Lula quer uma decisão sobre aumento da gasolina ainda hoje

qua, 30/04/08
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas

O presidente Lula afirmou nesta quarta-feira que a decisão do governo sobre aumentar a gasolina não pode passar de hoje.

O presidente disse ter visto pela manhã “quatro jornais com manchetes diferentes sobre o assunto”. Ele criticou as especulações sobre o possível aumento e disse que a decisão sobre subir ou não o preço da gasolina teria que ser tomada ainda nesta quarta-feira.    

Neste momento, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, estão reunidos tratando do assunto.

O presidente teve na noite de terça-feira uma reunião de quase três horas de duração com Gabrielli e Mantega, além dos ministros Edson Lobão (Minas e Energia) e Dilma Rousseff (Casa Civil) no Palácio do Planalto.

Mas no fim dessa reunião, nenhuma decisão foi anunciada.

Sem data e valor

qua, 30/04/08
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas

    O ambiente no Palácio do Planalto é de cautela quando o assunto é o preço da gasolina. O presidente Lula reuniu-se por mais de três horas com quatro três ministros – Edison Lobão, Dilma Roussef e Guido Mantega – ,e mais o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e, ao final, a recomendação foi o silêncio. A decisão ficou para depois. A palavra sobre preço da gasolina deve ser sempre da Petrobras, avisou um assessor.

      O cuidado tem razão. A Petrobras é uma empresa de capital aberto e, por isso, deve comunicar formalmente suas decisões. A definição do preço do combustível deveria ser uma decisão de diretoria da empresa e não resultado de uma opinião do presidente da República. Mas, neste momento, a definição do preço do combustível, que tem forte impacto sobre a inflação, ganhou ares de Copom, e dividiu o governo. A área técnica, no caso a Petrobras, defende o reajuste no preço, mas a área econômica e a área política dizem que antes de proceder o aumento, deveria ser analisado o impacto disso no conjunto da economia, mais precisamente, na inflação. E, assim, ficou tudo paralisado.

      – Não tem data, não tem valor e nem tem decisão se vai ou não haver aumento – disse o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a um interlocutor.

      Sem o consenso dentro do governo sobre o reajuste, a decisão foi adiada para uma próxima reunião. Mas segundo funcionários do governo, o aumento no preço da gasolina será inevitável. Há dois anos não há reajustes no preço para o consumidor, enquanto que o preço do petróleo subiu 100% no período. Na reunião foram feitos cálculos sobre o impacto do aumento nas refinarias – e quanto isso iria acarretar no bolso do consumidor. Outra rodada de simulações foi encomendada para nova avaliação. Se houver o aumento, segundo assessor do governo, deverá ser mínimo, “quase imperceptível”  para não provocar mais impacto na inflação que já amedronta.

Lula vai discutir preço da gasolina

seg, 28/04/08
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas

O presidente Lula vai participar diretamente de reunião de governo para discutir se deve ou não haver aumento do preço da gasolina. A agenda do presidente prevê para esta terça-feira audiência com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Mas, desse encontro, devem participar outras autoridades do governo que têm ligação com o assunto, como o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, que já foi ministra de Minas e Energia e ainda tem forte comando e conhecimento do setor.

Na última sexta-feira, o presidente Lula deixou claro que o assunto está na pauta do governo. Ele recordou que há grande defasagem no preço da gasolina, pois não há reajuste há 30 meses e quando foi fixado, em 2005, o preço do barril de petróleo estava a pouco mais de 30 dólares. Agora, o barril se aproxima de 120 dólares.

- Uma hora dessas vai ter de subir – disse um ministro com gabinete no Palácio do Planalto, confirmando que o assunto está em discussão.

Pelos cálculos do governo, o reajuste deve ser pequeno para o consumidor. Segundo as contas feitas no Planalto, deve ficar em torno de 2%. Isso porque o preço na bomba sobe a metade do que é autorizado nas refinarias. A discussão neste momento é se a gasolina irá subir entre 3% e 5% – para o consumidor entre 1,5% e 2,5%.

Há um duelo no governo sobre o aumento ou não do preço da gasolina – semelhante ao que ocorre quando há reunião do COPOM para decidir sobre taxa de juros. A área econômica é contra o aumento e argumenta que, se houver reajuste, há o risco de isso impulsionar a inflação e, para corrigir, o Banco Central reajustar os juros. Já outros setores do governo avaliam que não haveria forte impacto na inflação porque o aumento, se autorizado, será pequeno. E a Petrobras, sendo empresa de capital aberto, seria obrigada a reajustar preços e não arcar com o custo dessa defasagem no preço do combustível.

