Correção

sex, 19/09/08
por Cristiana Lôbo |
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    Luizianne Lins (PT) é candidata à reeleição em Fortaleza – e não em Salvador, como escrevi no post anterior.

     Quando digo no título “bom para todo mundo”, quis dizer que é bom para todos os governantes: o presidente Lula, os governadores estaduais e os prefeitos que estão no cargo e disputam a reeleição.

      Para se ter uma idéia, de 26 capitais, em 20, os atuais prefeitos disputam um novo mandato. A grande maioria está na frente, como citei no post anterior. Mesmo os que não estão tão bem assim, estão melhorando, como João Henrique (PMDB) em Salvador, Duciomar Costa (PTB) em Belém e Seraphim Corrêa (PSB), em Manaus.

      Os governadores também estão em período de alta popularidade. Aécio Neves (PSDB), por exemplo, está com 85% de avaliação bom e ótimo em Minas Gerais, seguindo a mesma tendência que beneficia o presidente Lula que obteve 64% de bom e ótimo em todo o país.

Bom prá todo mundo

qui, 18/09/08
por Cristiana Lôbo |
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      A situação econômica do Brasil, com crescimento de 6% no primeiro semestre desse ano, aumento do emprego com carteira assinada e inflação de novo sob controle, está provocando uma melhora acentuada na avaliação do presidente Lula. Mas não é só dele, explicam os especialistas em pesquisas. Agora, já se nota que governadores e prefeitos estão recebendo, também, melhor avaliação da população.

     – O clima bom do país está favorecendo quem está no poder, independentemente de quem seja, de qual partido seja – avaliou o diretor do Ibope, Carlos Augusto Montenegro.

      Essa avaliação se confirma quando se analisa a disputa municipal e o desempenho dos prefeitos que são candidatos à reeleição. Aquele que tem uma boa avaliação está na frente na disputa; e mesmo os que não pareciam tão bem assim, estão melhorando o desempenho nas campanhas depois do início da propaganda na televisão.

      Alguns são candidatos até a campeões de votos. É o caso de Beto Richa (PSDB) em Curitiba; Íris Resende (PMDB) em Goiânia; Cícero Almeira (PP) em Maceió; João Coser (PT), em Vitória; Sílvio Mendes (PSDB) em Teresina e tantos outros Brasil afora. Neste momento da campanha, a situação mais delicada é de Seraphim Corrêa (PSB) em Manaus, Duciomar Costa (PTB) em Belém e João Henrique (PMDB) em Salvador – ainda assim, os três melhoraram a posição na pesquisa na última semana.

     Outros prefeitos que não estão na disputa pela maior votação, mas estão na frente na pesquisa neste momento são Luizianne Lins (PT) em Salvador e José Fogaça (PMDB) em Porto Alegre.

     O que se vê é que o brasileiro está satisfeito, com a sensação de que a vida está melhor e, por isso, está dando voto de confiança aos governantes do momento – e quem se beneficia diretamente é o prefeito candidato à reeleição. Para o presidente Lula e para os governadores é uma espécie de “massagem no ego” – mas como eles não estão em campanha, a popularidade serve para tentar transferir aos parceiros, o que nem sempre é possível.

Dois duelos

qui, 18/09/08
por Cristiana Lôbo |
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     Fortes emoções são esperadas neste fim de semana com as novas pesquisas eleitorais, particularmente, em duas capitais: São Paulo e Salvador.

     Em São Paulo, a dúvida é sobre quem vai com Marta Suplicy (PT) para o segundo turno. Quem garantir a vaga, tem muitas chances de governar São Paulo. Marta está na frente, mas perdeu uns pontinhos e já foi derrotada na eleição de 2004. Agora, está com melhor presença, mas as análises da situação em São Paulo nunca afirmam que pelo fato de estar na frente Marta poderá chegar lá. Ela teria um longo caminho a perseguir.

    Em Salvador, dizem os especialistas, não se sabe exatamente quais serão os candidatos que estarão no segundo turno. ACM Neto está na frente, mas perdeu alguns pontos. Antonio Imbassay (PSDB) está em segundo, mas também em queda. João Henrique (PMDB), prefeito e candidato à reeleição, está se beneficiando desta onda que existem em favor de quem está no poder. Ele subiu um pouco na pesquisa. E, por fim, Walter Pinheiro (PT) é o que mais cresceu – mas começou num patamar muito baixo. Um especialista diz que será uma diferença mínima que levará um ou outro para o segundo turno.

