mas ciência. Desde o episódio, a pesquisadora tem sido contactada por uma série de grupos religiosos que buscam nela uma confirmação espiritual. Mas para ela, religião não passa de uma “história que o hemisfério esquerdo conta para o direito”.
Ou seja, para Jill não precisamos de religião para atingir esse estado. Então como fazemos sem ter que sofrer um derrame? Essa é a grande questão dessa história toda e não sabemos a resposta. A pesquisadora está convencida que exercitar o lado direito com atividades visuais como desenho e pintura, diminui a dominância do lado esquerdo. Interessante notar que diversas linhas de meditação também buscam a imersão no presente através de técnicas de respiração.
Chamo a atenção para a prática de Yoga, diversas evidências descrevem esses exercícios milenares como uma efetiva forma de redução dos níveis de estresse. Mas concordo que isso está longe de propiciar o mesmo sentimento que Jill teve.
Como esse tipo de sensação não dá pra estudarmos em modelos animais, temos que coletar diversas ocorrências em humanos para entender quais as conexões nervosas seriam responsáveis por essa experiência. Enquanto isso não acontece, não custa acrescentar uma nova atividade para quebrar a rotina. Pode não te levar ao nirvana, mas com certeza alguma coisa nova você vai aprender.
17 junho, 2008 as 4:20 pm
Castro
Você está certo. Como você mesmo ressalta, “(…)Quando o assunto é a mente, ninguém tem certeza de nada.”
E é esse exatamente o ponto. Nas primeiras “experiências”, (desprovidas de expectativas ou referências – afinal eram inéditas), simplesmente deixei-me levar. E as “experiências” foram sensacionais, sempre repito. Posteriormente, quis dizer apenas que em “experiências” futuras, não quis me deixar levar puramente pelo sensorial ou simbólico mas tentar “entender” o que aquilo significava (se é que signifcava algo). Nesse momento entra o Ego, e é nesse sentido que reportei o fracasso das “experiências” seguintes.
Fazendo alusão ao texto, parecia uma guerra entre o H.Esquerdo (o qual supostamente abriga o Ego) com o H.Direito (o qual foi liberado/libertado/alterado pelo princípio psicotrópico) : Uma guerra entre o observado e o esperado. E haverá sempre algo esperado a partir do momento em que o experimentador é o próprio experimentado. Foi isso que reportei.
Perceba que isso nada teve de Experiência no sentido literal da palavra (daí as aspas) : não haviam controles, as repetições não eram reprodutíveis; haviam pré-julgamentos e expectativas, etc. E tudo isso explica-se por um motivo muito simples: o experimentador não consegue abstrair-se de toda uma bagagem pessoal e emocional.
É isso que acontece com pessoas que experimentam o DMT por exemplo. Existem relatos de que muitos entram em contato com um organismo dotado de cabelos imensos do tipo rastafári. Oras… O fato de que alguém veja uma criatura assim não quer dizer que essa seja mesmo uma criatura ou que ela tenha cabelos rastafári. Mas a denominação “rastafári” é a referência visual mais comum a todas as “cobaias”. Assim, quando 20 ou 50 delas dizem “Nossa…vi um cara com cabelos rastafári!!!”, isso não quer dizer que de fato houvesse alguém com cabelos rastafári, mas simplesmente (e é uma possibilidade dentre várias) que o termo rastafári seja o referencial gráfico/visual mais familiar a todos os viajantes. Alguém, com outro histórico, poderia dizer “Nossa…vi um pompom gigante!!!”.
Sou amplo defensor das experiências da mente. Apenas alerto que elas de fato não são “experiências” no sentido etimológico da palavra. Essas “experiências” assemelham-se mais a “vivenciamentos”. Cada viajante tem uma bagagem tão única e diversa, que torna muito difícil normalizar os dados segundo uma única idéia. Como você acertadamente disse “(…)Quando o assunto é a mente, ninguém tem certeza de nada.”
E você está 100% correto nisso.
