Eduardo Campos: “é agora ou agora”

ter, 26/02/13
por Cristiana Lôbo |
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    Eduardo Campos dá sinais de que está num caminho sem volta em seu projeto de disputar a presidência da República: ” É agora ou agora”, disse ele a um interlocutor quando analisava qual seria o melhor momento de dar mais um passo em sua trajetória política. Outro aliado completou: “ele perde se não for candidato agora”.

      Presidente nacional do PSB, Eduardo Campos tem maioria no partido. Exceção para Ciro Gomes que tentou ser candidato em 2010, mas foi impedido por iniciativa de Eduardo Campos que na ocasião preferiu declarar apoio à candidatura de Dilma Rousseff. Mesmo sem apoio da família Gomes para o projeto de disputar a presidência, Eduardo Campos ouviu declarações de apreço do governador do Ceará, Cid Gomes.

    A idéia de ter candidato próprio à presidência vai se alastrando no PSB. “O PSB tem de ser respeitado como partido; nós só chegamos ao centro do governo em momentos de dificuldades para eles”, comenta o líder da bancada, Beto Albuquerque, com uma estocada ao PT. “Eles querem escolher o adversário e repetir o adversário tucano”, emendou.

     O desejo de ser candidato é uma realidade, mas, agora, o partido precisa construir as condições para este projeto. Sem outros partidos dispostos desde já a firmarem uma aliança, o PSB já tenta montar palanques estaduais. “É preferível não ter nada a ter um candidato fraco”, analisa um dirigente partidário, numa referência, por exemplo, à situação de São Paulo, onde o partido não tem representante com força política neste momento.

     Desde já, o PSB pensa na possibilidade do caminho solo.

     – Se tentarem nos isolar, famos falar diretamente para a sociedade – ameaça Beto Albuquerque, recorrendo à mesma arma com a qual o PT consolidou sua trajetória política.

Pausa para escrever

seg, 25/02/13
por Cristiana Lôbo |
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No começo de março, José Sarney vai pedir 120 dias de licença do Senado. Em seu lugar, vai assumir o suplente Nova da Costa.

Sarney tomou a decisão para ter mais tempo para concluir seu livro de memórias cujo título provisório é “Testamento para Roseana”.

Como vai sair para tratar de assunto particular, Sarney não vai receber o salário de senador.

De moto próprio

seg, 25/02/13
por Cristiana Lôbo |
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A romaria de candidatos à vaga do STF ao Palácio do Planalto nos últimos dias não significa inclusão na lista de nomes em análise pelo governo.

Pelo menos quatro já foram recebidos por integrantes da assessoria jurídica da Casa Civil. Mas nenhum deles a pedido da presidente Dilma Rousseff.

Segundo um importante assessor da presidência da República, são os próprios candidatos que estão pedindo audiência para entregar seus currículos. Este mesmo auxiliar diz que está tudo na estaca zero.

Mas logo, logo, a presidente terá de fazer a indicação. Afinal, a vaga está aberta desde há quase cem dias.

Por todo lado…

seg, 25/02/13
por Cristiana Lôbo |
categoria Governo Dilma

O ex-presidente Lula retomou a agenda política e as viagens pelo Brasil, depois de longo período  recluso, desde a divulgação da Operação Porto Seguro, que envolveu em um esquema de tráfico de influência no governo Rosemary Noronha, por ele nomeada chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo.

Nas viagens pelo país, Lula vai falar à militância petista e afinar o discurso que fez no evento do PT em São Paulo, onde afirmou que o partido não deve temer comparações com outros governos, nem mesmo quando o assunto for corrupção. Ao mesmo tempo, ele vai deixar claro ao partido que é Dilma a candidata no ano que vem, e não ele próprio. Assim, ele vai fazer o papel de articulador do palanque da petista, traçando as linhas do discurso de campanha.  É um novo formato das antigas caravanas da cidadania que fazia nos tempos de candidato, mas com outro formato:  viagens mais curtas, mas a um maior número de Estados. Em lugar do ônibus ou barcas, agora, o avião.

