Sem contestação
O ano de 2009 será o ano de Dilma Roussef. Ninguém no PT mais diz que ela estará sob teste para confirmar ou não sua candidatura. A avaliação feita entre petistas – que, aliás, gostariam de questionar a escolha de Lula – é a de que não há argumentos para isso. Lula fez a escolha e restará ao PT homologá-la. A propósito, o presidente do partido, Ricardo Berzoini, já foi informado disso durante audiência que teve com Lula no Palácio do Planalto, na semana passada.
Petistas que teriam outra preferência de candidatura para 2010 reconhecem que não há como contestar a escolha de Lula. Ficar contra o que? Um projeto? O nome de uma companheira? Para colocar o que no lugar? Todos sabem que o PT não tem um nome natural para o posto, como foi o de Lula em todas as campanhas do partido desde a sua existência.
Já não se fala no PT nem mesmo que Dilma deve demonstrar capacidade de subir nas pesquisas – um argumento usado em todos os partidos. Afinal, todos sabem, ela só subirá nas pesquisas no confronto direto com a oposição, quando Lula arregaçar as mangas para defender o seu nome. Se nesta ocasião ela não deslanchar, não haverá mais tempo para a apresentação de outro nome. O teste de Dilma não será nas pesquisas eleitorais, e sim na capacidade de obter apoio das lideranças intermediárias do PT – prefeitos, parlamentares, dirigentes – e não apenas da cúpula, pois essa seguirá a principal lideraça do partido, que é o presidente Lula.
Dilma Roussef está de férias, cuidando do visual para começar 2009 de cara nova (ela fez plástica, mas os petistas dizem que é sem corte; seria, então, apenas um tratamento para rejuvenescimento?) e com a imagem mais suave para o embate que, todos imaginam, será com José Serra (PSDB).