sex, 28/09/07
por Cristiana Lôbo |
A jornalista Tereza Cruvinel, futura presidente da TV Brasil, e Orlando Senna, secretário de Audiovisual do Ministério da Cultura e que deve assumir um importante cargo na futura TV Pública, almoçaram juntos. nesta sexta-feira,em Brasília.
O assunto, claro, a Rede Brasil de Comunicação, que deve ser criada na próxima semana, por medida provisória a ser editada pelo presidente Lula.
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sex, 28/09/07
por Cristiana Lôbo |
O presidente Lula tem dito a assessores que não vai perder “uma hora, sequer, de sono” por causa da rebelião da bancada do PMDB no Senado que derrubou a medida provisória que criava a Secretaria de Planejamento de Longo Prazo, comandada pelo filósofo Mangabeira Unger. E mais: que confia na aprovação da emenda que trata da prorrogação da CPMF.
Só na terça-feira que vem, quando retomar as audiências no Palácio do Planalto depois de viagens ao Rio e São Paulo é que o presidente Lula pretende tomar uma decisão sobre o assunto. Ele pode enviar projeto de lei ao Congresso propondo a criação da mesma secretaria; esperar até o ano que vem e enviar nova medida provisória ao Congresso ou seguir a siolução que a equipe técnica indicar – alterando o nome e recriar imediatamente a Secretaria de Mangabeira Unger.
– O presidente não tem pressa – disse ontem um assessor.
Na avaliação do Palácio do Planalto, a bancada do PMDB “foi longe demais” ao rejeitar a medida provisória e, agora, alguns senadores tentam avaliar “se foi bom ou ruim” a estratégia. Segundo este assessor, alguns senadores fizeram chegar ao Planalto que não foram os mentores do movimento e que, a ele aderiram, para não ficar isolado.
– Ninguém quer ser autor da idéia – analisou o assessor.
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qui, 27/09/07
por Cristiana Lôbo |
A oposição sabe que serviu de escada para parcela do PMDB mostrar sua força ao Palácio do Planalto, quando da votação da Medida Provisória que criou a Secretaria de Longo Prazo. Mas avaliou que o melhor seria a derrota do governo, ainda que isso significasse o aumento do valor do apoio do PMDB ao governo.
– O PMDB que já estava guloso, vai ficar ainda mais guloso – disse o senador Jarbas Vasconcelos.
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qui, 27/09/07
por Cristiana Lôbo |
O líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves, disse hoje que não vai tratar com o presidente Lula de mudanças na proposta de CPMF – depois que ela for aprovada, como está, pelo Senado – porque considera isso um “compromisso assumido”.
Segundo ele, nas negociações para aprovação da prorrogação da CPMF com alíquota de 0,38%, os ministros Guido Mantega e Walfrido Mares Guia assumiram o compromisso de conceder alguma compensação. Ele disse, até, que são três as alternativas:
1. A primeira possibilidade, seria a redução de 0,02% a cada ano, até a alíquota chegar a 0,30%;
2. A segundo, seria a restrituição via Imposto de Renda de, no mínimo, 10% do que foi contribuído;
3. E a desoneração da folha de pagamento.
– Nós seremos duros cobradores disso – afirmou Henrique Alves.
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qui, 27/09/07
por Cristiana Lôbo |
Um dia depois de se unir à oposição para impor derrota ao governo – com a derrubada da medida provisória 377 que criou a Secretaria de Longo Prazo e mais 670 cargos – a bancada do PMDB avalia que o governo entendeu a mensagem: o partido quer ser prestigiado na distribuição de cargos, ou “carinhos” do governo, como preferem dizer alguns senadores; e, ao mesmo tempo, o partido não vai aceitar que a bancada do PT se junte com a oposição para pedir o afastamento de Renan Calheiros da presidência da Casa.
O ministro das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, chamou o líder da bancada de senador, Waldir Raupp, ao Planalto para uma reunião na terça-feira, ocasião em que Raupp levará o que chama de “lista de demandas” do partido. Uma delas é queixa de José Maranhão (PB) da substituição feita na diretoria do Banco do Nordeste, quando seu afilhado político foi substituído por um baiano indicado pelo governador Jacques Wagner. O governo prometeu nomear os superintendentes da Sudam e Sudene, uma das reivindicações da bancada.
– Foi um mix de razões. Os senadores avisaram que há tempo de consertar as relações com o governo e com o PT antes da votação da CPMF – disse um peemedebista que esteve hoje no Planalto.
Enquanto a bancada do PMDB no Senado manda recados ao presidente Lula, a bancada na Câmara é convidada para uma comemoração ao lado do presidente. Os líderes vão ao Palácio da Alvorada, na próxima terça-feira, para um jantar com o presidente. Seria a comemoração da vitória da aprovação da prorrogação da CPMF, quando a bancada do PMDB deu 80 dos seus 93 votos, e mais comandou os votos do PSC e o único voto do PTC.
– Poderíamos até comemorar que isso não aconteceu com a votação da CPMF – disse um dirigente do PMDB.
Os senadores do partido afirmam que vão aguardar a resposta do governo. Mas, desde já, advertem: se não houver mudanças, o partido pode impor outra derrota ao Palácio do Planalto.
