É questão de tempo

qui, 01/12/11
por Cristiana Lôbo |
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     A saída de Carlos Lupi do Ministério do Trabalho está decidida. É apenas questão de tempo. Era isso antes da recomendação da Comissão de Ética Pública à presidente Dilma Rousseff para exonerá-lo e é agora com o ofício da Casa Civil à Comissão pedindo o conteúdo do processo que levou à decisão de recomendar a demissão dele. A troca poderá ser feita no começo da semana que vem, uma vez que Dilma estará em viagem à Venezuela.

      – Pode ser apenas dois ou três dias – disse um auxiliar do Palácio do Planalto.

    A presidente não tomou a decisão hoje por conta da viagem e também para ter mais explicações da própria Comissão de Ética Pública. O desejo dela era o de ganhar um pouco mais de tempo para fazer a substituição do ministro, que estava prevista para a reforma ministerial que deverá acontecer em janeiro.

     – A saída estava certa. Sem um fato novo, o governo era o senhor do tempo; agora, o prazo fica mais curto – emendou um auxiliar.

     Segundo este auxiliar, o ideal para a presidente seria o não surgimento de um fato novo (e este, agora, é retumbante) para que ela detivesse o domínio do tempo para fazer a refoma ministerial a seu modo e sem pressão. A idéia de pedir ofício à Comissão de Ética, ao mesmo tempo em que o próprio Carlos Lupi requisita tempo para se defender mais uma vez, é uma forma de adiar a decisão pelo menos por mais uns dias. Mas o destino dele está selado. O que falta definir é o nome do sucessor – uma vez que o PT reivindica a pasta que hoje está sob o comando do PDT de Carlos Lupi.

Para crescer mais

qui, 01/12/11
por Cristiana Lôbo |
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     O governo prepara um pacote de medidas econômicas para estimular o consumo. A discussão dessas medidas foi o assunto de reunião da presidente Dilma Rousseff com ministros da área econômica no final da tarde desta quarta-feira, enquanto o Comitê de Política Monetária (Copom) se reunia e decidia por mais uma redução na taxa Selic que agora é de 11%. A idéia é revogar medidas macroprudenciais adotadas no começo do ano que tinham por objetivo frear o consumo no país para não estimular a inflação.

     Entre as medidas em discussão estão a volta aos longos financiamentos para compra de automóveis, por exemplo, que foram contidos no início do ano e também a redução  da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras, o IOF, incidente sobre operações de crédito para pessoas físicas que foi elevada de 1,5% para 3% em abril deste ano.

     Segundo fonte do governo, a avaliação interna é a de que a “freada” na economia foi bastante forte e, por isso, o primeiro trimestre do ano que vem pode ser afetado e ter crescimento “perto de zero”.

     – O desaquecimento foi mais forte do que nós imaginávamos – disse a fonte, revelando a preocupação do governo, no momento, de estimular o consumo interno já que o Brasil não pode esperar nem financiamento externo nem o aumento das exportações do país.

     As suspensão das medidas adotadas no primeiro semestre para conter o consumo e outras que estão em estudo visam a chegar mais rapidamente às famílias que queiram consumir. Segundo a fonte, a redução da taxa de juros pelo Banco Central, que começou no fim de agosto, beneficia o grande empreendedor, mas não o consumidor final. Por isso, o governo prepara medidas para facilitar o crédito.

Mal na foto

qui, 01/12/11
por Cristiana Lôbo |
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    No ano em que cinco ministros caíram por conta de denúncias de corrupção (e mais um, Carlos Lupi, pode cair nesta sexta-feira) o  Brasil ficou em 73º lugar no ranking mundial de percepção de corrupção aferido pela Transparência Internacional, num conjunto de 183 países.  A nota recebida pelo Brasil foi 3,8, ante 3,7 no ano passado – revelando ligeira melhora na percepção interna sobre a corrupção no país.

     Segundo o ranking, na América do Sul o Chile é o país que recebe a melhor avaliação e fica em 22º lugar. A melhor nota foi dada à Nova Zelância, que obteve 9,5 e foi seguida de perto pela Dinamarca e Filância. A pior nota ficou ao mesmo tempo com a Somália e com a Coréia do Norte. Na América do Sul a pior avaliação foi para a Venezuela, que ficou em 172º lugar.

     Segundo o representante do Brasil na Transparência Internacional, Jorge Sanchez, o Brasil mereceu elogios em recente reunião do organismo em Berlim por conta da aprovação da Lei da Ficha Limpa e da Lei de Acesso à informação, sancionada semana passada pela presidente Dilma. Segundo ele, nesta reunião foi lembrado como aspectos positivos doque o Brasil não tem litígios de fronteiras com vizinhos e grande amabilidade da população, mas tem deficiências na área de segurança e distribuição de renda.

     Guilherme von Haehling, também da representação brasileira na Transparência Internacional, diz que para enfrentar a corrupção no país e melhorar o desempenho em avaliações com essa o trabalho teria de começar com atenção especial às Câmaras Municipais. Segundo ele, a sociedade nem sempre sabe o papel do vereador e o vereador não sabe como fiscalizar as prefeituras.



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