Abrax
17 junho, 2008 as 12:43 pm
Amei o que você escreveu! Inteligente e intuitivo! Mas tenho algo a dizer. Parece incrível, mas no ano de 2008 ainda separamos ciência e religião. Milagre? não existe isso! Não dá forma como as pessoas ainda costumam pensar, como algo divino! O que existe são leis biológicas e físicas agindo em nós, o tempo inteiro. leis naturais totalmente explicáveis.
isso me lembra uma passagem onde Emmanuel fala pra Chixo Xavier: – “Chico se um dia a ciência provar algo diferente da doutrina, segue a ciência e larga a doutrina.”
Há de chegar o dia em que a ciência vai saber explicar as magníficas curas feitas por Jesus e neste dia, deixaremos de ver “divindade” onde não tem e nos render a união da ciência com a religião.
17 junho, 2008 as 8:08 am
Frank,
“Deliberadamente, me propuz a tentar entender o que estava acontecendo durante a experiencia e rejeitar quaisquer simbolismos espirituais da viagem (uma vez que lido com Ciência).”
Não é um pressuposto para a formação de um bom cientista a ausência de preconceitos? Lógico que toda experimentação parte de uma hipótese mínima de trabalho, porém, tentar controlar os resultados (ou se esquivar deles pra se esconder atrás de um escudo de lógicas pré-concebidas) me parece com manipulação de dados, não com ciência verdadeira. Mas ao ler seu texto, me pareceu que, se o dado condiz com sua expectativa, ótimo. Senão… rejeita-se o dado. Isso não é ciência, Frank. É confirmação de achismos.
É uma pena que você não tenha deixado a coisa simplesmente fluir. Poderia ter agora uma opinião própria, ao invés de ficar se embasando na de outras pessoas que pensam parecido com você, mas que não necessariamente tem razão absoluta, pois no terreno dessas experiências, há controvérsias sobre os resultados obtidos mesmo entre os entusiastas mais inflamados, mesmo entre aqueles bastante comprometidos com a parte científica, e não espiritual, da coisa. Quando o assunto é a mente, ninguém tem certeza de nada.
Ao tentar controlar, você perdeu a melhor parte da experiência, que é o sentir. E a vida só vale a pena quando é sentida, não quando é pensada. Boa sorte da próxima vez.
15 junho, 2008 as 10:03 am
A propósito, vc já tomou o relaxante que eu te recomendei??????
13 junho, 2008 as 7:04 pm
Muito interessante o texto, caríssimo Nariz. Como sempre. Vc sempre soube entreter o povo, na já distante “Gruta”, com discussões sobre temas diferentes.
Agora comentário para o Paulo e sua vaca fria. Ou melhor, galinha fria. Até onde eu me lembro, e com certeza posso estar errado, a Ciência já sabe sim quem veio primeiro. Foi o ovo, que surgiu evolutivamente no grupo dos animais que evoluiram para os hoje répteis. Antes, portanto, que houvesse uma galinha para botar ovos.
E Frank, a descrição das suas trips tá muito engraçada! Aprendi desde a primeira vez que o grande lance delas é simplesmente não querer controlar e se deixar levar. Se não, é isso mesmo, rola bad trip com certeza!!!
Abraços!
12 junho, 2008 as 3:30 pm
É verdade Paulo. Você tem total razão…
O problema está todo no Homem. Veja :
” Bom, dexemos as picuinhas de lado e voltemos à vaca fria. Adoro essa coluna, porque a gente pode dizer um monte de besteiras e todo mundo lê, que bom! isso faz parte da democracia. Ah! mas por falar em vaca fria, antes que eu me esqueça, a ciencia não decifrou ainda, quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha.”
Concordamos plenamente nesse aspecto.
E somente nesse.
12 junho, 2008 as 3:03 pm
Creio que o estudo das terminações nervosas envolvidas em processos mentais não levará a lugar algum. Isto é como tentar desvendar o funcionamento de um computador observando apenas o monitor do PC com óculos translúcidos. Quanto tempo levaria para descobrirmos as dezenas de linguagens de programação utilizadas? Nunca! Nestas áreas o cientista deve ser a cobaia. É totalmente improdutivo estudar alguém capaz de atingir estes estados especiais de consciência. Os estudiosos envolvidos é que devem tentar por todos os meios produzi-los em si mesmo. O evento relatado não é menos desconcertante que o da “projeção astral” em que se está fora do corpo e 100% “consciente” ou seja: raciocinando e pensando mais nitidamente do que se estivesse acordado. (Faço isto há anos e não faço a menor idéia de como funciona – qualquer pessoa pode conseguir, se quiser. É muito fácil). Bem, mas isto é outra história.
