Mundo real
Nesta segunda metade final de seu mandato, a presidente Dilma Rousseff está diante do mundo real da política. Se quer (e parecer que quer, sim) ser candidata à reeleição no ano que vem o caminho tem de ser pavimentado neste ano. É o que ela está fazendo. Já retomou conversas com os partidos que foram expelidos do governo no primeiro ano de mandato naquela ação que ficou conhecida como “faxina”. Curiosidade: ela já conversou com dois dos ministros demitidos naquela ocasião: Alfredo Nascimento (PR), que foi ministro dos Transportes e Carlos Lupi (PDT) que foi ministro do Trabalho.
A esta altura, Dilma reconhece os méritos políticos dos dois – PR e PDT não se unificam sem a ação destes dois caciques, cada qual por sua legenda. Dilma tentou outros caminhos, mandou Paulo Sérgio Passos se filiar ao PR, mas nada adiantou. O partido não o reconhece como um representante. Coisa parecida se dá no Ministério do Trabalho. Dilma fez festa, discurso emocionado na posse de Brizola Neto, mas não recolheu nem com um nem com outro o retorno político esperado dos dois partidos. Ou seja, vai ter de mudar.
É assim que vai começar a mudança na equipe ministerial neste terceiro ano de mandato – e não a última porque ano que vem haverá mais troca de ministros já que os candidatos terão de se afastar em abril do ano que vem. Nesta mexida, Dilma quer demonstrar prestígio do vice Michel Temer. Antes, os dois não se bicavam. Agora, diz um ministro, “Dilma tem grande apreço por Temer”. É que ele é o avalista da vitória de Henrique Eduardo Alves para a presidência da Câmara e de Eduardo Cunha para a liderança. O governo não fez carga contra porque contou com o acompanhamento de perto feio por Michel Temer.
A idéia, agora, é fortalecer e prestigiar Temer. Uma forma seria a de devolver a ele o comando no Ministério da Agricultura. No primeiro ano de mandato, Dilma demitiu Wagner Rossi que havia sido indicação deTemer para colocar Mendes Ribeiro, que está adoentado e pode pedir licença para tratamento de saúde. Mas ficou praticamente acertado no governo que o prestígio de Temer na Agricultura eria suficiente – daí, iria por terra a idéia de levar Gabriel Chalita para o Ministério da Ciência e Tecnologia. Aloízio Mercandante que não quer Chalita na pasta, um futuro competidor na disputa pelo governo de São Paulo, levantou uma questão que sensibilizou Dilma. Recordou que Chalita é religioso com vínculos a setores conservadores e que se negam a pesquisas sobre célula tronco. Daí, a indicação perdeu força.
Todo esse quebra-cabeça tem um sentido: armar o palanque para 2014, recolhendo todos os que já estiveram com o PT em alum momento – seja PR, PSD,PDR. Tudo isso porque Dilma já está rodando n drive da campanha presidencial do ano que vem.
18 fevereiro, 2013 as 9:42 am
Claramente, sem nenhum pudor, a Presidente está sendo a versão feminina de São Francisco de Assis.Pouco importa se os aliados e futuros tenham ou competência. O que importa é ganhar as eleições.Ganhar as eleições para que?
Para administrar um PIB gigantesco de 1%,ver a inflação crescer assustadoramente?Ganhar para continuar justificando porque não conclui as obras que iniciou, vide transposição , o lixo dos aeroportos, a saúde em frangalhos, o aumento incomensurável de analfabetos funcionais?Lógico que não.Ganhar para poder ter acesso ao Tesouro, ao nosso bolso, isso sim é o que importa nos tempos atuais.O governo do Power Point continua a todo o vapor, brilhante enquanto o Brasil desce sem freios, a ladeira da incompetência.
19 fevereiro, 2013 as 9:25 am
Para substituir este papa , precisa de um que seja universal e tenha peito pra enfrentar a kuria. Pra ser universal estao entendendo por ai que precisa ter nascido na bota itálica.
Entao tenho um candidato.
A Cicciolina.
Preenche muito bem os dois requisitos.
19 fevereiro, 2013 as 1:29 pm
Parabéns Cristiana, você é ótima, sou muito seu fã, assisto sempre Fatos e Versões.