Só nesta semana, Lula estará em cinco eventos. Em São Paulo, ele vai participar das comemorações dos 30 anos da CUT, a Central Única dos Trabalhadores, que ajudou a fundar em 1983. Ainda, em São Paulo ele vai  para participar do Encontro Nacional de Pessoas Atingidas pela Hanseniase  e, no mesmo dia, vai ao Rio para encontro semelhante. No dia seguinte, Lula vai a Fortaleza para o primeiro dos dez seminários sobre “o decênio que mudou o Brasil”, onde estarão em debate políticas de bem estar, direitos humanos e inclusão social – os temas que ele mais gosta de falar para apresentar os feitos dos governos petistas. No interior do Ceará, em Redenção, ele vai receber o título de doutor honoris causa da Universidade da Integração de Lusofonia Afro-Brasileira.

 

O custo da energia

seg, 25/02/13
por Cristiana Lôbo |
categoria Governo Dilma

A falta de chuvas nos últimos meses gerou um custo adicional para empresas distribuidoras porque elas tiveram de acionar as termelétricas, cuja energia tem custo bem mais alto do que a gerada pelas usinas hidrelétricas.

Diante disso, o governo irá anunciar nos próximos dias como irá compensar essas empresas distribuidoras ,que já reclamam de um aumento de custo da ordem de R$ 4 bilhões – se por meio de repasse de recursos pelo Tesouro ou se vai autorizar o repasse para o consumidor.

De início, o governo gostaria de assumir integralmente, por meio do Tesouro Nacional,  todo o impacto do aumento desse custo da energia elétrica. Para fontes do governo, o maior prejuízo ao país seria a falta de energia e não o fato de ter optado por acionar as termelétricas, que têm custo mais alto.

- O governo vai assumir essa diferença, total ou parcialmente – disse fonte do Ministério de Minas e Energia.

O assunto está sendo analisado pelo Ministério de Minas e Energia, pela Aneel  e pelo próprio Tesouro. A preocupação é, ao mesmo tempo, com a conta de luz do consumidor, que teve redução na tarifa a partir deste mês, e com a inflação. Pelos dados do IBGE, a redução na tarifa de energia que começou a vigorar este mês teve importante impacto positivo na inflação, índice que vem preocupando o conjunto do governo.

Ao mesmo tempo, o governo trabalha para sanear o sistema Eletrobras que, mesmo antes da medida de redução das tarifas de energia, já vinha apresentando dificuldades financeiras. Neste momento, o governo avalia proposta de privatizar pelo menos quatro distribuidoras de energia que integram o sistema de distribuição do país: das pouco mais de cem empresas distribuidoras, seis estão sob o comando a Eletrobras: Cepisa, Ceal, Ceap e Celg – que poderão ser vendidas à iniciativa privada. As empresas do Amazonas e de Roraima ainda devem passar por ajustes internos, pois ainda são deficitárias.

E Lula lança Dilma à reeleição

qua, 20/02/13
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas

Num discurso de mais de meia hora, recheado de tiradas bem humoradas, o ex-presidente Lula lançou a candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Ele havia feito referência ao discurso do tucano Aécio Neves, nesta tarde, no qual ele apontou “13 fracassos do PT”, Lula afirmou:

- Nós vamos dar como resposta a eles a reeleição da Dilma em 2014 – disse, arrancando aplausos do platéia petista.

O discurso de Lula teve três vertentes: a primeira, para apontar os resultados obtidos pelos governos do PT nestes dez anos. Foi quando falou que o partido não deve termer a comparação com outros governos. O segundo, foi o conselho dado ao PT e a Dilma de preservar as alianças políticas (uma vez que estavam presentes representantes de oito partidos aliados). E, por fim, fez o lançamento da candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Festa para campanha

qua, 20/02/13
por Cristiana Lôbo |
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A festa do PT para comemorar os dez anos de PT no poder  foi organizada como uma peça de campanha para o ano que vem. Tudo, cuidadosamente preparado. Os homens vestidos de terno, mulheres, Dilma Rousseff e dona Marisa, de roupa vermelha – exceção para Ana Estela, mulher do prefeito Fernando Haddad. Desta vez, petistas condenados na Ação Penal 470, o mensalão, não foram chamados ao palco. José Dirceu ficou na primeira fila, à direita.