11 junho, 2008 as 8:58 pm
Sabe Frank, vc leu o texto mas pareceu-me não entender. Tanto que copiou até os erros de digitação. As armas de fogo,assim bem como os pesticidas não são ruins como vc disse. Pelo contrário, são bons, porque foram inventados por cientistas, como vc. O problema não é os pesticidas, é o homem que faz mau uso dele. O problema não é a arma de fogo, ela sozinha não atira nas pessoas. O problema é o homem que as pega e sai dando tiro a torto e direito. O problema Frank não é a ciencia, a ciencia é maravilhosa e descobriu tanta coisa boa para ajudar o homem a viver mais e melhor. Quando vc diz que estas coisas estão ai e não são boas, mesmo que fossem ruins, eu te pergunto: por quanto tempo? Nada é definitivo, ainda, até que a ciencia descubra uma forma de torná-los. Até lá eu continuo achando que vc faz mau uso desta coluna, quando começa com picuinhas que em nada acrescentam. Sempre ouvi dizewr que os psicologos são neuroticos, começo a pensar que cientistas são todos loucos. Toma um relaxante ao deitar, vai te fazer bem. Abraços.
10 junho, 2008 as 5:13 pm
Caro Carlos, não se trata de nos afastarmos de nós mesmos, pois fazemos isto o tempo todo. Aprendemos a nos ver de fora para dentro. Tudo o que sabemos sobre nós é o que vemos em nossos reflexos nos vidros, nos espelhos, nas fotos, na gravação de nossa voz ou imagem. Não temos a capacidade de nos autoconhecer, pois só temos acesso a imagens distorcidas de nós mesmos. Os estados alterados de consciência buscados pela grande maioria das religiões orientais é uma tentativa de mudar o foco de observação de nós mesmos. Nos ensinam a nos vermos de dentro para fora, como se as fronteiras físicas de nosso corpo e mesmo da mente não existissem. Assim todas as coisas parecem estar dentro de nós, todas as coisas e o próprio infinito parecem ser nosso corpo. Vemos nitidamente a relação de tudo com tudo, pois está tudo dentro de nosso corpo infinito. A causa fundamental de nossa auto-visão distorcida é conhecida há milênios. Trata-se uso excessivo e incorreto das funções do hemisfério cerebral esquerdo. Ele é uma calculadora básica com funções limitadas e uma delas é nos dar essa visão exterior de nós mesmos. E no entanto o usamos para tudo e isso é a causa de 99,9% de tudo que fazemos dar errado ou um resultado inesperado, pois ele não tem a capacidade de trabalhar com um número infinito de variáveis, necessário para calcular com acerto total o resultado de nossas ações. Só precisamos das funções hemisfério esquerdo para controle e manutenção do corpo físico de maneira automática. Seria como a BIOS do PC. O hemisférios direito é quem tem o poder total de processamento. Só ele pode fazer cálculos usando todas as variáveis disponíveis e em tempo real. Nos dá sempre uma visão completa. A meditação das doutrinas orientais nos ensina apenas a desligar o hemisfério esquerdo temporáriamente e não a usá-lo de maneira prática e efetiva o tempo todo. Isto é considerado algo quase impossível e só para os mestres. Esta é a função das ciências do futuro.
10 junho, 2008 as 2:15 am
Caro Marcio, você está muito errado. A ciência vai superar a religião e extinguí-la por completo, transformando-a em novas ciências. Mas as religiões sem uma doutrina de estudo da mente e sua relação com a criação infinita continuarão escravisando as mentes limitadas das pessoas ignorantes. Essas que gritam “Jesus voltará” (só porque o pastor espertalhão usou técnicas de manipulação mental que são conhecidas há séculos) são as vítimas perfeitas, porque são frutos da pobreza cultural gerada por sistemas educacionais que atrofiam a capacidade crítica desde criança.
