sáb, 31/03/12
por Cristiana Lôbo |
Mesmo com a polêmica gerada na época de sua compra, o avião presidencial (antes batizado de AeroLula e agora AeroDilma) não tem autonomia para viagens intercontinentais a partir de Brasília. Em todas elas, é feita escala para abastecimento – o que, muitas vezes é feito aqui no Brasil em uma das cidades do Nordeste.
Nas últimas viagens Dilma aproveitou a escala técnica para dar uma volta na cidade. A primeira vez que isso aconteceu foi na cidade do Porto, em Portugal, a convite do embaixador que a levou para um almoço num restaurante tradicional da cidade.
Dilma gostou e pretende repetir esse pequeno passeio nas cidades de escala durante o tempo de abastecimento do avião, o que leva duas horas. Ela gostou do passeio no Porto porque, segundo disse a assessores, isso a fez caminhar um pouco e, assim, evitou o inchaço nas pernas que acontece nas viagens mais longas.
Nesta viagem de volta da Índia, segundo informa Ricardo Noblat, o avião fez escala em Palermo, na Itália, e ela aproveita para conhecer um dos monumentos da cidade, a Capela Palatina, um precioso munumento da humanidade.
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sex, 30/03/12
por Cristiana Lôbo |
A declaração do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro de que do ponto de vista jurídico “o jogo começa agora” denota que do ponto de vista político o destino do senador Demóstenes Torres já está traçado: a vida pública do senador eleito por Goiás está muito perto do fim.
Se não interromper o processo – com um pedido de licença ou renúncia, por exemplo – o julgamento político de Demóstenes tem destino traçado. Para o Senado, por exemplo, ele já é passível de perda do mandato porque, da Tribuna, há três semanas, ele disse que não conhecia de perto os negócios de Cachoeira. Mas, os diálogos captados pela Polícia Federal revelam o contrário: que Demóstenes conhecia e até tentava ajudar o amigo em seus negócios. Ou seja, ele teria mentido perante a Casa, o que já é razão para a perda do mandato pelas regras do parlamento.
O caso surpreende porque , ao longo dos últimos anos, Demóstenes foi uma espécie de xerife da Casa. Foi quem inquiriu Renan Calheiros e cobrou explicações de José Sarney em escândalos recentes. Em seu partido, o DEM, foi ao lado de Ronaldo Caiado quem defendeu a expulsão sumária de José Roberto Arruda. Agora, ele foi obrigado a ouvir do mesmo Ronaldo Caiado o conselho para deixar o partido porque não teria como se defender diante das evidências de seu envolvimento com um empresário de jogos ilegais.
O fim de semana será de decisão para Demóstenes Torres. Ele terá de tomar adotar uma estratégia política antes de terça-feira porque seu partido, o DEM, vai se reunir no começo da semana que vem para tomar uma providência: se não pedir para sair, ele poderá ser expulso. Na hipótese, cada vez mais remota, de ele conseguir preservar o mandato de um julgamento político (ele ainda tem quase sete anos de mandato) Demóstenes jamais será o mesmo. Na política, será um “morto-vivo”.
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qui, 29/03/12
por Cristiana Lôbo |
Governadores dos 12 Estados onde haverá jogos da Copa de 2014 querem aguardar a aprovação da Lei Geral da Copa pelo Senado para decidir como encaminhar a solução para a venda de bebidas alcóolicas nos estádios durante o período do mundial. O texto aprovado pelo Câmara suscita a discussão: será necessário que cada Estado aprove a liberação específica para a sua situação ou uma lei federal ( a Lei Geral da Copa) terá alcance sobre a situação de cada um deles?
Perguntado sobre o assunto nesta quinta-feira, o governador de Minas, Antonio Anastasia disse que pretende conversar com todos para que seja uma decisão conjunta – os 12 Estados-sede da Copa Mundial seguiriam o mesmo caminho para permitir a venda de bebidas alcóolicas nas arenas durante o período do Mundial, conforme é o compromisso do Brasil com a Fifa.
Para o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, não precisa nova discussão pois a Lei Geral da Copa suspende por um mes o artigo do Estatuto do Torcedor que proíbe a venda de bebida alcóolica nos estádios.
– Na minha modesta opinião, se há uma lei nacional suspendendo artigo de uma lei que proíbe a venda de bebida (conforme estabelece o Estatuto do Torcedor), isso vai valer em todos os Estados, pois a lei federal tem alcance em todos os Estados - afirmou Rebelo. Segundo ele, nenhum representante da Fifa voltou ao assunto depois da aprovação da lei pela Câmara.
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qui, 29/03/12
por Cristiana Lôbo |
Em meio aos problemas que enfrenta a indústria brasileira, o presidente da CNI, Robson Andrade, avalia a situação de uma de suas cinco indústrias em Minas Gerais. A indústria produz transformadores e sofre com a concorrência chinesa.
Curiosidade: o Brasil exporta minério para a China e não consegue concorrer com a produção de chapas de aço-silício de lá.
