O saldo de Dilma

qui, 29/10/09
por Cristiana Lôbo |
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     Ao cabo de um mes de articulações com os partidos que hoje dão sustentação ao governo Lula, a pré-candidata Dilma Roussef conquistou, até agora, o “pré-compromisso” do PMDB – maior partido do país que, se ficar a seu lado na eleição, vai lhe assegurar o dobro do tempo de televisão durante a campanha eleitoral. Os demais partidos ouviram a ministra, fizeram acenos, mas não assumiram um lado na campanha do ano que vem.

      A perspectiva de aliança com o PMDB não é pouco para a ministra Dilma Roussef. Representa muito, exatamente, por conta do tempo de televisão para a campanha. Em troca, o partido exigiu – e levou – a vaga de candidato a vice na chapa petista.

      O que se nota é que, até agora, foi a força política e eleitoral do presidente Lula que arregimentou tantos partidos para ouvir a pré-candidata petista. Mas, quando a bola fica com ela – afirnal, o candidato não é Lula e sim Dilma -, os partidos pisam no freio e pedem tempo para definir o posicionamento na campanha do ano que vem.

     Entre os partidos de esquerda e tradicionais aliados do PT, o PC do B terá reunião na semana que vem e deve receber as visitas de Lula e Dilma. Difícil imaginar que o PC do B ficará com outro candidato que não o petista. Nunca antes aconteceu isso, embora o PSB, se mantiver a candidatura Ciro Gomes, alimente essa expecttiva. E o PSB, ocioso explicar, ficará com Dilma somentes se Ciro se transferir para disputar a eleição ao governo de São Paulo. Aliás, essa é a estratégia do PT: recolher apoios de todos os aliados, isolar Ciro de moda a que ele só tenha como caminho a candidatura ao governo de São Paulo.

     O mes de outubro, portanto, foi importante para a pré-candidatura de Dilma Roussef. Afinal, ela conquisou a promessa de apoio do principal partido, o PMDB, embora a aliança não tenha sido formalizada. Mas, só a promessa já é importante. Os demais – PP, PR, PDT -, adiaram a decisão. O que eles querem? A seguraça de que a candidtura de Dilma é mesmo competitiva. O padrinho é fortíssimo, o presidente Lula, mas a candidata ainda não demonstrou que será capaz de vencer. É isso que eles esperam que apareça nas próximas pesquisas, depois de tamanho esforço de exposição nos últimos dias. Tal exposição será coroada no programa eleitoral do PT, em novembro, onde Dilma será a principal estrela.

FHC vai avalizar acordos com PSDB

qua, 28/10/09
por Cristiana Lôbo |
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     Como o PSDB ainda não escolheu um candidato à presidência da República, o partido destacou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para avalizar os acordos regionais com os partidos aliados. Nos próximos dias, serão iniciadas as conversas com os parceiros dos tucanos nas disputas estaduais. No PT, esses acordos têm sido feitos com a pré-candidata Dilma Roussef e com o próprio presidente Lula, que tem dedicado boa parte do tempo a conversas políticas.

     A primeira conversa vai acontecer na próxima terça-feira, em São Paulo, com o presidente do partido, Sérgio Guerra e aliados de alguns Estados que querem selar compromissos com os tucanos nas disputas locais. Com isso, o PSDB espera contentar aliados que estão criticando o partido pela demora na escolha do candidato à presidência da República.

Adiada apresentação de projeto de royalties

qua, 21/10/09
por Cristiana Lôbo |
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O governo reagiu ao relatório do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) do projeto sobre os royalties relativos à exploração do petróleo na camada pré-sal que propõe a ampliação de 10% para 15% a distribuição de royalties entre os Estados e pediu mais tempo para analisá-lo. Assim, o relatório que seria apresentado hoje à Comissão Especial só vai ser conhecido na semana que vem.

– Essa Casa não existe apenas para carimbar projetos, mas para aperfeiçoá-los – disse Henrique Alves, líder da bancada do PMDB, indicando que não vai alterar sua proposta que desagradou ao governo.

