Só Marina Silva cresceu

qui, 30/09/10
por Cristiana Lôbo |
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A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (30), último dia de campanha eleitoral do rádio e televisão, mostra que apenas a candidata do PV, Marina Silva, conquistou votos, subindo de 9% das intenções de votos em 23 de agosto, uma semana depois do início da propaganda na TV, para 14% , hoje. Dilma Rousseff que mantém a dianteira, perdeu dois pontos porcentuais no período, de 49% para 47%, tendo atingido no início de setembro 51% das intenções de votos; e José Serra que começou a propaganda com 29% caiu a 27% e chega hoje com 28% das intenções de votos. Pela pesquisa de hoje, Dilma recupera pontos e tem mais chances de vencer no primeiro turno. Se tiver segundo turno, terá sido o crescimento de Marina Silva responsável por isso.

No período de três dias, conforme o Datafolha, Dilma Rousseff recuperou pontos entre os eleitores que ganham entre dois e cinco salários e entre as mulheres, que havia perdido, conforme a pesquisa Datafolha divulgada na terça-feira. Essa movimentação confere maior importância ao debate entre os candidatos que será realizado hoje à noite, na TV Globo. A esta altura da campanha, a ação da militância e pequenos fatos políticos poderiam provocar migração de votos e, assim, levar a disputa para o segundo turno.

Lula em campo por Dilma

qua, 29/09/10
por Cristiana Lôbo |
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     O presidente Lula gravou um programa de televisão para ir ao ar nesta quarta-feira na qual pede empenho e voto para Dilma Roussef. Ele diz críticas e acusações que foram feitas a ele  no passado estão sendo feitas agora contra Dilma Roussef, partindo, segundo afirmou, “de pessoas do submundo da política”.

     – Diziam que eu iria fechar igrejas, mudar as cores da Bandeira. Eu ganhei as eleições e o que aconteceu? Há mais liberdade de religião, mais respeito à democracia, mais salário e mais comida para o trabalhador. É o que Dilma vai fazer – diz o presidente.

      A decisão de Lula de gravar um comercial para o programa eleitoral de Dilma foi tomada depois da divulgação da pesquisa DataFolha, na qual ela perde pontos, Serra fica estável e Marina cresce um pouco nas regiões urbanas. O PT contesta a pesquisa e diz que ela não está de acordo com as consultas internas da campanha. Mas admite que “houve estrago” no eleitorado de Dilma por conta de ações  e “boataria” sobre posicionamento dela em relação a aborto e casamento entre pessoas do mesmo sexo.

     Segundo fontes da campanha, há um mes está sendo detectado movimento nesta área, em particular de evangélicos, e isso se cristalizou no último fim de semana. Por isso, Dilma redobrou esforços e convocou a Brasília pastores de igrejas evangélicas, pessoas ligadas à igreja católica e carismáticos para rechaçar a boataria que já estaria provocando prejuízos eleitorais à candidata petista.

     Nesta quarta-feira, o Ibope divulgou pesquisa nacional na qual não há grandes mudanças no cenário eleitoral. Dilma continua estável com 50% das intenções de votos; Serra perde um ponto porcentual e Marina ganha um. Ao contrário do DataFolha que mostra um cenário de vantagem pequena de Dilma sobre os adversários, de apenas dois pontos porcentuais,- o que permite avaliação de possibildade de haver segundo turno; o Ibope mostra que Dilma tem dez pontos de vantagem sobre a soma dos adversários, portanto, possibilidade de vitória folgada já no próximo domingo. A diferença entre as duas pesquisas é que o DataFolha faz entrevistas na rua, e por isso captaria primeiro movimentos e mudanças no eleitorado; e o Ibope, faz pesquisas em casa.

