Palocci para outros vôos

qui, 27/08/09
por Cristiana Lôbo |
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    Com a decisão do Supremo Tribunal Federal de arquivar o pedido de abertura de processo contra Antonio Palocci, o presidente Lula e o PT ficam com “uma carta na manga” para vôos mais altos. Ele pode ser alternativa para o governo de São Paulo, eventualmente, para a presidência da República, caso a candidatura de Dilma Roussef não se confirme e, também, para uma vaga de deputado federal. O fato é que, desde já, Palocci deixa de ser um política de atuação nos bastidores e pode passar à linha de frente na política.

      Frequentador assíduo do gabinete do presidente Lula, Palocci passou três anos com atuação bem discreta, mas sempre executando missões que lhe foram confiadas pelo presidente. A alguns interlocutores, o presidente Lula disse que gostaria de ver o ex-ministro da Fazenda na função de coordenador da campanha petista de Dilma Roussef – o mesmo papel que desempenhou na campanha presidencial de 2002. Palocci foi um dos articuladores da “Carta ao Povo Brasileiro” que teve grande importância na campanha de Lula – na qual o candidato se comprometeu a perseguir a meta de equilíbrio fiscal. Se a campanha petista for vitoriosa, Palocci poderia ser ministro da Casa Civil, um posto importante em qualquer governo.

     O PT, no entanto, gostaria de ter Antonio Palocci como candidato ao governo de São Paulo. Neste momento, o presidente Lula tenta convencer Ciro Gomes (PSB) a disputar a sucessão de José Serra, como forma até de tirá-lo na disputa presidencial. Em conversa com os dirigentes do PSB, Lula disse que não quer o campanha governista com duas candidaturas. Para ele, para enfrentar tantos candidatos de oposição, a base deve estar unida em torno de um único candidato.

     Há, também, que avalie a possibilidade de Palocci servir como uma espécie de Plano B caso a candidatura de Dilma Roussef não vingue. A outra alternativa é ser candidato a deputado federal – o que não agrada à bancada, pois ele atrairia muitos votos do partido, conquistando colégios eleitorais de outros petistas.

PT e PMDB devem acertar aliança este ano

seg, 24/08/09
por Cristiana Lôbo |
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    Menos de uma semana depois de o PT ajudar a salvar José Sarney no Conselho de Ética, o presidente Lula reuniu os presidentes e líderes na Câmara do PT e do do PMDB para discutir a aliança eleitoral do ano que vem. No encontro, em São Paulo, do qual participaram os presidentes do PT, Ricardo Berzoini, e do PMDB, Michel Temer, e os líderes do PT Cândido Vacarezza e do PMDB, Henrique Alves, o presidente propôs e os representantes do PMDB acertaram que a aliança nacional deve ser formalizada ainda este ano, em torno da candidatura da ministra Dilma Roussef.

     No encontro foi feita avaliação Estado por Estado das possibilidades de aliança e as divergências entre os dois partidos. Ficou acertado que os comandos partidários vão tentar resolver os obstáculos que possam impedir a aliança, mas quando eles não forem resolvidos, a idéia é não permitir que os problemas estaduais impeçam a aliança nacional em favor de Dilma Roussef.

     O PT decidiu abrir mão de candidaturas para não prejudicar a aliança com o PMDB. O caso mais claro disso é no Rio de Janeiro, onde o presidente Lula faz questão da aliança para reeleger o governador Sérgio Cabral. Para isso, ele se comprometeu a demover o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, do projeto de disputar o governo estadual. A ele será oferecida uma vaga de candidato ao Senado, que ele disputará tendo como companheiro de chapa o atual senador, Marcelo Crivella.

     O mesmo não vai valer para a Bahia, onde o PT tem o governador. Lá, o ministro Geddel Vieira Lima terá a permissão de Lula para manter sua candidatura ao governo estadual, mas Lula diz que fará campanha para reeleger o correligionário Jacques Wagner. Tal como na Bahia, no Rio Grande do Sul, a pré-candidata Dilma Roussef terá dois palanques – um do PT, com o ministro Tarso Genro; e poderá ter outro do PMDB.

