Para crescer mais
O governo prepara um pacote de medidas econômicas para estimular o consumo. A discussão dessas medidas foi o assunto de reunião da presidente Dilma Rousseff com ministros da área econômica no final da tarde desta quarta-feira, enquanto o Comitê de Política Monetária (Copom) se reunia e decidia por mais uma redução na taxa Selic que agora é de 11%. A idéia é revogar medidas macroprudenciais adotadas no começo do ano que tinham por objetivo frear o consumo no país para não estimular a inflação.
Entre as medidas em discussão estão a volta aos longos financiamentos para compra de automóveis, por exemplo, que foram contidos no início do ano e também a redução da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras, o IOF, incidente sobre operações de crédito para pessoas físicas que foi elevada de 1,5% para 3% em abril deste ano.
Segundo fonte do governo, a avaliação interna é a de que a “freada” na economia foi bastante forte e, por isso, o primeiro trimestre do ano que vem pode ser afetado e ter crescimento “perto de zero”.
– O desaquecimento foi mais forte do que nós imaginávamos – disse a fonte, revelando a preocupação do governo, no momento, de estimular o consumo interno já que o Brasil não pode esperar nem financiamento externo nem o aumento das exportações do país.
As suspensão das medidas adotadas no primeiro semestre para conter o consumo e outras que estão em estudo visam a chegar mais rapidamente às famílias que queiram consumir. Segundo a fonte, a redução da taxa de juros pelo Banco Central, que começou no fim de agosto, beneficia o grande empreendedor, mas não o consumidor final. Por isso, o governo prepara medidas para facilitar o crédito.