Tudo igual

seg, 31/05/10
por Cristiana Lôbo |
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     Os dois principais candidatos à presidência – Dilma Roussef (PT) e José Serra (PSDB) definiram o tom de seus discursos neste período de pré-campanha e dele não se afastam: Dilma insiste na defesa da autonomia operacional do Banco Central, e a defesa do sistema de metas de inflação e de superávit, além do câmbio flutuante; e Serra critica o que chama de falta de planejamento e de gestão do atual governo.

     A apresentação que fizeram na semana passada na CNI e hoje, em São Paulo, o evento promovido pela revista Exame foi exatamente igual. A dos dois. Dilma levou suas anotações e repetiu os mesmos exemplos – até porque, sua apresentação é uma espécie de balanço do governo Lula. “Nos últimos anos, foram construídas 214 escolas profissionalizantes; mais do que as 140 do último século”, repetiu. Depois falou do assunto que mais gosta – e entende: energia, com destaque para a matriz energética brasileira e o pré-sal.

     José Serra cita os casos em que o Brasil é campeão: “campeão de juros, de carga tributária e é o centésimo vigésimo terceiro em ruindade dos portos”, disse na semana passada e repetiu hoje. Serra fala – e repete – que o Brasil precisa de investimento massivo em educação e critica o modelo de concessão de estradas feito pelo governo federal. Além da falta de planejamento na renovação dos contratos na área de energia e reforma dos aeroportos.

     As polêmicas, portanto, serão sempre as mesmas, até que renovem suas apresentações nos encontros semanais que terão ao longo da campanha.

Propaganda eleitoral

qui, 27/05/10
por Cristiana Lôbo |
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    Tem razão os que falam, aqui, que o DEM aproveitou o horário dprograma partidário para divulgar o nome do José Serra.

     Com a palavra a Justiça Eleitoral que será instada a se pronunciar.

Afinal, diz o ditado: o pau que dá no Chico, dá também no Francisco.

Aécio não muda

qui, 27/05/10
por Cristiana Lôbo |
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     Depois de uma quinzena de especulações sobre a possibilidade de ser o vice na chapa de José Serra, Aécio Neves jogou uma pá de cal nessa expectativa de setores do PSDB. Valendo-se de cálculos sobre o impacto de sua candidatura a vice na chapa de Serra, ele deu a sentença: “estou absolutamente convencido de que ajudo muito mais sendo candidato aqui em Minas”, disse ele ao blog, por telefone.

      – Não mudou nada – disse ele.

    Segundo cálculos apresentados a ele por especialistas em pesquisas,   há espaço para Serra crescer em Minas. Lá Serra tem algo em torno de 40% da preferência do eleitorado. Ele pode crescer já que mais 15% dos eleitores admitem votar no candidato de Aécio, mas não sabem que este é Serra. E, apenas 5% dos eleitores dizem que só votarão em Serra se ele estiver na chapa.  A diferença é muito pequena, segundo essa avaliação – o equivalente a 0,5% do eleitorado brasileiro, levando-se em conta que Minas, com 14,5 milhões de eleitores tem pouco mais de 10% do eleitorado de todo o país.

     Em conversas com aliados, Aécio disse reconhecer que neste momento seria bom para um fato que causasse impacto – como a escolha do vice. Mas o efeito prático não é tão grande assim. Por isso, ele pretende manter a candidatura ao Senado e fazer campanha em Minas para eleger Antonio Anastasia.

O aumento dos aposentados

seg, 24/05/10
por Cristiana Lôbo |
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     O presidente Lula deve decidir até o fim desta semana qual destino dará a lei aprovada pelo Congresso concedendo reajuste de 7,72% aos aposentados pelo INSS. Segundo interlocutores do presidente, é muito provável que ele siga o conselho da equipe econômica e vete o projeto aprovado.

     Se isso for feito, Lula será obrigado a editar uma outra medida provisória para reajustar o benefício dos aposentados. Ele optaria pelo mesmo valor da medida original – 6,14%. Segundo um ministro, este porcentual foi resultado de acordo com os representantes dos aposentados que, mais tarde, foram ao Congresso pressionar por aumento maior.

     A solução de dar aumento de 7% – uma proposta que foi cogitada no Congresso – não faria sentido, segundo um ministro, porque ele sofreria o desgaste político de vertar um aumento aos aposentados, e ficaria a R$ 700 milhões de reais da lei aprovada pelo Congresso.

     Não haveria problema na edição de uma medida provisória no mesmo porcentual de 6,14% porque esta foi editada no ano passado – a lei não permite edição de MP igual no mesmo ano.