      O presidente Lula já começou a conversar com os partidos nos Estados e já tem lançado candidaturas, como fez om Henrique Meirelles, que foi lançado por Lula ao governo de Goiás, o que provocou forte reação do PMDB local que gostaria de lançar o nome do prefeito Iris Resende.

A crise iria aumentar

sex, 21/08/09
por Cristiana Lôbo |
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     A argumentação de petistas para o pedido do presidente Lula ao senador Alozío Mercadante recuar da decisão de deixar a liderança da bancada foi a de que o gesto só iria aumentar a crise que já está instalada no partido. Além disso, o PT deixar de ter um líder que recebeu 10 milhões de votos na eleição de 2002, como aconteceu com Mercadante, para ter no posto um suplente, o senador João Pedro, que não recebeu um voto sequer, mas herdou um mandato inteiro do hoje ministro Alfredo Nascimento (PR).

     O discurso de Mercadante contra o arquivamento em bloco das 11 representações relativas a José Sarney havia sido muito contundente. Assim, o afastamento dele da lidernaça da bancada o colocaria do lado dos que defendem a ética na política, enquanto os demais do partido, aí incluído o próprio presidente Lula, ficariam do lado dos pragmáticos que dão de ombros para a ética, que foi a principal bandeira do PT ao longo dos seus quase 30 anos de existência.

      – A saída de Mercadante iria atrair uma pauta negativa. O partido perde dois senadores em um dia e no outro o Mercadante abandonando a liderança, isso só iria aumentar a crise – disse o senador João Pedro (AM), que foi cotado para o cargo de líder da bancada.

     – Agora, é lamber as feridas e construir uma pauta positiva com votação de matérias importantes. A crise acabou - acrescentou o senador João Pedro.

Mercadante fica na liderança do PT

sex, 21/08/09
por Cristiana Lôbo |
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O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) vai anunciar no plenário do Senado que vai permanecer na liderança do partido. Ele tomou a decisão de voltar atrás em deixar o cargo após um pedido do presidente Lula.

No Twitter, mais cedo, o senador João Pedro (PT-AM), apontado como possível sucessor de Mercadante no cargo, disse que havia sido informado pelo próprio da decisão dele de ficar na liderança.

Mercadante decide deixar liderança do PT

qui, 20/08/09
por Cristiana Lôbo |
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Um dia após o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) ser desautorizado pelo Planalto, ele promete anunciar em plenário às 15h desta quinta que vai deixar o cargo de líder da bancada do partido no Senado. Mercadante já anunciou sua intenção no Twitter: “Eu subo hoje à tribuna para apresentar minha renúncia da liderança do PT em caráter irrevogável.”

Leia também: Mercadante vai deixar cargo de líder, diz Suplicy

Isso acontece após o partido ter perdido dois senadores, Marina Silva (AC), que deve se filiar ao PV para ser candidata à presidência em 2010, e Flávio Arns (PT-PR), que disse estar envergonhado de estar no PT após a confirmação do arquivamento dos 11 pedidos de investigação contra o presidente da Casa, José Sarney. A manobra de ontem contou com o apoio dos senadores petistas no conselho.

Leia também: Arns diz que quer sair do PT

Todo o processo da crise no Senado foi desgastate para Mercadante. Agora ele sente o racha na bancada. Ideli Salvati (PT-SC) e Delcidio Amaral (MS-PT) não compareceram a uma reunião convocada por ele após a reunião do conselho. Os dois votaram a favor do arquivamento.

Leia também: Após ameaça, Mercadante diz que fica

Ele  sente também dificuldade com o Planalto. Foi de lá, da sala do chefe de gabinete de Lula,  Gilberto Carvalho, que partiu a ordem para os petistas votarem em bloco a favor de Sarney.