No auditório, de um lado, uma enorme fotografia de Lula com uma frase que repetiu muitas vezes em sua primeira campanha. “Se ao final de meu mandato, todos os brasileiros tiverem a possibilidade de tomar café da manhã, almoçar e jantar, terei cumprido a missão da minha vida”. Do outro lado, uma foto de Dilma, com frase que ela usou em discurso no Palácio do Planalto terça-feira, no lançamento do programa Brasil sem Miséria. “Nosso Brasil não abandonou os mais pobres. Por isso, a miséria está nos abandonando”.

Os cuidados políticos também foram tomados. Antes mesmo de Dilma e Lula entrarem no auditório, um samba tomou conta do ambiente. Exaltando, é claro, o PT. “Meu PT, meu PT, meu PT, uma história de amor pelo Brasil”.  Na platéia, parlamentares, ex-parlamentares, militantes e simpatizantes. E os presidentes de partidos aliados chamados um a um. Os dois primeiros aliados convidados  foram dois ex-ministros de Dilma: Alfredo Nascimento (PR) e Carlos Lupi,(PDT)  os dois saíram do governo na faxina do primeiro ano de Governo.  Em seguida, foram chamados Antonio Tourinho,  (PTC), Gilberto Kassab (PSD), que foi vaiado mais uma vez pelos petistas, Renato Rabelo (PC do B), Roberto Amaral, vice-presidente do PSB que representou Eduardo Campos e Valdir Raupp (PMDB). Ou seja, ali representados os partidos com os quais o PT pretende enfrentar as eleições do ano que vem

Controle de público

qua, 20/02/13
por Cristiana Lôbo |
categoria Governo Dilma

A organização da festa em comemoração aos dez anos de PT no poder nesta quarta foi surpreendida com uma decisão dos Bombeiros de São Paulo: por questão de segurança, foi limitado o número de presentes à festa que terá as presenças da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula.

Antes, eram previstas 2 mil pessoas na festa petista; agora, pouco mais de mil.

Os petistas querem bater bumbo no que chamam de “decênio glorioso” – os resultados econômicos e sociais do período dos governos Lula e Dilma.

O duelo dos dez anos

ter, 19/02/13
por Cristiana Lôbo |
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No  momento em que o PT se prepara para comemorar dez anos de usa chegada ao poder, numa festa em São Paulo, em que serão destacados os resultados econômicos e sociais dos governo Lula e Dilma Rousseff, o principal líder do PSDB no Senado, Aécio Neves, promete fazer também amanhã à tarde um discurso contundente para exibir o que considera “13 fracassos” da gestão petista. Os dois lados buscam se posicionar para a disputa presidencial do ano que vem.

Hoje, Aécio manifestou a surpresa com a possibilidade (confirmada pelo PT) da presença de Dilma Rousseff na festa do partido. Segundo ele, Dilma não respeita “a liturgia do cargo” pois irá participar de ato ao lado de correligionários condenados pelo Supremo Tribunal Federal, numa referência aos petistas condenados pela Ação Penal 470, o mensalão. “Se ela for, isso soaria como um desagravo as condenados e uma afronta ao STF”, disse.

De sua parte, o PT preparou uma cartilha com 15 páginas, cuja capa é um desenho de Lula e de Dilma com roupas vermelhas e estrelas do PT, com o sub-título “do povo, para o povo e pelo povo”, mostrando dados comparativos dos governos tucanos com os governos petistas. Na cartilha, o duelo se dá entre “neoliberais e desenvolvimentistas”.

A cartilha destaca que no periodo de governo petista foram gerados 18,5 milhões de novos postos formais de trabalho, contra cinco milhos no período dos tucanos. E, no periodo de 2003 a 2011, o PIB por habitante crescer 27,6%,  “quase 2,7 vezes superior ao período neoliberal”, diz a cartilha petista. A cartilha lembra, ainda, que neste período, o Brasil está entre as seis maiores economias globais e entre as maiores democracias de massa do mundo.

