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seg, 10/03/14
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas

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Dilma paga pra ver

seg, 10/03/14
por Cristiana Lôbo |

A presidente Dilma Rousseff decidiu “pagar pra ver”, segundo disse um assessor do Palácio do Planalto na negociação com o PMDB. Nessa estratégia, Dilma vai fortalecer o vice Michel Temer como interlocutor e entregar a ele a tarefa de conquistar a maioria no partido para assegurar a reedição da aliança PT-PMDB com a chapa Dilma-Temer. Isso implica na tentativa de isolamento do líder da bancada na Câmara, Eduardo Cunha, a quem a presidente atribui a articulação da rebelião da bancada peemedebista.

“Vocês sabem qual é o meu problema…”, disse Dilma, no que os interlocutores peemedebistas entenderam ser o líder na Câmara.

Para saber se Dilma venceu ou se foi a bancada na Câmara, na pessoa de Eduardo Cunha, vai ser preciso esperar. Os peemedebistas querem rejeitar o projeto que trata do marco civil na internet, projeto do maior interesse para o Palácio do Planalto, e seguir a oposição, apoiando a criação de uma comissão externa para acompanhar as ações da Petrobras, assunto que o governo não gostaria de ver neste momento em que a empresa é alvo de denúncias de desvio de dinheiro.

Nas conversas com a presidente, os peemedebistas obtiveram o compromisso de que o presidente do PT vai procurar o PMDB para tentar acertar apoios a candidatos do PMDB – no caso. em Goiás e na Paraíba. Mas o maior interesse dos peemedebistas é com o Ceará, onde o líder no Senado, Eunício Oliveira, é pré-candidato e aparece com chances nas atuais pesquisas.

Além do confronto do momento – por indicações para o Ministério e até na composição dos palanques estaduais – o enfrentamento entre PT e PMDB vai mais longe. O PMDB é o maior partido no Senado e o segundo na Câmara, o que lhe garante quase seis minutos de televisão nos programas eleitoras, vale dizer, sua principal força, porque o partido é estruturado para as disputas regionais. Agora o  que se vê é o PT tentando deixá-lo para trás (Rio de Janeiro e Ceará são dois exemplos) o que pode colocar em risco o maior patrimônio do partido que é o tamanho de sua bancada.

No momento em que Dilma decide ir para o confronto com o PMDB, afirmando que não vai ceder ao fisiologismo, segundo petistas, Dilma poderá ganhar capital político junto à opinião pública. Seria uma espécie de “reedição” da faxina feita em 2011, quando ela atingiu índices recordes de aprovação popular.

Ficou para depois

dom, 09/03/14
por Cristiana Lôbo |
categoria Eleição 2014

As duas horas de conversa da presidente Dilma Rousseff com o vice-presidente Michel Temer na noite deste domingo não foram suficientes para encontrar a fórmula que pacifique o PMDB, principal aliado do governo, e o impasse continua.

A presidente Dilma, que neste domingo optou por uma conversa somente com Temer, vai, nesta segunda-feira, conversar com os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e do Senado, Renan Calheiros, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, e o presidente do partido, senador Valdir Raupp. O líder da bancada na Câmara, Eduardo Cunha, articulador da rebelião na Casa, ficou de fora e não vai ser recebido pela presidente.

As divergências do PMDB com o PT são por conta dos palanques estaduais em que o PT se recusa a apoiar candidatos do PMDB. E, com o governo, a divergência se dá em função das nomeações para os ministérios que cabem ao partido.

Na negociação dos palanques estaduais, ficou combinado entre Dilma e Temer que será chamado também o presidente do PT, Rui Falcão, para ajudar na busca de um entendimento entre os dois partidos em alguns dos estados em que há divergências, como, por exemplo, o Ceará.

PMDB à espera do chamado de Dilma

dom, 09/03/14
por Cristiana Lôbo |
categoria Eleição 2014

Os principais líderes do PMDB estão no Palácio do Jaburu, a alguns metros do Palácio da Alvorada, à espera de um chamado da presidente Dilma Rousseff para que possam falar das angústias do partido na relação com o PT. Até agora, apenas o vice-presidente Michel Temer está convidado para o encontro com Dilma. Para a reunião do Jaburu, foram chamados o presidente do partido, senador Valdir Raupp, o presidente do Senado, Renan Calheiros, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e o líder da bancada no Senado, Eunício Oliveira.  Os peemedebistas chegaram a convidar o presidente do PT, Rui Falcão, para esta reunião prévia, mas ele não confirmou presença.

