sex, 31/01/14
por Gerson Camarotti |
Após a saída da ministra Helena Chagas da Secretaria de Comunicação Social, o governo prepara uma “ofensiva publicitária” para tentar arrefecer o furor das manifestações populares contra a Copa do Mundo de 2014, informa a repórter Juliana Braga, do G1. A ideia do Planalto é isolar ou reduzir a importância “daqueles que são ideologicamente contra a Copa”, diz uma fonte do primeiro escalão do governo.
O Planalto reconhece que a medida está um tanto atrasada. A demora em “reagir” às críticas contra o mundial da Fifa, explicou o auxiliar da presidente Dilma, foi atribuída a Helena Chagas. Segundo a fonte, havia descontentamento de áreas da administração federal com a suposta “falta de iniciativa” na publicidade do governo para minimizar as ofensivas contra o evento esportivo.
Com a substituição de Helena por Thomas Traumann, o governo irá remodelar a estratégia de comunicação para tentar esclarecer à população que o montante investido em obras de mobilidade urbana e infraestrutura foi superior ao valor gasto com a construção dos estádios. O objetivo do Planalto é tentar demonstrar que sediar a Copa do Mundo “vale a pena”.
O PT, ao brigar para trazer o mundial para o Brasil, ainda na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esperava creditar a iniciativa como um trunfo político, além de recolocar o país em uma posição de destaque no cenário internacional.
Dentro do PT, ninguém imaginava que a Copa entrasse na coluna dos “problemas da gestão”. “Acabaram associando nossa imagem à CBF e à Fifa. Não estão destacando os empregos gerados, nem os investimentos feitos”, diz a fonte do governo.
O plano de contra-ataque está sendo elaborado e ainda precisa ser submetido à presidente Dilma Rousseff para ela dar a palavra final. Ainda não há previsão de quando a operação de publicidade será deflagrada.
Publicado às 15h55
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sex, 31/01/14
por Gerson Camarotti |
Diante de dificuldades do PMDB na reforma ministerial, a cúpula do partido decidiu antecipar a convenção nacional para abril com o objetivo de liberar os diretórios estaduais para compor coligações com legendas de oposição. Segundo caciques ouvidos pelo Blog, a situação do Rio de Janeiro, em que o PT desembarcou da gestão de Sérgio Cabral, deflagrou uma onda de insatisfação em outros estados, como Ceará, Piauí, Paraíba e Bahia.
A cúpula do partido ainda tenta evitar que a rebelião se espalhe por outros estados, o que dificultaria o apoio da maioria dos dirigentes nacionais à aliança com Dilma Rousseff. 14 dos 27 diretórios estaduais já assinaram requerimentos para antecipação da convenção nacional para abril.
O ex-presidente Lula já foi alertado deste princípio de revolta. Até o momento, o vice-presidente Michel Temer aguarda ser chamado por Dilma para discutir o espaço do partido na reforma ministerial.
Publicado às 14h04
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sex, 31/01/14
por Gerson Camarotti |
Sabe-se agora que partiu da própria presidente Dilma Rousseff a decisão de omitir da agenda presidencial a escala técnica que fez em Lisboa no último sábado (25). Segundo relatos, ela não queria ser incomodada com acompanhamento próximo da imprensa. Depois da divulgação da notícia, o governo deu informações contraditórias sobre o episódio e a agenda oficial de Dilma, informando a parada, só foi divulgada no domingo, quando ela já estava no voo a caminho de Cuba.
Publicado às 7h29.
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qui, 30/01/14
por Gerson Camarotti |
Nome preferido da presidente Dilma para ocupar o Ministério do Desenvolvimento, o empresário Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente da República José Alencar, disse ao Blog que não irá fazer parte do primeiro escalão federal. Segundo ele, em vez de ocupar um cargo no ministério, ele ajudará mais Dilma trabalhando pela reeleição dela em Minas Gerais.
“Fico honrado com a lembrança do meu nome e da generosidade da presidente Dilma, mas acho que, neste momento, ajudo mais em Minas. Em 2010, vencemos a eleição em Minas com boa margem, por isso, é fundamental que Dilma e Temer tenham no mínimo essa mesma votação da última eleição. E, desta vez, não será fácil, porque o senador Aécio Neves deve ser candidato à Presidência e ele é bem visto em Minas Gerais”, justificou.