A área política é sempre contrária a aumentos no preço do combustível porque esta é uma área muito sensível para a população. Neste caso, porém, o fato de o reajuste em discussão ser baixo, a reação não tem sido não intensa.

A propósito

sex, 25/04/08
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas

     Geraldo Alckmin esteve ontem à noite com o prefeito Gilberto Kassab. Conversa vai, conversa vem, nada definido.

    Mas quem ouviu a argumentação de Alckmin ficou com a certeza de que ele não desiste – aliás, como já foi dito aqui, hoje mesmo.

     A novidade é que Alckmin que fazer uma grande festa de lançamento de sua candidatura a prefeito de São Paulo. E ter a presença de governadores tucanos. Sem dúvida, uma cutucada em José Serra, que poderá ser compelido a comparecer. Mesmo tendo outro candidato, que é Kassab.

     A simples presença de Aécio na festa já seria um constrangimento para Serra.

Não desiste

sex, 25/04/08
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas

      Quem conhece Geraldo Alckmin garante que o sucesso da aliança do DEM com o PMDB não o fará desistir de disputar a prefeitura de São Paulo, mesmo em desvantagem de parceiros. O PMDB sozinho dará ao prefeito Gilberto Kassab mais 4minutos e meio, totalizando 7minutos e meio para o programa eleitoral. Alckmin ficará com tempo menor, dependendo das alianças que conquistar.

       Neste momento, ele conversa com o PTB e com o PDT. Os dois impõem como condição para a aliança indicar o nome para a vaga de vice. O PTB tem na fila o senador Romeu Tuma e o PDT Paulinho da Força Sindical.

A prova dos nove

qui, 24/04/08
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas

     Em entrevista ao Jornal das Dez, nesta noite, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse à certa altura, que o impacto do aumento dos preços dos alimentos já aconteceu e que o preço de alguns produtos já começa a baixar. Ele citou o feijão. Eu o interrompi para dizer que isso ainda não está acontecendo com o feijão que chega a custar R$ 10,50.

    Stephanes não acreditou e, quando o acompanhava até a porta, ele disse que o preço do feijão era R$60 reais a saca de sessenta quilos e que havia chegado a R$ 200 reais, mas já estava voltando e custava R$ 100.

       – Mas o vermelhinho, que os meus filhos gostam, custa R$ 10,50 – insisti com o ministro. Ele não acreditou. Eu falei, vamos ao supermercado.

      – Não pode ser; então o intermediário está ganhando muito. Mas vamos lá – topou.

      No supermercado mais próximo daqui da TV Globo, fomos direto à plateleira de cereais – arroz, arroz integral e os feijões, de todos os tipos. O preto era o mais barato, R$ 4,79.  Mas quando chegamos no que o ministro chama de “coloridos” – o preço disparou. O vermelhinho era mesmo R$ 10,50. O outro, branquinho, um pouco mais em conta R$ 7,79, pela marca promocional do supermercado.

    -  Então, ministro? O que o senhor me diz? eu perguntei.

     – Estou assustado – respondeu.

      No caminho de volta, ele recomendou à assessora que busque, bem cedo nesta segunda-feira, o preço do feijão na Bolsa de Mercadoria e Futuro para ele conferir os valores comercializados.

     O que vai acontecer? Não sei. Vamos esperar alguma coisa que faça baixar o preço do feijão ao consumidor.

     

Problema de forma que virou real

qui, 24/04/08
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas

A aliança do PT com o PSDB em Minas acabou vetada pela executiva nacional do PT muito mais pela forma como foi conduzida do que pelo fato de se unir a um adversário nacional. Afinal, em outras cidades o PT estará aliado ao PSDB e até com o DEM. Mas isso em cidades pequenas, em alianças que não provocarão qualquer debate.

A principal crítica  feita à aliança costurada pelo prefeito Fernando Pimentel com o governador Aécio Neves foi ao fato de os dois terem tentado dar repercussão nacional ao entendimento. Eles chamaram a atenção para uma aproximação entre os dois partidos e, em alguns momentos e de forma distintas, passaram a idéia de que ali nascia o embrião de um modelo ideal. Isso irritou tanto petistas quanto tucanos.

No caso do PT, outro erro foi apresentado a Fernando Pimentel: o fato de ele não ter consultado antes outros petistas de renome, como os ministros Luiz Dulci e Patrus Ananias, que, irritados, conseguiram envolver o próprio presidente Lula no assunto. A ponto de Lula chamar Pimentel a Brasília e pedir explicações – e, também, que ele convencesse os mineiros aliados, como o vice-presidente José Alencar e o ministro das Comunicações, Hélio Costa. Pimentel também foi chamado a dar explicações à Executiva do PT, num embate com os dois ministros mineiros.