A questão central é que o governo não queria reabrir a discussão sobre distribuição de royalties entre Estados produtores e não produtores de petróleo – assunto que divide partidos e Estados. Mas Henrique Alves disse que, interpretando o desejo da Comissão Especial, decidiu aumentar o volume de recursos a ser distribuído entre os Estados, particularmente, entre os não produtores de petróleo que passariam a receber mais recursos resultantes do lucro da exploração de petróleo.

Como Henrique Alves não apresentará seu relatório nesta quarta-feira, os relatores de outros projetos do pré-sal – Palocci sobre o fundo soberano e João Maia, sobre a capitalização da Petrobras -, também adiaram a apresentação de seus relatórios.

PT em SP abre alas para Ciro

ter, 20/10/09
por Cristiana Lôbo |
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    Na tentativa de neutralizar a crítica de Marta Suplicy à presença de Ciro Gomes em São Paulo, (“ele não tem nada a ve com São Paulo”, ela disse) um grupo de petistas se reuniu ontem na Capital para, ao final, afirmar que o partido quer reconstruir no Estado a aliança nacional (PDT, PSB, OC do B, PR) para apoiar “Ciro Gomes, Emídio de Souza ou quem o Lula quiser”, conforme afirmou o líder da bancada na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza.

     O objetivo da reunião foi demonstrar que ali estava representada a maioria do partido em São Paulo e, portanto, se Ciro aceitar o convite de Lula para ser candidato ao governo, ele teria seu nome aprovado pelo partido.

      – Nós vamos apoiar o candidato do Lula, o nome que ele quiser – disse Vaccarezza, observando que ali estavam presentes cinco deputados federais e dez estaduais.

     Informado da reunião e de seur esultado, Ciro Gomes foi gentil e irônico:

     – Fico muito honrado, mas sou candidato à presidência – disse ele, repetindo argumentos em favor de duas candidaturas presidenciais aliadas ao Planalto.

Hoje é o dia do noivado PT-PMDB

ter, 20/10/09
por Cristiana Lôbo |
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O PMDB pretende celebrar hoje o pré-compromisso com o PT e, assim, assegurar a vaga de vice na chapa que será encabeçada pela ministra Dilma Roussef. Toda a costura está sendo feita pessoalmente pelo presidente Lula e o palco hoje será o Palácio da Alvorada. Já no encontro, o PMDB apresentará Michel Temer como o nome de sua preferência – e o PT deve acatar, a menos que Aécio Neves seja o candidato do PSDB à presidência da República e Lula, o padrinho deste noivado, mantenha a avaliação de que neste caso o vice de Dilma deve ser um mineiro.

A pressa do PMDB em acertar o noivado tem pelo menos uma razão: no próximo fim de semana, começam as convenções municipais e, com esta provável aliança, são mais fortes os argumentos para a eleição de peemedebistas pró-aliança com o PT. Na segunda quinzena de novembro, começam as convenções estaduais – e na de São Paulo, o grupo de Temer pretende avançar sobre o domínio de Orestes Quércia, que é contrário à parceria com o PT e defende aliança com o PMDB.

A menos de um ano das eleições, o assunto já é a montagem dos palanques. Nos Estados, o PMDB e o PT estarão em divididos em lugares importantes. Assim, já o entendimento de que a candidata Dilma Roussef irá a todos os palanques aliados. Por exemplo, no Rio Grande do Sul, no palanque de Tarso Genro e no de José Fogaça; no Mato Grosso do Sul, no de Zeca do PT e no de André Puccinelli; e na Bahia, no de Jacques Wagner e no de Geddel Vieira Lima. Segundo petistas, o presidente Lula já mandou avisar que apenas na Bahia não deverá subir no palanque do hoje seu ministro Geddel Vieira Lima. Vai ficar ao lado apenas de Jacques Wagner. O PMDB diz que não ouviu tal mensagem e quer Lula em seu palanque.

“Ou vai nos dois ou não vai a nenhum”, disse o líder na Câmara, Henrique Eduardo Alves, quando da preparação da reunião de hoje.