    Este é um momento importante das campanhas. Os candidatos deixaram para trás a fase de apresentação de suas biografias e até de propostas. Em muitos lugares começou a pancadaria.

     É esperar para ver qual o efeito dessa estratégia. O caso mais visível é o de São Paulo, onde Geraldo Alckmin partiu para o ataque aos adversários. A ponto de provocar queixas da direção do DEM que, em defesa de Kassab, ameaça até romper a aliança nacional.

       **** Outra campanha: No Rio de Janeiro, os institutos começam a verificar que a estratégia da candidata Jandira Feghali nãoe stá dando resultados. Ela pode perder a vaga de terceira colocada para Fernando Gabeira (PV) já na próxima pesquisa.

Lula na campanha

ter, 16/09/08
por Cristiana Lôbo |
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     O presidente Lula se reúne nesta quarta-feira pela manhã com o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, para definir o formato de sua participação nas campanhas municipais. Em lugar de uma gravação padrão para os partidos aliados, a idéia a ser levada a ele, agora, é a de que faça gravações para candidatos que hoje são deputados.

      A grande preocupação da coordenação política do governo é que ao participar da campanha de candidatos petistas país afora o presidente Lula acabe criando problemas com outros aliados. Hoje, 150 deputados federais disputam a eleição municipal e a maioria deles integra a base aliada – e pode romper com o governo se Lula aparecer apenas na campanha de seu adversário local e, assim, ameaçar a maioria governista depois das eleições.

      Os ministros políticos gostariam que Lula atuasse na campanha de todos os partidos aliados de forma indiscriminada para que todos pudessem tirar proveito da alta popularidade do presidente – e não apenas os petistas.

O otimismo de Mantega

ter, 16/09/08
por Cristiana Lôbo |
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     O ministro Guido Mantega foi convidado a fazer uma apresentação sobre o cenário da economia brasileira frente a crise financeira internacional durante a reunião de coordenação de governo, que acabou há pouco no Palácio do Planalto.

     O ministro Guido Mantega apresentou um cenário otimista para o Brasil. Ele disse que o Brasil está prevenido para enfrentar a crise financeira internacional porque tem reservas da ordem de US$ 200 bilhões de dólares e também pelo fato de não depender tão fortemente das exportações para os Estados Unidos. O crescimento brasileiro, disse Mantega, é sustentado no consumo interno e o Brasil tem novos parceiros, como a África e outros países da Europa. Ele previu que o crescimento do Brasil para este ano está mantido em 5,5%. E disse que se houver algum reflexo da crise financeira internacional ele será visto no Brasil no ano que vem 2009 – e será bem mais brando.

      Ele disse ainda que o Brasil ainda não foi contaminado pela crise financeira internacional.

Mercadante vê a crise

ter, 16/09/08
por Cristiana Lôbo |
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     O Brasil não deverá ser atingido fortemente pela crise financeira internacional porque conta com três situações que o distingue de países da Europa e da Ásia, diz o senador Aloízio Mercadante (PT-SP). São elas:

     1. O sistema financeiro brasileiro não está contaminado diretamente pela crise pois, nenhum de seus bancos está envolvido nela;

     2. O Brasil tem US$ 207 bilhões de reservas cambiais em caixa – o que não tinha em crises anteriores, o que deixava o país mais exposto, mais vulnerável;

     3. o Brasil está crescendo fortemente puxado  pelo mercado interno.

     Tudo isso, diz Mercadante, ajuda a “amenizar e retardar”  o impacto da crise financeira internacional aqui no Brasil.

     – O que é um furacão em Nova York chega aqui como uma tempestade tropical, com vento e chuva fortes, mas sem o impacto devastador que a crise está tendo em nova York – disse o senador.

Lula na tv

ter, 16/09/08
por Cristiana Lôbo |
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    Nesta reta final da campanha municipal, o presidente Lula deve aparecer em vários programas eleitorais dos partidos aliados. Ele pretende gravar um texto padrão que será encaminhado a todos os partidos que dão sustentação ao Palácio do Planalto para que eles veiculem durante o programa eleitoral.

      A decisão do presidente foi tomada em função de cobranças de vários aliados que se reclamando de ele estar ajudando mais firmemente os candidatos do PT, para os quais gravou mensagens específicas para a campanha municipal. Os ministros políticos se queixaram diretamente ao presidente Lula alegando que em junho o presidente disse que não participaria da campanha, mas os liberara para trabalhar por seus partidos.