      Os ministros da área econômica sugeriram o veto à lei aprovada pelo Congresso porque, segundo Paulo Bernardo, o custo anual do reajuste dos aposentados ficaria em quase R$ 5 bilhões por ano. É que a reposição da inflação implicaria reajuste de 3,5%. A partir daí, cada ponto porcentual custaria aos cofres públicos R$ 1 bilhão de reais.

      Na reunião de coordenação, hoje, foi lembrado que Lula em 2006 vetou reajuste aos aposentados, mesmo em período em que enfrentava uma difícil campanha presidencial. Hoje, os petistas avaliam que a disputa corre mais a favor de Dilma do que no caso de Lula em 2006.

     Em todo caso, a conferir.

A cobrança a Aécio

sáb, 22/05/10
por Cristiana Lôbo |
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    O resultado da última rodada de pesquisas mostrando que Dilma Roussef subiu e empatou com José Serra (está 37% a 37% conforme o DataFolha deste sábado) vai provocar o aumento da pressão sobre Aécio Neves para que aceite ser vice do tucano.

     Aécio saiu de férias e retorna hoje ao Brasil. O coro do “aceita, aceita” já está montado e até contagiou o PSDB de Minas. Até o início de maio, os mineiros diziam que o papel de Aécio era na campanha estadual. Agora, até os tucanos que tinham compromisso com Aécio de não mais pressioná-lo a aceitar a vice, já dizem que estão obrigados a mudar de idéia.

    A presença de Aécio na chapa do tucano, em certo momento, representava a possibilidade de atrair outros partidos para o palanque de Serra. A esta altura, resta apenas o PP que está no meio do caminho entre o PT e o PSDB. Mas, seria mais um minuto e pouco no programa eleitoral. Aécio poderia somar ainda com os votos em Minas (a pesquisa DataFolha não divulgou os detalhes da votação por região e Estados), e também o voto jovem. Recente pesquisa feita com estudantes sobre lideranças do país, apenas dois políticos foram citados entre os 20: Lula e Aécio.

      Resta saber se, agora, a pressão vai dar resultado.

O resultado já apareceu

sáb, 22/05/10
por Cristiana Lôbo |
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      O resultado das infrações do PT e de Lula à legislação eleitoral já apareceu. Pesquisa DataFolha  publicada neste sábado mostra que Dilma Roussef  (PT) subiu sete pontos porcentuais, enquanto José Serra (PSDB) caiu cinco pontos e agora estão empatados em 37% das intenções de voto, sem que nenhum fato político novo mereça registro. A não ser a aparição de Dilma ao lado do presidente Lula no programa do PT que foi ao ar no dia 13 de maio. Marina Silva se manteve em 12% das intenções de votos.

      Alguns vão dizer que “o crime compensou”. Até agora, o presidente Lula foi multado quatro vezes (deve R$ 30 mil à Justiça) e a pré-candidata foi multada duas vezes. Outros vão dizer que foi apenas uma questão de tempo: mais cedo ou mais tarde, Lula iria aparecer ao lado de Dilma e deixar claro ao país que é ela a sua candidata à presidência da República. Do alto de seus 76% de aprovação popular, Lula é o maior cabo eleitoral do país – na opinião de governistas e de oposicionistas.

      O fato é que a estratégia de usar os programas partidários do PT para apresentar Dilma Roussef como a candidata de Lula e do governo deu certo. Especialmente porque estes meses pós desincompatibilização, nos quais não é permitida a campanha eleitoral explícita – não se pode fazer comícios, pedir votos e sequer indicar candidaturas – seriam os mais difíceis para a petista. Ela era bastante desconhecida do eleitorado e a pequena imagem que tinha era a de uma pessoa díficil e até bruta. Agora, ela já é conhecida de algo em torno de 90% do eleitorado, tem sua imagem associada a de Lula e o próprio presidente abençoou sua candidatura no programa do PT. Na TV, Lula deu uma espécie de aval a Dilma ao dizer que grande parte do sucesso de seu governo se devia a ela.

      Lula conseguiu o feito de colocar Dilma no mesmo patamar de Serra. Pela primeira vez no DataFolha – o que vinha aparecendo em outras pesquisas como Vox Populi e Sensus-  o tucano perdeu o patrimônio que teve ao longo dos últimos três anos: o de ter a dianteira em todas as pesquisas.

      A partir de agora, a disputa está taco a taco. Os dois com o mesmo porcentual de intenção de votos e com grau de conhecimento semelhant e – mas com Serra ainda à frente (o DataFolha ainda não divulgou os detalhes da pesquisa como grau de conhecimento dos candidatos). Com a diferença de que Serra ainda temos programas eleitorais do PSDB para fazer. Mas ele, depois de questionar na Justiça a antecipação de campanha da adversária, não poderá fazer o mesmo. E, também diferente: ele não tem um cabo eleitora como Lula, que atuou e vai atuar fortemente em favor de Dilma.