No esforço de aproximação entre PT e PMDB, os dois partidos acham que estão perto de um acordo no Pará, onde também houve divisão entre os dois partidos. Lá, o PMDB apoiaria a reeleição de Ana Júlia Carepa. Em troca, o partido indicaria o vice (o filho de Jader Barbalho, Helder Barbalho), e uma vaga ao Senado com Elcione Barbalho, ex-mulher de Jader. Jader seria candidato a deputado federal. E a outra vaga ao Senado ficaria com o hoje deputado Paulo Rocha.

Há, também, esforço para entendimento em Minas – mas o formato não está definido. O PMDB não abre mão de indicar o candidato a governador, que seria Hélio Costa; o PT¨quer o ex-prefeito Fernando Pimentel. Patrus Ananias seria candidato ao Senado.

Lula ouve planos da Vale

seg, 19/10/09
por Cristiana Lôbo |
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     O encontro do presidente Lula com o presidente da Vale, Roger Agnelli, deveria durar apenas 20 minutos, mas se estendeu por mais de duas horas – o que pode denotar interesse do presidente pela conversa. Ele quis ouvir, detalhadamente, os planos de investimento da empresa para 2010 que, segundo o anúncio feito, será quase 30% maior do que o deste ano. Mas, ao contrário do que está habituado a fazer, Lula não abriu o encontro para imagens. Os dois, no entanto, se encontraram em festa da Carta Capital, em São Paulo.

     Para o encontro com Roger Agnelli, o presidente Lula chamou a ministra Dilma Roussef, sua candidata à presidência no ano que vem e que, nesta segunda-feira, falou em entrevista que a Vale deveria agregar valor às suas exportações. Ou seja, opinando que a Vale deve investir no setor de siderurgia e não ficar restrita à condição de mineradora – o mesmo ponto de vista do presidente Lula. Com Dilma, Roger Agnelli mostrou os projetos que ainda dependem de licença ambiental, problema que ela enfrentou com outros projetos do governo, como a construção de hidrelétricas no Rio Madeira.

     De sua parte, Roger Agnelli convidou para o encontro no qual apresentou o plano de investimento da empresa Luciano Coutinho, do BNDES e Sérgio Rosa, presidente da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, indicado pelo PT. Os dois integram o Conselho de Administração da Vale.

     No fim do encontro, chegou o ministro Guido Mantega – o mesmo que cobrou de Roger Agnelli investimentos internos e confiança na economia brasileira, no encontro de Lula com Roger, em oito de setembro. Este encontro , no qual Roger Agnelli mostrou fotos de 49 empreendimentos da Vale, e já era uma satisfação que era dada ao presidente Lula, foi palco de intensa cobrança de Mantega ao presidente da Vale. Desta vez, a participação de Mantega foi mais amena. Ele falou da medida que acabava de ser anunciada de taxação do capital estrangeiro em 2% como forma de segurar o dolar. Roger Agnelli apoiou a medida, observando que a Vale é empresa exportadora.

Redução de IPI de material da construção em 2010

qua, 14/10/09
por Cristiana Lôbo |
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     O governo pretende estender por todo o ano de 2010 a redução do  IPI de material de construção. O anúncio será feito, no entanto, só no fim do ano porque a medida vigora até dezembro. O governo avalia que a medida ajudou a estimular a construção civil neste período de enfrentamento da crise financeira internacional e deve ser mantida para ajudar também o programa “Minha casa, minha vida” de construção de moradias.

     A preocupação do governo com a queda de arrecadação neste ano não impediria a prorrogação do benefício do ano que vem porque, pelas análises feitas na área econômica, a arrecadação caiu porque mais de cinco mil empresas optaram pelo “planejamento tributário” – ou seja, pagam pelo lucro presumido e acerta o restante após um ano. Portanto, nas contas do governo, em março ou setembro do ano que vem, tudo o que não foi recolhido de impostos este ano vai entrar no caixa do governo.

     Neste ano, 30 materiais de construção tiveram o IPI reduzido o que permitiu uma redução de 5% a 8,5% para o consumidor. Agora, este benefício deve ser prorrogado durante o ano eleitoral.