Na estratégia de tentar pacificar o ambiente para sascramentar a aliança, o governador Aécio Neves também teve encontros com aliados de Lula, como o ministro Hélio Costa e o vice José Alencar que chegou a ser designado orador oficial na principal festa mineira, a da Inconfidência, no último dia 21.

Por fim, mais uma restrição era feita à aliança de Belo Horizonte pelos petistas era a de que, se vingasse a candidatura e se ela fosse vitoriosa, Fernando Pimentel se credenciaria desde já para disputar o governo de Minas, dando pernada em outros pretensos concorrentes como o ministro Patrus Ananias. Esta foi a razão principal de os mineiros colocarem areia no piquenique de Pimentel com Aécio.

PSB fala, agora, em chapa com o PSDB

qui, 24/04/08
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas

Depois que o PT vetou a aliança com o PSDB para lançar o nome de Márcio Lacerda para disputar a prefeitura de Belo Horizonte, o PSB fala, agora, que poderá formalizar a chapa com o PSDB. No formato original, o PTindicaria o vice de Márcio Lacerda. Mas, agora, a vaga poderia ficar com o PSDB.

Logo depois que o PT anunciou a decisão de vetar a aliança mineira, o secretário do PSB de Minas, Júlio Delgado esteve no gabinete do governador Aécio Neves. Nas conversas, ele disse que o partido se sentia ofendido com o PTm, seu aliado nacional, e, por isso, manteria a aliança com o PSDB, tendo o aval do governador. O partido deve divulgar nota ainda hoje.

Ao mesmo tempo, Custódio de Mattos, presidente do PSDB mineiro, disse que o diretório estadual ficou surpreso com a decisão do comando nacional do PT e reafirma o interesse em manter a aliança com o PSB e a candidatura de Márcio Lacerda.

PT de Belo Horizonte poderá recorrer de decisão da executiva

qui, 24/04/08
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas

O prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel que articulou com o governador Aécio Neves uma chapa comum à prefeitura da Capital, tendo como candidato Márcio Lacerda, do PSB, disse há pouco que como militante petista irá usar de “todos os recusos disponíveis” para fazer prevalecer a aliança que foi vetada pela executiva nacional do PT, nesta tarde. Ele não fala abertamente em recorrer ao diretório nacional do partido, a instância superior à executiva nacional, mas este caminho não foi descartado por integrantes da executiva do partido.

A idéia de aliança com o PSDB de Minas foi duramente criticada por outros petistas de Minas, como os ministros Luiz Dulci, e Patrus Ananias. Depois da reação deles, o presidente Lula chamou Pimentel a Brasília e recomendou que ele fizesse uma nova rodada de conversas com o partido e também com aliados, como o vice-presidente José Alencar e com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, em busca de apoio à aliança. Pimentel percebeu a dimensão da reação de setores do PT à alianças, mas acreditava que depois das conversas que manteve em Brasília teria o aval do PT nacional para formalizar a aliança.

Pimentel disse que considera políticamente equivocada e estatutariamente não embasada a decisão da executiva petista, que proibiu a aliança com o PSDB em Belo Horizonte, alegando que o governo Aécio Neves executiva política de governo incompatível com o programa petista. Pimentel atribuiu a decisão do PT ao que chamou de profundo desconhecimento dda realidade da cidade de Belo Horizonte e do Estado de Minas.

Só risos

qua, 23/04/08
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas

    Antonio Palocci circula pela Câmara mais desenvolto. Ou mais entusiasmado.

      E sorri com vontade quando alguém fala que ele pode voltar ao ministério.

       Para quem não sabe, há um movimento no PT para fazer Palocci o sucessor de Marta Suplicy no Ministério do Turismo ou de Luiz Marinho, no Ministério da Previdência Social.

     A pasta não importa. O que importa é voltar ao Executivo e retomar o caminho na política. Muitos falam que se não tivesse acontecido o caso do caseiro Francenildo, pelo qual foi pedida abertura de processo contra ele pelo procurador-Geral da República, Antonio Fernando de Souza, Palocci seria hoje o que é Dilma Roussef: a candidata do coração de Lula para a sucessão de 2010.

      O primeiro passo, pequenininho, já está sendo dado: Palocci ocupará o importante cargo de presidente da Comissão Especial da Reforma Tributária.



Formulário de Busca


2000-2015 globo.com Todos os direitos reservados. Política de privacidade