Este é um fim de semana de muitas conversas entre peemedebistas e muita expectativa quanto à reunião de Temer com Dilma. O partido espera compromissos do PT com candidatos do PMDB em alguns Estados, como Ceará, por exemplo, e a definição dos novos ministros da legenda. Tudo isso, nas contas dos peemedebistas, deveria ser resolvido até a próxima terça-feira, quando haverá uma reunião da bancada na Câmara que está muito mais conflagrada sob a liderança do deputado Eduardo Cunha.

A tentativa do governo é blindar a bancada no Senado e não permitir que a crise da Câmara a contamine. E, no caso da Câmara, tratar o problema como uma questão pessoal do deputado Cunha por conta da falta de entendimento do partido com o PT do Rio. Assim, circunscrever a crise de hoje à figura do líder Eduardo Cunha.

Para não espalhar a crise, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, telefonou neste domingo para o líder Eunício Oliveira convidando-o para uma conversa nesta segunda. Além de líder, Eunício está no centro das conversas porque quer disputar o governo do Ceará e gostaria de ter o apoio do PT. Porém, a esta altura, o PT está compromissado com o Pros, do governador Cid Gomes. Sem acordo, o PMDB do Ceará pode se unir a diretórios estaduais também descontentes, como o do Rio e da Bahia e juntos apoiarem a reavaliação do apoio do PMDB ao governo e à candidatura de Dilma Rousseff à reeleição.

O papel de Franklin e o papel de João Santana

qua, 05/03/14
por Cristiana Lôbo |
categoria Eleição 2014

Duas decisões importantes devem ser tomadas na reunião de hoje da campanha da reeleição da presidente Dilma Rousseff, que terá a presença do ex-presidente Lula e do presidente do PT, Rui Falcão: determinar a data da saída de Giles Azevedo da Chefia de Gabinete da Presidência da República para assumir suas tarefas na campanha eleitoral; e estabelecer claramente qual será o papel de Franklin Martins e o de João Santana, a fim de se evitar atritos ao longo da campanha.

Franklin Martins, ex-ministro de Comunicação do governo Lula, deve coordenar a parte de mídias sociais, e o publicitário João Santana, a parte de propaganda e marketing. “O que não pode é haver uma área cinzenta que possa gerar conflitos”, disse um petista que acompanha o andamento da estruturação da campanha de Dilma.

Franklin Martins e João Santana divergiram no início do governo Dilma quanto à política de comunicação. Enquanto João Santana opinava em favor de ações para conquistar o apoio da classe média, Franklin defendia a “fidelização” do eleitor de Lula, como os beneficiários dos programas sociais.

Franklin e Santana começaram a trabalhar juntos na eleição de Angola, mas acabaram se separando lá por conta de divergências de pontos de vista. Dilma quer ter o mesmo responsável pelo marketing, o publicitário João Santana, mas não abre mão dos conselhos de Franklin, com quem tem boa relação. Os dois são muito ciosos de suas tarefas e há muitos pontos em comum entre as as atribuições de ambos. Por isso, a divisão de tarefas se transformou em importante assunto de reunião do conselho da campanha.

Está certa a transferência de Giles para a campanha, mas não a data. Na eleição passada, a estrutura do comitê foi definida nos primeiros dias de março. Agora, a avaliação é a de que Giles não poderá passar do dia 15 de março no governo pois precisaria assumir suas tarefas na campanha. O sucessor dele poderá ser o ex-assessor jurídico da Casa Civil Beto Vasconcelos, que tem boa relação com Dilma, mas não semelhante à de Giles.

Já está definido também que Alessandro Teixeira, ex-diretor da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), irá para a coordenação da campanha para ser o responsável pelo programa de governo. Ele receberá conselhos de Marco Aurélio Garcia, que fez o programa de governo do PT em outras campanhas, mas desta vez continuará no governo e será apenas conselheiro na campanha. Alessandro Teixeira também vai  cuidar das informações de governo que deverão ser divulgadas na campanha. Como na campanha de 2010, a gestão do comitê eleitoral ficará com Charles Capela de Abreu.