Sinal

sex, 21/05/10
por Cristiana Lôbo |
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    Apesar da recomendação da área econômica para que o presidente Lula vete o projeto de reajuste de 7,6% das aposentadorias do INSS do regime geral, a decisão ainda não está tomada. Conforme dois ministros, o presidente Lula pediu mais tempo para pensar. Enquanto isso, avalia o impacto do aumento das despesas nas contas públicas.

     Um sinal: o governo reduziu de R$ 10 bi para R$ 7, 3 bilhões o corte no orçamento deste ano.

     Esperar para conferir.

Momento crucial para política externa brasileira

sex, 21/05/10
por Cristiana Lôbo |
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     O governo brasileiro está na expectativa de que se confirme a a carta de Teerã, com o envio pelo Irã, na próxima segunda-feira, à Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA) de uma carta sobre o acordo que envolve seu programa nuclear, conforme o entendimento entre Brasil-Turquia e Irã. Se a negociação prosperar, confirma-se o protagonismo do Brasil e a mediação do presidente Lula; se fracassar, ele será apontado como ingênuo em sua missão de negociador.

       A notícia de que o Irã irá mesmo enviar a carta à AEIA foi dada nesta tarde pelo chanceler brasileiro, Celso Amorim. Nesta tarde, também, foi divulgada pela agência de notícias Reuters, trechos de carta enviada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao presidente Lula, na qual ele estimula o presidente brasileiro a dar início a negociações dom Marmoud Ahmadinejad.

     – A carta de Teerã reflete, em larga medida, pontos da carta do presidente Obama ao presidente Lula sobre o entendimento com o Irã – confirmou nesta tarde uma fonte do Palácio do Planalto.

     Segundo a mesma fonte, o presidente Lula deu instruções para os funcionários do governo não divulgarem à imprensa os termos da carta de Obama para que isso não sirva de pressão sobre o presidente dos Estados Unidos. Há, também, o cuidado porque em outra ocasião, outra carta de Obama acabou vazando pelo governo brasileiro – relativo à crise de Honduras – o que provocou queixas  da Casa Branca.

     A principal argumentação do Brasil nas negociações com o Irã foi a de que o fracasso desse entendimento iria alimentar a oposição ao governo de Ahmadinejad. Tanto a oposição dos mais radicais dentro do regime dos aiatolás, mas também a oposição ao governo de Ahmadinejad. E que esta era a oportunidade de o Irã se reintegrar ao sistema internacional.

       -Existem vários Irãs dentro do Irã – disse a fonte do governo brasileiro,  observando o que é conhecido: que Ahmadinejad não é a principal liderança do país; e sim, Ali Khomenei – mas, este, sem o voto popular.

     O fracasso dessas negociações mediadas por Lula iriam alimentar o discurso interno de oposição ao governo iraniano de que não adianta iniciar negociações com o ocidente.

      A esta altura, o governo brasileir0 acredita que as sanções da ONU ao Irã já estão bem mais brandas do que se imaginava anteriormente. Até porque, disse a fonte, a China importa 20% do petróleo iraniano e a Rússias exporta armas para lá. Estes dois países que têm assento no Conselho de Segurança na ONU é que estariam pressionando para amenizar as sanções.

      O Brasil, conta, ainda, com a ajuda discreta da China e da Rússiva que, segundo fontes do governo brasileiro, estariam ajudando a amenizar eventuais sanções ao governo iraniano. É do Irã 20% do total de petróleo que a China importa; a Rússia já é forte exportadora de armas para o Irã. E se houver embargo econômico ao Irã, determinado por sanção da ONU, os dois países seriam afetados.

      Mas o que valeu mesmo para convencer o Irã a negociar a Declaração de Teerã, segundo fontes do governo brasileiro, foi o discurso do Brasil de que esta era uma “chance de ouro” para o paísou ele estaria “sem saída” diante das ameaça de sanção pelas Nações Unidas.

Momento crucial da política externa

sex, 21/05/10
por Cristiana Lôbo |
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     O governo brasileiro está na expectativa de que se confirme a a carta de Teerã, com o envio pelo Irã, na próxima segunda-feira, à Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA) de uma carta sobre o acordo que envolve seu programa nuclear, conforme o entendimento entre Brasil-Turquia e Irã.

       A notícia de que o Irã irá mesmo enviar a carta à AEIA foi dada nesta tarde pelo chanceler brasileiro, Celso Amorim. Nesta tarde, também, foi divulgada pela agência de notícias Reuters, trechos de carta enviada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao presidente Lula, na qual ele estimula o presidente brasileiro a dar início a negociações dom Marmoud Ahmadinejad.