De sua parte, Aécio Neves pretende destacar o que chama de equívocos políticos do PT ao longo de sua história, como o não voto em Tancredo Neves e o não apoio ao Plano Real, e observa que, mesmo tendo sido o governo Dilma comparada ao de Ernesto Geisel como um dos mais nacionalistas da história, “é o governo que registra os maiores prejuízos às empresas estatais”, e cita como exemplo a Petrobras que perdeu valor nos últimos anos; e observa, ainda, “a maquiagem da contabilidade no governo e o orçamento paralelo do BNDES” o que, segundo ele, minam a credibilidade do governo. Ele diz, ainda, que o governo Dilma reduziu o investimento em saúde e em segurança. “O governo é muito bom no marketing, mas não na ação”, disse hoje Aécio.

Como que numa preparação para a festa petista de amahã, onde fará um discurso que está sendo preparado pelo publicitário João Santana, Dilma disse hoje, em cerimônia para lançamento da ampliação do programa Brasil sem Miséria, que o governo petista unificou “programas sociais precários que até então existiam”, assumindo a paternidade do programa Bolsa Família – o que os tucanos negam e afirmam que ele fora criado na gestão de Fernando Henrique Cardoso.

Publicada às 19h13

Mundo real

qui, 14/02/13
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas

Nesta segunda metade final de seu mandato, a presidente Dilma Rousseff está diante do mundo real da política. Se quer (e parecer que quer, sim) ser candidata à reeleição no ano que vem o caminho tem de ser pavimentado neste ano. É o que ela está fazendo. Já retomou conversas com os partidos que foram expelidos do governo no primeiro ano de mandato naquela ação que ficou conhecida como “faxina”. Curiosidade: ela já conversou com dois dos ministros demitidos naquela ocasião: Alfredo Nascimento (PR), que foi ministro dos Transportes e Carlos Lupi (PDT) que foi ministro do Trabalho.

A esta altura, Dilma reconhece os méritos políticos dos dois – PR e PDT não se unificam sem a ação destes dois caciques, cada qual por sua legenda. Dilma tentou outros caminhos, mandou Paulo Sérgio Passos se filiar ao PR, mas nada adiantou. O partido não o reconhece como um representante. Coisa parecida se dá no Ministério do Trabalho. Dilma fez festa, discurso emocionado na posse de Brizola Neto, mas não recolheu nem com um nem com outro o retorno político esperado dos dois partidos. Ou seja, vai ter de mudar.

É assim que vai começar a mudança na equipe ministerial neste terceiro ano de mandato – e não a última porque ano que vem haverá mais troca de ministros já que os candidatos terão de se afastar em abril do ano que vem. Nesta mexida, Dilma quer demonstrar prestígio do vice Michel Temer. Antes, os dois não se bicavam. Agora, diz um ministro, “Dilma tem grande apreço por Temer”. É que ele é o avalista da vitória de Henrique Eduardo Alves para a presidência da Câmara e de Eduardo Cunha para a liderança. O governo não fez carga contra porque contou com o acompanhamento de perto feio por Michel Temer.

A idéia, agora, é fortalecer e prestigiar Temer. Uma forma seria a de devolver a ele o comando no Ministério da Agricultura. No primeiro ano de mandato, Dilma demitiu Wagner Rossi que havia sido indicação deTemer para colocar Mendes Ribeiro, que está adoentado e pode pedir licença para tratamento de saúde. Mas ficou praticamente acertado no governo que o prestígio de Temer na Agricultura eria suficiente – daí, iria por terra a idéia de levar Gabriel Chalita para o Ministério da Ciência e Tecnologia. Aloízio Mercandante que não quer Chalita na pasta, um futuro competidor na disputa pelo governo de São Paulo, levantou uma questão que sensibilizou Dilma. Recordou que Chalita é religioso com vínculos a setores conservadores e que se negam a pesquisas sobre célula tronco. Daí, a indicação perdeu força.

 

Todo esse quebra-cabeça tem um sentido: armar o palanque para 2014, recolhendo todos os que já estiveram com o PT em alum momento – seja PR, PSD,PDR. Tudo isso porque Dilma já está rodando n drive da campanha presidencial do ano que vem.



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