Ao Blog, ele deixou ainda em aberto seus planos políticos e diz que só será candidato ao Senado se esse for um desejo do PMDB. “Ainda não sei se serei candidato. Posso ajudar em Minas não necessariamente com uma candidatura. Nunca pleiteei, mas pode vir a acontecer. Se meu partido entender que posso ser útil como candidato ao Senado, posso ajudar dessa forma, já que papai [José Alencar], foi senador da República com muita honra”, disse Josué Gomes.
Publicado às 19h58
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qui, 30/01/14
por renan.ramalho |
Já há alguns meses que a ministra da Comunicação Social, Helena Chagas, vinha sofrendo pressão de setores do PT que queriam maior influência para liberar verbas de publicidade do governo federal, uma das atribuições da pasta. Outra queixa do partido se dava em relação à postura da ministra com a imprensa; alguns petistas desejam um enfrentamento maior em relação às notícias negativas envolvendo o governo.
Durante o ano de disputa eleitoral, dizem esses críticos, a postura mais conciliadora de Helena Chagas, entra em rota de colisão com a linha já definida pela cúpula de campanha.
Com a saída de Helena, ganha força o núcleo de coordenação de comunicação composto pelo marqueteiro João Santana e pelo jornalista Franklin Martins, que ocupava a pasta na gestão Lula.
Publicado às 17h07
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qui, 30/01/14
por Gerson Camarotti |
Veja bastidores no Jornal das Dez, da GloboNews:
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qua, 29/01/14
por Gerson Camarotti |
Em Brasília para uma reunião no MEC, o governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), negou qualquer que tenha sido chamado pelo governo para indicar nomes para algum ministério. “A gente deve apoiar projetos por afinidade ou se opor a projetos por desafinidade”.
Veja o vídeo:
Publicado às 22h26
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qua, 29/01/14
por Gerson Camarotti |
Veja comentário no Jornal das Dez, da GloboNews:
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ter, 28/01/14
por Gerson Camarotti |
De forma reservada, interlocutores da presidente Dilma Rousseff reconhecem que o principal problema da polêmica escala em Lisboa foi o fato da comitiva ter mantido sigilo da parada em Portugal. E não o gasto com hospedagem e alimentação.
Em Havana, Dilma deu explicações pessoalmente sobre o episódio. Mas para integrantes do governo, o constrangimento permanece. Nas palavras de um assessor próximo, é a própria Dilma quem manda manter o sigilo de algumas paradas técnicas.
Isso já tinha acontecido em outras ocasiões. “Dilma gosta de manter segredo para evitar ser acompanhada pela imprensa”, observou outro interlocutor. No Palácio do Planalto, a avaliação é que será difícil Dilma mudar seu comportamento nas próximas viagens ao exterior.
Publicado às 22h29
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ter, 28/01/14
por Gerson Camarotti |
O ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, foi cauteloso em relação aos desdobramentos da manifestação violenta ocorrida em São Paulo no sábado, que resultou em um ferido depois da ação da Polícia Militar. “No caso de São Paulo, não devemos fazer prejulgamento. Temos que aguardar o término da apuração”, disse ao Blog o ministro Cardozo.
O protesto contra a Copa do Mundo terminou em depredação e tumulto pelas ruas do centro, reeditando as cenas de violência dos atos de junho. Cardozo demonstrou confiança em relação à segurança da Copa. “Estamos aparelhados para a Copa”, ressaltou o ministro.
A ordem no Palácio do Planalto é monitorar todas as manifestações à distância para evitar contaminar o governo Dilma. Segundo fontes, serão tomadas medidas pontuais quando houver necessidade. O governo federal vai fechar nos próximos dias um protocolo de conduta para padronizar a ação da polícia em todo o Brasil para atuar nas manifestações de rua.
O protocolo de conduta deve sugerir o critério da proporcionalidade, para que a polícia não use um meio de ação mais intenso do que o extremamente necessário para controlar uma manifestação. A idéia é tentar criar um padrão de comportamento da atuação da polícia no país.
Publicada às 20h53
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