Palocci quer ficar fora da campanha de Dilma

qua, 05/03/14
por Cristiana Lôbo |
categoria Eleição 2014

O ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, decidiu marcar uma viagem para Washington a partir de abril para fazer um curso de pelo menos três meses de duração. Este é um antigo desejo do ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, mas a data escolhida tem a ver com o calendário eleitoral: ele quer estar distante da fase de organização da campanha  de reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Em campanhas petistas anteriores, Palocci teve papel de destaque: na primeira de Lula, em 2003, ele foi um dos coordenadores do comitê financeiro e depois assumiu o comando da equipe de transição de governo – e se tornou o ministro da Fazenda. Em 2010, era um dos três principais assessores de Dilma, por ela mesmo apelidados de “Três Porquinhos”, ao lado de José Eduardo Dutra e José Eduardo Cardozo. Palocci fazia contato com o empresariado e, após a eleição, foi nomeado ministro-chefe da Casa Civil, onde ficou por oito meses.

Desde que deixou o governo, ele tem ficado mais recolhido, e depois de um período de quarentena, retomou o trabalho no escritório pessoal de consultoria. Mas não quer assumir qualquer papel na campanha de Dilma. Ao longo do último ano, Palocci participou de algumas reuinões com o conselho político da campanha, que tem como estrela principal o ex-presidente Lula.

A estrutura da campanha de reeleição de Dilma começa a ser organizada, mas falta o nome do responsável pelo comitê financeiro. Inicialmente, foi falado no nome de Edinho Silva, presidente do PT de São Paulo, mas a ideia foi abandonada, e o partido está em busca de um outro nome. Na campanha passada, o tesoureiro do PT João Vaccari assumiu esse papel, mas, além de não ter a simpatia de Dilma, ele é responsável pelas finanças do PT, o que a campanha considera incompatível. José Filippi, que trabalhou na campanha passada, assumiu uma secretaria da prefeitura de Fernando Haddad e não pode repetir o trabalho.

Uma inflexão

sex, 21/02/14
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas

O resultado da pesquisa Ibope-Estadão divulgada nesta sexta-feira representa apenas uma oscilação, ou foi uma queda de avaliação ou significa uma inflexão no processo de recuperação da aprovação perdida no auge dos protestos de rua do mês de junho? Qualquer uma das três possibilidades, o resultado é negativo para a presidente Dilma Rousseff. Segundo a pesquisa, de dezembro para cá, a aprovação dela passou de 43% para 39%.

Esse movimento acontece depois de um processo de recuperação de popularidade que começou em agosto e persistiu até o mês de dezembro. Neste período, Dilma, sob a orientação da equipe de comunicação do governo e do marketing da futura campanha, passou a se comunicar mais - aumentou o número de viagens pelo pais e em todas elas a presidente reserva um tempo para falar a emissoras de rádio locais – e também passou a fazer mais pronunciamentos em cerimônias no Planalto ou em viagens.

Nestes pronunciamentos, Dilma tem colocado mensagens preparadas pela equipe de assessores. Entre elas, a de carimbar como “pessimistas de sempre” os que fazem críticas a seu governo.  Nos últimos tempos, ela passou a prometer também que daqui em diante o governo vai “fazer mais”.

Segundo a pesquisa Ibope, Dilma obtem maior aprovação entre os moradores de cidades pequenas de até 20 mil habitantes, entre eleitores mais velhos (com mais de 55 anos de idade); e de menor escolaridade e renda mais baixa e que vivem no Norte ou Nordeste do país.  A situação dela é pior principalmente nas Capitais e entre os eleitores mais jovens, até os 25 anos de idade. Ou seja, naqueles locais onde houve protestos da juventude.

Como todo presidente candidato à reeleição, Dilma tem um conjunto de ferramentas para conquistar o eleitor muito superior a seus adversários neste momento – Eduardo Campos e Aécio Neves. Ela pode fazer pronunciamentos à Nação, viajar pelo país e anunciar benfeitorias e bondades. Ainda assim, no conjunto do país, a aprovação dela anda para trás.

