O recado de Marta
Sem citar, em qualquer momento, a aliança PT-PP em São Paulo, a senadora Marta Suplicy condena alianças que chama de “estapafúrdias” e adverte que podem ser rejeitadas pelo eleitor. A mensagem da senadora está em seu artigo semanal publicado pela “Folha de S.Paulo” neste sábado. Ela recorre a uma avaliação sobre o esgotamento do modelo da “realpolitik” para condenar alianças entre diferentes – tal como aconteceu com a aliança do PT em São Paulo, selada em encontro do ex-presidente Lula com o deputado Paulo Maluf.
Segundo Marta, este modelo nascido na Alemanha que está entranhado no sistema político brasileiro é “uma erva daninha que corrói valores, exclui a participação, nega a democracia, desestimula o mérito e ignora a ética”. Mais adiante, ela observa que são criticados aqueles que não aceitam essa modalidade de fazer política considerada “normal” (a aliança entre partidos e pessoas muito distintas) – aí, adverte:
- Mas quando, pela sua simbologia, ferem os limites do bom-senso e têm a marca do estapafúrdio, tornam-se incompreensíveis para a população e são por ela rechaçadas” – disse.
A senadora por São Paulo recorda que na luta pela redemocratização, o Brasil conseguiu “eletrizar forças e corações” que não suportavam viver sob ditadura e cada um reagiu à sua maneira; e esse resgate da democracia, tão importante, “não poderia ter sido contaminado por práticas seculares que nos acorrentam à uma malfadada forma de fazer polític” que também aliena o povo.
Marta diz que “nem tudo está perdido” pois “tem gente formulando, e outros remoendo, novas práticas e métodos, buscando diferentes formas e canais de interação social e política” e que não se sabe quando, mas está claro um processo de “libertação da chamada realpolitik”.
23 junho, 2012 as 4:00 pm
Eh triste veh o PT deixa se contamina!
23 junho, 2012 as 6:23 pm
A Marta a algum tempo vem dando sinais de que está de saida do PT. Coragem certamente não lhe falta, pois na sua vida privada terminou com uma relação de 40 anos, certamente muito mais importante que a política. O que seria importante que ela percebesse, é que na vida privada, nunca mais ficou muito tempo comprometida. 40 anos é muito tempo. Na política, creio que aconteceria o mesmo. Aliás parece que esse desgosto atual, tem a ver com um novo relacionamento com uma pessoa do PMDB, que poderia sair como vice nessa chapa e ela certamente ficaria confusa no momento de escolher quem apoiar, exceto se houver segundo turno e for com Haddad. Seria interesante também lembrar seu poster com Maluf de anos atrás, que só mudou sua aparência física em relação àquele tempo. Marta no entanto, parece que mudou pouco na aparência, e muito no estado de espírito.
24 junho, 2012 as 2:00 am
Marta Suplicy não é pessoa confiável. Está irritada pelo simples fato de não ser a escolhida de Lula para ser a candidata à prefeitura paulistana. Esta é a verdade. Coisa da qual ela está muito longe.
24 junho, 2012 as 11:35 am
Vice do PCdoB. Acordo em POA?
Marta fala, fala e fala. Lula certa a tática, vencer é fundamental e inevitável – se depender dos que tb elegeram Marta, (não nascemos ontem)!
Abs
27 junho, 2012 as 5:13 pm
Não entendo a origem da irratação da Marta. O Maluf é um cara bom! Fez tanto por São Paulo.