Segundo turno à vista

ter, 28/09/10
por Cristiana Lôbo |
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A campanha presidencial está mais perto de ser decidida no segundo turno, conforme pesquisa DataFolha divulgada nesta terça-feira  na qual a candidata do PT, Dilma Roussef perde pontos em todos os estratos, com cortes por sexo, idade, região, escolaridade e renda. Em cinco dias, ela caiu de 49% para 46% das intenções de votos. José Serra, apenas oscilou de 28% para 29% das intenções de votos e Marina Silva de 13% para 14% das intenções de votos.

É na região Nordeste onde Dilma  mantém maior vantagem sobre os adversários (59% contra 19%  para Serra e 11% para Marina) o que permite afirmar que, se vencer no primeiro turno, terá sido a fidelidade do eleitor da região a responsável pela decisão.  Neste cenário mais disputado, ganha mais importância ainda o debate entre os candidatos na TV Globo, na próxima quinta-feira.

Enquanto Dilma Roussef cai em todas os estratos, é Marina Silva quem ganha mais eleitores. No entanto, se em função deste crescimento da candidata verde a eleição for para o segundo turno, o beneficiado por isso será o candidato tucano José Serra que está estacionado – apenas oscilou de 28% para 29%. É que a diferença de Serra para Marina ainda é grande. Calculando os votos válidos, Serra tem o dobro dos votos de Marina, segundo o DataFolha.

A queda de Dilma Roussef começou na segunda semana de setembro com as denúncias de quebra de sigilo fiscal da filha de Serra, Verônica Serra, e se acentuaram com as denúncias envolvendo Erenice Guerra na Casa Civil. Serra bateu forte nos dois temas e a beneficiária foi Marina.

Agora, na reta final da campanha, a estratégia dos candidatos leva em conta basicamente este cenário: Dilma Roussef vai tentar ser identificada ainda mais com o presidente Lul. O caso Erenice é uma demonstração de que nada cola em Lula: as denúncias tiveram repercussão nas intenções de votos a Dilma, mas não abalaram a popularidade de Lula que é quem, em última instância, nomeou Erenice para a Casa Civil.

Já José Serra deve adotar uma linha mais suave nesta reta final da campanha – sem utilizar vídeos de denúncias ou críticos a seus adversários. A avaliação feita por tucanos é a de que o estrago em Dilma já foi feito – “tudo o que tinha de bater já foi feito”, disse um tucano” – e, agora, Serra tem se apresentar como candidato que “pode fazer melhor”. Já Marina Silva subiu o tom na última semana contra os dois principais adversários. Ontem mesmo voltou a criticá-los ao dizer que os dois intimidam a imprensa. Na véspera havia afirmado que Serra e Dilma são muito parecidos, como forma de se apresentar como a terceira via.

Nos dois últimos programas eleitorais – hoje e quinta-feira – essas estratégias serão exploradas.

Poucas mudanças nas pesquisas

sex, 24/09/10
por Cristiana Lôbo |
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    Para levar a disputa presidencial para o segundo turno,  não basta a José Serra conquistar novos eleitores e subir nas pesquisas; ele precisa tirar votos da candidata do PT, Dilma Roussef. Na pesquisa Ibope divulgada nesta sexta-feira, Serra sobe três pontos porcentuais – vai de 25% das intenções de votos para 28% -, mas ele cresceu entre o contingente de indecisos, que caiu de 8% para 5%.

     Dilma Roussef perdeu um ponto porcentual (foi de 51% para 50% das intenções de votos) mas, ao mesmo tempo, é apontada pelo maior contingente de eleitores como aquela que vai vencer as eleições. Com José Serra se dá o oposto: ele tem 28% das intenções de votos, mas apenas 15% acreditam na vitória dele. O mesmo se dá com Marina Silva que tem 12% das intenções de votos, mas apenas 2% acreditam que ela vá vencer as eleições.

     O recente escândalo que derrubou Erenice Guerra do cargo de ministra-chefe da Casa Civil contribui para o crescimento de Serra nas pesquisas, em especial entre eleitores de maior escolaridade e de maior renda. Ao mesmo tempo, Dilma mantém o eleitorado das classes de menor renda e menor escolaridade, em particular, na região Nordeste, onde atinge a marca de 69% das intenções de votos, se computados votos válidos.