A pesquisa Ibope vai exigir correções na política de comunicação neste período de  pré-campanha. Ou melhor, vai exigir recuperação da economia, uma das fórmulas mais eficientes para a reeleição de um governante.

Se não é igual, é muito parecido

qui, 20/02/14
por Cristiana Lôbo |
categoria Todas

Neste dia em que Eduardo Azeredo renunciou ao mandato, lideranças do PSDB se apressaram a explicar que o caso que ficou conhecido como “mensalão mineiro” nada tem a ver com a Ação Penal 470, o mensalão do PT que levou para a cadeia quatro importantes quadros do partido que hoje está no governo. Primeiro, dizem os tucanos, porque não houve compra de votos (o que, aliás, os petistas também negam ter havido no caso deles), e, segundo porque, ao final, Azeredo perdeu a eleição de 98 para Itamar Franco, portanto, não seria o dono do cofre do governo de Minas. O próprio Azeredo só admite uma semelhança nos dois processos. Tanto quanto Lula, ele também não sabia dos detalhes do financiamento de sua campanha.

De fato há diferenças nos dois casos, mas é inegável que a gênese é a mesma. Inclusive foi a mesma empresa e do mesmo Marcos Valério que criou o modelo para financiamento das campanhas. Na primeira vez, em menor escala, em Minas, em 98; da segunda, já com mais experiência, a campanha nacional de 2002.

Com a renúncia de Eduardo Azeredo o processo poderá voltar à primeira instância e ser conduzido pela Justiça de Minas – isso vai depender do ministro-relator do STF, Luis Roberto Barroso. Ele pode decidir sozinho ou remeter para uma decisão do plenário. E, assim, sair dos holofotes e da imprensa. Mas já está claro que o assunto será tratado na campanha, igualmente. Tanto quanto o PSDB pode atacar o PT ou o PT, agora, atacar o PSDB.

O primeiro sinal disso veio imediatamente. Tão logo o plenário da Câmara foi comunicado da renúncia e o tucano Marcos Pestana discursou em defesa da biografia de Azeredo, o líder do PT, deputado Vicentinho, disse  que o PT espera que o STF analise o processo sobre o tucano ”com lisura e sem o ódio” com que tratou a Ação Penal 470. Ou seja, o PT está cobrando que o STF trate do assunto e não remeta à primeira instância. Seria a garantia de que os holofotes que ficaram acesos na julgamento da AP 470 estariam também ligados agora.

Aos olhos da opinião pública tudo é muito parecido. O pau que deu em Chico, agora dá em Francisco.

Tudo mais ou menos

ter, 18/02/14
por Cristiana Lôbo |
categoria Governo Dilma

A pesquisa feita pelo instituto MDA, divulgada hoje pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) mostra a piora de  indicadores relativos à presidente Dilma Rousseff – a queda na avaliação do governo que ficou em 36,4% , perto do pior momento para o governo, que foi após os protestos de junho, quando a avaliação chegou a 31,3 % de aprovação. Ainda assim, segundo o instituto, se a eleição fosse hoje, Dilma venceria, em qualquer cenário, no primeiro turno. A aprovação pessoal de Dilma (55%) é maior do que a avaliação positiva do governo que ficou em 36,4%.

Segundo a pesquisa, se a eleição fosse hoje, Dilma receberia 43,7% dos votos; Aécio Neves 17% e Eduardo Campos 9,9% dos votos. Chama a atenção, também, o índice de rejeição de Dilma que, a esta altura da pré-campanha, é o maior entre todos os postulantes:  37,3%. Em segundo lugar, vem Aécio Neves com 36%; Marina Silva com 35,5% e Eduardo Campos com 33,9%.

O cenário de piora nos indicadores vem acompanhado de um dado importante: para 77,2% dos brasileiros o custo de vida no Brasil aumentou. Além disso, 75,8% consideram desnecessários os gastos com obras para a Copa do Mundo. A pesquisa mostra, ainda, que 46% dos consultados conhecem alguém que é beneficiário do programa Bolsa Família.

 

Mauro Borges assumirá Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio

qui, 13/02/14
por Cristiana Lôbo |
categoria Governo Dilma

Mauro Borges será o novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, no lugar de Fernando Pimentel, que deixa o cargo para disputar a eleição para governador de Minas Gerais. Ele é o atual presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).



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