      – Agora, não posso gravar para um candidato do meu partido e o presidente gravar para o outro. Nem posso desobedecer o presidente nem passar pelo ridículo de apoiar outro candidato – disse um ministro que representa seu partido no governo.

     Há dias os ministros políticso estão se queixando da presença do presidente Lula em programas eleitorais de petistas. Eles dizem que se Lula está tão forte como mostrou a mais recente pesquisa Datafolha, uma parcela disso é resultado do momento positivo da economia, mas outra parte é em função da campanha a favor que têm feito todos os candidatos a prefeito de partidos aliados que, em suas propagandas, mostram as obras do governo federal e exaltam a figura do presidente Lula.

      – Esse capital político não pode ser carreado apenas para o PT – disse o ministro.

Curiosidades municipais

seg, 15/09/08
por Cristiana Lôbo |
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     No começo da campanha eleitoral, tudo indicava que os grandes embates seriam entre PT e PSDB. O caso mais citado era a da prefeitura de São Paulo que, na ocasião, tinha na frente Geraldo Alckmin e imaginava-se que Marta Suplicy (PT) alcançaria a vaga para a disputa em segundo turno.

     Um mês depois do início da campanha na televisão, a disputa aponta noutra direção: de dois embates entre o PT e o Democratas. Em São Paulo, com o crescimento da candidatura do prefeito Gilberto Kassab e em Salvador, onde quem cresceu foi o PT, com Walter Pinheiro.

      Nestas duas capitais, vale lembrar, há, ainda, um entrevero forte entre os aliados nacionais PSDB e DEM. Em São Paulo, cada um seguiu seu rumo, com candidato próprio e o PSDB dividido, abriu espaço para o crescimento do DEM. Em Salvador, DEM e tucanos não se bicam há muitos anos. Lá é mais fácil – aliás, já ocorreu várias vezes – de o PSDB ficar com o PT contra o DEM. Desta vez, não deve ser diferente. Só que o DEM baiano instou o PSDB nacional a não permitir críticas de tucanos a seu candidato a prefeito, o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto. A promessa está feita. Mas apoio, dificilmente acontecerá – para não dizer impossível, porque em política, nada seria impossível.

      Resumo da ópera: o PSDB perdeu para o DEM a vaga de adversário preferencial do PT. Poderá estar fora do segundo turno nestas duas capitais que se tornaram no decorrer da campanha prioridades para os petistas.

Nas nuvens

sex, 12/09/08
por Cristiana Lôbo |
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       O ambiente no Palácio do Planalto nesta sexta-feira é quase de euforia. Isso por causa da pesquisa DataFolha mostrando que o presidente Lula bateu o recorde histórico e é o presidente da República mais popular do Brasil ao chegar à marca de 64% de aprovação em todo o país. Pela primeira vez, ele recebeu avaliação “ótimo ou bom” em todas as regiões, todas as faixas de renda, de escolaridade, homens e mulhres. Enfim, em todo lugar, Lula é o presidente mais popular que o Brasil já teve.

      Para se ter uma idéia, na região Nordeste, onde ele é melhor avaliado, 75% o consideram ótimo ou bom e apenas 2% o consideram ruim ou péssimo. Isso quer dizer que se forem reunidos numa sala em qualquer lugar do nordeste 50 nordestinos, apenas um vai o avaliar como ruim ou péssimo. A região Sudeste, que sempre apresentou avaliação mais crítica de Lula agora se rende e lá 57% o aprovam.

      De onde vem essa popularidade toda? Os publicitário poderiam repetir os americanos e responder: “É a economia, estúpido”. De fato, o Brasil está crescendo mais do que os otimistas esperavam. Esta semana mesmo viu-se que o crescimento do PIB no primeiro semestre foi de 6% em relação ao mesmo período do ano passado. É crescimento sobre crescimento. E já dissemos que o crescimento se deu muito em função do aumento do investimento, o que quer dizer mais emprego; e também em cima do consumo das famílias – o que quer dizer que os brasileiros estão realizando os sonhos de consumo, o que também dá sensação de vida melhor.