10 junho, 2008 as 1:38 am
Já há vários pesquisadores trabalhando para produzir equipamento eletrônico para produzir estes estados especiais de consciência e em poucos anos já estarão no mercado e acessíveis a qualquer pessoa.
9 junho, 2008 as 11:10 am
Pô, Afonso, não vem com esse papo de pastor de tv. Fala sério!
9 junho, 2008 as 7:03 am
Excelente artigo, esse é o Novo Mundo tão esperado, lamentavelmente nem todos o percebem, pelo menos por enquanto. Parabéns.
8 junho, 2008 as 9:18 pm
Acho muito interessante o fato de conseguirmos afastar-nos de nós mesmos e conseguir enchergar algo alem de nós mesmos e nossos semelhantes, enfim que coisa é esta que nos mantem tão presos a físico, este lado totalmente instintivo, que está sempre nos dizendo que somos apenas materia, é claro que somos muito mais do que isto, somos principalmente energia pura, luz com o poder de agrupar atomos e nos dar algum tempo de vida como a conhecemos, para logo em seguida com a finitude desta existencia nos tornarmos novamente energia pura, e livre para vagar novamente por todo o unirverso e quem sabem poder fazer parte de algum plano superior utilizando os conhecimentos adquiridos aqui para dar forma a um ser totalmente livre de impedimentos físicos só sobrando na realidade a forma energetica de algo que já existiu, ou então apenas retornando a forma de partículas de energias solta a procura de uma nova existencia, quem sabe.
8 junho, 2008 as 6:54 pm
Muito bom. É bom que a gente perceba a simetria entre a ciência e o que chamamos de religião, porque daí poderemos ter uma ciência caminhando para o subjetivo e uma religião bacana, que as pessoas possam ser também esclarecidas e ao mesmo tempo acreditar n’um poder maior.
8 junho, 2008 as 6:32 pm
NOOooossa !!!Que texto maravilhoso!Poucos são os que conseguem nos trazer tantas informações .Parabéns Dr.Alysson , sempre leio seus artigos,os repasso para amigos pois não é sempre que a gente tem oportunidade de ver assuntos tão polemicos serem escritos com tanta clareza.Valéria
7 junho, 2008 as 9:22 pm
Amei seu texto de hoje!!!! Alias, adoro tudo que vc escreve. Esse tipo de literatura deveria ser obrigatoria no vestibular – alimentando as futuras cabecas com conteudo e nao novelas!!!
Bjos,
Lu
7 junho, 2008 as 7:14 pm
Espero, que Jill Bolte Taylor não tenha outro derrame, porque se acontecer ela será fundadora de uma nova “religião” , se o termo “Nirvana ” foi usado, imagine se acontecer de novo.
7 junho, 2008 as 6:55 pm
falem o que quiserem, Jesus voltará e então veremos quem está certo.
7 junho, 2008 as 5:12 pm
Existem drogas que promovem estados alterados de consciência. Lembram do Timothy Leary? Pois é… A experiência da cientista parece-me mais próxima ao uso de uma dessas drogas do que à experiência religiosa última. A diferença fundamental é que usuários de drogas, quando o efeito passa, voltam a ser os mesmos humanos ordinários e mundanos de sempre – o que parece ser o caso da cientista tb. Já aqueles que passam pelo Samadhi, pela experiência de libertação (como a descreve o yoga), conseguem experimentar esse estado sem sofrer um derrame e nunca mais voltam a ser a mesma pessoa.
Religiosos deveriam deixar a ciência em paz. A recíproca deveria ser verdadeira tb. Até pq ciência e religião cuidam de universos diferentes. Uma tenta entender o mundo, outra tenta nos tirar do mundo.
Reduzir a ciência ao que está nos livros religosos é de uma estupidez sem tamanho. Reduzir uma experiência religiosa tão intensa que pouquíssimos a tiveram a um mecanismo bioquímico cerebral parece-me tão estúpido quanto.