     Por isso, a preocupação do PT em manter esse eleitorado que não foi abalado com as recentes denúncias. Uma das iniciativas do partido foi apresentar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) questionando a lei que obriga o eleitor a apresentar o título eleitoral e um documento com fotografia na hora de votar na urna eletrônica. A exigência pode criar dificuldades eleitores de regiões mais remotas – justamente, no contingente mais fiel à candidata Dilma Roussef. O PT alega que a lei é burocrática.

Primeiro resultado

sex, 24/09/10
por Cristiana Lôbo |
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    Mesmo sem a palavra final do Supremo Tribunal Federal sobre sua vigência nas eleições deste ano, a lei da ficha limpa já provoca resultados: a retirada da candidatura de Joaquim Roriz ao governo do Distrito Federal é o primeiro exemplo disso. O julgamento do STF terminou em empate, mas ficou claro que a lei é constituci0nal.

     – Portanto, a lei está em vigor – disse hoje uma autoridade do governo, ligada à área jurídica, explicando que se o STF não considerou a lei inconstitucional ela está vigorando.

     Os ministros do STF puderam notar nesta sexta-feira a repercussão do julgamento que varou a madrugada de hoje e decidiram retomar o assunto na próxima quarta-feira. Durante os debates, o presidente do STF, César Peluso, chegou a sugerir que o assunto ficasse pendente até que o presidente Lula indique o décimo primeiro ministro do STF que daria, então, o voto de desempate. Agora, eles constataram que é preciso dar uma resposta à sociedade.

     Roriz já desistiu da candidatura (indicou a mulher, Wesllian para disputar o governo do Distrito Federal em seu lugar) mas há muitos outros candidatos na mesma situação. Se até o meio da tarde o STF não assegurava uma palavra final sobre a vigência da ficha limpa antes das eleições, agora nota-se que haverá ao menos um esforço para isso. Os dez ministros estão em busca de uma solução.

     O fato é que mesmo com o empate, a lei está vigorando e provocando mudanças no cenário eleitoral. E outras vão acontecer.

Adiou de novo

sex, 24/09/10
por Cristiana Lôbo |
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    Depois de mais de dez horas de sessão, o Supremo Tribunal Federal suspendeu o julgamento de recurso de Joaquim Roriz contra a aplicação da lei da ficha limpa – ele teve sua candidatura ao governo do Distrito Federal impugnada pelo TSE. Uma nova sessão foi convocada para a próxima segunda-feira, mas não foi convocada para a retomada do julgamento.

    Por mais de duas horas, os ministros do STF divergiram sobre o encaminhamento a ser dado em função do empate de cinco a cinco – cinco consideraram que a lei deve ser aplicada já nestas eleições e outros cinco não. Com a persistência da divisão, várias sugestões foram feitas – até mesmo a de esperar a nomeação do décimo primeiro ministro pelo presidente Lula.

     Para alguns candidatos considerados ficha-suja pelo TSE, a não decisão do Supremo pode ser considerada positiva. Em Brasília, por exemplo, Joaquim Roriz poderá continuar sua campanha. O presidente do STF, César Peluso, propôs que o STF esperasse a nomeação do novo ministro pelo menos até a data da diplomação da candidatura – caso o candidato seja eleito.

Empate

qui, 23/09/10
por Cristiana Lôbo |
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    O Supremo Tribunal Federal caminha para o empate no julgamento de recurso extraordinário apresentado pelo ex-governador Joaquim Roriz contra a aplicação da lei ficha limpa. Até agora, cinco ministros votaram pela aplicabilidade da lei – mantendo a impugnação da candidatura de Roriz ao governo do Distrito Federal – e outros três, contra.