     O governo pretende prorrogar, também, a redução do IPI da chamada linha branca – fogão, geladeira e máquina de lavar. Neste caso, no entanto, a prorrogação pode ocorrer em alíquota intermediária – entre o que era cobrado e a redução que foi feita – e apenas até dezembro deste ano. Isso deve proporcionar o Natal na máquina de lavar, da geladeira ou do fogão.

Governo pressiona Vale e defende investimentos em siderurgia

qua, 14/10/09
por Cristiana Lôbo |
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O governo não pretende se envolver na administração da Vale, empresa que foi privatizada em 1997, mas onde tem participação por meio da Bndespar exerce pressão através dos fundos de pensão de estatais, para mudar o comando da empresa. As queixas que tinha em relação ao comando da Vale, o presidente Lula fez questão de levá-las diretamente ao presidente da empresa, Roger Agnelli. Entre elas, o fato de a companhia explorar minério em estados como Pará e Minas sem recolher impostos estaduais ou pagar royalties, porque exporta toda a produção de minério de ferro. A Vale é criticada pelo governo também porque exporta o minério para siderúrgicas estrangeiras concorrentes, em vez de fabricar o aço no Brasil, agregando valor à matéria-prima explorada. As informações são de um ministro que participa das reuniões de coordenação de governo, onde o assunto tem sido tratado.
 
Entre petistas no Congresso, no entanto, é clara a pressão pela mudança no comando da Vale.
  
- Vale apostar nisso – brincou a senadora Ideli Salvatti, fazendo um trocadilho com o nome da empresa. Outros parlamentares avaliam que a Vale paga salários exorbitantes a seus diretores, mas optou por demitir quatro mil funcionários. Alguns observam que a Vale mantém tucanos na diretoria, entre eles Carla Grasso e Fábio Barbosa, enquanto optou por demitir um petista, segundo eles – Demian Fioca. O PT, em 2007, aprovou proposta de plebiscito sobre a reestatização da empresa.
 
O ponto alto da crise entre a Vale e o governo foi em setembro, quando Roger Agnelli, presidente da empresa se viu obrigado a pedir uma audiência ao presidente Lula para mostrar os investimentos que estão sendo feitos no Brasil. Agnelli levou um livro com fotografias dos 49 investimentos da Vale, entre eles, a compra da Siderúrgica do Atlântico Sul, no Rio. O presidente, de sua parte, chamou para a audiência, que durou duas horas, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho. A partir daí, o clima entre o governo e a empresa desanuviou.
 
No período de maior irritação com o comando da Vale, o presidente Lula ouviu os representantes dos fundos de pensão de estatais que têm ações da empresa sobre o papel que a empresa deveria desempenhar no Brasil para avaliar se deveria ou não aumentar a pressão pela mudança no controle da empresa. O resultado da consulta foi discrepante, conforme fonte do governo. Para uns, a Vale deveria investir em siderurgia, como forma de dar valor agregado ao minério extraído no solo brasileiros, mas outros, como Sérgio Rosa, da Previ, discordaram.  Rosa teria opinado que a Vale é uma mineradora e, por isso, o papel dela é explorar o minério.
 
Mesmo com a divergência de opinião, Lula insistiu que o Brasil não pode ser apenas exportador de minério, mas deve investir em siderurgia. Numa das conversas com Lula, Roger Agnelli teria argumentado que a Vale não poderia investir no setor de siderurgia para não se transformar em concorrente de seus clientes. Lula teria respondido que, então, a empresa deveria fazer parceria com esses clientes. Embora digam que a Vale errou na estratégia para enfrentar a crise financeira mundial, ao reduzir os investimentos e demitir funcionários, a crise teria passado, segundo um ministro:
 
- O fato é que o governo não vai se meter nisso jamais. Que conversa desarrumada! No governo nunca ouvi ninguém falar em tirar o Roger para colocar o Eike – disse um ministro, quando perguntado se o presidente Lula estimularia o afastamento de Agnelli da presidência da Vale para ceder lugar a Eike Baptista, que, publicamente, tem demonstrado interesse na empresa e defendido a troca do presidente da mineradora por Sergio Rosa.