      A gente percebe que o presidente Lula começou a sua trajetória de aprovação popular pelas camadas mais baixas da população – os segmentos considerados D e E. Isso, pode-se dizer, em decorrência dos programas sociais, lembre-se que Lula ampliou fortemente programas como o bolsa-família. Isso aconteceu de forma aliada à estabilidade econômica, ou seja, inflação sob controle. Ou seja, a população mais pobre começou a comer mais – com o mesmo dinheiro do bolsa-família passou a comprar mais alimentos.

     Agora, os mais endinheirados passam a aprovar o presidente Lula. Este crescimento na aprovação dele pode-se dizer que é decorrente dos bons resultados da economia. Os ingredientes são todos a favor do presidente Lula.

Campanha em crise

qua, 10/09/08
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas

    Nenhum movimento é tão revelador de crise na campanha eleitoral do que a troca do marqueteiro no meio da corrida – particularmente, a 25 dias da eleição, como aconteceu agora com a campanha de Geraldo Alckmin na disputa pela prefeitura de São Paulo. Saiu Lucas Pacheco e entrou Raul Cruz Lima.

      Outro dado revelador é o comportamento do candidato frente a seus correligionários. Quando o candidato começa a reclaramar de perseguição, da falta de empenho dos parceiros, é mal sinal. Isso também está acontecendo com Alckmin que em momentos mais exaltados chega a falar em afastar ou expulsar uns e outros do PSDB.

      Geraldo Alckmin é um fenômeno na política. Quando disputou o governo de São Paulo em 2002 era “a cria que deu certo” – vice-governador de Mário Covas, se apresentou como aquele que aprendeu as lições com o mestre, mas não os defeitos. Covas era turrão – essa marca lhe valia algumas críticas e Alckmin parecia mais flexível, mais maleável. Isso era motivo de elogios. Alckmin venceu a eleição e fez um governo com certa aprovação popular.

      Depois de passar pelo Palácio dos Bandeirantes, Alckmin se considerou no topo da fila do partido para disputar a eleição presidencial de 2006. Foi por sua firmeza e insistência que conseguiu a vaga de candidato tucano à presidência, desbancando aquele que parecia ter todas as condições de enfrentar Lula naquele instante, o então prefeito de São Paulo, José Serra. No momento da decisão, Serra piscou (viajou para Buenos Aires e se afastou com colégio que escolheria o candidato) e acabou perdendo a vaga para Alckmin.

      No decorrer da campanha, Alckmin foi se revelando como alguém mais frágil do que se imaginava no partido. Mas ele conseguiu fazer a travessia e, surpresa geral, passou para o segundo turno. Chegou nesta etapa da campanha bem maior do que começara. Mas perdeu, e perdeu feiamente, o debate sobre privatização. Ele não conseguiu defender o programa empreendido na gestão tucana de Fernando Henrique. Vestiu uma jaqueta com símbolos de empresas estatais e achou que estava tudo resolvido. Diminuiu e perdeu. Perdeu no segundo turno com o número de votos menor do que obteve no primeiro. Geraldo Alckmin saiu da campanha presidencial menor do que entrara.

      Agora, fez o mesmo estilo: pressionou, enfrentou e arrancou do partido a vaga de candidato a prefeito de São Paulo. Tinha, aparentemente, as condições para vencer a disputa. Estava melhor na pesquisa, tinha “a cara de São Paulo”, ou seja, parecia um candidato afinado com os anseios dos paulitas. Mas no meio do caminh começou a errar. Não conseguiu montar uma aliança tão ampla como era necessário, e perdeu espaço para o prefeito Gilberto Kassab.

     E o pior dos erros na política: ficou envenenado contra o governador José Serra e contra o prefeito Kassab. Enquanto tucanos e democratas brigavam, Marta Suplicy cresceu na campanha.

       Em Brasília, a aposta geral é a de que haverá segundo turno em São Paulo entre Marta e Kassab. É claro que Alckmin ainda pode garantir sua vaga, se conseguir consertar sua campanha nesta reta final.

     O fato é que se chegar ao segundo turno e vencer, ele se recupera -no eleitorado e no partido. Se chegar ao segundo turno e perder para Marta, pode ter um espaço no partido. Se não chegar sequer ao segundo turno, como se diz na política, Geraldo Alckmin vai para o fim da fila. E para ter chances de enfrentar uma outra eleição majoritária (presidente, governador, senador ou prefeito) vai precisar da generosidade de seus parceiros.

     Mas política é como nuvem, já disse o político mineiro. A cada momento está de um jeito. O jeito é esperar.



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