Por Izabella Lima*, g1 PI


Professores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) fazem assembleia e decidem continuar a greve — Foto: Adcespi

Após quase 60 dias e dois cortes salariais, a greve dos professores da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) continua. No final do mês de janeiro, aconteceu o primeiro corte de salário e, agora, um novo corte foi feito nos contracheques. Em entrevista nesta sexta-feira (1º) o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT) afirmou que as negociações continuam e que o governo já propôs reajuste de 17%, que seriam distribuídos ao longo de três anos, até 2026.

Em janeiro, a Associação dos Docentes da Uespi (Adcesp SSind) e outras entidades representativas do funcionalismo público estadual assinaram um documento reivindicando 22% de reajuste, referente às perdas inflacionárias dos últimos anos (2021, 2022 e 2023).

A proposta, porém, não foi acolhida pelo governo do estado, que iniciou uma Mesa de Negociação Permanente do Governo do Piauí com representantes das categorias de servidores estaduais. Entre as pautas debatidas já debatidas estão o percentual de reajuste linear para os servidores e a criação de uma política permanente de valorização dos profissionais que atuam no serviço público.

De acordo com Rafael Fonteles, é natural que aconteçam manifestações, mas que a negociação continua com todos os servidores, não apenas com os professores da UESPI.

“Acredito que chegaremos no entendimento o mais breve possível. A gente não vai conseguir atender todas as demandas, estamos nos esforçando pra atender a maioria delas e o diálogo sempre prevalecendo. As pessoas pedem reajuste, nós já propusemos 17% aproximadamente. Se você fizer a composição de 5,35%, maio 2024, maio 2025 e esse mesmo valor em maio de 2026, fica muito próximo da demanda”, pontuou.

A preocupação das demandas é atender as solicitações sem causar um desequilíbrio financeiro.

“Ninguém vai fazer nada que contribua para desequilíbrio financeiro do estado e obviamente que um reajuste geral, como a gente está dando, tem um grande impacto. A maior despesa pública é a folha de pagamento. Por isso que está sendo muito prudente, para garantir uma segurança que os servidores terão reajuste acima da inflação nos três anos finais do nosso mandato”, disse.

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