     – A carta de Teerã reflete, em larga medida, pontos da carta do presidente Obama ao presidente Lula sobre o entendimento com o Irã – confirmou nesta tarde uma fonte do Palácio do Planalto.

     Segundo a mesma fonte, o presidente Lula deu instruções para os funcionários do governo não divulgarem à imprensa os termos da carta de Obama para que isso não sirva de pressão sobre o presidente dos Estados Unidos. Há, também, o cuidado porque em outra ocasião, outra carta de Obama acabou vazando pelo governo brasileiro – relativo à crise de Honduras – o que provocou queixas  da Casa Branca.

     A principal argumentação do Brasil nas negociações com o Irã foi a de que o fracasso desse entendimento iria alimentar a oposição ao governo de Ahmadinejad. Tanto a oposição dos mais radicais dentro do regime dos aiatolás, mas também a oposição ao governo de Ahmadinejad. E que esta era a oportunidade de o Irã se reintegrar ao sistema internacional.

       -Existem vários Irãs dentro do Irã – disse a fonte do governo brasileiro,  observando o que é conhecido: que Ahmadinejad não é a principal liderança do país; e sim, Ali Khomenei – mas, este, sem o voto popular.

     O fracasso dessas negociações mediadas por Lula iriam alimentar o discurso interno de oposição ao governo iraniano de que não adianta iniciar negociações com o ocidente.

      A esta altura, o governo brasileir0 acredita que as sanções da ONU ao Irã já estão bem mais brandas do que se imaginava anteriormente. Até porque, disse a fonte, a China importa 20% do petróleo iraniano e a Rússias exporta armas para lá. Estes dois países que têm assento no Conselho de Segurança na ONU é que estariam pressionando para amenizar as sanções.

      O Brasil, conta, ainda, com a ajuda discreta da China e da Rússiva que, segundo fontes do governo brasileiro, estariam ajudando a amenizar eventuais sanções ao governo iraniano. É do Irã 20% do total de petróleo que a China importa; a Rússia já é forte exportadora de armas para o Irã. E se houver embargo econômico ao Irã, determinado por sanção da ONU, os dois países seriam afetados.

      Mas o que valeu mesmo para convencer o Irã a negociar a Declaração de Teerã, segundo fontes do governo brasileiro, foi o discurso do Brasil de que esta era uma “chance de ouro” para o paísou ele estaria “sem saída” diante das ameaça de sanção pelas Nações Unidas.

Lula reagiu com irritação ao fim do fator previdenciário

qui, 20/05/10
por Cristiana Lôbo |
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O presidente Lula está decidido a vetar o fim do fator previdenciário, mas ainda não decidiu sobre o reajuste das aposentadorias em 7,7%, aprovados na noite de ontem pelo Senado Federal. A pressão da área econômica do governo é pelo veto às duas matérias.

O presidente Lula reagiu com irritação à decisão do Congresso, argumentando que o aumento foi aprovado sem que fosse indicada a fonte de pagamento.

- Neste momento em que estamos cortando o Orçamento, o Congresso aprova aumento de despesas sem dizer de onde vem o dinheiro – desabafou o presidente, segundo um ministro, ao comentar proposta apresentada por seu colega de partido, o senador Paulo Paim.

O Ministério da Previdência Social fez levantamento da economia obtida pelo governo com a aplicação do fator previdenciário nestes dez anos de sua existência – ele foi aplicado a partir do ano 2000. Segundo técnicos do ministério, é impossível calcular a economia anual porque o seu crescimento é bastante irregular. Nestes dez anos, a economia foi de R$ 23,207, bilhões, segundo o Ministério da Previdência. O crescimento, no entanto, de 2008 para 2009 foi de R$ 7,3 bilhões. Ou seja, até 2008 a economia havia sido de R$ 16,598 bilhões. Mas em 2009 saltou para R$ 23,2 bilhões.

O governo teme, ainda, que se houver a sanção, há o risco, ainda, de os aposentados pelo regime geral ao longo dos ultimos dez anos – e que tiveram suas aposentadorias reduzidas pelo fator previdenciário – recorram à Justiça. Segundo um ministro, a possibilidade de ganharem o reajuste integral e os atrasados seria muito grande.

Levantamento do Ministério da Previdência sobre a economia obtida pelos cofres públicos, em valores acumulados ano a ano, com a aplicação do fator previdenciário que é, na verdade, um redutor da aposentadoria para quem não atingiu a idade mínima:

2001 – R$ 155 milhões
2002 – R$ 550 milhões
2003 – R$ 1,409 bilhão
2004 – R$ 2,727 bilhões
2005 – R$ 4,718 bilhões
2006 – R$ 7,468 bilhões
2007 – R$ 11,319 bilhões
2008 – R$ 16,598 bilhões
2009 – R$ 23,207 bilhões.



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