     Se prevalecer o empate, uma vez que são dez os ministros (não houve a indicação de um novo ministro para a vaga de Eros Grau, que pediu aposentadoria), o pleno irá se reunir para decidir o que fazer. Uma possibilidade é fazer valer a lei apenas para Roriz, que foi quem recorreu ao STF – pelo fundamento “na dúvida, pró-sociedade”. Só que, na preliminar, ainda ontem, o STF opinou que seria adotada “repercussão geral” – ou seja, a decisão tomada pelo pleno valeria para todos os casos de acusação de ficha limpa.

     Votaram a favor da aplicação imediata da lei ficha limpa os ministros Ayres Brito, Ricardo Lewandowisk, Carmen Lúcia, Ellen Gracie e Joaquim Barbosa. E contra Antonio Dias Tófoli, Marco Aurélio Melo e Gilmar Mendes. Neste momento, vota Celso de Melo. E o voto do presidente Cesar Peluso ficou conhecido porque ele já se manifestou pela inconstitucionalidade da lei por conta da tramitação do projeto no Congresso – ele considerou que houve mudança no texto no Senado, sem ter retornado à Câmara.

Sinal de alerta

seg, 20/09/10
por Cristiana Lôbo |
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   As mais recentes pesquisas no Maranhã acendem o sinal de alerta na campanha de Roseana Sarney – agora Roseana, conforme o marketing proposto por Duda Mendonça.

    Roseana está na lidença com folga, mas o candidato Flávio Dino (PC do B) subiu e empatou com o segundo colocado, Jackson Lago (PDT).

    Essa foi a trajetória de Lago em 2006 que acabou levando a disputa para o segundo turno e, por fim, ter derrotado Roseana.

    A maior preocupação dos partidários de Roseana é liquidar a eleição no primeiro turno para evitar que todos os advesários se unam contra ela, como aconteceu em 2006 – quando ela foi obrigada a enfrentar o segundo turno por menos de um ponto porcentual.

      Nesta fase da campanha, o presidente Lula não foi ao Maranhão fazer comício ao lado de Roseana, mas gravou mensagem de apoio para ser usada no programa eleitoral.

Ponto da questão

seg, 20/09/10
por Cristiana Lôbo |
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     Em conversas com auxiliares, o presidente Lula disse que se deu conta dos equívocos de Erenice Guerra quando ela tentou justificar o fato  de seu filho, Israel Guerra, ter elaborado parecer sobre a renovação da licença de vôo da MTA junto à Anac, mesmo sem ter o diploma de advogado. Israel fora auxiliado na tarefa por Vinícius Costa, assessor da Casa Civil e, portanto, de Erenice.

     Segundo auxiliares, Lula teria comentado que Erenice “ficou cega” diante da ação de seus familiares, em particular, do filho Israel.

     O presidente também disse ter sido supreendido com o número de parentes da ex-ministra em cargos no governo.

Tomando pé

seg, 20/09/10
por Cristiana Lôbo |
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    O presidente Lula quer saber detalhes do que se passa nos Correios, onde a diretoria foi substituída há um mes. De lá saiu, hoje, o diretor de Operações, coronel Eduardo Arthur Rodrigues, indicado para o posto por Erenice Guerra. Ele foi acusado de ser um dos acionistas da MTA, empresa que tem contrato com os Correios para entrega de cargas. Para ter informações sobre a situação nos Correios, Lula pediu ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que ouvisse um relato do diretor de Recursos Humanos, Nelson Freitas, indicado por Bernardo para o cargo.

     Segundo assessores do Planalto, o presidente Lula não quer ter mais surpresas desagradáveis nos Correios. Todos por lá se lembram que começou nos Correios o chamado “escândalo do mensalão” – por conta de uma briga interna, vazou um vídeo no qual um funcionários recebe R$ 3 mil de propina e coloca o maço de dinheiro no bolso. Em agosto, o presidente Lula decidiu mudar a diretoria dos Correios ao ser informado de um intenso bate-boca em reunião da diretoria que revelava uma briga de grupos na empresa.

     Agora, o presidente dá ordens para pacificar a empresa. Mas o problema que justificou a troca da direitoria em agosto, ainda persiste: a renovação ou não das franquias de lojas dos Correios.



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