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qua, 26/09/07
por Cristiana Lôbo |
O governo pretende encerrar nesta tarde a votação em primeiro turno da CPMF na Câmara. A dificuldade é que restam dez destaques e 26 emendas aglutinativas e supressivas e o governo precisará ter 308 votos a favor em seis das votações.
Para tentar um acordo com a oposição, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, fez uma reunião nesta manhã com o objetivo de reduzir o número de destaques e emendas. Mas, ao que tudo indica, a orientação da oposição é criar o máximo de dificuldades para a aprovação da CPMF.
O objetivo da oposição é atrasar a chegada da proposta ao Senado, onde o governo terá de recomeçar as negociações com sua base.
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qua, 26/09/07
por Cristiana Lôbo |
O senador Edison Lobão, que chegou a negociar sua transferência para o PR, parece ter decidido ficar onde está. Segundo seus aliados, ele teria avaliado juntamente com a família Sarney que o melhor para o grupo é deter o comando do DEM no Maranhão.
Como se sabe, Roseana Sarney, que era a principal líder do partido no Maranhão, filiou-se ao PMDB no começo do ano. O partido, agora, poderá ter Lobão como sua principal liderança no Estado.
E, também, em política, nunca se sabe o que está por vir.
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qua, 26/09/07
por Cristiana Lôbo |
O senador Renan Calheiros ainda não designou um novo advogado para substituir Eduardo Ferrão e Paulo Baeta, que o defenderam no primeiro processo no Senado – no qual foi acusado de ter contas pessoais pagas por um lobista – mas já definiu o perfil do profissional.
Ele quer evitar “medalhões” – disse um assessor do presidente do Senado – referindo-se a advogados renomados que cobram altos honorários.
A razão da escolha do perfil é, além do custo menor do trabalho do profissional, indicar que o trabalho é de menor relevância daqui em diante, e demonstrar que “o pior já passou”.
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ter, 25/09/07
por Cristiana Lôbo |
Começa hoje a debandada de senadores eleitos pela oposição rumo à base do governo, o que pode garantir maioria qualificada do Palácio do Planalto na Casa – podendo, teoricamente, chegar a 51 senadores. – número suficiente para aprovar emendas constitucionais, como a da prorrogação da CPMF. Mas dentro da base do governo, sempre aparecem defecções, como no PMDB e PDT. O Democratas deve perder quatro de seus 17 senadores.
O primeiro a sair deve ser o senador César Borges (BA), eleito com o apoio de Antonio Carlos Magalhães, que vai deixar o partido para ingressar no PR. Seu primeiro voto com o governo será pela indicação de Luiz Antonio Pagot para a diretoria-geral do DNIT, que está parada no Senado por conta da obstrução da oposição.
Pelos cálculos do governo, pelo menos mais três senadores devem seguir o caminho rumo ao governo Lula: Edison Lobão (MA), ligado à família Sarney; Romeu Tuma, que tem um filho Tuma Junior como Secretário de Justiça do Ministério da Justiça e Aldemir Santana, que é suplente do vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio. A lista ainda pode aumentar com Demóstenes Torres, que pretende abrir espaço na política goiana em outro partido. Ele já conversou com o presidente Lula sobre o assunto.
– Vou me desfiliar hoje. Faço uma cartinha e mando para o presidente do partido, lá na Bahia – disse César Borges. A carta será dirigida ao ex-governador Paulo Souto, hoje desafeto político de Borges.
O esforço do governo é chegar a três quintos do Senado para assegurar, com tranquilidade, a votação da prorrogação da CPMF. Com estas novas adesões, que podem acontecer todas ainda hoje e, ainda, ampliar.
Cesar Borges disse que vai para a base do governo, mas ainda não assegura seu voto a favor da CPMF. Ele disse ter posição clara contrária ao chamado imposto do cheque, mas poderia votar a favor se o governo demonstrar “flexibilidade” – aceitando reduzir outros impostos ou a alíquota da CPMF.
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ter, 25/09/07
por Cristiana Lôbo |
Para não caracterizar a exclusão de Renan Calheiros numa reunião de líderes para definir a pauta de votações do Senado, o líder do governo, Romero Jucá, está conversando individualmente com líderes do governo e da oposição em busca de uma forma de desobstruir a pauta de votações da Casa. Ele disse há pouco que depois de votadas as Medida Provisórias que trancam a pauta de votação do Senado, será incluída na Ordem do Dia a votação do projeto de resolução que acaba com as sessões secretas no Senado e, depois, seria a vez de começar a apreciar a proposta de emenda constitucional que acaba com o voto secreto em votações sobre mandato de senadores.
Esta é a pressão da oposição que, pelo visto, poderá ser aceita pelo governo. Os aliados de Renan Calheiros informam que ainda que seja aprovado o fim do voto secreto no Senado, nas próximas votações de processos contra Renan o voto continuará secreto porque os processos já foram iniciados.
– Não queremos queda de braço com a oposição, queremos entendimento – disse Romero Jucá, após conversar com o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE).
Jucá disse, ainda, que a base do governo tem votos suficientes para aprovar a indicação de Luiz Fernando Pagot para a diretoria-geral do DNIT e, por isso, não pretende retirar tal indicação. Ele disse que onze senadores da base aliada se ausentaram da sessão na semana passada e, por isso, a votação não aconteceu. Mas afirmou que a base está mobilizada e deve votar a indicação de hoje para amanhã.
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