Mercadante queria ao menos uma investigação: sobre o pedido de emprego para um namorado da neta de Sarney. O embate da última semana se deu porque Ideli e Delcídio, suplentes do conselho, queriam ser substituídos por outros aliados, para não serem obrigados a votar a favor de Sarney, já que ambos são candidatos em 2010.

Leia também: Mercadante é contra manobra pró-Sarney no conselho

Mercadante, que também é candidato, não quis tomar a incitiava de fazer a substitituição e disse aos dois que renunciassem à vaga. Diante do impasse e com o compromisso de Lula em salvar Sarney, os dois foram obrigados a votar e Mercadante ficou fragilizado, a ponto de sentir obrigado a entregar o cargo.

Mercadante diz que fica na liderança do PT

qua, 19/08/09
por Cristiana Lôbo |
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O senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que ontem ameaçou deixar a liderança do PT caso fosse feita uma manobra Pró-Sarney no Conselho de Ética, hoje disse que, para não agravar a crise dentro do partido, vai permanecer no cargo.

O Conselho de Ética confirmou nesta quarta o arquivamento dos 11 pedidos de investigação contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP).

Segundo Mercadante, apesar do seu desejo de deixar o cargo, vai aceitar o pedido feito por Eduardo Suplicy (PT-SP), que teria falado em nome da bancada do partido no Senado, para que ele permaneça na liderança do partido.

O PT perdeu dois senadores nesta quarta-feira. Primeiro Marina Silva (AC), que pela manhã deixou o PT para provavelmente se filiar ao PV, partido que pretende lança-la à presidência em 2010.

À tarde quem disse que vai sair do PT foi Flávio Arns (PT-PR). “Me envergonha estar no Partido dos Trabalhadores com o comportamento que está tendo,” disse em repúdio à decisão dos arquivamentos contra Sarney, que contou com os votos dos petistas do conselho.

Ele também disse que vai entrar na Justiça Eleitoral pedindo justa causa para deixar o PT sem perder o mandato.

Nove a seis é o placar

qua, 19/08/09
por Cristiana Lôbo |
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O placar no Conselho de Ética é de nove votos contra seis, prevalecendo a maioria governista decidida a salvar o presidente do Senado, José Sarney, de qualquer punição. A única surpresa é que o PDT teve como representante o senador Jefferson Praia (AM) que votou com a oposição.
O PT, como já se sabe, decidiu apoiar José Sarney e até divulgou nota para dizer que esta crise no Senado não é um embate ético é fruto de luta política, como disse o presidente do partido, Ricardo Berzoini.

O acordo foi feito

qua, 19/08/09
por Cristiana Lôbo |
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O PT reuniu sua bancada na manhã desta quarta-feira e decidiu: vai voltar em bloco no Conselho de Ética pela manutenção do arquivamento das representações contra o senador José Sarney. A senha foi dada pelo presidente do partido, Ricardo Berzoini, que disse que esta crise não é de natureza ética e sim uma luta política.

     Mercadante, líder da bancada, foi voto vencido e pede a palavra para dizer que mantem a posição – ele gostaria de abrir ao menos uma investigação sobre José Sarney.

Senado sem pizza

qua, 19/08/09
por Cristiana Lôbo |
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    Nesta quarta-feira em que o Conselho de Ética se reune para decidir sobre o arquivamento das representações contra José Sarney (PMDB)  e Arthur Virgílio (PSDB), uma ordem expressa foi dada ao serviço de segurança da Casa: não será permitida a entrada de pizzas no Senado.

     Quem quiser pedir lanches, deve comer sanduíche, salada, sorvete… ou, o que preferir. Só não pizza.

     A vigilância está intensa e a segurança alerta.

Marina Silva anuncia saída do PT

qua, 19/08/09
por Cristiana Lôbo |
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A senadora Marina Silva anuciou nesta quarta-feira que vai deixar o Partido dos Trabalhadores. Ela não anunciou filiação a outro partido, mas deve se unir ao PV, partido que pretende lançá-la como candidata à presidência da República em 2010.



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