Membros de 30 sindicatos voltaram às ruas do Centro de Teresina protestar contra Projeto de Lei 4.330, que regulamenta os contratos de terceirização. Além disso, eles fizeram uma comemoração pelo Dia do Trabalhador. A mobilização aconteceu nesta quinta-feira (30) na Praça Rio Branco. Segundo a organização do evento 600 pessoas compareçam ao ato, mas a Polícia Militar diz que havia apenas 200 manifestantes estiveram no protesto.
Segundo presidente da CUT, no Piauí, Paulo Bezerra, nos últimos 12 anos houve um avanço em relação aos benefícios aos trabalhadores, contudo, ele afirma que a aprovação de alterações das leis trabalhistas na Câmara dos Deputados retrocedem estas garantias.
com aprovação de PL (Foto: Catarina Costa/G1)
“Enquanto, a PL 4330 não for derrotada não vamos ter trégua. A população precisa saber da gravidade desta aberração. A primeira mobilização dos trabalhadores foi importante para que alguns deputados mudassem seus votos. Queremos sim reforma previdenciária, mas ela deve ser feita com discussão entre os trabalhadores”, declarou.
O presidente afirmou que a entidade fez um estudo para analisar as consequências da PL 4330 nas autarquias e empresas de sociedade mista. Segundo ele, os especialistas afirmaram que caso o projeto seja aprovado pelos senadores e sancionado pela presidência Dilma Rousseff, o setor público também será afetado.
“Se a presidente sancionar esta proposta, bastará apenas uma emenda para que o setor público seja atingido com a terceirização”, afirmou o presidente.
Os servidores do judiciário federal e da educação estadual participaram do ato. As duas categorias decidiram paralisar as atividades nesta quinta-feira. Os trabalhadores da justiça suspenderam as atividades nos fóruns e cartórios eleitorais, com isso as audiências marcadas para hoje foram canceladas.
“Hoje é uma comemoração alusiva a classe trabalhista. Também estamos apoiando a mobilização contra a PL- 4430. Não é justo que o trabalhador pague pela crise, pois estes projetos acabam com nossos direitos e entendemos que isso é um retrocesso”, disse Madalena Nunes, diretora do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Piauí (Sindsep-PI).
Já a professora Odenir, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação ( Sinte-PI), relatou que a categoria aderiu a paralisação nacional em defesa pública de uma educação de qualidade. Segundo ela, os governadores e prefeitos têm até o final do segundo semestre para apresentar os planos de educação. “ A PL foi um dos piores projetos dos últimos tempos. Ela interfere na educação do país”, disse.