Isso pode significar menos 180 empregos.
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qui, 29/03/12
por Cristiana Lôbo |
Depois de uns dias de folga, estou de volta.
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ter, 20/03/12
por Cristiana Lôbo |
Fugindo ao seu estilo, a presidente Dilma Rousseff determinou à ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas, que comunicasse aos jornalistas que a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, não vai deixar o cargo.
A iniciativa da presidente tem por objetivo barrar o movimento de setores da área cultural que elevaram o tom nas críticas ao desempenho da ministra, chegando a fazer indicações de nomes para substituí-la.
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qui, 15/03/12
por Cristiana Lôbo |
O PSB de São Paulo está sendo disputado pelo PT de Fernando Haddad e pelo PSDB de José Serra.
Eduardo Campos, presidente do partido, já foi convocado por Lula para ir a São Paulo conversar sobre a aliança para a disputa da prefeitura de São Paulo. Lá, todos sabem que o partido tende a apoiar o PSDB uma vez que participa do governo Alckmin e, principalmente, porque terá confrontos com o PT em algumas importantes cidades do interior.
É um desafio e tanto para a habilidade política do governador de Pernambuco.
Um solução que está sendo pensada é “o caminho do meio”. Não ir para um lado, nem para o outro.
O PSB poderia lançar um candidato próprio, sem fazer muito empenho pela candidatura, e esperar o segundo turno.
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qui, 15/03/12
por Cristiana Lôbo |
Depois da viagem a Goiás para inspecionar obras de ferrovia, a presidente Dilma Rousseff voltou cheia de elogios para o ministro Paulo Sérgio Passos, dos Transportes – o mesmo que o PR quer ver pelas costas para ocupar o comando da pasta.
Segundo interlocutores da presidente, Paulo Sérgio voltou mais ministro do que nunca.
A conferir.
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qui, 15/03/12
por Cristiana Lôbo |
O senador Eduardo Braga (PMDB-AM) assumiu a liderança do governo no Senado com um discurso diferente: o de unificar a base em torno de projetos do governo e não mais sustentar o apoio em nomeações para cargos e liberação de emendas.
- Há um novo modelo de relacionamento do governo federal com o Senado e com a Câmara – disse ele hoje, observando que o modelo que prevaleceu até agora se esgotou.
- Não existe cargo nem emenda para atender a todos. Não é mais possível trabalhar nesse varejão – afirmou.
Eduardo Braga cumpre a orientação da presidente Dilma Rousseff que tem dito a interlocutores que há uma forma mais moderna de se fazer política.
O discurso é bonito e contemporâneo. Mas os partidos da base sustentação do governo – aí, sem exceção – cresceram em outra escola, a da cobrança de cargos e de emendas. Cada vez mais cargos entram no loteamento entre os partidos políticos. Isso aconteceu, inclusive, nos anos finais do mandato de Lula justamente para formar uma ampla aliança na campanha de Dilma Rousseff.
Por isso, embora tenha aspecto positivo a idéia de mudança na orientação política de governo, ela é muito difícil de ser executada. É como trocar pneu com o carro andando. O risco de acidentes no percurso aumenta sensivelmente.
Mesmo sabendo das dificuldades, Dilma resolveu tentar.
Mais tarde, vamos saber qual o resultado.
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qua, 14/03/12
por Cristiana Lôbo |
O que poderia ser apenas uma derrota em plenário, o que acontece em todos os governos, vai se estendendo a cada dia e levando o governo Dilma Rousseff à necessidade de rever pontos de sua articulação política. Como reação à derrota, a presidente decidiu trocar os líderes no Senado e na Câmara – o que gerou descontentamento em setores do PMDB. Um dia depois, veio o anúncio do rompimento do PR no Senado, partido que tem uma bancada de sete senadores.
O curioso, é que a ministra Ideli Salvatti retomou as conversas com o PR porque, aos olhos do Palácio do Planalto, a bancada do partido não havia aderido ao movimento de rebeldia no plenário no Senado quando da votação de Bernardo Figueiredo para a ANTT, indicação que acabou rejeitado. Mas, o governo resolveu oferecer menos do que esperava o partido. O PR quer voltar a comandar o Ministério do Trabalho e a oferta da presidente Dilma, por meio de Ideli, era de “diretorias” em órgãos do governo.
O desafio do governo, agora, é não permitir que este descontentamento se estenda a outras bancadas insatisfeitas com o tratamento que vem recebendo do Palácio do Planalto. Há alguns meses, a presidente Dilma trancou as indicações políticas para cargos no governo e até por conta da derrota no Senado, não retomou a liberação de emendas parlamentares – uma cobrança que permeia todas as bancadas.
Até aqui, líder do PR, Blairo Maggi, diz que mesmo com o rompimento com o governo, senadores não devem votar contra a criação do Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público (Funpresp) que foi aprovado na Câmara e agora vai para o Senado nem contra a Lei Geral da Copa que seguirá para o Senado depois de votada na Câmara. Mas o cenário vai se tornando preocupante para o governo.
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