Dilma escolhe Serra como adversário

ter, 13/10/09
por Cristiana Lôbo |
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    No jantar com o PR, nesta noite, a ministra Dilma Roussef deixou claro que seu adversário é o governador de São Paulo, José Serra. Sem citar o nome dele, Dilma disse que “o adversário” não quer a polarização entre PT e PSDB, “mas essa polarização já existe, sim”, afirmou.

     Ela deixou claro que sua campanha à presidência será organizada de modo a estabelecer a comparação entres as idéias e os resultados dos governos de Lula e o de Fernando Henrique Cardoso.

     – É claro que vai haver o comparativo entre os dois governos – disse Dilma que, em momento algum, segundo presentes, citou o nome de Ciro Gomes. Para integrantes do PR, ela já trabalha com a possibilidade de ser a única candidata da base do governo.

     O PR prometeu, mas não anunciou apoio à candidatura da ministra. Coube ao ministro Alfredo Nascimento falar da identidade do partido com Dilma, mas ele deixou claro que a aliança fica para depois. Nem o PT esperava que o anúncio de aliança fosse feito agora.

      Dilma Roussef foi ao encontro do PR com Ricardo Berzoini, Cândido Vacarezza e Antonio Palocci – os três que a acompanharam no encontro com o PDT, o que indica já um núcleo da futura candidatura  e mais Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte e o ministro da Articulação Política, Alexandre Padilha.

Agora, o social de Lula

qui, 08/10/09
por Cristiana Lôbo |
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     Convidado pelo presidente Lula para analisar o resultado da última PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – em reunião com ministros da área social, o economista Ricardo Paes de Barros disse que os programas sociais do Brasil estão contribuindo para a melhoria dos indicadores sociais do Brasil em ritmo acelerado, mais do que o de outros países e também de modo a atingir dentro do prazo as chamadas metas do milênio.

      – A velocidade da melhoria dos indicadores sociais no Brasil está elevada, mas esta é uma maratona – disse um ministro que participou da reunião, traduzindo a exposição de Paes de Barros.

      Para ministros que participaram da reunião, o mais importante foi a avaliação de que o conjunto dos programas sociais é consistente – o bolsa-família, o reajuste do salário mínimo, os programas de assistência a idosos, programas para juventude. Ele repetiu que os gastos sociais no Brasil favorecem mais os idosos do que os jovens e as crianças.

      Durante o governo Fernando Henrique, Paes de Barros deu declaração que causou polêmica quando afirmou que um programa social no Brasil seria jogar dinheiro de helicóptero em áreas carentes – como forma de distribuir renda.

     Na reunião com Lula, Paes de Barros disse que um dos desafios do país é reduzir o analfabetismo nas regiões Norte e Nordeste. Mas foi comemorado o índice de crianças na escola e o baixo índice de analfabetismo na idade escolar.

     O presidente Lula, segundo um ministro, manifestou preocupação em oferecer creche para filhos de mães jovens, especialmente no Norte e Nordeste. Ele disse que em suas viagens a estas regiões pode constatar que muitas mães jovens , entre 15 e 17 anos, acabam abandonando a escola quando têm de cuidar dos filhos.

      Na última parte da reunião, o ministro Luis Dulci apresentou levantamento pedido pelo presidente Lula das leis sociais no Brasil – as mais antigas e as novas – que o presidente quer que sejam transformadas na Consolidação das Leis Sociais, tal como fez Getúlio Vargas com as leis trabalhistas, conhecidas como CLT – Consolidação das Leis Trabalhaistas.

     Ele disse que além da Consolidação das Leis Sociais quer enviar ao Congresso proposta de deixar em lei também os conselhos de representação da sociedade nas diversas áreas de governo.

     – É bom que a sociedade participe da definição das políticas públicas – disse o presidente Lula, segundo o ministro Luis Dulci.

     O governo do PT criou Conselhos nas diversas áreas que são integrados por representantes da sociedade.

    – Se vai definir a política para os jovens, é importante ouvir os jovens – disse Dulci, lembrando que no congresso da juventude compareceram 400 mil jovens.



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